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Caracterização morfofisiológica e molecular de isolados de Phytophthora palmivora da pupunheira

Lopes, Heloise Volpe January 2016 (has links)
Orientador : Prof. Dr. Álvaro Figueredo dos Santos / Co-orientador : Prof. Dr. Dauri José Tessmann / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agronomia. Defesa: Curitiba, 28/02/2016 / Inclui referências : f. 56-64 / Área de concentração: Produção vegetal / Resumo: A área plantada com pupunheira (Bactris gasipaes Kunth var. gasipaes Henderson) para a produção de palmito tem aumentado nos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Tocantins, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Nestas regiões, os plantios dessa palmeira são atacados pela doença conhecida como podridão da base do estipe (PBE), associada ao oomiceto Phytophthora. As plantas doentes apresentam amarelecimento da primeira e segunda folha aberta e da folha bandeira seguido de morte da touceira. Há poucos trabalhos sobre a etiologia desta doença. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi caracterizar com base em características morfológicas, fisiológicas e moleculares, os isolados de Phytophthora provenientes de plantios de pupunheira visando a sua identificação específica. Utilizou-se 31 isolados de Phytophthora oriundos de plantios de pupunheira dos estados de São Paulo (Eldorado, Cajati e Registro), Paraná (Paranaguá e Morretes) e Santa Catarina (Massaranduba, Garuva e Joinville). Avaliou-se o crescimento micelial dos isolados de Phytophthora sp. em oito temperaturas (8, 12, 16, 20, 24, 28, 32 e 36 °C), o aspecto das colônias, a produção de esporângios, clamidósporos e oósporos. Foram realizadas medições de 50 estruturas de cada isolado. Procedeu-se análise molecular dos isolados com base nas regiões ITS1 e ITS2 e Cox1 e Cox2. Foram observados três padrões de colônia classificados em ligeiramente estrelado, estrelado e cotonoso, sendo o ligeiramente estrelado mais frequente. Não houve crescimento micelial nas temperaturas de 8 °C e 36 °C, sendo a temperatura ótima de 23,7 °C. Os esporângios foram caracterizados como papilados e caducos, elipsoides, em sua maioria, com medidas entre 21,1 - 84,8 ?m de comprimento e 17,4 - 41,7 ?m de largura, com pedicelos curtos, entre 0,4 - 6,6 ?m formados em ontogenia simpodial. A relação comprimento/largura (C/L) variou de 1,3 - 1,9. As papilas mediram entre 0,9 - 11,2 ?m de profundidade e 0,5 - 11,4 ?m de largura. Clamidósporos mediram de 20,0 - 53,6 ?m de diâmetro e 0,3 - 4,4 ?m de espessura de parede, apresentaram-se globosos, terminais e intercalares. Todos os isolados tiveram natureza heterotálica, pertencentes ao tipo A1. Os oósporos globosos, apleróticos e sem ornamentações nas paredes mediram de 26,0 - 63,6 ?m, com anterídios anfígenos e oogônios medindo entre 32,2 - 72,4 ?m. Com base nas características morfofisiológicas e moleculares, os isolados de pupunheira foram enquadrados na espécie Phytophthora palmivora (Butler) Butler. Palavras-chave: Taxonomia, Oomiceto, Bactris gasipaes, Patologia Florestal, etiologia. / Abstract: The area planted with peach palm (Bactris gasipaes) for palm heart production has increased in Brazil, especially in the states of Bahia, Espirito Santo, Rio de Janeiro, Tocantins, São Paulo, Paraná and Santa Catarina. In these regions, both young and adult plantations of this palm tree are attacked by several diseases, standing out the disease known as stem base rot (SBR), which is associated to the oomycete Phytophthora. Diseased plants are characterized by yellowing of the first and second open leaf and the flag leaf followed by the death of the clump. There are few studies on the etiology of this disease. Thus, the main objective of this study was to characterize the Phytophthora isolates from peach palm and thirty one isolates of Phytophthora originated from peach palm plantations from the states of São Paulo (Eldorado, Cajati and Registro), Paraná (Paranaguá and Morretes) and Santa Catarina (Massaranduba and Joinville) were used in order to