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O atendimento a envolvidos em violência: concepções de psicólogos sobre gênero e violência conjugal / The assistance to violence involved subjects: conceptions of psychologists on gender and conjugal violence

Oliveira, Danielle Cristina de 22 July 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-23T14:38:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTACAO_OLIVEIRA,_Danielle_Cristina[1].pdf: 1138419 bytes, checksum: ad0baf4923ec42d9b6817c93ef3c3b19 (MD5) Previous issue date: 2005-07-22 / O Movimento Feminista contribuiu para o debate público sobre gênero e violência conjugal. A violência conjugal foi discutida a partir da concepção dualista: homem - agressor versus mulher- vítima e entendida como violência contra mulher. A emergência de produções acadêmicas que analisavam a violência conjugal por enfoques teóricos que contestavam essa visão dualista possibilitou o entendimento do tema por meio dos múltiplos papéis de homens e mulheres numa relação afetiva violenta. O referencial relacional não ignora as produções culturais em torno do gênero e da etnia, que produzem diferenças de poder entre o casal, entretanto defende que a compreensão das violências entre cônjuges não pode ser reduzida a idéia de subalternidade feminina. Considerando esses contextos, o estudo investigou concepções de gênero e violência conjugal dos nove psicólogos que trabalhavam em programas públicos que atendem envolvidos em violência conjugal na Grande Vitória, por meio de entrevista semi estruturada que abordou os seguintes temas: atendimento psicológico, gênero, conjugalidade e violência conjugal. As práticas psicológicas se caracterizaram por uma diversidade de atendimentos: atendimentos clínicos, a terapia de casal, as orientações psicológicas, os trabalhos de grupos e por trabalhos em parceria com outras especialidades principalmente o direito e o serviço social. Destacam-se os seguintes significados: gênero foi considerado uma relação de poder entre homens e mulheres, construída socialmente, ainda fortemente influenciada pelos papéis tradicionais homem - provedor e mulher-cuidadora. Em geral, a violência conjugal é entendida como um processo de opressão mediado por relação de poder desigual entre homens e mulheres, expresso por agressões físicas e psicológicas. Os psicólogos assumem portanto, uma postura pró-feminista, existindo basicamente dois estilos de ação. Uma parte desenvolve ações referenciadas aos princípios do movimento feminista, assumindo exclusivamente um papel de defesa da mulher violentada, esses entrevistados atendem predominantemente mulheres e demonstram em seus discursos influências marcantes de uma concepção dualista. A outra parcela de psicólogos também considera as assimetrias entre os gêneros, porém constrói as práticas psicológicas pela mediação de conflitos entre homens e mulheres, considerando claramente os custos das cobranças de gênero e as conseqüências da violência conjugal para homens e mulheres aproximando-se do referencial relacional. / The Feminist Movement contributed to the public debate on gender and conjugal violence. Conjugal violence has been discussed from the dualist conception: man-aggressor versus woman-victim and understood as violence against women. The emergence of academic works which analyzed conjugal violence by theoretical approaches, and that contested this dualist view, made possible the understanding of the subject by means of the multiple roles of men and women in a violent affective relation. The relational referential does not ignore the cultural productions on gender and ethnicity, which produce differences of power within the couple, although defends that the comprehension of violence between partners cannot be reduced to the idea of feminine subalternity. Considering these contexts, this study investigated conceptions on gender and conjugal violence of the nine psychologists who worked in public programs that assist those involved in conjugal violence in Greater Vitória, ES, Brazil, by means of a semi-structured interview that covered the following themes: psychological assistance, gender, conjugality, and conjugal violence. The psychological practices were characterized by a diversity of assistances: clinical assistances, the couple s therapy, the psychological orientation, the groups therapy, and practices in cooperation with other specialties, mainly law and social service. The main meanings were highlighted: gender was considered a relation of power between men and women, socially constructed, still strongly influenced by the traditional roles of man provider and woman nurturer. In general, conjugal violence is understood as a process of oppression mediated by an unequal power between men and women, expressed by physical and psychological aggression. The psychologists assume, therefore, a pro-feminist posture, existing basically two styles of action. One part develops actions with reference to the principles of the feminist movement, assuming exclusively a role of defense of the battered women; these interviewees assist predominantly women and demonstrate in their speeches clear influences of the dualist conception. The other group of psychologists also consider the non-symmetries between genders, but constructs the psychological practices by the mediation of conflicts between men and women, clearly considering the costs of the gender charge and the consequences of conjugal violence for men and women approaching the relational referential.
