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Evolução petrogenética e metalogenética da Serra da Boa Vista, Quadrilátero Ferrífero - MG / Not available.Luchesi, Ivanir 23 August 1991 (has links)
A área mapeada está localizada a cerca de 15 km a sul do município de Santa Bárbara, Minas Gerais, na porção leste do Quadrilátero Ferrífero, especificamente na folha Catas Altas. As três unidades litoestratigráficas que a compõem são: a seqüência de rochas metaultramáficas do Grupo Quebra Osso, ocupando a porção ocidental, em contato tectonizado com a sequência de rochas metassedimentares da Serra da Boa Vista (porção central), que está em contato tectônico por falha de empurrão com as rochas do Complexo Gnáissico-Migmatítico, que ocupam a porção oriental. A Serra da Boa Vista, alvo principal deste trabalho, é composta de uma seqüência metassedimentar clástica e subordinadamente química, compreendendo cinco unidades principais, da base para o topo: 1) quartzitos, quartzo-mica-xistos e filonitos do contato; 2) metaconglomerado basal, lenticular e descontínuo; 3) unidade aurífera da Mina do Quebra Osso, composta de quartzo-mica-xistos com fuchsita, grafita e pirita abundante e BiF\'s a metacherts subordinados; 4) metaconglomerados E/W, com estratificação gradacional e 5) quartzitos Serra da Boa Vista, com quartzitos brancos e subordinadamente quartzo-mica-xistos. O modelo evolutivo proposto envolve dois ciclos sedimentares em bacia tectonicamente ativa, sendo o inferior de influência de fan aluvial incluindo as três primeiras unidades supra citadas; e o segundo ciclo de influência de \"braided alluvium\" e planície costeira, composto pelas duas últimas unidades. No contexto geológico regional, envolvendo os supergrupos Minas e Espinhaço, a Seqüência da Serra da Boa Vista é interpretada como um fácies transicional. As paragêneses metamórficas observadas e comparação com o contexto regional indicam fácies metamórfico do grau xisto verde médio a superior. A estruturação é de uma sinforma com aba leste em posição invertida e aba oeste em posição normal, formando uma estrutura homoclinal orientada segundo aproximadamente N20W/70NE. As mineralizações em ouro na área mapeada ocorrem em litotipos pertencentes ao Supergrupo Rio das Velhas e à Seqüênciada da Serra da Boa Vista. Estudos mineralógicos-petrográficos e geoquímicos-estatísticos apontam para mineralização na Seqüência da Serra da Boa Vista como originadas por diferentes processos: para a Mina do Quebra Osso, predominam processos de precipitação química sin-sedimentares a sin-diagenéticas em ambiente redutor, com posterior remobilização metamórfica e fixação de ouro em óxidos hidratados de ferro; para os metaconglomerados a origem do ouro seria por deposição detrítica do tipo \"paleoplacer\". Para as formações ferríferas do Supergrupo Rio das Velhas, a geoquímica e forma de ocorrência indicam depósitos \"stratabound\" sendo, a nível interpretativo, considerados de origem singenética. / The mapped area is located around 15 km South of Santa Bárbara, M.G., in the Eastern portion of the Iron Quadrangle. The three main lithostratigraphic units which compose the area are: the metaultramafic sequence of Quebra Osso Group in the Western portion, in tectonized contact with the metasedimentary sequence of rocks of Serra da Boa Vista (in the center), which is in tectonic contact by thrust fault with the Gnaissic-Migmatic Complex, which occupies the Eastern portion. The Serra da Boa Vista, main aim of the present work, is composed of a metasedimentary clastic sequence, and secondly chemical, involving five main units, from base to top: 1) quartzites, quartz-mica-schists and filonites of the contact; 2) basal metaconglomerates, in lenses and discontinuous; 3) the gold-bearing unit of Quebra Osso mine, composed of quartz-mica-schists with fuchsite, grafite and abundant pyrite, and BiF to metachert in minor importance; 4) metaconglomerates E/W, with gradational stratification and 5) the Serra da Boa Vista quartzites, composed of white quartzites and secondly of quartz-mica-schists lenses. The proposed evolution model involves two sedimentary cicles in a tectonic active basin: the lower one of the alluvial-fan type, and the upper one of the braided alluvium type. In a broad geological context including the Minas and Espinhaço Supergroups, the Serra da Boa Vista sequence is interpreted as a transicional facies. The metamorphic paragenesis observed compared to the regional context points to medium-to-superior greenschist metamorphic facies. The structure is sinformal type with the East limb inverted and the West limb normal, forming a homoclinal structure with strike of N20W and dipping 70 NE. The gold mineralizations of the mapped area occur in linotypes of the Rio das Velhas Supergroup and of the Serra da Boa Vista sequence mineralogical-petrographical and geochemical statistical studies point to different processes generating the mineralizations in the Serra da Boa Vista Sequence: for the Quebra Osso mine predominates sin-sedimentary to sin-diagenetic chemical precipitation process with later metamorphic remobilizations and fixation of gold through lateritic process; for the metaconglomerates, the origin of the gold would be due to detritical deposition of the paleoplacer type. For the Archean iron formations of the Rio das Velhas Supergroup, the geochemistry, and shape of the bodies point to stratabound deposits being, on a interpretative level, considered of sin-genetic filiation.
