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O encontro das psicólogas com o "social" no CRAS/SUAS: entre o suposto da igualdade e a concretude da desigualdadeSantos, Luane Neves January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Este trabalho teve por objetivo analisar como a desigualdade social, materializada no contato com populações pobres e vulneráveis socialmente, repercute na profissional psicóloga e em sua atuação no CRAS/SUAS. Utilizou-se como aporte teórico a teoria da subjetividade proposta por González Rey e produções brasileiras sobre a desigualdade social, com ênfase na teoria de Jessé Souza. Optou-se pela metodologia qualitativa para estudo da subjetividade, a partir da perspectiva sócio histórica, uma vez que esta incorpora a dialética entre objetividade e subjetividade, no esforço para articular o sujeito ao seu processo social e histórico. Considerando o envolvimento da pesquisadora com o tema, recorreu-se a análise da implicação enquanto recurso metodológico e mecanismo ético-político para interlocução com a pesquisa. A definição do instrumento seguiu a lógica da dinâmica conversacional, almejando transformar a pesquisa em um espaço de construção de sentido. A coleta de dados ocorreu no ambiente laboral das seis psicólogas participantes, requerendo entre dois e três encontros individuais. As conversas foram estimuladas através de comentários e inserção de temas e reflexões, de modo aberto, ainda que contemplassem quatro eixos norteados: 1) trajetória pessoal e familiar; 2) trajetória profissional; 3) o trabalho na assistência social básica; 4) hipóteses explicativas da desigualdade social. A análise dos dados desenvolveu-se como um processo construtivo-interpretativo, no qual após transcrição das conversações, foram conduzidas várias leituras do material coletado, visando seleção de indicadores, destacados pelo aspecto emocional e simbólico que revelavam. Foram então construídos os núcleos de sentido das configurações subjetivas de cada participante, para posteriormente elaborar as zonas de sentido, articulando elementos das subjetividades individuais e social. As sínteses das vivências singulares foram agrupadas em seis zonas de sentidos: 1) hipóteses explicativas sobre a desigualdade social; 2) enfrentamentos da desigualdade social; 3) a dicotomia social X psicológico; 4) a atuação no CRAS frente à concretude da desigualdade social; 5) o (des)preparo das psicólogas para atuar na assistência social básica; 6) a má fé institucional na assistência social básica. A análise destes dados permitiu perceber que o trabalho na assistência social insere as psicólogas em dinâmicas laborais, nas quais vivenciam posições subjetivas referentes à condição de oprimidas e opressoras, construindo práticas
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atravessadas por sentidos subjetivos que culpabilizam os usuários por sua condição social e naturalizam o fenômeno da desigualdade social. As participantes apresentaram sentimentos de frustração, impotência, angústia e sofrimento, numa dinâmica que alia compaixão e conformação frente às hipóteses explicativas de uma realidade social com forte estratificação. A visão dicotômica, em que demandas sociais não são vistas em relação com as demandas psicológicas, leva a uma atuação fragmentada, influenciada pelos modos de enfrentamento da desigualdade social. Os resultados indicam a necessidade de reposicionar as práticas para atuar na dimensão subjetiva dos problemas sociais, produzindo novas tecnologias e reflexões sobre o lugar social das técnicas, aliado a um trabalho que oportunize espaços de expressão para os usuários, visualizando potências sem perder de vista os limites impostos pelos determinantes sociais e compreendendo a transformação da realidade social como responsabilidade coletiva e cotidiana.
