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Predação no fitofago tropical Eurema albula (Cramer, 1775) (Lepidoptera: Pieridae) : uma avaliação experimental

Gomes Filho, Arlindo 05 September 1997 (has links)
Orientador: Woodruff Whitman Benson / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-22T21:40:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 GomesFilho_Arlindo_M.pdf: 3393941 bytes, checksum: 44d8d8b65114087eced164533ecc8c8c (MD5) Previous issue date: 1997 / Resumo: Inimigos naturais podem ser importantes na determinação da abundância de populações de insetos. Em lepidópteros, sabe-se que predadores de diferentes tipos agem em todos os estágios de seu ciclo de vida. Neste estudo a intensidade da predação natural por diferentes categorias de predadores sobre larvas e pupas da borboleta Eurema albula (pieridae) foi avaliada experimentalmente e através de observações de história natural, na Reserva Florestal de Linhares, ES. A sobrevivência de larvas em indivíduos pequenos de sua planta hospedeira Senna pendula (Caesalpinaceae) foi significativamente maior do que em indivíduos grandes. No experimento principal gaiolas de exclusão com diferentes malhas e barreiras pegajosas de resina foram utilizadas para restringir de forma seletiva o acesso de diferentes grupos de predadores a plantas contendo larvas jovens de E. albula. Diferentes categorias de predadores generalistas predaram larvas de E. albula e taxas diárias de mortalidade da ordem de 3,3 a 11 % foram detectadas para as diferentes categorias estudadas. Não houve variação espacial nas taxas de mortalidade. Trinta pupas foram distribuídas em três habitats (interior da mata, borda de mata e mussununga) para quantificação e comparação das taxas de predação. A intensidade da predação sobre pupas não diferiu entre os habitats, e a taxa média de mortalidade foi de 12% ao dia. Paralelamente aos experimentos, o número de espécies de diferentes grupos de predadores foi quantificado através de observação e coleta de indivíduos diretamente sobre as, plantas (formigas e aranhas), uso de iscas atrativas e censos (formigas e vespas) e observação direta e uso de redes de neblina (aves insetívoras). Foram identificadas 11 espécies de formigas, 7 espécies de vespas, 12 espécies de aranhas e 21 espécies de aves potencialmente predadoras de ;E. albula na área / Abstract: Natural enemies may play an important role in determining the abundance of insect populations. Butterflies are attacked by different kinds of predators in all stages of their life cycle. In this study the intensity of attack by different groups of predators on larvae and pupae of the butterfly Eurema albula (pieridae) was investigated both experimentally and by means of field observations in the Reserva Florestal de Linhares, ES. The survivorship of larvae feeding on large versus small plants of Senna pendula (Caesalpinaceae) was found to be higher for larvae feeding on small plants. The main experiment consisted of using exclusion cages with different meshes and sticky barriers to selectively restrict the access of different groups of predators to plants bearing E. albula larvae. Plants without cages and sticky barriers were used as controls, making it possible to calculate the reduction in death due to removing one or another source of predation. The exclusion cages and sticky barriers were removable and rotating treatments among sample units allowed control for individual differences among plants. Different groups of generalist predators preyed upon larvae of E. albula and daily mortality rates around 3,3 to 11% were attributed to each predator category (birds, wasps and ants). No spatial variability in mortality rates was detected. Thirty pupae of E. albula were distributed in each of three habitats (inside forest, forest edge and scrub vegetation) and the rates of attack compared. The intensity of predation on pupae did not differ among habitats, I and the mean daily mortality rate was 12%. At the time ofthe experiments the number of species in each predator category was estimated through direct counts on plants (ants and spiders), censusing at baits (ants and wasps), and field observations and mist-net capturing (insetivorous birds). Potential predators of E. albula included 11 species of ants, 7 wasps, 12 spiders and 21 birds / Mestrado / Ecologia / Mestre em Ciências Biológicas
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Controle químico de ninfas de libélula (Insecta, Odonata) durante a larvicultura do Jundiá (Rhamdia quelen)

Queiroz, Julio Cesar 23 February 2017 (has links)
Submitted by Helena Bejio (helena.bejio@unioeste.br) on 2018-05-09T11:35:29Z No. of bitstreams: 2 Dissertação Julio Cesar Queiroz.pdf: 2479458 bytes, checksum: 850d67cb918609c58aa963ed68374e58 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-09T11:35:29Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação Julio Cesar Queiroz.pdf: 2479458 bytes, checksum: 850d67cb918609c58aa963ed68374e58 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-02-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The objective of this study was to verify the efficiency of the agrochemicals/ contaminants Methyl paration, Cypermethrin, Azadirachtin and Pyroligneous extract in the control of dragonfly naiads (P. flavescens) during the larviculture of the catfish (Rhamdia quelen) as well as to investigate the predation and the possible genotoxic, histopathological and neurotoxic damages that can cause in the larvae. Three trials were performed. In the first, different doses of each product were tested to determine lethal and