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Geocronologia dos eventos magmáticos, sedimentares e metamórficos na região do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais / Not available.Noce, Carlos Mauricio 07 April 1995 (has links)
O Complexo Belo Horizonte representa um segmento de crosta arqueana, constituído principalmente por gnaisses tipo TTG, bandados e exibindo feições de migmatização (Gnaisse Belo Horizonte). Ocorrem encravadas nos gnaisses pequenas faixas de rochas supracrustais, de natureza vulcano-sedimentar (essencialmente vulcanitos máficos e sedimentos químicos), e corpos granitóides circunscritos. Estes granitóides apresentam aspecto homogêneo, foliação bem desenvolvida, tendo-se posicionado após o evento principal de migmatização do Gnaisse Belo Horizonte. Os dois corpos mais significativos são granitos cálcio-alcalinos de alto K, designados Granito Santa Luzia e Granito General Carneiro. Análises U-Pb em zircões de um mobilizado migmatítico definiram uma discórdia com intercepto superior em 2.860+14/-10 Ma, datando o evento de migmatização do Gnaisse Belo Horizonte. Titanitas do mobilizado e do gnaisse alinharam-se em outra discórdia, com intercepto inferior em 2.041+5 Ma. Esta idade foi interpretada como a do retrabalhamento (metamorfismo) do Evento Transamazônico impresso no Complexo Belo Horizonte. O Granito Santa Luzia posicionou-se em 2.712+51/-4 Ma (idade U-pb em zircão), sendo esta também a idade provável do Granito General carneiro. Obteve-se uma isócrona Rb-sr (rocha total) para o Gnaisse Belo Horizonte de 2.619\'+ ou -\'65 Ma. Os eventos de granitogênese e de rejuvenescimento isotópico dos gnaisses mais antigos devem marcar os estágios finais de estabilização da crosta arqueana na região setentrional do Quadrilátero Ferrífero. No extremo sudoeste do Quadrilátero Ferrífero um pequeno corpo granítico, o Granito salto do Paraopeba, possui idade U-Pb, em zircão, de 2.612\'+ ou -\'5 Ma. Esta idade define, até o presente, o mais novo evento de granitogênese arqueana da região. Ainda no quadro da evolução arqueana, a análise U-Pb em rutilos de uma zona de cisalhamento mineralizada em ouro, cortanto o Grupo Nova Lima, forneceu resultado muito discordante mas com idade mínima de 2.580 Ma. Esse conjunto de determinações geocronológicas, aliado a outros dados da bibliografia. permite delinear um quadro bastante acurado para a evolução da crosta arqueana. Informações adicionais são também fornecidas pelas datações de zircões detríticos, provenientes das unidades supracrustais proterozóicas do Quadrilátero Ferrífero. As mais antigas evidências da existência de núcleos continentais datam de ca. 3.200 Ma. Entretanto, o principal período de geração crustal parece ter ocorrido entre 3.000-2.900 Ma. A partir daí, o trend evolùtivo registra um processo progressivo de amalgamação de blocos continentais, associado a intenso retrabalhamento da crosta primitiva e novos eventos de adição granitoide, além da deposição de sequências supracrustais do tipo greenstone belt (supergrupo Rio das velhas). Resultou desse processo a consolidação de extensa plataforma continental. provavelmente completada com a intrusão dos granitos arqueânos mais jovens, como o Granito Salto do Paraopeba. A bacia de sedimentação do Supergrupo Minas implantou-se sobre essa plataforma, possivelmente ainda no final do Arqueano. Reforça a hipótese o fato de todos os zircões detríticos analisados para a Formação Moeda, unidade basal do Supergrupo Minas, serem mais antigos que 2.600 Ma. As outras unidades estudadas (Grupo Sabará, Grupo Itacolomi e Supergrupo Espinhaço) continham zircões gerados e/ou retrabalhados no Paleoproterozóico. O pacote sedimentar do Supergrupo Minas registra a passagem de sedimentação plataformal (grupos Caraça, Itabira e Piracicaba) para sedimentação sin-orogênica, representada pelo Grupo Sabará, cuja idade máxima de deposição foi determinada em ca. 2.120 Ma. A idade de intrusão do Batólito Alto Maranhão foi determinada por análises U-Pb em titanita e zircão, em 2.124\'+ ou -\'2 Ma. Este corpo, localizado a sul do Quadrilátero Ferrífero, possui composição tonalítica predominante e características geoquímicas indicativas de origem mantélica. Tal assertiva confirma-se pela idade modelo Sm-Nd (TDM) na mesma faixa da idade U-Pb, Portanto, interpreta-se o Batólito Alto Maranhão como uma intrusão pré-colisional, ligada a consumo de crosta oceânica, marcando o estágio inicial do Evento Transamazônico. As idades U-Pb em titanitas do embasamento arqueano posicionam o ápice do overprint metamórfico transamazônico em 2.065-2.035 Ma. Este processo foi acompanhado pela intrusão de pequenos corpos graníticos na região setentrional do Quadrilátero Ferrífero, que são o Granito Cónego do Brumado (idade U-Pb em monazita de 2.045 Ma) e o Granito Morro da Pedra. Pegmatitos intrusivos na Formação Moeda, região de Salto do Paraopeba, apresentaram idade Pb-Pb em anfibólio de 2.236\'+ ou -\'200 Ma. Outras determinações geocronológicas, no âmbito do Complexo Belo Horizonte, incluem uma errócrona Rb-Sr para o Granito General Carneiro, de 1.740\'+ ou -\'53 Ma, e idades K-Ar em biotita, variando entre 1.800 e 1.000 Ma. As idades por volta de 1.800 Ma poderiam registrar o resfriamento final do Evento transamazônico. Já as idades mais novas refletem, provalmente, aberturas parciais do sistema isotópico K-Ar em eventos de baixa magnitude, ligados aos ciclos Espinhaço e Brasiliano. Interpretação semelhante pode ser dada para as idades K-Ar (biotita) obtidas para o Batólito Alto Maranhão, de 1.000\'+ ou -\'22 e 730\' + ou -\'25 Ma. Duas idades isocrônicas Rb-Sr, para este mesmo corpo, registram o rejuvenescimento isotópico brasiliano. Na mesma região, monazitas de veios quartzo-feldspáticos, encontrados na Falha do Engenho, possuem idade U-Pb de 596 Ma. A colocação desses veios, e os processos localizados de rejuvenescimento isotópico, foram interpretados como um reflexo da reativação de estruturas pré-existentes durante a deformação do Evento Brasiliano. O registro isotópico pouco expressivo desse evento, no Quadrilátero Ferrífero, é uma indicação de seu papel secundário na estruturação da região. / The Belo Horizonte Complex represents an Archean crust segment principally omposed of banded TTG-type gneisses, and exhibiting migmatization features (Belo Horizonte Gneiss). Small tracts of volcanosedimentary supracrustal rocks, essentially mafic volcanics and chemical sediments, and granitoid bodies occur enclosed by the gneisses. These granitoids are in general homogeneous, have well-developed foliation, and were emplaced after the main migmatization event that affected the Belo Horizonte Gneiss. The Santa Luzia and General Carneiro calcalkaline granites constitute the two most prominent granitic bodies. The age of the Belo Horizonte Gneiss migmatization event is indicated by the 2860+14/-l0 Ma upper intercept of a discordia obtained by U-Pb analyses in zircons of a migmatitic mobilizate. Sphenes of this mobilizate and of the gneiss align along another discordia with a lower intercept at 2041\'+OR-\' 5 Ma. This is interpreted as the age of the Transamazonian tectonometamorphic event imprint-ed on the Belo Horizonte Complex. The Santa Luzia Granite was emplaced at 2712+5/-4 Ma (U-Pb age in zircon), probably also corresponding to the age of the General Carneiro Granite. A Rb-Sr-whole-rock isochron indicates 2619\'+ OR -\'65 Ma for the Belo Horizonte Gneiss. These ages define a granite genesis event and also an isotopic resetting of the older gneisses, possibly marking the final stages of stabilization of the Archean crust in the studied area. The Salto do Paraopeba Granite occurs in the extreme southwest of the Quadrilátero Ferrífero, and has an U-Pb age in zircon of 2612\'+ OR -\'5 Ma. At present, this age is interpreted as defining the youngest Archean granite genesis event. U-Pb analyses of rutiles from a goldmineralized shear zone, crosscutting the Nova Lima Group, yield a very discordant minimum age of 2580 Ma, also regarded as part of the Archean evolution of this region. This set of geochronological determinations together with those already published allow the establishment of a fairly accurate framework for the Archean crust evolution. Additional information are also furnished by dating of detritic zircons, from Proterozoic supracrustal units of the Quadrilátero Ferrífero. The oldest evidences for the existence of continental nuclei are dated at ca 3200 Ma. However, the main period of crust generation seems to have happened between 3000 to 2900 Ma. Following this period, the evolutionary trend followed a progressive amalgamation of continental blocks, associated with intensive reworking of the