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Sobre o que transborda: narrativas de histÃrias de vida atravessadas pelo HIV e outras histÃrias / About what overflows: narratives of life stories crossed by HIV and other storiesBrÃgia da Silva Amaro Lelis Moraes 19 June 2017 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Essa pesquisa tem como objetivo compreender os sentidos dados pelos sujeitos que vivem com HIV/AIDS Ãs suas experiÃncias e aos sentimentos vivenciados nesse processo de reconhecimento ou negaÃÃo das metamorfoses identitÃrias. Ã, pois, um estudo em Psicologia Social CrÃtica, com um embasamento teÃrico-metodolÃgico construÃdo a partir da obra de pensadores contemporÃneos das teorias crÃticas. Aqui, entendida como este constante olhar de questionamento sobre a realidade posta. A metodologia utilizada, de carÃter qualitativo, encontra no mÃtodo de narrativas de histÃria de vida uma possibilidade interessante de conhecimento da subjetividade humana. Partimos de uma concepÃÃo de sujeito que se implica no processo de constituiÃÃo de suas experiÃncias e, portanto, deve ser ouvido enquanto tal. Nesse sentido, nÃo foi utilizado um questionÃrio previamente estruturado para a realizaÃÃo das entrevistas, que aconteceram a partir das seguintes questÃes disparadoras: âQuem vocà Ãâ? âComo vocà se tornou quem vocà à hojeâ, âQuais seriam seus planos de futuro, agora?â. A anÃlise dos relatos trazidos se dà a partir da proposta teÃrica metodolÃgica apresentada por Ciampa, Almeida e Lima que preza pelos relatos de um narrador sobre sua existÃncia atravÃs do tempo e os processos de negaÃÃo e reconhecimento identitÃrio. Os fragmentos de narrativas aqui apresentadas perfazem a constituiÃÃo, em linhas gerais, de trÃs personagens diferentes. Um efeito narrativo que conecta formas de vida no que elas trazem de mais frÃgil. TrÃs formas de vida que nos convidam a um mergulho em suas realidades distintas e que dizem muito sobre os sentidos dados à experiÃncia de viver a exclusÃo e o medo. Apresentamos aqui o cerne de uma pesquisa que busca compreender a vida. Mais que trazer relatos dos marcadores biolÃgicos de uma doenÃa que preocupa autoridades sanitÃrias em todo o mundo, este trabalho busca entender o modo como, todos os dias, damos continuidade as nossas histÃrias. Como consideraÃÃes finais, falamos de quem somos e de como nos estruturamos a partir do resultado dinÃmico da reposiÃÃo constante de tudo que compÃe nossas trajetÃrias em narrativas de vida outras que, por vezes, refletem a nÃs mesmos.
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O homem-mÃquina na cibercultura: anÃlise teÃrico- crÃtica de signos de esportividade / The Machine Man in the Ciberculture: theoretical-critical analysis of sportivity signsValdemir Pereira de Queiroz Neto 00 March 2018 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / Este estudo tem por preocupaÃÃo central a inserÃÃo da psicologia social crÃtica no debate
contemporÃneo acerca da esportividade como valor-signo mediatizado pelo mercado,
considerando a experiÃncia dos sujeitos no uso e domÃnio das novas tecnologias. No contexto
da cibercultura, problematiza os imperativos culturais da esportividade, refletindo sobre como
os sujeitos se apropriam deles, como um vetor significativo de produÃÃo de suas
subjetividades. Portanto, objetivamos analisar de que forma o valor sÃgnico de esportividade Ã
utilizado, em alianÃa com o consumo e as novas tecnologias, na produÃÃo de um homem
constituÃdo por meio do contato com a onipresente mÃquina hipertecnolÃgica. A tese a ser
defendida à a de que a esportividade congrega valores cultuados socialmente, ajusta-se de
forma lucrativa e se imiscui nas prÃticas humanas como uma racionalidade ideal para os
propÃsitos de exploraÃÃo capitalista, direcionada ao homem-maquinizado. Retomamos a
discussÃo da IndÃstria Cultural, atualizada com as noÃÃes oriundas da cibercultura e das redes
sociais, como instÃncia simbÃlica e fonte produtora de novas constituiÃÃes humanas,
crescentemente mediadas pela tecnologia. Partimos do referencial teÃrico frankfurtiano para
compreender e analisar as manifestaÃÃes em redes sociais dos indivÃduos, hoje, constituÃdos
pela interaÃÃo intensificada com as mÃquinas comunicacionais e tecnolÃgicas.
Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa teÃrico-empÃrica, de natureza qualitativa e de
inspiraÃÃo crÃtica, em que nos valemos da proposta da teoria crÃtica, cuja abordagem
microlÃgica concebe o particular como um valioso Ãndice que remete ao todo. Deste modo,
elegemos o fenÃmeno da esportividade para investigaÃÃo como um Ãndice capaz de desvelar a
totalidade dos ideais culturais relevantes na contemporaneidade. Por meio do recorte da
esportividade, buscamos estabelecer relaÃÃes com os campos do trabalho, lazer e consumo.
Em seu desenvolvimento, primeiramente, discutimos as atuais formas de produÃÃo cientÃfica,
a partir das relaÃÃes entre razÃo instrumental, tecnologia e maquinizaÃÃo do homem e
exploramos as noÃÃes de tÃcnica e tecnologia (Escola de Frankfurt), atualizando essa
discussÃo com pensadores contemporÃneos para evidenciar as caracterÃsticas desse constructo
histÃrico definido como homem-mÃquina. Em seguida, apontamos elementos histÃricos
ligados ao esporte e suas vinculaÃÃes com os valores mercantis encontrados nos signos
contemporÃneos de esportividade e descrevemos o ciberespaÃo e seus aspectos tecnoculturais
como campo de comunicaÃÃo interativa entre indivÃduos e as redes virtuais. Visamos, assim, a
uma anÃlise sobre a ocupaÃÃo desse ambiente virtual, resultante do grande avanÃo das
tecnologias da informaÃÃo e comunicaÃÃo, pelos signos de esportividade como ideal de
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performance do homem contemporÃneo. Em nossas anÃlises, descrevemos redes sociais com
foco nas atividades fÃsico-esportivas, lazer nÃo esportivo, sociabiidade tecnolÃgica e trabalho.
Sistematizamos os signos de esportividade em 4 categorias de expressÃes temÃticas: 1)
InstrumentalizaÃÃo Racional no LÃdico; 2) EspetÃculo das mÃquinas esportivizadas; 3)
SacrifÃcios e doaÃÃes/doar e doer; 4) InsÃgnias dos Rankings, recordes e faÃanhas. Deste
modo, buscamos contribuir com a reflexÃo, a partir de uma anÃlise teÃrico-crÃtica, sobre as
implicaÃÃes psicossociais e Ãticas da atual adoÃÃo do ideal de esportividade para diversas
esferas da vida humana. / This essay has as its main concern the insertion of the Critical Social Psychology in the
contemporaneous debate about the sportivity as a signic value mediatized by the market,
considering the experience of subjects in the usage and control of new technologies. In the
cyberculture context, the sportivity cultural imperatives are problematized, reflecting on how
subjetcs apropriate such values as a significant vector of production of their subjetivities.
Therefore, we objet to analysethe way the sportivity signic value is used, in alliance with
consumption and new technologies in the production of a man constituted through the everpresent
hyertechnological machine. The thesis to be deffended is that the sportivity holds
values socially worshiped/valued, it is projected in a profitable way and it mingles into human
practices as an ideal rationalityto the purposes of the capitalistic exploitation directed to the
machined-man. We revisit the Culture Industry discussion, updated with the concepts brought
up from the cyberculture and social networks as a symbolic figure and producing source of
new human constitutions, risingly mediated by technology. From the frankfurtian theoretical
we aim at comprehending and analyzing thepersonal publicization in social networks, at
present, constituted by the intensified interaction with the communicational and technological
machines. Methodologicly, it is an empirical-theoretical research of qualitative nature and
critical inspiration, in which we are guided by the Critical Theory proposal, whose
micrological approach conceives the particular as a valuable index addressed to the whole
scenario. This way, the sportivity phenomenom is elected for investigation as an index
capable of disclosing a totality of cultural ideals relevant in contemporaneity. Through the
sportivity prisma, we aim at establishing relations with work, leisure and consumption fields.
