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Excreção cervicovaginal do vírus da imunodeficiência humana (HIV) ao longo do ciclo menstrual em mulheres soropositivas acompanhadas em serviço especializado de São Paulo / Human immunodeficiency virus (HIV) cervicovaginal shedding during the menstrual cycle in seropositive women followed at a specialized care center in São Paulo

Carla Andreia Baggetti Ferraz de Lima 14 January 2008 (has links)
A via sexual é a principal forma de transmissão inter-humana da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Com o incremento do número de mulheres infectadas por esse agente retroviral, o estudo de particularidades da biologia do vírus no trato genital feminino adquiriu maior importância. Com o objetivo de avaliar a excreção genital do HIV ao longo do ciclo menstrual, coletaram-se, nas diversas fases de dois ciclos, lavados cervicovaginais de 17 mulheres soropositivas para essa infecção e acompanhadas em serviço ambulatorial especializado de São Paulo. O RNA viral livre foi quantificado por RT-PCR e o DNA proviral por PCR em tempo real, empregando sistema TaqMan. Avaliou-se ainda a carga viral plasmática de HIV, o número de células CD4+ periféricas e presença de co-infecção genital. Detectou-se excreção de RNA-HIV e de DNA proviral, respectivamente, em 18,8% e 31,3% das pacientes. Todas as pacientes que apresentaram excreção de RNA viral também exibiram a de DNA proviral, incluindo paciente com viremia de HIV indetectável. Não houve variação significativa da excreção genital do vírus durante o ciclo menstrual. Em 6 dessas pacientes, que apresentaram co-infecção genital previamente à admissão no estudo, avaliou-se também a excreção genital de HIV quando da co-infecção. Em 2 casos, a excreção genital do DNA-HIV foi superior na vigência de co-infecção causada por Streptococcus sp e Ureaplasma. Não se observou excreção de RNA viral livre nas pacientes co-infectadas. Os resultados obtidos podem contribuir para o entendimento do potencial de transmissibilidade sexual da infecção por HIV e reiteram a necessidade de adesão às práticas de sexo protegido para evitar sua transmissão inter-humana / The sexual route is the main means of transmission of the human immunodeficiency virus (HIV). With the increasing numbers of HIV-infected women, the investigation of particular biological features of HIV infection in the genital tract has become more important. To evaluate HIV genital shedding during the menstrual cycle, we collected cervicovaginal lavages (CVL) from 17 women, assisted at an HIV outpatient clinic in São Paulo, in different hormonal phases during 2 cycles. HIV-RNA and proviral DNA shedding were quantified using RT-PCR and a TaqMan real-time PCR assay, respectively. In addition, patients were screened for genital coinfections and had their HIV plasma viral loads and CD4+ cell counts assessed. Cell-free HIV-RNA and proviral DNA shedding were found in 18.8% and 31.3% of women. All patients who shed HIV-RNA were also shown to present detectable proviral DNA in their CVL, including one woman with undetectable HIV plasma viral load. No significant difference in viral shedding was seen among menstrual cycle phases. Six patients from the cohort, who exhibited genital coinfections previous to admission to the study, had their HIV genital shedding compared at time of coinfection and after its resolution. In two of them proviral DNA shedding was higher at the time of coinfection, caused by Streptococcus sp and Ureaplasma. No cell-free HIV-RNA shedding was detected in coinfected patients. Our results may contribute to the understanding of HIV sexual infectivity from women and emphasize the need for adherence to protected sexual practices in order to avoid viral transmission.
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Excreção cervicovaginal do vírus da imunodeficiência humana (HIV) ao longo do ciclo menstrual em mulheres soropositivas acompanhadas em serviço especializado de São Paulo / Human immunodeficiency virus (HIV) cervicovaginal shedding during the menstrual cycle in seropositive women followed at a specialized care center in São Paulo

Lima, Carla Andreia Baggetti Ferraz de 14 January 2008 (has links)
A via sexual é a principal forma de transmissão inter-humana da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Com o incremento do número de mulheres infectadas por esse agente retroviral, o estudo de particularidades da biologia do vírus no trato genital feminino adquiriu maior importância. Com o objetivo de avaliar a excreção genital do HIV ao longo do ciclo menstrual, coletaram-se, nas diversas fases de dois ciclos, lavados cervicovaginais de 17 mulheres soropositivas para essa infecção e acompanhadas em serviço ambulatorial especializado de São Paulo. O RNA viral livre foi quantificado por RT-PCR e o DNA proviral por PCR em tempo real, empregando sistema TaqMan. Avaliou-se ainda a carga viral plasmática de HIV, o número de células CD4+ periféricas e presença de co-infecção genital. Detectou-se excreção de RNA-HIV e de DNA proviral, respectivamente, em 18,8% e 31,3% das pacientes. Todas as pacientes que apresentaram excreção de RNA viral também exibiram a de DNA proviral, incluindo paciente com viremia de HIV indetectável. Não houve variação significativa da excreção genital do vírus durante o ciclo menstrual. Em 6 dessas pacientes, que apresentaram co-infecção genital previamente à admissão no estudo, avaliou-se também a excreção genital de HIV quando da co-infecção. Em 2 casos, a excreção genital do DNA-HIV foi superior na vigência de co-infecção causada por Streptococcus sp e Ureaplasma. Não se observou excreção de RNA viral livre nas pacientes co-infectadas. Os resultados obtidos podem contribuir para o entendimento do potencial de transmissibilidade sexual da infecção por HIV e reiteram a necessidade de adesão às práticas de sexo protegido para evitar sua transmissão inter-humana / The sexual route is the main means of transmission of the human immunodeficiency virus (HIV). With the increasing numbers of HIV-infected women, the investigation of particular biological features of HIV infection in the genital tract has become more important. To evaluate HIV genital shedding during the menstrual cycle, we collected cervicovaginal lavages (CVL) from 17 women, assisted at an HIV outpatient clinic in São Paulo, in different hormonal phases during 2 cycles. HIV-RNA and proviral DNA shedding were quantified using RT-PCR and a TaqMan real-time PCR assay, respectively. In addition, patients were screened for genital coinfections and had their HIV plasma viral loads and CD4+ cell counts assessed. Cell-free HIV-RNA and proviral DNA shedding were found in 18.8% and 31.3% of women. All patients who shed HIV-RNA were also shown to present detectable proviral DNA in their CVL, including one woman with undetectable HIV plasma viral load. No significant difference in viral shedding was seen among menstrual cycle phases. Six patients from the cohort, who exhibited genital coinfections previous to admission to the study, had their HIV genital shedding compared at time of coinfection and after its resolution. In two of them proviral DNA shedding was higher at the time of coinfection, caused by Streptococcus sp and Ureaplasma. No cell-free HIV-RNA shedding was detected in coinfected patients. Our results may contribute to the understanding of HIV sexual infectivity from women and emphasize the need for adherence to protected sexual practices in order to avoid viral transmission.

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