primitive crust, renewed events of granitoid addition and deposition of the supracrustal greenstone belt Rio das Velhas Supergroup. As a result of this process, an extensive continental platform was consolidated, probably accompanied by the intrusiou of younger Archean granites like the Salto do Paraopeba Granite. The Minas Supergroup sedimentary basin was established on this platform possibly in the end of the Archean. This hypothesis is enhanced by detritic zircons consistently older than 2600 Ma from the Moeda Formation, basal unit of the Minas Supergroup. A number of the zircons from the other studied units, the Sabará and Itacolomi Groups, and the Espinhaço Supergroup, were crystallized and/or reworked during the Lower Proterozoic. The Minas Supergroup sedimentary sequence records the change from platformal (Caraça, Itabira and Piracicaba Groups) to synorogenic sedimentation, the latter represented by the Sabará Group. The zircons of this Group define the maximum age of deposition ca 2120 Ma. U-Pb analyses in zircon and sphene dletermine the age of the intrusion of the Alto Maranhão Batholith at 2124\'+ OR -\'2 Ma. This granitic body is located to the sourh of the Quadrilátero Ferrífero, and has a predominantly tonalitic composition. A mantelic derivation is indicated by geochemical characteristics, and confirmed by a Sm-Nd model age (TDM) in the same range of ages obtained by U-Pb. Therefore, the Alto Maranhão Batholith is interpreted as a precollisional intrusion related to the consumption of the oceanic crust, marking the initial stage of the Transamazonian Event. U-Pb ages in sphenes from the Archean basement define the peak of the Transamazonian metamorphic overprint at 2065-2035 Ma. This process was accompanied by the intrusion of two small granitic bodies in the northern region of the Quadrilátero Ferrífero: the Córrego Brumado Granite (U-Pb age of 2045 Ma in monazite) and the Morro da Pedra Granite. Pegmatites intrusive in the Moeda Formation in the region of Salto do Paraopeba have a Pb-Pb age in amphibole of 2236 \'+ OR -\' 200 Ma. Other geochronological determinations in the Belo Horizonte Complex include a Rb-Sr errochron for the General Carneiro Granite at I740\'+ OR -\' 53 Ma, and K-Ar ages in biotites varying between 1800 and 1000 Ma. The ages around 1800 Ma might indicate the final cooling of the Transamazonian Event. The younger ages probably reflect partial opening of the K-Ar isotopic system during events of a lesser magnitude. related to the Espinhaço and Brasiliano cycles. A similar interpretation arises from the K-Ar ages of 1000\'+ OR -\' 22 and 730 \'+ OR -\'25 in biotite obtained for the Alto Maranhão Batholith. Two isochronic Rb-Sr ages obtained for the same batholith register the Brasiliano-cycle isotopic resetting. ln the same region, quartz-feldspathic veins in the Engenho Fault yields an U-Pb age in monazite of 596 Ma. The veins emplacement and the localized processes of isotopic resetting are interpreted as resulting from the reactivation of pre-existing structures during the Brasiliano Event deformation. The weak record of this Event in the Quadrilátero Ferrífero is indicative of its secondary role in the structuring of the region.
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Evolução petrogenética e metalogenética da Serra da Boa Vista, Quadrilátero Ferrífero - MG / Not available.Ivanir Luchesi 23 August 1991 (has links)
A área mapeada está localizada a cerca de 15 km a sul do município de Santa Bárbara, Minas Gerais, na porção leste do Quadrilátero Ferrífero, especificamente na folha Catas Altas. As três unidades litoestratigráficas que a compõem são: a seqüência de rochas metaultramáficas do Grupo Quebra Osso, ocupando a porção ocidental, em contato tectonizado com a sequência de rochas metassedimentares da Serra da Boa Vista (porção central), que está em contato tectônico por falha de empurrão com as rochas do Complexo Gnáissico-Migmatítico, que ocupam a porção oriental. A Serra da Boa Vista, alvo principal deste trabalho, é composta de uma seqüência metassedimentar clástica e subordinadamente química, compreendendo cinco unidades principais, da base para o topo: 1) quartzitos, quartzo-mica-xistos e filonitos do contato; 2) metaconglomerado basal, lenticular e descontínuo; 3) unidade aurífera da Mina do Quebra Osso, composta de quartzo-mica-xistos com fuchsita, grafita e pirita abundante e BiF\'s a metacherts subordinados; 4) metaconglomerados E/W, com estratificação gradacional e 5) quartzitos Serra da Boa Vista, com quartzitos brancos e subordinadamente quartzo-mica-xistos. O modelo evolutivo proposto envolve dois ciclos sedimentares em bacia tectonicamente ativa, sendo o inferior de influência de fan aluvial incluindo as três primeiras unidades supra citadas; e o segundo ciclo de influência de \"braided alluvium\" e planície costeira, composto pelas duas últimas unidades. No contexto geológico regional, envolvendo os supergrupos Minas e Espinhaço, a Seqüência da Serra da Boa Vista é interpretada como um fácies transicional. As paragêneses metamórficas observadas e comparação com o contexto regional indicam fácies metamórfico do grau xisto verde médio a superior. A estruturação é de uma sinforma com aba leste em posição invertida e aba oeste em posição normal, formando uma estrutura homoclinal orientada segundo aproximadamente N20W/70NE. As mineralizações em ouro na área mapeada ocorrem em litotipos pertencentes ao Supergrupo Rio das Velhas e à Seqüênciada da Serra da Boa Vista. Estudos mineralógicos-petrográficos e geoquímicos-estatísticos apontam para mineralização na Seqüência da Serra da Boa Vista como originadas por diferentes processos: para a Mina do Quebra Osso, predominam processos de precipitação química sin-sedimentares a sin-diagenéticas em ambiente redutor, com posterior remobilização metamórfica e fixação de ouro em óxidos hidratados de ferro; para os metaconglomerados a origem do ouro seria por deposição detrítica do tipo \"paleoplacer\". Para as formações ferríferas do Supergrupo Rio das Velhas, a geoquímica e forma de ocorrência indicam depósitos \"stratabound\" sendo, a nível interpretativo, considerados de origem singenética. / The mapped area is located around 15 km South of Santa Bárbara, M.G., in the Eastern portion of the Iron Quadrangle. The three main lithostratigraphic units which compose the area are: the metaultramafic sequence of Quebra Osso Group in the Western portion, in tectonized contact with the metasedimentary sequence of rocks of Serra da Boa Vista (in the center), which is in tectonic contact by thrust fault with the Gnaissic-Migmatic Complex, which occupies the Eastern portion. The Serra da Boa Vista, main aim of the present work, is composed of a metasedimentary clastic sequence, and secondly chemical, involving five main units, from base to top: 1) quartzites, quartz-mica-schists and filonites of the contact; 2) basal metaconglomerates, in lenses and discontinuous; 3) the gold-bearing unit of Quebra Osso mine, composed of quartz-mica-schists with fuchsite, grafite and abundant pyrite, and BiF to metachert in minor importance; 4) metaconglomerates E/W, with gradational stratification and 5) the Serra da Boa Vista quartzites, composed of white quartzites and secondly of quartz-mica-schists lenses. The proposed evolution model involves two sedimentary cicles in a tectonic active basin: the lower one of the alluvial-fan type, and the upper one of the braided alluvium type. In a broad geological context including the Minas and Espinhaço Supergroups, the Serra da Boa Vista sequence is interpreted as a transicional facies. The metamorphic paragenesis observed compared to the regional context points to medium-to-superior greenschist metamorphic facies. The structure is sinformal type with the East limb inverted and the West limb normal, forming a homoclinal structure with strike of N20W and dipping 70 NE. The gold mineralizations of the mapped area occur in linotypes of the Rio das Velhas Supergroup and of the Serra da Boa Vista sequence mineralogical-petrographical and geochemical statistical studies point to different processes generating the mineralizations in the Serra da Boa Vista Sequence: for the Quebra Osso mine predominates sin-sedimentary to sin-diagenetic chemical precipitation process with later metamorphic remobilizations and fixation of gold through lateritic process; for the metaconglomerates, the origin of the gold would be due to detritical deposition of the paleoplacer type. For the Archean iron formations of the Rio das Velhas Supergroup, the geochemistry, and shape of the bodies point to stratabound deposits being, on a interpretative level, considered of sin-genetic filiation.