lethargic doses. For this, 270 naiads were used for each product tested and 9 for control, totaling 1089 animals. The naiads were distributed in aquariums with a total volume of 1L in triplicates. To determine the doses, it started with an overdose (1000 μl / L-1) and then observed the time in which the naiads lead to death. The doses were gradually decreased in 100 μl and below that dose the decrease was in 5μl intervals. In the second trial, the doses determined in test I were used. Predation tests on product exposure were performed in aquaria with a total volume of 1L, arranged in triplicates for each test dose plus control. In each aquarium a nymph of dragonfly and 10 catfish larvae were arranged, observing the amount of larvae consumed in the lethal time of exposure to the product, as determined in the previous test. The design was completely randomized with nine treatments and three replicates, totaling 27 experimental units. The treatments were constituted by the doses of each product. In the third trial were carried out for 30 days the catfish larviculture with exposure to the products. 4000 catfish larvae were used with 120 hours post-hatching (HPE), randomly distributed in 20 tanks with a total volume of 70 l. The doses were applied at intervals of 7 days, simulating the egg laying cycle and hatching of the dragonfly nymphs. The water replacement was done daily at 5% along with cleaning the aquariums. The experimental design was completely randomized with five treatments and four replicates, totaling 20 experimental units. Eight lethal and lethargic doses were planned: 5 μl / L for Methyl paration, 10 μl / L for Cypermethrin, 30, 25 and 20 μl / L for Azadirachtin and 20, 15 and 10 μl / L for the Pyroligneous extract. In the predation tests, the treatment containing Azadirachtin at the doses of 30, 25 and 20 μl / L suggests survival of up to 43% of the larvae, Pyroligneous extract 25.6%, Cypermethrin and Methyl paration 87 and 73%, respectively. In the third trial after the larviculture were not evidenced any index of histopathological damage in liver and gills. The comet assay suggests that Cypermethrin and Methyl paration cause damage to DNA. The enzyme acetylcholinesterase was inhibited only by Methyl paration. The use of nim oil may be a natural alternative to use of agrochemicals in cultivation tanks in catfish larviculture (Rhamdia quelen), considering that it does not present toxicity to animals and predation is significantly reduced. / O objetivo deste estudo foi verificar a eficiência dos agroquímicos/contaminantes Paration metílico, Cipermetrina, Azadiractina e Extrato pirolenhoso no controle de náiades de libélula (P. flavescens) durante a larvicultura do jundiá (Rhamdia quelen), assim como, averiguar a predação e os possíveis danos genotóxicos, histopatológicos e neurotóxicos que podem causar nas larvas. Foram realizados três ensaios. No primeiro foram testadas diferentes doses de cada produto para determinar as doses letais e letárgicas. Para isso, foram utilizados 270 náiades para cada produto testado e 9 para o controle, totalizando 1089 animais. As náiades foram distribuídas em aquários com volume total de 1L em triplicatas. Para determinar as doses, iniciou com uma superdose (1000 µl/L-1) e em seguida foi observado o tempo em que as náiades levam até o óbito. As doses foram diminuídas gradativamente em 100 μl e abaixo dessa dose, a diminuição foi em intervalos de 5μl. No segundo ensaio foram utilizadas as doses determinadas no ensaio I. Testes de predação em exposição aos produtos foram realizados em aquários com volume total de 1L, dispostos em triplicatas para cada dose teste acrescido do controle. Em cada aquário foi disposta uma ninfa de libélula e10 larvas de jundiá, observando a quantidade de larvas consumidas no tempo letal de exposição ao produto, conforme determinado no ensaio anterior. O delineamento foi inteiramente casualizado com nove tratamentos e três repetições, totalizando 27 unidades experimentais. Os tratamentos foram constituídos pelas doses de cada produto. No terceiro ensaio foi realizada a larvicultura do jundiá por 30 dias com exposição aos produtos. Foram utilizadas 4000 larvas de jundiá com 120 horas pós-eclosão (HPE), distribuídas aleatoriamente em 20 aquários com volume total de 70L. As doses foram aplicadas em intervalos de 7 dias, simulando o ciclo de postura dos ovos e eclosão das ninfas de libélula. A substituição de água foi feita diariamente em 5%, juntamente com a limpeza dos aquários. O delineamento desse ensaio foi inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições, totalizando 20 unidades experimentais. Foram deliberadas oito doses letais e letárgicas: 5µl/L para o Paration metílico, 10 µl/L para a Cipermetrina, 30, 25 e 20 µl/L para a Azadiractina e 20, 15 e 10 µl/L para o Extrato pirolenhoso. Nos testes de predação, o tratamento contendo Azadiractina nas doses de 30, 25 e 20 µl/L sugere sobrevivência de até 43% das larvas, o Extrato pirolenhoso 25,6%, a Cipermetrina e o Paration metílico 87 e 73%, respectivamente. No terceiro ensaio após a larvicultura, não foram evidenciados qualquer índice de possíveis danos histopatológicos em fígado e brânquias. O ensaio cometa sugere que a Cipermetrina e o Paration metílico causam danos ao DNA. A enzima acetilcolinesterase foi inibida somente pelo Paration metílico. A utilização do óleo de nim pode ser uma alternativa natural a utilização de agroquímicos em tanques de cultivo na larvicultura do jundiá cinza (Rhamdia quelen), tendo em vista que não apresenta toxicidade aos animais e a predação é reduzida significativamente.
