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[en] DISCONTENT AT SCHOOL: TENSIONS BETWEEN THE SINGLE AND THE COMMON / [pt] MAL-ESTAR NA ESCOLA: TENSÕES ENTRE O SINGULAR E O COLETIVOMARIO ORLANDO FAVORITO 21 March 2019 (has links)
[pt] A articulação entre psicanálise e educação para pensar o mal-estar na escola remonta aos primórdios da constituição da primeira. Se podemos encontrar em S. Freud uma oscilação entre o papel inibidor que caberia à educação e, por outro lado, um veio libertário, na medida em que esta acolhesse em seus objetivos a realidade pulsional na criança, há uma outra linha de pensamento na psicanálise que vai de S. Ferenczi a D. W. Winnicott, que permite outros encaminhamentos para a abordagem deste tema, especialmente na sua expressão atual. Esta tese objetiva investigar o que pode a psicanálise frente ao mal-estar na escola atual usando como ferramentas a genealogia do poder disciplinar e do biopoder em M.
Foucault para compreender a emergência da categoria criança-aluno, os conceitos de norma e normalização para discutir os processos de medicalização e de patologização de crianças e de jovens no ambiente escolar na sociedade de controle e, finalmente, o pensamento de D. W. Winnicott e sua teoria do
amadurecimento psíquico e seus desdobramentos. Aponta-se, ainda, para a propriedade desta teoria da constituição subjetiva precoce e de seus desdobramentos, que permitem pensar as formas de inserção na cultura, para os encaminhamentos diferentes do mal-estar na escola atual, compreendido como despotencialização do viver criativo. / [en] The articulation between psychoanalysis and education to think about the discontent in school dates back to the beginnings of the constitution of the former. If we can find in S. Freud an oscillation between the inhibiting role which had to be done by education and, on the other hand, a libertarian trace, in that this hosts into its objectives the instinctual reality in the child, there is another line of thought in psychoanalysis that goes from S. Ferenczi to D. W. Winnicott which allows other referrals to this theme approach, especially in its current expression. This thesis aims to investigate what psychoanalysis can do against the discontent in the current school using as tools the genealogy of the disciplinary power and the biopower in M. Foucault to understand the child-student category emergency, the standard and standardization concepts to discuss the medicalization and pathologizing processes of children and youth in the school surroundings in the control society and, finally, D. W. Winnicott s thought and his psychic maturing theory and its developments. It is still aimed to the property of this theory of the early subjective constitution and its developments, which allow to think the forms of insertion into the culture, to the different referrals of the discontent in the current school, understood as creative living disempowerment.
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A educação preventiva no desenvolvimento da criança: o entristecimento e a necessidade de adoção de ações redutoras de vulnerabilidades para a "educação psíquica" / Preventive education in child development: sadness and the need to adopt actions that reduce vulnerabilities for "psychical education"Lima, Fernando Falabella Tavares de 28 March 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-03-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This dissertation was elaborated having theoretical research as method. A broad
bibliographic review about the theme of prevention at school was conducted. The
research problem is related to why preventive education with children in the schools
should be started, and with what purpose. Moreover, it suggests guidelines to direct
this issue. The dissertation s hypothesis are: 1) It is necessary that children develop
the possibility of enduring experiences, frustrations, sadness and satisfaction since
childhood, learning the limits that are necessary to live in society and that are
imposed by life, so that they can incorporate preventive attitudes into their life. 2) To
incorporate preventive attitudes throughout life, it is fundamental that the prevention
work begins during childhood. Incorporating these preventive attitudes into daily life,
by means of this educational work carried out since childhood, the subject would be
more capable of taking precautions against the use of risk and even against
dependence on psychotropic drugs, or against other compulsive behaviors that can
also be harmful to human existence. If we understand prevention as education, the
long and dedicated follow-up conducted with students in schools (the ideal place for
this work, as it congregates parents, students and teachers without many gaps) will
be an attempt to help them respect their own psyche, know their own vulnerability.