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Geocronologia dos eventos magmáticos, sedimentares e metamórficos na região do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais / Not available.Carlos Mauricio Noce 07 April 1995 (has links)
O Complexo Belo Horizonte representa um segmento de crosta arqueana, constituído principalmente por gnaisses tipo TTG, bandados e exibindo feições de migmatização (Gnaisse Belo Horizonte). Ocorrem encravadas nos gnaisses pequenas faixas de rochas supracrustais, de natureza vulcano-sedimentar (essencialmente vulcanitos máficos e sedimentos químicos), e corpos granitóides circunscritos. Estes granitóides apresentam aspecto homogêneo, foliação bem desenvolvida, tendo-se posicionado após o evento principal de migmatização do Gnaisse Belo Horizonte. Os dois corpos mais significativos são granitos cálcio-alcalinos de alto K, designados Granito Santa Luzia e Granito General Carneiro. Análises U-Pb em zircões de um mobilizado migmatítico definiram uma discórdia com intercepto superior em 2.860+14/-10 Ma, datando o evento de migmatização do Gnaisse Belo Horizonte. Titanitas do mobilizado e do gnaisse alinharam-se em outra discórdia, com intercepto inferior em 2.041+5 Ma. Esta idade foi interpretada como a do retrabalhamento (metamorfismo) do Evento Transamazônico impresso no Complexo Belo Horizonte. O Granito Santa Luzia posicionou-se em 2.712+51/-4 Ma (idade U-pb em zircão), sendo esta também a idade provável do Granito General carneiro. Obteve-se uma isócrona Rb-sr (rocha total) para o Gnaisse Belo Horizonte de 2.619\'+ ou -\'65 Ma. Os eventos de granitogênese e de rejuvenescimento isotópico dos gnaisses mais antigos devem marcar os estágios finais de estabilização da crosta arqueana na região setentrional do Quadrilátero Ferrífero. No extremo sudoeste do Quadrilátero Ferrífero um pequeno corpo granítico, o Granito salto do Paraopeba, possui idade U-Pb, em zircão, de 2.612\'+ ou -\'5 Ma. Esta idade define, até o presente, o mais novo evento de granitogênese arqueana da região. Ainda no quadro da evolução arqueana, a análise U-Pb em rutilos de uma zona de cisalhamento mineralizada em ouro, cortanto o Grupo Nova Lima, forneceu resultado muito discordante mas com idade mínima de 2.580 Ma. Esse conjunto de determinações geocronológicas, aliado a outros dados da bibliografia. permite delinear um quadro bastante acurado para a evolução da crosta arqueana. Informações adicionais são também fornecidas pelas datações de zircões detríticos, provenientes das unidades supracrustais proterozóicas do Quadrilátero Ferrífero. As mais antigas evidências da existência de núcleos continentais datam de ca. 3.200 Ma. Entretanto, o principal período de geração crustal parece ter ocorrido entre 3.000-2.900 Ma. A partir daí, o trend evolùtivo registra um processo progressivo de amalgamação de blocos continentais, associado a intenso retrabalhamento da crosta primitiva e novos eventos de adição granitoide, além da deposição de sequências supracrustais do tipo greenstone belt (supergrupo Rio das velhas). Resultou desse processo a consolidação de extensa plataforma continental. provavelmente completada com a intrusão dos granitos arqueânos mais jovens, como o Granito Salto do Paraopeba. A bacia de sedimentação do Supergrupo Minas implantou-se sobre essa plataforma, possivelmente ainda no final do Arqueano. Reforça a hipótese o fato de todos os zircões detríticos analisados para a Formação Moeda, unidade basal do Supergrupo Minas, serem mais antigos que 2.600 Ma. As outras unidades estudadas (Grupo Sabará, Grupo Itacolomi e Supergrupo Espinhaço) continham zircões gerados e/ou retrabalhados no Paleoproterozóico. O pacote sedimentar do Supergrupo Minas registra a passagem de sedimentação plataformal (grupos Caraça, Itabira e Piracicaba) para sedimentação sin-orogênica, representada pelo Grupo Sabará, cuja idade máxima de deposição foi determinada em ca. 2.120 Ma. A idade de intrusão do Batólito Alto Maranhão foi determinada por análises U-Pb em titanita e zircão, em 2.124\'+ ou -\'2 Ma. Este corpo, localizado a sul do Quadrilátero Ferrífero, possui composição tonalítica predominante e características geoquímicas indicativas de origem mantélica. Tal assertiva confirma-se pela idade modelo Sm-Nd (TDM) na mesma faixa da idade U-Pb, Portanto, interpreta-se o Batólito Alto Maranhão como uma intrusão pré-colisional, ligada a consumo de crosta oceânica, marcando o estágio inicial do Evento Transamazônico. As idades U-Pb em titanitas do embasamento arqueano posicionam o ápice do overprint metamórfico transamazônico em 2.065-2.035 Ma. Este processo foi acompanhado pela intrusão de pequenos corpos graníticos na região setentrional do Quadrilátero Ferrífero, que são o Granito Cónego do Brumado (idade U-Pb em monazita de 2.045 Ma) e o Granito Morro da Pedra. Pegmatitos intrusivos na Formação Moeda, região de Salto do Paraopeba, apresentaram idade Pb-Pb em anfibólio de 2.236\'+ ou -\'200 Ma. Outras determinações geocronológicas, no âmbito do Complexo Belo Horizonte, incluem uma errócrona Rb-Sr para o Granito General Carneiro, de 1.740\'+ ou -\'53 Ma, e idades K-Ar em biotita, variando entre 1.800 e 1.000 Ma. As idades por volta de 1.800 Ma poderiam registrar o resfriamento final do Evento transamazônico. Já as idades mais novas refletem, provalmente, aberturas parciais do sistema isotópico K-Ar em eventos de baixa magnitude, ligados aos ciclos Espinhaço e Brasiliano. Interpretação semelhante pode ser dada para as idades K-Ar (biotita) obtidas para o Batólito Alto Maranhão, de 1.000\'+ ou -\'22 e 730\' + ou -\'25 Ma. Duas idades isocrônicas Rb-Sr, para este mesmo corpo, registram o rejuvenescimento isotópico brasiliano. Na mesma região, monazitas de veios quartzo-feldspáticos, encontrados na Falha do Engenho, possuem idade U-Pb de 596 Ma. A colocação desses veios, e os processos localizados de rejuvenescimento isotópico, foram interpretados como um reflexo da reativação de