obtain their specific identification. It was evaluated the mycelial growth of Phytophthora sp. isolates in eight temperatures (8, 12, 16, 20, 24, 28, 32 e 36 °C), the aspect of the colonies and the production of sporangia, chlamydospores and oospores. Also, measurements of the each structure were taken being 50 structures per isolate. It was proceeded the molecular analysis of the isolates based on the analysis of the ITS1 and ITS2 and Cox1 and Cox2 regions. It was observed three colony patterns classified into slightly starry, starry and cottony, being the slightly starry the most frequent. There was no mycelial growth at 8 °C and 36 °C and the optimum temperature range for growth was 23.7 °C. Sporangia presented, mostly ellipsoid, measurements between 23.7 - 84.8 ?m long and 17.4 - 41.7 ?m wide and were characterized as papillate, caducous, with pedicels long to short, measuring between 0.4 - 6.6 ?m, formed in simpodial ontogeny. The length/width ratio (L / W) ranged from 1.3 - 1.9. The papillae measured between 0.9 - 11.2 ?m deep and 0.5 - 11.4 ?m wide. Chlamydospores measuring between 20.0 - 53.6 ?m in diameter and 0.3 - 4.4 ?m of wall thickness, were globular, terminals and intermediate. All isolates were classified as heterothallic, belonging to A1 type. Oospores measuring between 26.0 - 63.6 ?m were globose, aplerotic and with unornamented walls, with amphigenous antheridia and oogonia measuring between 32.2 - 72.4 ?m. Based on the morphological, physiological and molecular characteristics, the peach palm isolates belong to the specie Phytophthora palmivora Butler. Key-words: Taxonomy, oomycete, Bactris gasipaes, Forest Patology, etiology.
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Isolamento e identificação de fungos endofíticos da pupunha (Bactris gasípaes Kunth) e caracterização por marcadores moleculares.

Costa Neto, Pedro de Queiroz 27 September 2002 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:21:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissPQCN.pdf: 1591126 bytes, checksum: 47e87d1e295d07b8d7e7495ed953e78b (MD5) Previous issue date: 2002-09-27 / The tropical palm pupunha (Bactris gasipaes Kunth) was domesticated by Amerindians and is cultivated in several countries. In Brazil, the interest is in the agribusiness for heart-of-palm production, although the fruits nutritional value is also interesting. Endophytic microorganisms were isolated from fruit fragments of 18 plants using BDA and PDA (pupunha pulp-dextrose-agar) in the absence of light at 18ºC. In fragments of mesocarp, endocarp and endosperm the presence of endophytic bacteria, yeast and filamentous fungi was observed. The fungal isolates were identified as: Thielaviopsis paradoxa 36.4%, Ceratocystis paradoxa 17.1%, Phomopsis sp. 10.4%, Fusarium sp. 9.7% and Penicillium sp. 2,0%. The infection rate was highest in the mesocarp with 47.7%. More than one isolate was colonizing pupunha fruits in the same plant and in all plants investigated there were endophytes. C. paradoxa showed specificity for mesocarp while T. paradoxa for endocarp and endosperm. T. paradoxa was the most frequent isolate, and was chosen for molecular analysis. The DNA from 22 endophytes was extracted with CTAB and liquid nitrogen. A fragment with 1600 bp was amplified from rDNA by PCR and the purified amplification product was sequenced. The 22 samples had been submitted to the GenBank and all had presented greater similarity with access C. paradoxa (AF043607). The alignment among the 22 endophytes showed little variability among them. The samples were submitted to the TCS program, where gaps were considered as a fifth character, resulting in the identification of nine haplotypes. Among these only two were found in more than one individual. The greatest genetic variability was among the endosperm isolates. The PAUP 4.0 Program, utilizing the distance p method not corrected, was used to obtain a distance matrix and a parsimonious tree by neighbor-joining, with a length of 139 steps. The estimate of the transition/transvertion rate was 1.2, and the