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Vagares da alma : elaborações ameríndias acerca do sonharSantos, Júlia Otero dos 08 March 2010 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2010. / Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2011-04-02T23:22:35Z
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2010_JuliaOteroSantos.pdf: 2752996 bytes, checksum: 088afbdf007b831f57b7f938760ed9cc (MD5) / Essa dissertação versa sobre os significados dos sonhos para alguns povos ameríndios a partir da leitura de etnografias e artigos que abordam de alguma forma o universo onírico. Para diversos povos, os sonhos são o momento de materialização do invisível, da alma (soul) em um espaço-tempo que não se opõe necessariamente ao real. Representada muitas vezes pelo nome alma, a idéia de uma sombra, sopro ou self parte integrante da pessoa parece remeter à noção de um Outro de Si. Na tentativa de compreender os sentidos dos sonhos ameríndios e da alma, traço um paralelo entre o conceito de alma conforme pensado pelos ameríndios e o conceito de inconsciente segundo a psicanálise freudiano-lacaniana na medida em que ambos buscam refletir sobre a experiência de uma parte da pessoa a qual o sujeito não (se) tem acesso. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This is a dissertation about the meanings of dreaming among the peoples of Lowland South America, based on a reading of ethnographies that deal in some way with the dream universe. For several peoples, dreaming is the moment of materialization of the invisible in a space-time which is not necessarily opposed to the real. Often represented as a soul, the idea of a shadow, breath or self that is a part of the person seems to refer to the notion of an Other of the Self. In an attempt to understand the meanings of this soul and Amerindian dreaming, I risk a parallel between the concept of soul as thought by Amerindians and the concept of the unconscious according to Freudian-Lacanian psychoanalysis, starting from the idea that both seek to reflect on the experience of a person’s part to which the subject has no access (itself).
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Significados da maternidade para mulheres que vivenciaram a violência obstétricaRibeiro, Patrícia Brito 30 March 2017 (has links)
Submitted by Patrícia Ribeiro (patriciabrito.r@gmail.com) on 2017-06-01T03:51:06Z
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Dissertação versão final.pdf: 1547456 bytes, checksum: 3d0d37a8d8e7dd290bddc21c22005903 (MD5) / Approved for entry into archive by Hozana Azevedo (hazevedo@ufba.br) on 2017-08-21T11:52:06Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Dissertação versão final.pdf: 1547456 bytes, checksum: 3d0d37a8d8e7dd290bddc21c22005903 (MD5) / A violência obstétrica é uma forma de violência de gênero, entendida como ações realizadas pelos profissionais de saúde, sejam elas físicas ou verbais, que anulam a autonomia da mulher nas decisões sobre o seu corpo e seu processo reprodutivo, através de uma assistência desumanizadora, do abuso da medicalização e da patologização dos processos naturais. No contexto de uma atenção obstétrica marcada por atos de violência, cabe uma reflexão sobre as emoções e as particularidades de cada vítima. A partir da perspectiva semiótica da Psicologia Cultural este estudo tem como objetivo geral compreender como as mulheres que vivenciaram a violência obstétrica constroem os significados da maternidade. Trata-se de um estudo de caráter qualitativo e exploratório, que utilizou como delineamento o estudo de casos múltiplos. Participaram do estudo quatro mulheres com idades de 28 a 34 anos, escolaridade da alfabetização ao ensino superior incompleto. Residentes e naturais da cidade do Salvador, três das participantes vivenciaram a experiência do parto em instituições públicas de Salvador e apenas uma participante experienciou o parto em uma instituição pública na cidade de São Paulo. Os instrumentos utilizados na pesquisa foram uma ficha de dados sociodemográficos e uma entrevista narrativa sobre violência obstétrica. Os dados foram analisados na perspectiva categorial baseada em conteúdo. Os resultados mostraram narrativas contrastantes e foram apresentados em duas subseções: (a) narrativas marcadas pela presença do discurso de violência obstétrica e (b) narrativas marcadas pela ausência do discurso de violência obstétrica. Os resultados, de modo geral, mostraram que todas as participantes foram afetadas pela violência obstétrica. Apesar de terem vivenciado a experiência de violência obstétrica de formas distintas, todas as participantes utilizaram o apoio familiar e a crença religiosa para lidar com a experiência do parto. Em relação as condições de emergência semiótica, os resultados sugerem que a tensão e a ambivalência parecem não ser constantes, pressupõe-se que flutuam entre período de baixa, média e alta tensão e ambivalência. A experiência da violência obstétrica contribuiu para emergência de novos significados da maternidade como força e plenitude. / Obstetric violence is a form of gender violence, understood as actions carried out by health
professionals, whether physical or verbal, that annul the autonomy of women in decisions about
their body and their reproductive process, through dehumanizing assistance, Abuse of
medicalization and the pathologization of natural processes. In the context of obstetric attention
marked by acts of violence, it is necessary to reflect on the emotions and particularities of each
victim. From the semiotic perspective of Cultural Psychology this study has the general
objective to understand how women who have experienced obstetric violence construct the
meanings of motherhood. This is a qualitative and exploratory study, which used as a study the
multiple case study. Four women aged 28 to 34 years, literacy level in incomplete higher
education participated in the study. Residents and natives of the city of Salvador, three of the
participants experienced the experience of childbirth in public institutions in Salvador and only
one participant experienced delivery in a public institution in the city of São Paulo. The
instruments used in the research were a socio-demographic data sheet and a narrative interview
on obstetric violence. Data were analyzed from a content-based categorical perspective. The
results showed conflicting narratives and were presented in two subsections: (a) narratives
marked by the presence of obstetric violence discourse and (b) narratives marked by the absence
of obstetric violence discourse. The results, in general, showed that all participants were
affected by obstetric violence. Although they experienced the experience of obstetric violence
in different ways, all participants used family support and religious belief to deal with the
experience of childbirth. Regarding the conditions of semiotic emergence, the results suggest
that tension and ambivalence do not seem to be constant, they are assumed to fluctuate between
low, medium and high voltage periods and ambivalence. The experience of obstetric violence
contributed to the emergence of new meanings of motherhood as strength and fullness.