This study aimed to investigate how social inequality - manifested in the contact with socially vulnerable populations - has repercussions in psychologists and their work at CRAS/SUAS. González Rey's theory of subjectivity was the theoretical basis used, along with Jessé Souza's papers on social inequality. The study of subjectivity has been done using the qualitative methodology with a socio-historical perspective. Such frame of reference has been chosen due to an effort to relate the subject to its social and historical process, it incorporates the dialectic between objectivity and subjectivity. Considering the researcher's involvement with the theme, implication analysis has been employed both as a methodological resource and ethical-political mechanism to dialogue with the study. The definition of the research instrument followed the Conversational Dynamics Model, which has transformed the study into a process in which meaning could be built to its participants. Data collection took place at the participant Psychologists' workplace and required about two and three individual meetings. The conversations were stimulated through comments and the presentation of themes and reflections that contemplated four different topics: 1) personal and family related trajectory; 2) professional trajectory; 3) professional practice at basic welfare; 4) explanatory hypothesis of social inequality. The data analysis has been developed as a constructive-interpretative process, where the transcripted conversations were read several times in order to select indicators that stood out by the emotional and symbolic aspects they revealed. The following step was the formulation of meaning nuclei of the subjective configurations of each participant, which lead to the elaboration of zones of meaning that articulates elements of social and individual subjectivities. The summaries of the singular experiences were grouped in six zones of meaning: 1) explanatory hypothesis concerning social inequality; 2) confrontation of social inequality; 3) the social vs. psychological dychotomy; 4) working at CRAS while facing the reality of social inequality; 5) the psychologists' unpreparedness to work at basic welfare; 6) the institutional disbelief in basic welfare. The data analysis showed that the professional practice at welfare places the psychologists in labor dynamics in which they experience the subjective positions of being at once the oppressors and the oppressed. Through such positions, the psychologists have built practices that are affected by subjective meanings that blame their clients for their social condition, thus naturalizing the phenomenon of social inequality. The participants have showed feelings of frustration, impotence, anguish, and suffering, while showing compassion and resignation when faced with the explanatory hypothesis of a strongly stratified social reality. A dichotomous point of view - in which social demands are not seen as related to psychological demands - leads to a fragmented profissional practice. The study's results suggest the need to change the professional practice in order to operate on the subjective dimension of social problems, yielding new technologies and reflections on the social place of techniques. Furthermore, the professional practice should provide spaces where the clients can express themselves and can be understood in their possibilities and limitations provided by social determinants. / Salvador
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Análise da atividade das psicólogas de CRAS do vale do Sabugi-PBMedeiros, Luann Glauber Rocha 26 February 2015 (has links)
Submitted by Maria Suzana Diniz (msuzanad@hotmail.com) on 2015-11-09T14:41:28Z
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Previous issue date: 2015-02-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This work has as main objective to carry out an analysis of psychologists activity Social Assistance Reference Centers - CRAS the cities of the micro-region of the Paraíba Valley Sabugi call. The actions promoted by CRAS these cities are of great importance to maintaining a social welfare and social and economic promotion of families in vulnerable situations. It is of great importance to understand the work of the technical staff of these CRAS. The study included four psychologists who work in the five cities that make up the aforementioned micro-region of the state, and one of these psychologists working in two cities, with ages ranged between 24 and 36 years, with experience times ranging from six months to 10 years. From a theoretical point of view, this study made use of the knowledge arising from the Ergonomic of the activity, the Psychodynamics of work and Ergology. The method employed is a non-experimental design of qualitative nature, combining semi-structured interviews and observations in the workplace. For analysis, we used the content analysis feature by building themes, being established four categories of analysis. The known risks and working conditions, shows deficits in terms of infrastructure and what the risks faced by respondents in developing its activity, both social and in terms of transport, among others. In the second phase, this was the task and activity of the psychologists themselves, showing they report that their activities permeate from the individual attention to technical and bureaucratic activities. In the third category, the training was discussed, which is insufficient for the performance of them in the CRAS, which is reflected in the activity of the interviewees. Finally, it addressed the question of recognition, which, according to them, is given more by users than by management. / Esta dissertação tem como objetivo geral a realização de uma análise da atividade de psicólogas de Centros de Referência de Assistência Social - CRAS das cidades de uma microrregião da Paraíba chamada Vale do Sabugi. As ações promovidas pelos CRAS destas cidades são de grande importância para manutenção de um bem estar social e promoção social e econômica das famílias em situação de vulnerabilidade. É de grande importância entender o trabalho de parte do corpo técnico destes CRAS. Participaram do estudo quatro psicólogas que atuam nas cinco cidades que formam a supracitada microrregião do estado, sendo que uma destas psicólogas trabalha em duas cidades, com idades que oscilavam entre 24 e 36 anos, com tempos de experiência variando de seis meses a 10 anos. Do ponto de vista teórico, este estudo se valeu dos conhecimentos advindos da Ergonomia da Atividade, da Psicodinâmica do Trabalho e da Ergologia. Metodologicamente, utilizou-se um delineamento não experimental de cunho qualitativo, combinando-se entrevista semiestruturadas e observações no local de trabalho. Para análise, empregou-se o recurso da análise de conteúdo através da construção de categorias temáticas, sendo estabelecidas quatro categorias de análise. A denominada riscos e condições de trabalho, evidencia os déficits em termos de infraestrutura e quais os riscos enfrentados pelas entrevistadas no desenvolvimento de sua atividade, tanto sociais, quanto em termos de transportes, dentre outros. No segundo momento, tratou-se da tarefa e atividade propriamente ditas das psicólogas, mostrando que elas relatam que suas atividades perpassam desde o atendimento individual até atividades de técnicas e burocráticas. Na terceira categoria, discutiu-se a formação, que é insuficiente para a atuação delas nos CRAS, o que se reflete na atividade das entrevistadas. Por último, abordou-se a questão do reconhecimento, o qual, segundo elas, dá-se mais por parte dos usuários que pela gestão.
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