Using the principle of harm reduction, they can make options, in the future, that are
less harmful than the use of risk and dependence on psychotropic drugs; thus, they
can refrain from adopting other compulsive, repetitive and thoughtless behaviors that
do not allow them to know and face reality. Renowned researchers show that children
are capable of absorbing the reality in which they live, provided that this reality is
neither concealed nor denied by the adults, and provided that lies are not told to them
and their capacity to think is not disrespected. According to psychoanalysis, young
children can learn to live with frustrations, limitations and sorrows that are present in
their daily life; they can learn to cope with mourning, with the anguish of not knowing
and, thus, they gradually learn how to live within their own reality. The playing
approach is a considerable help to these processes. Also, the teacher is
indispensable and he should be prepared, since his studies, to assume the work
regarding the students vulnerability and harm reduction, using, in a healthy way, the
fascination he exercises over them and the transference that pervades this
relationship. The dissertation confirms that preventive education should begin in the
early stages of children s lives, in the schools. It should be conducted by means of
continued actions that are able to reduce vulnerability levels and increase the
capacity for tolerating the frustrations and difficulties of human existence. It is a
harder path, but a reliable one; as for difficulties, they will always be present in our
lives, challenging us / Esta tese foi realizada tendo como método a pesquisa teórica, por meio de ampla
revisão bibliográfica sobre a temática da prevenção nas escolas. O problema de
pesquisa está ligado ao por que e ao para que se iniciar a educação preventiva, com
crianças, nas escolas. E, ainda, sugere diretrizes para o direcionamento desta
questão. As hipóteses da tese, são: 1) é necessário que a criança desenvolva a
possibilidade de suportar experiências, frustrações, tristezas e satisfações, desde a
infância conhecendo os necessários limites impostos pela vida, quando se pretende
viver em sociedade, para que possa incorporar atitudes preventivas em sua vida. 2)
Para incorporar atitudes preventivas ao longo da vida, é fundamental iniciar o
trabalho e prevenção na infância. Incorporando essas atitudes preventivas ao
cotidiano, por meio de trabalho educativo realizado desde a infância, o sujeito estaria
mais apto a prevenir-se em relação ao uso de risco e à própria dependência de
drogas psicotrópicas, ou em relação a outros comportamentos compulsivos, que
também podem ser danosos à existência humana.Se, entendemos por prevenção
educação, o longo e dedicado acompanhamento feito junto aos alunos, nas escolas
(lugar ideal para este trabalho, por congregar pais, alunos e professores, sem muitos
hiatos), na tentativa de ajudá-los, a partir do respeito, pelo próprio psiquismo, a ser
exercitado desde logo; a partir do conhecimento da própria vulnerabilidade; a partir
do princípio da redução de danos que, desconstruindo os modelos teóricos
preventivos baseados em normas proibicionistas e atemorizadoras, ainda muito
presentes nas escolas brasileiras, opta por um caminho difícil e realista, que respeita
as possíveis opções danosas já feitas e vai, aos poucos, mostrando a realidade aos
alunos, para que, no futuro possam fazer opções que lhes sejam menos prejudiciais
que o uso de risco e a dependência de drogas psicotrópicas; para que deixem de
lado outros comportamentos compulsivos, repetitivos e irrefletidos que não lhes
permitem conhecer e enfrentar a própria realidade. Se, tudo isso é tão importante,
por que negar tal oportunidade às crianças? Por que não começar por elas e dar-lhes
esse apoio mais longo e eficaz, até a adolescência? Pois, pesquisadores respeitados
demonstram que a criança tem capacidade de absorção da realidade em que vive,
desde que não lhe seja, pelos adultos, escamoteada e até negada essa mesma
realidade; desde que não lhe sejam passadas mentiras e não lhe seja desrespeitada
a capacidade de pensar, mas, como entende a psicanálise, que desde cedo possa
aprender a conviver com frustrações, limitações, tristeza, presentes no seu dia a dia;
que possa aprender a lidar com o luto, com a angústia do não-saber e, assim, vá
aprendendo a viver dentro da própria realidade. Nestes casos, conta-se ainda com a
ajuda respeitável da abordagem lúdica. Todo esse quadro faz crescer a figura do
professor que, apesar de tantas dificuldades, deveria ser preparado, desde os seus
estudos, a assumir esse trabalho de respeito ao que acima ficou dito, quanto à
vulnerabilidade e redução de danos dos alunos, usando ainda, sadiamente, o
fascínio que exerce sobre esses e a transferência que permeia essa relação. A tese
defendida comprova que a educação preventiva deveria iniciar-se, juntos às
crianças, nas escolas. Realizada por meio de ações continuadas que possam reduzir
os níveis de vulnerabilidade e aumentar a capacidade de tolerar as frustrações e as
dificuldades da existência humana. É o caminho mais difícil, parece-me, mas só
confio nele; quanto às dificuldades, estarão sempre presentes em nossas vidas,
desafiando-nos
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