estruturas pré-existentes durante a deformação do Evento Brasiliano. O registro isotópico pouco expressivo desse evento, no Quadrilátero Ferrífero, é uma indicação de seu papel secundário na estruturação da região. / The Belo Horizonte Complex represents an Archean crust segment principally omposed of banded TTG-type gneisses, and exhibiting migmatization features (Belo Horizonte Gneiss). Small tracts of volcanosedimentary supracrustal rocks, essentially mafic volcanics and chemical sediments, and granitoid bodies occur enclosed by the gneisses. These granitoids are in general homogeneous, have well-developed foliation, and were emplaced after the main migmatization event that affected the Belo Horizonte Gneiss. The Santa Luzia and General Carneiro calcalkaline granites constitute the two most prominent granitic bodies. The age of the Belo Horizonte Gneiss migmatization event is indicated by the 2860+14/-l0 Ma upper intercept of a discordia obtained by U-Pb analyses in zircons of a migmatitic mobilizate. Sphenes of this mobilizate and of the gneiss align along another discordia with a lower intercept at 2041\'+OR-\' 5 Ma. This is interpreted as the age of the Transamazonian tectonometamorphic event imprint-ed on the Belo Horizonte Complex. The Santa Luzia Granite was emplaced at 2712+5/-4 Ma (U-Pb age in zircon), probably also corresponding to the age of the General Carneiro Granite. A Rb-Sr-whole-rock isochron indicates 2619\'+ OR -\'65 Ma for the Belo Horizonte Gneiss. These ages define a granite genesis event and also an isotopic resetting of the older gneisses, possibly marking the final stages of stabilization of the Archean crust in the studied area. The Salto do Paraopeba Granite occurs in the extreme southwest of the Quadrilátero Ferrífero, and has an U-Pb age in zircon of 2612\'+ OR -\'5 Ma. At present, this age is interpreted as defining the youngest Archean granite genesis event. U-Pb analyses of rutiles from a goldmineralized shear zone, crosscutting the Nova Lima Group, yield a very discordant minimum age of 2580 Ma, also regarded as part of the Archean evolution of this region. This set of geochronological determinations together with those already published allow the establishment of a fairly accurate framework for the Archean crust evolution. Additional information are also furnished by dating of detritic zircons, from Proterozoic supracrustal units of the Quadrilátero Ferrífero. The oldest evidences for the existence of continental nuclei are dated at ca 3200 Ma. However, the main period of crust generation seems to have happened between 3000 to 2900 Ma. Following this period, the evolutionary trend followed a progressive amalgamation of continental blocks, associated with intensive reworking of the primitive crust, renewed events of granitoid addition and deposition of the supracrustal greenstone belt Rio das Velhas Supergroup. As a result of this process, an extensive continental platform was consolidated, probably accompanied by the intrusiou of younger Archean granites like the Salto do Paraopeba Granite. The Minas Supergroup sedimentary basin was established on this platform possibly in the end of the Archean. This hypothesis is enhanced by detritic zircons consistently older than 2600 Ma from the Moeda Formation, basal unit of the Minas Supergroup. A number of the zircons from the other studied units, the Sabará and Itacolomi Groups, and the Espinhaço Supergroup, were crystallized and/or reworked during the Lower Proterozoic. The Minas Supergroup sedimentary sequence records the change from platformal (Caraça, Itabira and Piracicaba Groups) to synorogenic sedimentation, the latter represented by the Sabará Group. The zircons of this Group define the maximum age of deposition ca 2120 Ma. U-Pb analyses in zircon and sphene dletermine the age of the intrusion of the Alto Maranhão Batholith at 2124\'+ OR -\'2 Ma. This granitic body is located to the sourh of the Quadrilátero Ferrífero, and has a predominantly tonalitic composition. A mantelic derivation is indicated by geochemical characteristics, and confirmed by a Sm-Nd model age (TDM) in the same range of ages obtained by U-Pb. Therefore, the Alto Maranhão Batholith is interpreted as a precollisional intrusion related to the consumption of the oceanic crust, marking the initial stage of the Transamazonian Event. U-Pb ages in sphenes from the Archean basement define the peak of the Transamazonian metamorphic overprint at 2065-2035 Ma. This process was accompanied by the intrusion of two small granitic bodies in the northern region of the Quadrilátero Ferrífero: the Córrego Brumado Granite (U-Pb age of 2045 Ma in monazite) and the Morro da Pedra Granite. Pegmatites intrusive in the Moeda Formation in the region of Salto do Paraopeba have a Pb-Pb age in amphibole of 2236 \'+ OR -\' 200 Ma. Other geochronological determinations in the Belo Horizonte Complex include a Rb-Sr errochron for the General Carneiro Granite at I740\'+ OR -\' 53 Ma, and K-Ar ages in biotites varying between 1800 and 1000 Ma. The ages around 1800 Ma might indicate the final cooling of the Transamazonian Event. The younger ages probably reflect partial opening of the K-Ar isotopic system during events of a lesser magnitude. related to the Espinhaço and Brasiliano cycles. A similar interpretation arises from the K-Ar ages of 1000\'+ OR -\' 22 and 730 \'+ OR -\'25 in biotite obtained for the Alto Maranhão Batholith. Two isochronic Rb-Sr ages obtained for the same batholith register the Brasiliano-cycle isotopic resetting. ln the same region, quartz-feldspathic veins in the Engenho Fault yields an U-Pb age in monazite of 596 Ma. The veins emplacement and the localized processes of isotopic resetting are interpreted as resulting from the reactivation of pre-existing structures during the Brasiliano Event deformation. The weak record of this Event in the Quadrilátero Ferrífero is indicative of its secondary role in the structuring of the region.