In its development, firstly, current forms of scientifical productions are discussed and from
the relations among instrumental rationality, technology e and human macinizing we explore
concepts of technique and technology (Frankfurt School), updating this discussionwith
contemporary authorsto display charecteristics of this historical construct defined as Manchine.
Afterwards, historical elemnets linked to sports are pointed outand its associations with
market values found in contemporaneous signs sportivity and we describe cyberspace and
technocultural aspects as a field of interactive communication among subjects and virtual
networks. Thus, we object an analysis on the occupation of this virtual ambience, which is
result of the great advances in Communication and Information technologies, via sportivity
signs as ideals of performanceof the contemporary human. In our analysis, we have described
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social networks focused on physical and sports activities, non-sports-like leisure activities,
technological sociability activities and work activities. We have arranged the presentation of
the sportivity signs divided into category groups named 1) serious games; 2) spectacle of
sportivized machines; 3) sacrifices and pain devotion; 4) Badges of rankings, records and
deeds. This way, from a theoretical-critical analysis, we search for a contribution to the
reflection on ethical and psychosocial implications of the current adoption of the sportivity
ideal to various espheres of human life.
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A reforma psiquiÃtrica como projeto inacabado: por uma crÃtica da clÃnica e da polÃtica / The psychiatric reform as an unfinished project: by a critique of the clinic and politicsRaquel Rubim da Rocha GuimarÃes 00 September 2018 (has links)
nÃo hà / O presente estudo pretende discutir as implicaÃÃes das CondiÃÃes de Cuidado sobre o modo de cuidar em um Centro de AtenÃÃo Psicossocial (CAPS) no municÃpio de Fortaleza. As CondiÃÃes de Cuidado discutidas aqui sÃo inspiradas nos estudos da filÃsofa Judith Butler, compreendendo-as como entidades nÃo estÃticas, porÃm, instituiÃÃes e relaÃÃes sociais reproduzÃveis que sustentam e apreendem determinadas vidas. Esta pesquisa qualitativa utilizou como mÃtodo de anÃlise e coleta de dados o DiÃrio de Campo, que nÃo se limita ao registro dos dados, mas, convoca o pesquisador a se implicar com o campo atravÃs da escrita, tornando-se uma ferramenta de registro, afetaÃÃo e interlocuÃÃo. Foram utilizadas extensas anotaÃÃes sistemÃticas e gravaÃÃes das reuniÃes de equipe (denominadas Roda de Conversa) durante sete encontros semanais. Ao longo do trajeto de pesquisa sÃo apontadas as mudanÃas metodolÃgicas necessÃrias à entrada da pesquisadora no campo prÃtico, redefinindo todo o objetivo inicial. Buscou-se pautar as anÃlises sob a Ãptica da Psicologia Social CrÃtica na interlocuÃÃo com diferentes autores da Reforma PsiquiÃtrica de cunho antimanicomial. Nesta direÃÃo, tornou-se importante um resgate histÃrico para compreensÃo das mudanÃas nas polÃticas de assistÃncia à saÃde mental brasileira desde o final da dÃcada de 1970, sinalizando, inclusive, as mudanÃas tÃcnicas assistenciais a partir de 2015, com a mudanÃa na gestÃo da CoordenaÃÃo-Geral de SaÃde Mental, Ãlcool e Outras Drogas, apontadas por alguns trabalhadores e estudiosos da SaÃde Mental, como retorno Ãs prÃticas manicomiais. Em seguida sÃo apresentadas as reuniÃes de forma sequencial, com a proposta de tornar mais fÃcil a leitura e a compreensÃo do desenho da pesquisa. A partir deste capÃtulo e da demarcaÃÃo de algumas temÃticas, foram traÃadas e discutidas trÃs categorias de anÃlise: Acolhimento em SaÃde Mental, Apatia e Adoecimento do Trabalhador do CAPS e CondiÃÃes de Cuidado. As crÃticas elaboradas estiveram comprometidas com a proposta da âdesinstitucionalizaÃÃoâ, importante conceito para o movimento de transformaÃÃo do cuidado. Por Ãltimo, sÃo tecidas consideraÃÃes pertinentes para que a Reforma se torne um projeto permanente de questionamento das aÃÃes de cuidado e suas interseÃÃes com as condiÃÃes polÃtico-sociais.