base proportions were 27.9% for adenine, 21.5% for cytosine, 21.5% for guanine and 29.1% for thymine. The proportion of invariable sites was 0.476 and the parameter gamma was 0.57; CI=0.897 and RI=0.976. There was little genetic divergence among isolates. The taxons topology was estimated by neighbor-joining, using a 1000 replication bootstrap. The tree was rooted with two outgroups, both of Chalara elegans (AF275509 e AF275482). Three major groups were formed, with one group containing C. paradoxa (AF043607) with all T. paradoxa isolates. No specific groups were formed according to the fragment sampled although some haplotypes from the endocarp and endosperm were grouped closely together. The molecular analysis confirmed the identification of T. paradoxa made from reproductive structures. / A palmeira tropical pupunheira (Bactris gasipaes Kunth) foi domesticada pelos ameríndios e atualmente é cultivada em diversos países. No Brasil possui interesse agroeconômico principalmente para produção de palmito; além disso, o valor nutricional de seu fruto é bastante valorizado. Foi realizado o isolamento de microrganismos endofíticos de fragmentos de frutos de 18 pupunheiras, em meios BDA e PDA (polpa de pupunha-dextrose-ágar) em ausência de luz a 18ºC. A partir de fragmentos do mesocarpo, endocarpo e amêndoa foi observada a presença dos microrganismos endofíticos: bactérias, leveduras e fungos filamentosos. Foram identificados os seguintes táxons: Thielaviopsis paradoxa apresentou freqüência de isolamento de 36,4%, Ceratocystis paradoxa com 17,1%, Phomopsis sp. com 10,4%, Fusarium sp. com 9,7% e Penicillium sp. com 2,0% e o maior índice de infecção foi apresentado pelo mesocarpo com 47,7%. Mais de uma espécie estava colonizando frutos de pupunha em uma mesma planta e em todas as plantas investigadas havia endófitos. C. paradoxa apresentou especificidade pelo mesocarpo enquanto T. paradoxa pelo endocarpo e amêndoa. Por ser o isolado mais frequente T. paradoxa foi escolhido para análise molecular. O DNA de 22 endófitos foi extraído com CTAB e nitrogênio líquido. Um fragmento com 1600 pb foi amplificado a partir do rDNA pela técnica de PCR. A partir da purificação do produto amplificado, foi obtido o sequenciamento de parte da região espaçadora ITS1, ITS2 e gene 5,8S completos, e parte da subunidade maior 28S. As 22 amostras foram submetidas ao GenBank e todas apresentaram maior semelhança com o acesso C. paradoxa (AF043607). O alinhamento realizado entre os 22 endófitos demonstrou pouca variabilidade entre eles. As amostras foram então submetidas ao Programa TCS, onde os gaps foram considerados como um quinto caracter, resultando na identificação de nove haplótipos. Dentre estes somente dois apresentaram mais de um indivíduo e a maior variabilidade genética foi entre os isolados da amêndoa. Por meio do Programa PAUP 4.0, utilizando o método de distância p não corrigida, foram obtidas uma matriz de distância e uma árvore parcimoniosa pelo método agrupamento de vizinhos, com tamanho de 139 passos. A estimativa da taxa de transição/transversão foi de 1,2 e a proporção de bases foi de 27,9% para adenina, 21,5% para citosina, 21,5% para guanina e 29,1% para timina. A proporção de sítios invariáveis foi de 0,476 e o parâmetro gama foi 0,57. O Índice de Consistência foi 0,897 e o de Retenção de 0,976. A matriz demonstrou pouca divergência genética entre os isolados. A topologia dos táxons foi estimada pelo agrupamento de vizinhos, com aplicação de bootstrap com 1000 repetições. A árvore foi enraizada a partir de dois grupos externos, ambos da espécie Chalara elegans (AF275509 e AF275482). Três grupos maiores foram formados, sendo que C. paradoxa (AF043607) originou um grupo com todos os isolados de T. paradoxa. Não houve a formação de grupos específicos por fragmento de isolamento, entretanto, alguns haplótipos isolados do endocarpo e amêndoa foram agrupados juntos. A análise molecular ratificou a identificação realizada por meio das estruturas de reprodução de T. paradoxa.

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