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Reações de profissionais de saúde diante do risco de morte em criançasFrança, Maria Dulce de January 2005 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. / Made available in DSpace on 2013-07-15T23:44:11Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / A palavra morte traz consigo alguns atributos como dor, ruptura, interrupção e tristeza. Designa o fim absoluto do ser humano e de todo ser vivo, fim de um vínculo, de uma época ou até mesmo de uma idéia. Numa posição antagônica, a morte coexiste com a vida, o que não a impede de ser angustiante, mesmo para profissionais de saúde, para os quais esse fenômeno faz parte do cotidiano. Uma realidade constante na vida desses profissionais é a confrontação regular com o processo de morrer, com a morte e com o luto. A intensidade desse confronto aumenta quando se trata de crianças, sobretudo em unidades de terapia intensiva de hospitais. Caracterizar as reações dos profissionais de saúde diante do risco de morte em crianças internadas em UTI possibilita um conhecimento para instrumentar os processos de preparação de profissionais para lidar com esse tipo de fenômeno. Os sujeitos observados foram profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem) que trabalhavam em uma UTI Pediátrica de um hospital beneficente infantil, localizado no Planalto Serrano no interior de Santa Catarina. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um roteiro de entrevista, elaborado a partir da definição e decomposição das variáveis presentes da pergunta de pesquisa em aspectos específicos que constituem as reações (atuação, sentimentos, emoções, pensamentos, receios, preocupações e expectativas) dos profissionais de saúde diante do risco de morte de crianças sob seus cuidados. Os dados mostram que as reações dos profissionais indicam necessidade de treinamento para lidar com o risco de morte e com suas decorrências. Há uma tendência à fuga e à esquiva das condições aversivas (técnicas, administrativas ou sociais) relacionadas ao risco de morte das crianças. Há diferenças nas reações e preocupações dos funcionários em função das respectivas formações profissionais. Em geral parece haver um deslocamento da atenção sobre a criança para outras circunstâncias que podem trazer ou trazem desconforto para os profissionais. Os dados evidenciam a necessidade de uma melhor capacitação profissional para lidar com as múltiplas exigências em relação ao risco de morte de crianças em uma UTI. Exigências que extrapolam a formação técnica em relação a fenômenos e processos biológicos, fisiológicos, legais e administrativos, atingindo processos psicológicos, sociais, políticos e éticos.
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