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Material lúdico e construção de histórias: relação mãe-criança em tratamento do câncer infantil / Playful material and storytelling: mother-child relations in child cancer treatment

Sachetim, Yara Lúcia Martins 26 May 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:40:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Yara Lucia Martins Sachetim.pdf: 820979 bytes, checksum: cc3aa4044ad0e34c27558b2fc87dd4c3 (MD5) Previous issue date: 2009-05-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The current study had as an aim to give children with cancer and their family a space in the waiting room of chemotherapy lounges, allowing them to express themselves in relation to their health and disease through playful material. This study took place in the waiting room of a Children s Chemotherapy Lounge in a hospital in the state of Paraná. Six children, ages 5 to 9, with different types of cancer at different stages, participated in the study. Pairs were formed, mother and child, in which they had to make up a story based on the playful material, dolls and objects which were provided by the researcher. The playful material was composed of representations of 4 daily situations: at home, at the hospital, at school and at the park. The data analysis was divided into two groups: data-collected procedure analysis and content-based, waiting-room observation analysis. A good relationship between mother and child was confirmed. The majority of the stories told by the mothers referred to the tragedy they and their children have gone through since the disease began, while the children made references to other parts of their lives (school, friends and recreation). Most of the mothers were intrusive, and therefore didn t allow the children to play much. Some mothers found the playful material to be of little or no importance. The storytelling varied a lot depending on the pair participating. The scene presented itself as being an adequate and viable resource for reaching the proposed objectives of the study and could be included in the daily routine of the institution. Bearing in mind that this cannot be an unsupervised activity if the aim is to achieve of promotion and favoring of the relationship development. A coordinator is necessary to stimulate the playful process of the mother and child, promoting the mother s listening to the child s playfulness, to aid the mothers in order for them to develop their holding potential and to better elaborate the living conditions of those undergoing treatment / O presente trabalho teve como objetivo possibilitar às crianças que vivem com câncer, juntamente com seu familiar, um espaço na sala de espera do ambulatório de quimioterapia, onde pudessem expressar-se a respeito da dialética saúdedoença, por meio de atividade lúdica. A pesquisa foi realizada na Sala de Espera do Ambulatório de Quimioterapia Infantil de um Hospital do Paraná. Participaram da atividade 6 crianças, na faixa etária entre 5 e 9 anos, com diferentes tipos de câncer e em diferentes fases do tratamento. Foram formadas duplas, compostas pelas crianças e suas mães, as quais deveriam criar uma história a partir do material lúdico confeccionado pela pesquisadora e dos bonecos e objetos disponibilizados. O material lúdico era composto de quatro cenários representativos do cotidiano: casa, hospital, escola e parque. A análise de dados foi dividida em dois grandes grupos: análise do procedimento de coleta e análise de conteúdo das histórias e observação da sala de espera. Verificou-se que as mães apresentavam boa relação vincular com a criança. A maior parte das histórias contadas pelas mães referiu-se à trajetória vivida por elas e seus filhos a partir do adoecimento destes, enquanto as crianças fizeram referência a outras dimensões de suas vidas (escola, amigos, atividades de lazer). A maior parte das mães mostrou-se intrusiva, fazendo com que as crianças brincassem pouco. Notou-se que para algumas mães o lúdico apresentou-se como sendo algo sem importância. A criação das histórias deu-se de formas variadas, de acordo com a dupla participante. O cenário apresentou-se como sendo um recurso adequado e viável para atingir os objetivos propostos na pesquisa e que pode ser inserido na rotina da instituição. Porém, não pode ser uma atividade livre, para cumprir sua função de promover o desenvolvimento e favorecer as relações vinculares. Necessita de um coordenador para estimular o processo lúdico da criança e da mãe, promover a escuta da mãe em relação ao lúdico da criança, auxiliar as mães para que possam desenvolver seu potencial de holding e elaborar as vivências do tratamento
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A NOTIFICAÇÃO DA VIOLÊNCIA, O ATENDIMENTO PSICOLÓGICO E A REDE DE PROTEÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: O OLHAR DE PROFISSIONAIS DO SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS / NOTIFICATION OF VIOLENCE, PSYCHOLOGICAL ASSISTANCE AND THE NETWORK OF PROTECTION DEVELOPED FOR CHILDREN AND ADOLESCENTS: THE PERSPECTIVE OF PROFESSIONALS WORKING IN THE SYSTEM OF GUARANTEE OF RIGHTS

Faraj, Suane Pastoriza 20 March 2014 (has links)
Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado do Rio Grande do Sul / This Master s Thesis discusses the notification of violence, the psychological assistance provided to children and adolescents who suffer violence and the network of protection for them, from the perspective of professionals that work in the services of the System of Guarantee of Rights. It is a qualitative, exploratory and descriptive study, accomplished in the context of the Child and Adolescent Protection Precinct, Public Prosecutor s Office and three Child Protection Agencies of a city in Rio Grande do Sul. Three child protection agents, one police chief and one public prosecutor participated in the study. Semi-structured interviews were used, and analyzed using content analysis. This thesis is composed of four articles, one theoretical and three empirical. The theoretical article presents a reflection about the assistance towards the child or adolescent who experienced a situation of violence in the perspective of the System of Guarantee of Rights. The first empirical article approaches a comprehension of the network of protection and the way it works in cases involving violence against children and adolescents. It highlights challenges and possibilities of enforcing the rights of such population. The second article presents the procedures of the Child Protection Agencies, Child and Adolescent Protection Precinct and Public Prosecutor s Office after receiving a notification of violence involving children and adolescents. Moreover, it approaches the advances, hindrances and challenges regarding the notification of violence. The last article discusses the psychological assistance provided to children and adolescents facing violence in the context of social assistance policies. It also presents the perceptions and the perspectives about psychological assistance. Results suggest that the interviewed professionals understand the network of protection recommended by the Statute of the Child and Adolescent and its functioning. They highlight the relevance of the joint efforts in cases involving violence, regarding effectively protecting and promoting the rights of children and adolescents. Results also indicate several procedures of the defense agencies after the notification of violence, among them, the referral for psychological services, characterized as a service through which the subjects are allowed to talk about the violence they suffered, under an atmosphere of support and protection. Final considerations highlight the importance of strengthening the network of protection, as well as the need to educate the society about notification, aiming at coping with violence and protecting children and adolescents. In conclusion, the relevance of training professionals is emphasized, focusing on the development of integrated and coordinated actions, so as to interrupt historical practices, in the context of policies and rights towards children and adolescents. / A presente dissertação de mestrado versa sobre a notificação da violência, o atendimento psicológico oferecido às crianças e adolescentes em situação de violência e a rede de proteção da população infanto-juvenil, a partir do olhar de profissionais que atuam nos órgãos que compõem o Sistema de Garantia de Direitos. Trata-se de um estudo de delineamento qualitativo e caráter exploratório e descritivo, realizado junto à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, Ministério Público e três Conselhos Tutelares, de um município do Rio Grande do Sul. Participaram do estudo três conselheiros tutelares, um delegado de polícia e um promotor de justiça. Foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas, as quais foram analisadas por meio de análise de conteúdo. Esta dissertação é composta por quatro artigos, sendo um teórico e três empíricos. O artigo teórico apresenta uma reflexão a cerca do atendimento à criança e ao adolescente que vivenciaram uma situação de violência na perspectiva do Sistema de Garantia de Direitos. O primeiro artigo empírico apresenta a compreensão da rede de proteção e o funcionamento desta nos casos envolvendo violência contra a criança e o adolescente. Aponta ainda, os desafios e as possibilidades da efetivação dos direitos da população infanto-juvenil. O segundo apresenta os procedimentos de órgãos Conselho Tutelar, Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e Ministério Público após o recebimento de uma notificação de violência envolvendo crianças e adolescentes. E ainda aborda os avanços, obstáculos e desafios da notificação da violência. O último abarca o atendimento psicológico oferecido à criança e ao adolescente em situação de violência no âmbito da política de assistência social. Apresenta ainda, as percepções e as perspectivas quanto ao atendimento psicológico. Os resultados sugerem que os profissionais entrevistados compreendem a rede de proteção preconizada no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o seu funcionamento. Apontam a importância do trabalho conjunto e articulado nos casos envolvendo violência para a efetivação das ações de proteção e promoção dos direitos. Indicam diversos procedimentos dos órgãos de defesa diante de uma notificação da violência, dentre eles, o encaminhamento para atendimento psicológico que se constitui num espaço em que é possível falar sobre a violência e receber apoio e proteção. As considerações finais destacam a importância do fortalecimento da rede de proteção, assim como, a necessidade de conscientizar a sociedade a respeito da notificação a fim de possibilitar o enfrentamento da violência e a proteção da população infanto-juvenil. Por fim, destaca-se a relevância de capacitar os profissionais para que estes possam desenvolver ações integradas e articuladas e romper com as antigas práticas presente nos percurso histórico dos direitos e políticas de atenção à infância e adolescência.

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