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Defesas quimicas em larvas de Plagiometriona flavescens e Stolas aerolota (Coleoptera: Chrysomelidae: Cassidinae)

Sa, Flavia Nogueira de 04 February 2004 (has links)
Orientador: Jose Roberto Trigo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-04T00:24:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sa_FlaviaNogueirade_D.pdf: 6566750 bytes, checksum: 549b197ce5bb0689fe934291e6863ee4 (MD5) Previous issue date: 2004 / Resumo: Besouros da família Chrysomelidae apresentam uma grande diversidade de inimigos naturais e uma grande variedade de estratégias de defesa contra estes. Neste trabalho, estudamos larvas de duas espécies de Cassidinae (subfamilia de Chrysomelidae), Plagjometriona flavescens eStolas areolata, com o objetivo principal de entender se as mesmas se protegem contra predadores utilizando escudos de fezes e/ou outros tipos de defesas. Realizamos experimentos de curta duração de campo e laboratório para testar a proteção dos escudos, comparando a mortalidade de larvas de ambas as espécies com o escudo mantido, removido, ou substituído por um escudo artificial, feito com fezes da larva da mariposa noctuídea Spodoptera frogiperda. Experimentos de campo mostraram que larvas de ambas as espécies. com o escudo natural mantido tiveram a sobrevivência significativamente maior do que larvas sem escudo ou com escudo artificial; demonstrando que esta estrutura não as protegem fisicamente. Esses resultados sugeriram que a proteção dos escudos poderia ser de natureza química. Oferecendo larvas para dois modelos de predadores, a formiga Camponotus crassus e a ave Gallus gallus, em bioensaios em laboratório, não obtivemos para P. flavescens padrões semelhantes aos obtidos no campo. Confirmamos a proteção química dos .escudos de P. flavescens ao verificarmos em experimentos de campo- e de laboratório que iscas tratadas com extratos de escudo foram rejeitadas. Larvas de S. areolata foram pouco predadas por ambos os predadores no laboratório, independentemente do tratamento. Em experimentos de longa duração, no campo e em laboratório, observamos que a manutenção dos escudos de P. flavescens não representa um custo para o desempenho. e nem para a sobrevivência das larvas. Portanto, pode-se concluir que o escudo é um tipo de defesa desta espécie por serem impalatáveis e poucos custosos para a larva. Para S. areolata, em experimentos de longa duração no laboratório, verificamos' que seus escudos provocam. um aumento significativo na mortalidade, apesar de não representarem nenhum custo para o seu desempenho. No experimento semelhante, rea1izadono campo, não encontramos diferença significativa na mortalidade de larvas com ou sem o escudo. Neste caso, sugerimos que o escudo possa apresentar outra função, que não a proteção contra predadores. No segundo capítulo da tese testamos a eficiência de outras estratégias de defesa. química das larvas estudadas. Verificamos que P. flavescensprotegem.;.se de predadores quimicamente orientados através da camuflagem química, já quehidrocarbonetos cuticularesdas larvas- ede folhas de sua planta hospedeira apresentam 780./0 de similaridade. - Devido a esta estratégia, observamos em experimentos de laboratório que formigas. C. crassus não são capazes de encontrar as larvas. Larvas de S. areolata se protegem através de substâncias apoIares presentes nos seus corpos. Verificamos em experimentos de laboratório que iscas tratadas com extratos apoIares de larvas são rejeitadas por G. gallus. Não verificamos o mesmo tipo de.reação em predadores no campo, mas é possível que as substâncias apoIares do corpo das larvas sejam potencia1mente uma estratégia de defesa de S. areo/ata. Este trabalho demonstra que duas esPécies de uma mesma sub-familia podem se. proteger de maneiras distintas dos seus predadores / Abstract: Chrysomelidae beetles have a great diversity of natural enemies .and also present many different defensive strategies. In this work we have studied two Cassidinae species (a Chrysomelidae .subfamily), P/agiometriona flavescens and StoIas areolata, with the main objective to understand if these species can protect themselves against predators using their fecal shields or chemical substances.. We have carried. out short-term experiments in the field and in the laboratory to test shield protection by comparing the mortality of larvae of both species with their fecal shield maintained,. removed or substituted by an artificial shield, without unpalatable chemical substances. Field experiment revealed that larvae of both species experimented with their natural shield survived more. frequently than larvae without shield or with artificial shield, thus suggesting the chemical nature of the defense. In .laboratory experiments we have offered larvae to ants. Camponoms crassus and to chicks, Gallus gallus. We have obtained for P. flavescens similar patterns of those obtained in the field, but with non-significant differences. We have confirmed the chemical protection provided by its shield because of the high rejection rates of baits treated with shield extract both in the fie1d and laboratory bioassays. Both predators preyed upon few S. areolata larvae, independently or the treatment they were submitted. In long-term experiments in the field and in the laboratory using P. flavescens larvae, we have observed that the maintenance of the shields did not represent any cost in the performance and survivorship of the larvae. Therefore, shields represent a defense for being unpalatable and cheap for larvae. Long-term experiments in the laboratory, using S. areo/ata larvae, showed the presence of the shield increases larval mortality, although no difference in the performance of larvae with and without shield was detected. In a similar experiment conducted in the field we did not detect any significant difference in the mortality of larvae with or without shields. In this case, we concluded that this structure may have a different function than protecting larvae against predators. In the second chapter, We have tested the efficiency of other strategies or chemical defense: We have observed that. P. flavescens larvae protect themselves against chemically oriented predators by the chemical camouflage. Cuticular hydrocarbons of larvae are 78% similar to the hydrocarbons of its host plant; thus C. crassus ants were not able to find P. flavescens. Larvae of S. areolata protect themselves by apoIar compounds, which are present in their body. We have observed in laboratory bioassays that baits treated with the apolar extract of larvae are rejected by G. gallus. We did no! observe the same type of predator behavior in a field experiment. However, it is possible that such apolar substances could -be potentially defensive to S. areo/ata larvae. Finally, this work shows that two different species belonging to the same sub-family can protect themselves-against predators-somfferently / Doutorado / Doutor em Ecologia