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Era uma vez... contos de fadas e identidade étnica na infância / Once upon a time... fairy tales and ethnic identity at childhoodDoria, Andréa dos Santos 31 August 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The goal of this research was to analyze the influence of fairy tales at quilombola and non-quilombola children’s racial identity. Two studies were made about this theme. For the first study, it was possible to verify the racial identity profile from all the attendees. The sample had 179 white children, not-white children and quilombola ones, from both sex, from six to ten years. The racial identity was evaluated considering categorization, self-categorization and emotional categorization from their belongings. White children self-categorized themselves as white children (98%), 46,2% of the not-white children considered themselves as white and 53,8% as black; 69% of quilombola children declared that they were black people. Not-white children like a little bit/nothing of their belongings (56,3%), 66,1% of quilombola children and 54,9% of white children like a lot/more or less of their belongings. White children identified themselves strongly and positively if related with the rest of the group, while the quilombola ones presented a bigger identification with their ethnical group, if compared with the not-white ones. In the study number 2, the influence of fairy tales with white and not-white models about the identity of both quilombola and not-quilombola children was analyzes with 56 children, all from study 1. Half of the children heard the white version of the tail, while the other half heard the black version. The racial identity was evaluated after the tail audition. It was verified that the white children identified themselves with their own group, considering the ethnicity of the models saw during the tails. The identification with the own group increased among children not white and quilombola that heard the tail with black models, comparing with the white ones. To sum up, the fairy tales with black models in position of social valorization positively influenced the racial identity of quilombola and not white children. / O objetivo dessa pesquisa foi analisar a influência dos contos de fadas na identidade racial de crianças quilombolas e não quilombolas. Dois estudos investigaram o tema. No Estudo I, verificou-se o perfil da identidade racial dos participantes. A amostra foi composta por 179 crianças brancas, não brancas e quilombolas, de ambos os sexos, de seis a dez anos. A identidade racial foi avaliada através da categorização, autocategorização e avaliação emocional da pertença. Crianças brancas se autocategorizam como brancas (98%), 46,2% das não brancas se autocategorizam como brancas e 53,8% como negras; e 69% das quilombola se autocategorizam como negras. As crianças não brancas gostam pouco/nada de sua pertença (56,3%), 66,1% dos quilombolas e 54,9% das brancas gostam muito/mais ou menos de sua pertença. Crianças brancas identificam-se fortemente e positivamente com seus grupos, enquanto as quilombolas apresentam maior identificação com o seu grupo étnico comparadas às não brancas. No estudo II, a influência dos contos de fadas com modelos brancos e não brancos sobre a identidade de crianças quilombolas e não quilombolas foi analisada em 56 crianças brancas, não brancas e quilombolas, participantes do Estudo I. Metade das crianças ouviu o conto na versão branca, e metade o ouviu na versão negra. A identidade racial foi avaliada após a audição do conto. Verificou-se que as crianças brancas identificaram-se com seu próprio grupo a despeito da etnia dos modelos vistos durante a audição dos contos. A identificação com o próprio grupo aumentou nas crianças não brancas e quilombolas que ouviram o conto com modelos negros em comparação as que ouviram o conto com modelos brancos. Conclui-se que os contos de fadas com modelos negros em posição de valorização social influenciam positivamente a identidade racial das crianças quilombolas e não brancas. Palavras-chave:
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