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Investigação geoquímica e estratigráfica da Formação Ferrífera Cauê a porção centro oriental do Quadrilátero Ferrífero, MG.Alkmim, Ana Ramalho January 2014 (has links)
Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto. / Submitted by Maurílio Figueiredo (maurilioafigueiredo@yahoo.com.br) on 2014-08-26T21:49:23Z
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Previous issue date: 2014 / Formação Cauê, constituída essencialmente de itabiritos (produtos do metamorfismo de formações ferríferas bandadas) é a hospedeira dos minérios de ferro de alto teor da região do Quadrilátero Ferrífero (QF). Depositada por volta de 2,42 Ga, a Formação Cauê possui unidades correlativas em várias bacias Paleoproterozóicas do mundo, as quais são hoje entendidas como registro do grande evento de oxigenação da tmosfera terrestre. Objetivando a caracterização geoquímica dos diversos tipos de itabiritos da Formação Cauê e investigação do seu significado estratigráfico, realizou-se o presente estudo, que é fundamentado em análises químicas (elementos maiores, menores e raço, incluindo terras raras) de amostras da Formação Cauê coletadas em testemunhos de sondagem realizada pela companhia Vale na região da Fazenda Gandarela. Para efeito de comparação foram analisadas também amostras de itabiritos da região da Serra Azul, situada no extremo noroeste do QF, onde a Formação Cauê se apresenta com menores intensidades de metamorfismo e deformação no QF e, nesta condição mais próxima dos seus protólitos. Nos furos analisados, a Formação Cauê apresenta espessuras de 303,6 e 487m e se inicia com itabiritos goethíticos de cor ocre, os quais passam a itabiritos silicosos, alterados em vários graus de intensidade, que por sua vez são capeados por novas ocorrências de itabiritos goethíticos de cor ocre. Os dados obtidos indicam, em primeiro lugar que os
litotipos da Formação Ferrífera Cauê são geoquimicamente similares aos seus correlativos de várias bacias paleoproterozóicas do mundo. No que tange à distribuição dos elementos maiores, menores e traço ao longo dos perfis dos furos analisados, observam-se variações que refletem, em primeira linha, a ação do intemperismo. A alteração supergênica mobilizou elementos maiores e menores até a
profundidade de 140m e os elementos traços (principalmente os ETRL) até a profundidade de 90m. Nas seções dos furos, além da cobertura de canga, os litotipos discriminados foram: itabiritos goethíticos friável e compacto, itabiritos silicosos compacto, semi-compacto e friável e itabirito manganesífero. O espectro de ETR dos diferentes tipos de itabiritos estudados, normalizados pelo PAAS (McLennan 1989) possuem características comuns como: i) enriquecimento dos ETRP em relação aos ETRL; ii) anomalias positivas de Eu e Y; iii) anomalias positivas ou negativas de Ce; iv)
razões (Sm/Yb)S<1 e (Eu/Sm)S>1. Os itabiritos silicosos compacto e semi-compacto foram usados para se determinar a assinatura geoquímica do itabirito silicoso original da sucessão da Fazenda Gandarela. Quando comparados com o itabirito silicoso da região de Serra Azul, demonstram um enriquecimento em Al, Ti, Mg, FeIII, Sc, Ni, Cu, Ga, Rb, Sr, Zr, Nb, Cs, Ba, Hf, Bi, Th, U e ETRL o que pode indicar uma maior proximidade da área fonte. Os itabiritos goethíticos friável e semicompacto foram utilizados para se investigar os seus atributos geoquímicos originais. Quando comparados com itabiritos magnetítico e anfibolítico da Serra Azul, mostraram grande similaridade com os primeiros. Através da análise dos dados geoquímicos obtidos neste estudo e em trabalhos anteriores pode-se sugerir que os protólitos dos itabiritos da Formação Cauê se formaram com a interação de diversas fontes: i) clástica; ii) hidrotermal; iii) vulcânica. Características químicas de fontes clásticas observadas são: i) alta concentração dos elementos Sc, Sr, Zr, Hf e Th; ii) correlação positiva entre os elementos-traço U, Ni e Cu com Al2O3. As características indicativas de presença de fonte hidrotermal são a fonte do ferro e a presença de anomalias positivas de Eu. E, finalmente, indicativos da presença de uma fonte vulcânica são: i) presença de stilpnomelana documentada em itabiritos magnetíticos da região de Serra Azul ; ii) presença de celadonita em itabirito silicoso da região do Gandarela descrita e estudada em detalhe neste trabalho. Dada as baixas intensidades de deformação observadas, tantos nos dois principais furos analisados, quanto na seção levantada em campo, pode afirmar que a sucessão litológica descrita deve refletir o empilhamento estratigráfico original e constituir o registro de um ciclo trangressivo/regressivo, que teve lugar na bacia Minas após a acumulação da Formação Batatal. __________________________________________________________________________________________ / ABSTRACT: The Cauê Formation, made up essentially of itabirites (metamorphosed banded iron formations), hosts the high grade iron ores of the Quadrilátero Ferrífero (QF) mining district. Deposited around 2,42 Ga, the Cauê Banded Iron Formation correlates to similar units of various Paleoproterozoic basins, which are today interpreted a record of the great atmosphere oxygenation event. In order to characterize the geochemical signatures of the different types of Cauê Itabirites and explore their stratigraphic significance, we performed the present study, which is based in chemical analysis (major, minor and trace elements, including rare earth elements) of samples from bore holes drilled by the Vale mining company in the Gandarela Farm area, northeastern QF. For comparison, itabirite samples from Serra Azul, located in the northwestern edge of the QF, were also analyzed. The Serra Azul Itabirites seem to correspond to the least metamorphosed and deformed lithotypes of the Cauê Formation, and as such
in a condition very close to the Cauê protoliths. The 303,6m and 487m-thick sections of the Cauê Formation in the investigated drill cores start with weathered goethitic itabirites (ocher beds) that grade upward into siliceous itabirites, which are in turn caped by goethite-rich itabirites. The obtained data indicate in the first place that the Cauê Banded Iron Formations are geochemically similar to their correlatives in various Paleoproterozoic basins of the world. The observed variations in the distribution of the major, minor and trace elements along the drill cores reflect mainly the action of the weathering front upon the Cauê succession. The supergene alteration leads to the mobilization of major and minor elements up to depth of 140m. Trace elements (especially the LREE), on the other hand, were affected in the first 90m of the drill cores. The REE spectra (normalized with PAAS) for the different Itabirites exhibits a series of common attributes, such as: i) enrichment in HREE in relation to the LREE; ii) positive anomalies of Eu and Y; iii) positive or negative anomalies of Ce; iv) ratios (Sm/Yb)S<1 and (Eu/Sm)S>1. Besides the laterite crust (canga), the following lithotypes were discriminated in the drill cores: soft and compact goethitic itabirites, compact, semi-compact and soft siliceous itabirites and mangenese-rich itabirites. Compact and semi-compact siliceous itabirites have been used to determine the geochemical signatures of the siliceous itabirites of Gandarela farm area. When compared with their equivalents form Serra Azul, the Gandarela itabirites show a clear enrichment in Al, Ti, Mg, FeIII, Sc, Ni, Cu, Ga, Rb, Sr, Zr, Nb, Cs, Ba, Hf, Bi, Th, U and LREE, possibly indicating deposition in a proximal domain in respect to source of the BIF components. Soft and compact goethitic types were used to define their pre-weathering geochemical attributes. When compared with the amphibolitc and magnetitic itabirites from Serra Azul, they show great similarity with the magnetite-rich lithotypes. Combined with literature data, the obtained results suggest that the protoliths of Cauê Formation derive from an interaction of clastical, hydrothermal and volcanic sources. Indications for clastical sources are: i) high concentration of the elements Sc, Sr, Zr, Hf and Th; ii) a positive correlation between the trace elements U, Ni and Cu with Al2O3. The contribution from hydrothermal sources is the given by the iron and the positive Eu anomalies. Evidence for volcanic source is given by the occurrence of stilpnomelana and celadonite in itabirites of the Cauê Formation. Along the investigated drill cores and exposures, the Cauê Formation does not show evidence for large strains. The studied section might thus reflect the original stratigraphic succession, probably recording a trangression/regression cyle, which took place in the Minas basin after the