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Funções e variabilidade estrutural dos estabilimentos construidos por Cyclosa fililineata Hingston 1932 e Cyclosa morretes Levi 1999 (Araneae: Araneidae)

Gonzaga, Marcelo de Oliveira 20 April 2004 (has links)
Orientador: João Vasconcelos-Neto / Texto em portugues e ingles / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-04T00:20:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Gonzaga_MarcelodeOliveira_D.pdf: 16698153 bytes, checksum: 3f0c2c8094e807b06ce7b16381ffabe3 (MD5) Previous issue date: 2004 / Resumo: ranhas são atacadas por uma grande variedade de inimigos naturais. A pressão de predação e/ou parasitismo pode ter influenciado inúmeras características comportamentais, como a permanência em abrigos construídos na periferia das teias orbiculares e a construção de barreiras de fios. Assim como estas estruturas, os estabilimentos adicionados às teias orbiculares de várias espécies das famílias Araneidae, Tetragnathidae e Uloboridae podem constituir componentes de defesa. As possíveis funções destas decorações compostas por seda e/ou detritos, entretanto, vem sendo intensivamente discutidas deste sua descrição, no final do século XIX. Atração de presas, proteção contra a exposição ao sol, estabilidade, diminuição de danos às teias foram algumas outras funções já atribuídas aos estabilimentos. Neste trabalho apresentamos uma revisão sobre predadores e parasitas de aranhas e sobre as estratégias de defesa utilizadas para minimizar seu sucesso. Em seguida analisamos as presas coletadas por espécies de vespas-caçadoras em duas áreas de Mata Atlântica do sudeste brasileiro, comparando estes dados com a disponibilidade de aranhas no campo. A composição em espécies de aranhas orbitelas e o tamanho das presas capturadas pelas vespas indicaram que a seleção de presas não está baseada apenas na abundância relativa de espécies de aranhas e em seus tamanhos. Aranhas construtoras de estabilimentos, por exemplo, foram capturadas com uma freqüência bem menor que a esperada, sugerindo que essas estruturas podem evitar a predação por vespas. No capítulo seguinte são apresentados dados referentes a variabilidade estrutural dos estabilimentos construídos por Cyc/osa fililineata e Cyclosa morretes. Colunas de detritos são mais freqüentes nas duas espécies, mas estruturas descontínuas são relativamente comuns em teias de imaturos e machos de C. morretes. Este tipo, assim como estruturas compostas por seda (espiral e linear) constituem estágios de transição na construção de estruturas contínuas. Observamos também uma grande variação na posição ocupada pelas aranhas na coluna de detritos, o que pode reduzir ainda mais a eficiência de ataques por predadores visualmente orientados. Em seguida apresentamos um trabalho testando as duas principais hipóteses sobre as funções dos estabilimentos, defesa contra predação e atração de presas. Os resultados obtidos sugerem que as estruturas de detritos de C. morretes e C. fililineata não atraem presas, mas podem reduzir a freqüência de ataques por possíveis predadores. No último capítulo investigamos a ocorrência de parasitismo em jovens e adultos, por ichneumonídeos, e em ootecas, por parasitóides de ovos da família Scelionidae. As duas espécies são igualmente atacadas por Po/ysphincta sp. (Ichneumonidae), mas com uma baixa freqüência. Baeus sp. (Scelionidae) ataca preferencialmente as ootecas de C. morretes, o que pode constituir um dos fatores que explicam sua menor abundância no Parque Estadual de Intervales. Apresentamos ainda dois trabalhos descrevendo novas espécies de aranhas orbitelas coletadas durante a realização do capítulo 2, e um trabalho sinonimizando uma espécie de cleptoparasita que ocorre nas teias de Cyc/osa e de várias outras espécies de aranhas orbitelas, em uma das áreas de estudo / Abstract: Spiders are attacked by a number of natural enemies. Predation and/or parasitism pressures may have influenced many behavioral characteristics, such as the permanence in shelters constructed in the periphery of orb-webs and the addition of web barriers. The stabilimenta added to the central portion of the orb-webs of many species of Araneidae, Tetragnathidae and Uloboridae, just like these other devices, may constitute a defensive component. The possible functions of these structures composed by silk and/or detritus, however, are subject of a intense discussion since their description, in the end of XIX century. Prey attraction, protection against the direct incidence of sun rays, stability, reduction of damage promoted by birds were some functions already proposed to explain the presence of stabilimenta. In this study we present a revision about predators and parasites of spiders and about the defenses used to minimize their success. In the second chapter we analyzed the prey collected by hunting wasps in two areas of Atlantic Forest in southeastern Brazil, comparing these data with prey availability in the field. The species composition of orb-web spiders and the size of prey captured by wasps indicated that prey selection is not based only on the relative abundance of spider species and on their size. Spiders that build stabilimenta, for example, were captured in a frequency much lower than the expected, suggesting that this structures may protect the spiders against hunting wasps. In the next chapter we presented data regarding the structural variability of the stabilimenta constructed by Cyclosa fililineata and by Cyclosa morretes. Detritus columns are more frequent for both species, but discontinuous linear structures (blobs of detritus) are relatively common in webs of males and juveniles of C. morretes. This last kind, as well as structures composed by silk (spiral and linear) constitute intermediate stages towards the construction of detritus columns. We observed a great variation in the position occupied by the spiders within the columns, what may reduce even more the efficiency of attacks by visually oriented predators. Then we present a study testing the two main hypothesis about the functions of stabilimenta, the defense against predators and prey attraction. The results obtained suggest that the detritus structures of C. morretes and C. fililineata do not attract prey, but may reduce the frequency of attacks by possible predators. 