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ExperimentaÃÃes, aprisionamentos e posicionamentos: narrativas de histÃria de vida de pessoas que passaram por tratamento em comunidades terapÃuticas / Experimentation, imprisonments and positioning: narratives of life history of person who has been treated in therapeutic communities.Renata Bessa Holanda 15 February 2016 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Esse estudo se trata de uma pesquisa em Psicologia Social CrÃtica, que toma como base teÃrica-metodolÃgica autores das teorias crÃticas contemporÃneas. Tem como objetivo compreender as experiÃncias de sujeitos que passaram por tratamentos em comunidades terapÃuticas e os efeitos destas nas metamorfoses identitÃrias. A pesquisa tem carÃter qualitativo, e està ancorada no mÃtodo de narrativas de histÃria de vida, o qual possibilitou um amplo relato acerca do que foi vivenciado pelos participantes da pesquisa, reconhecendo-os como sujeitos ativos e implicados, e nÃo simplesmente indivÃduos assujeitados ao seu processo de produÃÃo de cuidado. Para essas entrevistas, nÃo estabelecemos previamente um questionÃrio estruturado, mas nos orientamos por duas perguntas disparadoras: âquem à vocÃ?â e âcomo vocà se tornou quem vocà à hoje?â. A partir disto, nossa pesquisa contou com dois participantes, que falaram das experiÃncias concernentes a este recorte de realidade. Para anÃlise das narrativas que os sujeitos trouxeram, seguimos a proposta apresentada por Ciampa e Lima, organizando cada uma das personagens vividas pelos sujeitos, de modo a construir cada trajetÃria individual. Dividimos as narrativas dos participantes em momentos importantes de suas vidas, destacando as primeiras experimentaÃÃes das drogas e suas consequÃncias, as internaÃÃes e as experiÃncias de tratamento, o uso de drogas e os impactos nas relaÃÃes interpessoais, a religiÃo e o uso de drogas, os efeitos destes usos e das internaÃÃes e o posicionamento atual frente ao uso de drogas e Ãs comunidades terapÃuticas. Como consideraÃÃes finais deste estudo, destacamos os impactos que pudemos perceber dos tratamentos das comunidades terapÃuticas na vida destes sujeitos, discutindo sobre as formas de aprisionamentos, as polÃticas de cuidado impostas, os processos de estigmatizaÃÃo e hegemonia do saber tÃcnico-psiquiÃtrico e a importÃncia de se pensar formas do que chamamos de cuidados polÃticos, que promovam maior autonomia e emancipaÃÃo nos processos vivenciados por estas pessoas. / This study is a research in Critical Social Psychology, which takes as its theoretical and methodological basis authors of contemporary critical theories. It aims to understand the experiences of persons that have been treated in therapeutic communities and how they affected identity metamorphosis. This is a qualitative research, and is anchored in the method of life history narratives, which enabled a comprehensive report on what was experienced by the participants, recognizing them as active and involved subjects, and not as just subjects who does not understand about their care production processes. For these interviews, we did not previously established a structured questionnaire, but we are guided by two triggering questions: "Who are you?" and "how you became who you are today?". From this, our research involved two participants, who spoke of their experiences concerning this reality clipping. To analyze the content that subjects brought, we followed the proposal of Ciampa and Lima, organizing each of the characters experienced by subjects in order to build each individual trajectory. The narratives of the participants were divided into important moments of their lives, highlighting the first trials of drugs and its consequences, hospitalizations and experiences of treatment, drugs uses and the impacts on interpersonal relationships, religion and drug use, the effects of these uses and hospitalizations and the current position relative to the use of drugs and therapeutic communities. As conclusion of this study, we highlighted the impacts that we could realize the therapeutic communities treatments caused in the life of these subjects, discussing forms of imprisonment, imposed care policies, stigmatization processes and the hegemony of technical and psychiatric knowledge and the importance of thinking about ways on we called political care, promoting greater autonomy and empowerment in the process experienced by these people.
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