deposition of the Batatal Formation. __________________________________________________________________________________________
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Caracterização de argilas cauliníticas do Quadrilátero Ferrífero visando seu potencial de aplicação na indústria de cerâmica.Ferreira, Mônica Martiniano January 2010 (has links)
Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto. / Submitted by Oliveira Flávia (flavia@sisbin.ufop.br) on 2015-02-26T19:37:30Z
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Previous issue date: 2010 / O presente trabalho teve como objetivo a caracterização de argilas cauliníticas de dois depósitos de argilas do Quadrilátero Ferrífero (Depósito Padre Domingos, Sinclinal da Moeda e depósito Morro do Caxambu no Sinclinal Dom Bosco) visando avaliar a potencialidade destes para aplicações na indústria cerâmica. Para o Depósito de Padre Domingos foram selecionadas amostras de 3 fácies (DB,ACM,DV) e para o Depósito Morro do Caxambu amostras de 2 fácies (FSI, AM). As propriedades físicas, mineralógicas de cinco amostras representativas das cinco fácies foram determinadas nas amostras naturais e aquecidas a 800, 1000 e 1200oC. Análises granulométricas mostraram a predominância das frações de silte e argila nas 5 amostras, assim como valores elevados de índice de plasticidade. Os espectros de difração de raios X (DRX), corroborados pelas análises termodiferenciais/termogravimétricas (ATD-ATG) e químicas, mostraram a predominância de caulinita, seguido da presença de muscovita, quartzo, goethita e hematita em diferentes proporções. A presença do Fe foi detalhada através de análises por Espectroscopia Mossbauer (EM) antes e após tratamento de deferrificação das amostras, associada a análise por Fluorescência de raios X (FRX), quantificando os óxidos e hidróxidos presentes, assim como definindo as possíveis formas de ocupações de Fe3+ e Fe2+ na estrutura da caulinita e/ou da muscovita. A presença deste elemento também foi correlacionada às cores das amostras antes e após aquecimento dos corpos de prova nas temperaturas de 800, 1000 e 1200oC. Os corpos de prova antes e após o aquecimento foram analisados ao Microscópico Eletrônico de Varredura (MEV), além das análises por difração de raios X, de densidade e porosidade pela técnica BET. A formação de mulita a 1000°C e a desestruturação da goethita com conseqüente formação e crescimento de hematita foi bem evidente principalmente nas amostras DV e AM. A amostra DV do depósito Padre Domingos foi a que apresentou melhor potencial por apresentar melhores características cerâmicas após as diferentes temperaturas de queima, o que pode estar diretamente relacionado ao teor de Fe presente. Os resultados das análises demonstraram que a presença do Fe exerce grande influência nos corpos cerâmicos, podendo gerar produtos mais resistentes e de maior estabilidade térmica. ______________________________________________________________________________________________ / ABSTRACT: This study deals with the characterization of kaolinitic clays from two clay deposits of the Quadrilátero Ferrífero (Padre Domingos deposit, Moeda Syncline and Morro do Caxambu deposit Dom Bosco syncline) aiming to evaluate its use in the traditional ceramic industry. For the Padre Domingos deposit samples were selected from three facies (DB, ACM, DV) and for the Morro do Caxambu deposit samples were selected from two facies (FSI, AM). The physical, mineralogical and chemistry properties from 5 representative samples were determined on the raw and burned samples at 800, 1000 e 1200oC. Grain size distribution analyses showed the predominance of silt and clay grain size in the 5 samples which made these samples more plastic. The X-ray diffraction (XRD) data were corroborated by the differential thermal and thermogravimetric (DTA-TGA) and chemical analyses and showed the predominant presence of kaolinite followed by muscovite, quartz, goethite and hematite in different proportions. The Fe content was determined by Mössbauer spectroscopy (MS) associated with the chemical analysis by X-ray fluorescence (XRF) before and after extractable Fe. Goethite and hematite were quantified as well the type of Fe3+ and Fe2+ occupation in the kaolinite and muscovite structure. The presence of Fe was also correlated to the color of the samples before and after burning at 800, 1000 e 1200oC. Specimens before and after burning were observed by Scanning Electron Microscopy (SEM) and correlated with X-ray diffraction (XRD) patterns. Density and porosity were determined by N2-BET method. The mullite formation at 1000°C and the desidroxilation of goethite followed by the formation and growth of hematite were well defined mainly in the DV and AM samples. The DV sample from the Padre Domingos deposit showed more adequate use in the traditional ceramic industry due the higher Fe content which contributes to a better sinterization. Samples with higher Fe content generate ceramic specimens of higher resistance and higher thermal stability.
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Extrativismo mineral e crescimento econômico em municípios do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais / Mineral extractivism and economic growth in town of the Iron Quadrangle in Minas GeraisVieira, Renata Souza 26 June 2003 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2016-11-01T10:06:24Z
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Previous issue date: 2003-06-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O setor extrativo mineral sempre foi importante na formação do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais. Entre os recursos minerais que mais geram arrecadações tributárias estão o minério de ferro e o ouro, estando mais concentrados na região denominada de Quadrilátero Ferrífero (QF). Os municípios localizados no QF possuem íntima relação com a atividade extrativa mineral tanto com relação a sua origem quanto a geração de renda e emprego. Como os recursos explorados nesta região estão se exaurindo, observa-se quedas significativas do número de empregos na indústria extrativa mineral em virtude do fechamento das minas. Com base nessa constatação, este trabalho teve como objetivo analisar o processo de crescimento econômico dos municípios do QF nas últimas décadas. Para tanto, realizou-se o cálculo do quociente locacional do setor terciário, em nível municipal, para verificar o grau de influência que os municípios possuem entre si, no sentido de exportar (importar) bens e serviços. Além disso, foi feita a análise do dinamismo setorial municipal quanto à geração de empregos, classificando-os conforme proposto pelo método diferencial- estrutural. Por fim, utilizou-se a análise de correlação das características estruturais da região, de modo a observar o grau de associação existente entre as mesmas. Os principais resultados encontrados revelam que os municípios mineradores que exportam bens e serviços para seus vizinhos não apresentaram modificação significativa de sua estrutura produtiva, fazendo com que o crescimento do emprego, embora positivo, fosse menor do que o esperado. As atividades que mais empregaram não conseguiram absorver a mão-de-obra advinda da mineração por causa da falta de qualificação dos mineiros. A experiência adquirida nas minas não é suficiente para que estes trabalhadores consigam novo emprego. O grau de associação das características foi baixo, sendo que a qualidade da mão-de-obra foi um dos fatores positivos para a região. Pela análise desenvolvida, conclui-se que, apesar de possuir um setor terciário altamente desenvolvido e uma estrutura produtiva dinâmica, os municípios do QF não apresentaram crescimento econômico considerável no período de análise, ou seja, a reestruturação produtiva não permitiu a melhor