'n the last chapter we investigated the occurrence of parasitism in juveniles and adults, by ichneumonids, and in egg sacs, by Baeus sp (Scelionidae). 80th spider species are equally attacked by Po/ysphincta sp. (Ichneumonidae), but in a low frequency. Baeus sp. attacks preferentially egg sacs of C. mo"etes, what may constitute an important factor to explain the lower abundance of this species in P.E. Intervales. We also present two studies describing new species of orb-weavers collected during the surveys of chapter 2, and a study sinonimizing one species of kleptoparasite (Argyrodes rigidus, Theridiidae) usually found using webs of Cyc/osa and other orb-weavers in P.E. Intervales / Doutorado / Doutor em Ecologia
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Recrutamento e sucessão de animais sésseis e sedentários em substrato artificial submerso na área portuária do Recife – PE, com enfoque para a bioinvasão

MELO, Arthur Vinicius de Oliveira Marrocos de 31 January 2012 (has links)
Submitted by Danielle Karla Martins Silva (danielle.martins@ufpe.br) on 2015-03-03T14:22:38Z No. of bitstreams: 2 Arthur Vinicius de Oliveira Marrocos de Melo. pdf.pdf: 1186798 bytes, checksum: 386c9cff3d0ebe0056cbac04ef9889ec (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-03T14:22:38Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Arthur Vinicius de Oliveira Marrocos de Melo. pdf.pdf: 1186798 bytes, checksum: 386c9cff3d0ebe0056cbac04ef9889ec (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012 / CAPES / O Porto do Recife recebe uma grande quantidade de navios de vários tipos e de muitas partes do mundo, podendo trazer espécies exóticas incrustadas no casco ou em água de lastro. O objetivo do presente estudo foi registrar e analisar os padrões de recrutamento e a dinâmica de sucessão de espécies bentônicas sésseis, assim como investigar uma possivel introdução e estabelecimento de espécies bentônicas exóticas e criptogênicas em uma área portuária com grande fluxo de navios. Utilizaram-se placas de metal galvanizado para estudo do recrutamento e sucessão de animais sésseis e sedentários em três estações no porto, com três réplicas cada, totalizando nove pontos, durante seis meses (outubro de 2010 a março de 2011), considerado como período seco. As placas de recrutamento foram retiradas a cada 30 dias durante seis meses, as placas de sucessão foram retiradas após 60 dias e depois de sucessivos 30 dias até completarem 180 dias de submersão. As principais espécies de acordo com a área de cobertura foram Mytella charruana (72%) e Amphibalanus improvisus (22%) e espaços vazios (7,5%). Não houve diferença significativa quando comparadas as três estações no porto do Recife, sendo encontradas diferenças quando comparadas as áreas de cobertura das espécies mais abundantes no recrutamento. Foram elas: Clytia gracilis, Obelia dichotoma, M. charruana e A. improvisus. Na comparação entre as estações de acordo com a área de cobertura das espécies mais abundantes na sucessão houve diferenças significativas apenas para M. charruana e A. improvisus. Observou-se o estabelecimento das espécies exóticas Haliplanella lineata (Cnidaria) e Sinelobus stanfordi (Arthropoda). Mytella charruana foi considerada a espécie clímax na sucessão ecológica, já que foi a única espécie encontrada em grande quantidade e ocupando todas as placas. Observou-se a maior riqueza das espécies exóticas e criptogênicas em detrimento das espécies nativas, tanto no recrutamento quanto na sucessão.
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Controle biológico de Bemisia tabaci (Gennadius) (Hemiptera : Aleyrodidae) biótipo B em cultivo protegido de tomate: dinâmica dos fatores de mortalidade e potencial de predação de Amblyseius tamatavensis Blommers (Acari: Phytoseiidae) /

Álvaro, José Chamessanga January 2019 (has links)
Orientador: Odair Aparecido Fernandes / Resumo: A mosca-branca Bemisia tabaci (Gennadius) (Hemiptera: Aleyrodidae) biótipo B é uma das principais pragas agrícolas no Brasil e no mundo. O objetivo do presente estudo foi avaliar o potencial de predação de Amblyseius tamatavensis Blommers (Acari: Phytoseiidae) em cultivo protegido de tomate, bem como a dinâmica dos fatores de mortalidade de mosca-branca. Para tanto, foram conduzidos experimentos em laboratório e estufa. Inicialmente foi avaliada a preferência de predação por ovos e ninfas de B. tabaci. Posteriormente foi determinada a resposta funcional e numérica de A. tamatavensis sobre imaturos de B. tabaci. Também foi avaliada a eficiência de A. tamatavensis no controle de B. tabaci sobre plantas de tomate. Por último, a dinâmica dos fatores naturais de mortalidade de mosca-branca foi comparada entre cultivos de tomate infestados com B. tabaci na presença ou ausência de A. tamatavensis. Os resultados mostram que A. tamatavensis tem preferência por estágios iniciais de B. tabaci (ovos, ninfas do primeiro e segundo instar). A resposta funcional é do tipo II e o ácaro alimentado com ovos de B. tabaci pode ovipositar 1,4 ovos/dia. A liberação de 26 ou 78 ácaros predador/m2 logo após a infestação de mosca-branca apresentam o mesmo nível de controle. Com isso estão estabelecidas as bases para um programa de controle biológico da mosca-branca. / Abstract: The whitefly Bemisia tabaci (Gennadius) (Hemiptera: Aleyrodidae) biotype B is one of the main agricultural pests in Brazil and worldwide. The objective of this study was to evaluate the predation potential of Amblyseius tamatavensis Blommers (Acari: Phytoseiidae) in protected tomato cultivation, as well as the dynamics of whitefly mortality factors. Experiments were carried out in laboratory and greenhouse. Initially, the predation preference for eggs and nymphs of B. tabaci was evaluated. Subsequently, the functional and numerical response of A. tamatavensis on immature B. tabaci was determined. The efficiency of A. tamatavensis to control B. tabaci on tomato plants was also evaluated. Finally, the dynamics of natural whitefly mortality factors were compared between B. tabaci infested tomato crops in the presence and absence of the predator A. tamatavensis. The results showed that A. tamatavensis has a preference for early stages of B. tabaci (eggs, first and second instar nymphs). The functional response is type II and the mite feeding upon B. tabaci eggs can oviposit 1.4 eggs/day. The release of 26 or 78 predatory mites/m2 soon after whitefly infestation has the same level of control. This establishes the foundation for a whitefly biological control program. / Doutor
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Motivação e ansiedade em femêas: aspectos farmacológicos e reprodutivos / Female motivation and anxiety: pharmacology and reproductive aspects

Cruz, Aline de Mello 27 September 2013 (has links)
O comportamento materno pode ser definido como a performance comportamental que a mãe expressa durante os momentos que abrangem desde o período imediato do pré-parto até o momento em que a prole é capaz de sobreviver sozinha sem os cuidados e a atenção materna. O estudo e entendimento dos mecanismos que modulam o comportamento materno podem ter focos diferenciados em relação às consequências na mãe, bem como nos filhotes. O entendimento dos mecanismos neuroanatômicos e neuroquímicos proveniente destes estudos em animais validam importantes fundamentos neurobiológicos de importância crucial para a sociedade em geral, em especial mães que sofrem de distúrbios em período perinatal. No ambiente natural, os animais frequentemente deparam com situações de conflito, e devem fazer escolhas entre diversos comportamentos fundamentais para sua manutenção, tais como alimentação, defesa e reprodução. O enriquecimento ambiental pode promover um impacto positivo ou negativo na expressão de determinados comportamentos. Observou-se um grande impacto da presença de maravalha no momento do teste comportamental, influenciando positivamente a expressão do comportamento materno. Entende-se como modulação (ou seleção) comportamental o ato do animal escolher entre dois ou mais tipos de comportamentos. Pesquisas recentes do nosso grupo de estudos sugerem que alterações no tônus opioidérgico decorridas no terço final da gestação podem modular a expressão de padrões comportamentais no pós-parto. O presente estudo sugere que o pré-tratamento com progesterona durante o período gestacional pode modificar a sensibilidade aos opióides e seus efeitos sobre o comportamento maternal e a seleção comportamental durante a lactação, porém em relação ao desafio farmacológico central, o fenômeno torna-se sutil pois não ocorre ação direta tanto da progesterona exógena quando endógena na substância cinzenta periaquedutal rostro-lateral (PAGrl) ao que se refere ao controle desse paradigma de seleção comportamental. A ação da colecistocinina (CCK) na modulação do comportamento materno parece estar associada ao estado reprodutivo da fêmea modulação em sítios neuroanatômicos específicos. O bloqueio inespecífico dos receptores de CCK neste paradigma de modulação comportamental foi eficiente apenas no que diz respeito ao fenômeno que envolve a saciedade das fêmeas, não promovendo prejuízo em parâmetros de comportamento materno. Em relação à experiência reprodutiva, ratas gestantes e lactantes apresentam melhores desempenhos na caça quando comparadas às ratas virgens, independentemente do desafio farmacológico utilizado. Assim como ocorre na maioria das mulheres, ratas também apresentam diminuição nos níveis de comportamento similar à ansiedade no pós-parto quando comparadas às ratas virgens. A diminuição nos níveis deste comportamento pode influenciar diretamente na habilidade materna. Neste estudo, tal efeito foi maior do que o efeito da própria droga na modulação do comportamento materno neste paradigma comportamental, atenuando a ação ansiogênica do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP). / Maternal behavior can be defined as the behavioral performance that the mother expresses from the immediate pre birth until offspring can survive alone without specific maternal care. The understanding of mechanisms involved in maternal behavior may have different approach related to mothers and the pups. Understanding the neuroanatomical and neurochemical mechanisms from these animal is important for society in general, specially for mothers suffering from psychological and physiological disorders in the perinatal period. In the natural environment, animals often face situations of conflict, and must make choices between different behaviors essential to their maintenance, such as feeding, defense and reproduction. Environmental enrichment can promote positive or negative impacts on the expression of certain behaviors. We observed a huge impact in the presence of pinus flakes at the moment of behavioral testing, positively influencing the expression of maternal behavior. Behavioral modulation (or selection) is when animals have to choose between two or more types of behaviors. Recent research from our group suggest that changes in opioid tone in the end of pregnancy can modulate the expression of behavioral patterns in postpartum. This study suggests that pretreatment with progesterone during pregnancy can change the sensitivity to opioids and its effect on maternal behavior and behavioral selection during lactation, but related central pharmacological challenge, the phenomenon become mild. Cholecystokinin (CCK) modulation of maternal behavior seems to be associated with the reproductive status and modulation of specific neuroanatomical sites. Blockage of specific CCK receptors in this behavioral modulation is only effective in satiation, but not related to maternal behavior parameters. Pregnant and lactating rats show better performances in hunt when compared to virgin rats, with no drug challenge effect. Lactating rats normally show a decrease in levels of anxiety-like behavior in postpartum period when compared to virgin rats. Decrease in anxiety levels can directly influence maternal ability to take care of their litter. In this study, this effect was greater than the effect of the drug itself in modulation of anxiety behavior, attenuating the peptide calcitonin gene-related peptide (CGRP) anxiogenic effect.
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"Vulnerabilidade de pequenos mamíferos de áreas abertas a vertebrados predadores na Estação Ecológica de Itirapina, SP." / Small mammal vunerability to vertebrate predators in the Ecological Station of Itirapina, SP

Bueno, Adriana de Arruda 12 December 2003 (has links)
Estudos sobre seleção de presas podem apresentar resultados bastante diferentes dependendo do predador analisado. Predadores com diferentes técnicas de caça, como as aves de rapina e os mamíferos carnívoros, podem selecionar diferentes tipos de presas. Estudos sistemáticos sobre esse tema ainda são escassos no Brasil. Por esse motivo, o objetivo deste trabalho foi a análise da seletividade na dieta de três predadores quanto ao consumo de pequenos mamíferos na Estação Ecológica de Itirapina, SP. Para a suindara (Tyto alba), a seletividade de presas foi avaliada nos níveis de: espécie, tamanho, idade e sexo. A coruja-buraqueira (Athene cunicularia) foi estudada quanto ao consumo diferenciado nos níveis de espécie, tamanho e idade das presas. Para o lobo guará (Chrysocyon brachyurus), apenas a seleção de espécies foi possível. Foram utilizados restos de ossos (mandíbulas e cinturas pélvicas) das presas encontradas nas pelotas e fezes desses predadores para identificação da espécie e do sexo dos indivíduos, e para a quantificação do número de indivíduos consumidos. A análise de seleção de espécie foi feita por meio de comparações entre a proporção das mesmas encontradas nas dietas e no ambiente. Para isto, foram utilizados o teste G e o intervalo de confiança de Bonferroni. O consumo preferencial por um determinado sexo foi avaliado pelo teste G ou pelo teste exato de Fisher. O tamanho dos pequenos mamíferos na dieta foi calculado por meio de equações de regressão desenvolvidas para cada espécie dessas presas. O Teste de Mann-Whitney foi utilizado para comparações entre o tamanho das presas nas dietas e no ambiente. As idades dos roedores encontrados nas dietas e nos ambientes foram comparadas utilizando-se o teste G. A suindara foi mais seletiva do que a buraqueira no consumo de espécies de pequenos mamíferos, embora ambas incluam as mesmas espécies nas suas dietas. Calomys tener e Oligoryzomys nigripes foram os roedores mais predados pelas corujas. A seleção de indivíduos menores e de juvenis de C. tener pela suindara e de sub-adultos dessa presa pela buraqueira poderia ser entendido pelo modo de forrageamento de cada coruja e características biológicas da presa. Por outro lado, por ser um animal de maior porte, era esperado por parte do lobo-guará o consumo de presas maiores, como Clyomys bishopi. A seleção por indivíduos menores de C. tener pelas duas corujas indica predação de indivíduos mais vulneráveis. Assim a predação diferencial por roedores pequenos pode não ser devido a predação seletiva por parte das corujas, mas sim devido à alta vulnerabilidade dos mesmos, devido a sua inexperiência e por serem errantes. Pode-se perceber por meio deste estudo que, dependendo da localidade e das diferentes composições/abundancia de presas, os predadores parecem adotar diferentes estratégias. Dentro de uma mesma localidade esse recurso é utilizado de forma diferenciada pelos três predadores, pelo menos em termos de proporções, tamanho e idade. Estudos mais amplos e detalhados com utilização de metodologia padronizada, englobando todos os componentes de uma guilda trófica, além de se levar em conta as muitas variáveis ambientais, torne possível entender o papel de cada espécie na comunidade. / Prey selection studies may result in different conclusions depending on the analysed forager. Predators with different foraging modes, such as raptors and carnivorous mammals, may select different prey types. This kind of study is still scarce in Brazil. So, the goal of this research is the analysis of small mammal selection in the diet of three predators at Itirapina Ecological Station, SP. Analysis of prey selection by the Barn Owl (Tyto alba) was conducted in relation to species, size, age and sex. The Burrowing Owl (Athene cunicularia) was studied in relation to the consumption of small mammal species, size and age. The Maned Wolf (Chrysocyon brachyurus) was only evaluated concerning prey species selection. Remains of bones (mandibles and pelvic girdles) found in pellets and faeces of predators were utilized to identify prey species, sex and to quantify number of consumed individuals. Analysis of prey species selection was conducted by comparisons between proportion of prey found in the diet and in environment, applying G test and Bonferroni confidence intervals. Differential sex consumption was evaluated by G test and Fisher exact test. Mann-Whitney test was employed to compare prey size in the diet and in the environment. Rodent ages found in pellets/ faeces and in the field were compared by G test. The Barn Owl was more selective than the Burrowing Owl in relation to prey species consumption, though both of them include the same small mammal species in their diets. Calomys tener and Oligoryzomys nigripes were the most preyed on rodents by the two owls. Small-sized and juvenile individuals of C. tener were more consumed by the Barn Owl, whereas sub-adults were more preyed on by the Burrowing Owl. Differences may be due to foraging mode of each owl and biological characteristics of prey. The consumption of larger prey, such as Clyomys bishopi, by the larger predator, the Maned Wolf, was expected. Selection of smaller individuals within species may suggest predation of more vulnerable prey. So small-sized rodent selection may not result from active predation by the owls, but from higher vulnerability of these prey. Based on this study, depending on locality and differences in prey composition/abundance, predators may adopt different strategies. In the same area, resource was utilized in different manner by these predators, at least, in terms of prey proportion in the diet, size and age. Further studies using the same methodology, involving all components of trophic guilds, besides environmental variables, may better illustrate the role of each species in community.
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Macrofauna associada aos bancos de mexilhão Perna perna: padrões naturais, pressão de predação e o efeito da pesca /

Blanco, Camila Gastaldi. January 2013 (has links)
Orientador: Tânia Márcia Costa / Coorientador: Ronaldo Adriano Christofoletti / Banca: Fosca P. P. Leite / Banca: James Tony Lee / Resumo: Os bancos de mexilhões são conhecidos engenheiros de ecossistema que agregam uma diversificada fauna associada. A exploração antrópica dos mexilhões pode alterar a estrutura e distribuição desses bancos e consequentemente influenciar a composição da fauna associada. Para testar a influencia da pesca sobre os mexilhões e sua fauna associada utilizamos da técnica do quadrado (15X15 cm, n=8) raspando bancos com mexilhões em um de três estágios de desenvolvimento (recrutas, juvenis, adultos). A fauna associada foi separada dos mexilhões, identificada e quantificada (abundancia, biomassa, riqueza e diversidade). Os mexilhões foram mensurados em relação à tamanho, peso, e volume (total e intersticial). Amostras de mexilhões obtidas diretamente de pescadores das mesmas praias de estudo foram analisadas quantos aos mesmos parâmetros, para posterior comparação por análises estatísticas descritivas (ANOVA) e multivariadas exploratórias (nMDS e PERMANOVA). Observou-se a presença de bancos diferenciados, com mexilhões de um mesmo tamanho e com valores de fauna correspondente. Sendo, a presença dos pescadores pode influenciar a distribuição e composição dos bancos de mexilhões, afetando no seu recrutamento e consequentemente pode afetar a fauna associada a esses bancos / Abstract: Not available / Mestre
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Um predador generalista na fronteira entre ecossistemas : interações tróficas e os processos ecossitêmicos bromelícolas /

Piccoli, Gustavo Cauê de Oliveira. January 2015 (has links)
Orientador: Gustavo Quevedo Romero / Banca: Patricia Hoffmann / Banca: Michel Varajão Garey / Banca: Paula Munhoz de Omena / Banca: Lilian Casatti / Resumo: A predação é uma interação entre espécies com forte impacto na estrutura e dinâmica dos ecossistemas, não só em ambientes aquáticos e terrestres, mas também de forma conectiva em ecótonos onde a fronteira entre eles é tênue. O microcosmo natural misto contido em bromélias tanque, ou seja, formado por componentes terrestres e aquáticos, é um sistema favorável para estudos sobre os efeitos interecossistêmicos da predação e seus reflexos sobre os processos ecossistêmicos bromelícolas. Nesta Tese busquei por meio de observações e experimentos em campo elucidar questões comportamentais e ecológicas de um predador terrestre, a aranha Corinna demersa (Corinnidae) e sua relação com os organismos aquáticos e processos ecossistêmicos contido nos fitotelmatas de bromélias tanque em uma área de Mata Atlântica no litoral sudeste brasileiro. No primeiro capítulo, reconheci a interação exclusiva deste predador com bromélias tanque, habitat o qual ele utiliza durante todo seu ciclo de vida com comportamentos adaptados a este ambiente. No segundo capítulo, identifiquei os efeitos diretos e indiretos deste predador terrestre em uma comunidade aquática simplificada e comparei a intensidade da cascata trófica causada por ele, pelo predador aquático e por ambos. Os principais resultados foram os efeitos letais diferenciados do predador terrestre e aquático entre os grupos de detritívoros e a interação antagonística entre eles refletida na sobrevivência total das presas aquáticas. Reconheci a influência da qualidade dos detritos sobre a intensidade das cascatas tróficas desencadeadas pelos predadores sobre a fragmentação de detritos. A cascata ocasionada pelo predador aquático pode ser mais intensa que a ocasionada pelo predador terrestre em determinado tipo de detrito, porém também é amortecida ou intensificada pelo efeito interativo dos predadores sobre os detritívoros. No último capítulo, testei o efeito... / Abstract: Predation is a kind of ecological interaction that strongly influences the structure and dynamic of not only terrestrial and aquatic ecosystems, but also in a connective way in the ecotones where the borders lines are thin. Tank bromeliads provide a naturally mixed microcosm, composed by both terrestrial and aquatic elements, being suitable for the study of across-ecosystems predation effects, and the consequences in the bromeliad ecosystem effects. In our study we aimed to elucidated behavioral and ecological issues of the terrestrial predator, the spider Corinna demersa (Corinnidae), and its relationship with aquatic organisms and the ecosystem processes present in the tank bromeliads of the Atlantic Rainforest in the southeastern coast of Brazil. In the first chapter we identify the exclusive interaction between this predator and tank bromeliads, being the habitat where the spider spends its whole life, showing particular behaviors adapted to this environment. In the second chapter the direct and indirect effects of this predator in an aquatic and simplified community were identified, being the intensity of the trophic cascade compared when initiated by the terrestrial predator, by the aquatic and both. The main results point out the distinct lethal effects between terrestrial and aquatic predators and their antagonistic interaction, which results in the total survivor of aquatic preys. We documented the influence of the quality of detritus on the intensity of trophic cascades triggered by predators over the fragmentation rate of detritus. A cascade generated by the aquatic predator may be more intense than that generated by the terrestrial predator in a specific type of detritus, although it could be either diminished or enhanced due to the interactive effect of predators over detritivorous. In the last part, we verified the effect of the food availability by the presence of a terrestrial prey, on the interaction between C. demersa ... / Doutor

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