diversificação das atividades econômicas ficando o emprego concentrado em algumas. Ficou evidente que nos centro urbanos mais fortes houve desemprego e que a atividade extrativa, que era tradicionalmente empregadora, agora é poupadora de mão-de- obra. A partir desse cenário, torna-se urgente a adoção de medidas por partes das autoridades locais quanto à (re)qualificação da mão-de-obra, pois as perspectivas de crescimento não são favoráveis a curto prazo. Somente através do aproveitamento das vantagens locacionais e do investimento em atividades diversificadas é que se pode proporcionar melhores condições de vida para a população. / The extraction mineral sector was always important in the formation of the Gross National Product of Minas Gerais. Among the mineral sources that contribute for the collection of taxes are mineral iron and gold, which are more concentrated in the area called Iron Quadrangle (areas with great concentration of iron). The town council located at the Iron Quadrangle has deep relation with the activity of mineral extraction considering their source and generation of funds and employment. As the sources explored in these areas are disappearing, we can observe a decrease of unemployment considering the number of jobs in the industry of mineral extraction due to the closing of the mines. Observing this, this work had as an objective to analyse the municipal growth of the economic process in the Iron Quadrangle in the last decades. Then the localisation quotient of the tertiary sector was calculated, considering municipal level, to verify the degree of influence that the town councils have among them to export (import) goods and utilities. Moreover, the analysis of the sectional town council energy was made regarding generation of jobs classifying them according to the shift and share analysis. Concluding, the characteristics of the correlation analysis of the structural area was made, making possible verifying the degree of association among them. The main results found reveal that the mineral town council which export goods and utilities to their neighbours did not present significant modification of their productive structure making that the growth of work, although positive, was less than expected. The activities that created more employment were not able to absorb labour coming from the mine field because of the lack of qualification of the miners. The experience obtained in the mines is not sufficient for these workers to find new jobs. The degree of characteristics association was low, considering that the labour quality was one of the positive points of the area. With the development of the analysis, we can conclude that, although they have a well developed tertiary sector and a productive dynamic structural, the town council of the Iron Quadrangle did not present considerable economic growth in the analysis period, that is, the reorganisation of the structure did not allow the best diversification of the economic activities, therefore letting the employment concentrated in some of them. It became clear that in the more developed urban centers there were unemployment and the extraction activity which was traditionally strong at employment, now is considered the saviour of labour work. From this view, it becomes urgent the adoption of measures from the local authorities regarding the requirement of qualified labour, because the perspectives of growth are not favourable in a short period. Only through the use of the local advantages and the investments of diversified activities we can give better life conditions to the population. / Dissertação importada do Alexandria
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Geologia e petro-metalogênese da mineralização de ouro da mina São Bento, Quadrilátero Ferrífero - MGValladares, Fernando Benegas 17 September 2004 (has links)
A mineralização aurífera da mina São Bento, localizada na porção NE do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, foi estudada com métodos de campo e laboratoriais mineralógicos-petrográficos e geoquímicos, visando contribuir a petro-metalogênese desse depósito em ambientes greenstone belt arqueano. A mineralização ocorre no Grupo Nova Lima vulcano-sedimentar máfico estratigraficamente médio do greenstone belt arqueano Rio das Velhas (Supergrupo Rio das Velhas) em formações ferríferas bandadas (BIF) de tipo Algoma de fácies óxido com magnetita, carbonato, silicato, sulfeto e mistas. Levantamentos de campo e subsolo confirmam a atitude geral N30-35E/50-55SE do Grupo Nova Lima e sua subdivisão de mapeamento, na área do manifesto, em quatro unidades litoestratigráficas informais, de NW para SE designadas: Formação Ferrífera Inferior, Formação Grafitosa Basal, Formação Ferrífera São Bento e Formação Carrapato. A Formação Ferrífera São Bento, hospedeira da mineralização de ouro foi subdividida informalmente em Membro Ferrífero Basal, com até quatro horizontes mineralizados (Oeste, Middle, São Bento e Leste) e intercalações de BIF estéreis e xistos metapelíticos finos; e Membro Ferrífero do Topo, de BIF de fácies carbonato, óxido com magnetita e silicato. Todos os horizontes mineralizados são BIF de fácies sulfeto puras ou mistas, em proporções subordinadas variáveis, com fácies carbonato, óxido e silicato, apresentando correlação direta entre os teores de ouro e de sulfetos totais. Ouro e também todos os sulfetos, pirita, arsenopirita e pirrotita (principais) e esfarelita e calcopirita (subordinados) ocorrem em diversas gerações texturais e genéticas. Metamorfismo regional principal e tectônica causaram recristalização e deformação heterogênea nos sulfetos, como a concentração por segregação de cristais deformados de pirrotita, alongados e estirados na foliação. Diferentemente, pirita e arsenopirita ocorrem como cristais idioblásticos com bordas idiomórficas (sem inclusões) e partes internas ricas em inclusões de minerais de ganga, outros sulfetos e ouro, além de cristais idiomórficos (sem inclusões) neoformados; eventualmente, sofreram ainda processos rúpteis de fraturamento/quebra. O ouro ocorre principalmente como inclusões refratárias (\'< OU =\' 5\'mü\'m - \'< OU =\'10\'mü\'m) na pirita e arsenopirita (perfazendo ~ 80% do metal do minério lavrado) e como grãos mais grossos (\'> OU =\' 20\'mü\'m - 250 \'mü\'m) livres ou intercrescidos nos concentrados de pirrotitas deformadas, sugerindo crescimento acretivo dos grãos durante a remobilização com redistribuição e recristalização principalmente da pirrotita, mas também dos demais sulfetos com inclusões primárias de ouro. Entre as diferentes fácies de BIF não existem diferenças geoquímicas significativas para os óxidos maiores e os metais de transição V, Cr, Co, Ni, e Zn, os quais ainda demonstram similaridades à BIF de Isua. Os teores de ETR para os BIF de fácies carbonato, óxido e sulfeto são similares, apresentando teores totais baixos e fracionamento dos ETR leves, assim como pronunciadas anomalias negativas de Ce e positivas de Eu. A mineralização aurífera de São Bento é estratiforme e de origem sedimentar vulcano-exalativa distal (singenética), por suas características geológicas, petro-metalogenéticas e geoquímicas. Processos tectono-metamórficos e hidrotermais posteriores geraram principalmente efeitos mineralógico-texturais e estruturais. / The gold mineralization of the São Bento Mine in the NE of the Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, was studied with field and mineralogicaI, petrographical and geochemical laboratory methods, aiming at a contribution to the petrogenesis and metallogenesis of this deposit in an Archean greenstone belt environment. The mineralization occurs in the volcano-sedimentary mafic Nova Lima Group, the middle unit of the Rio das Velhas greenstone belt stratigraphical succession (Rio das Velhas Supergroup), in Algoma-type banded iron formations (BIF) of oxyde-magnetite-, carbonate-, silicate-, sulphide- and mixed facies. Field and underground studies confirmed N30-35E/50-55SE as the major structural outline of the Nova Lima Group and its subdivision in the mining-area into four informal lithostratigraphical NE-trending mapping units from NW to SE, named: Lower Banded Iron Formation (Formação Ferrífera Inferior), Basal Graphitic Formation (Formação Grafitosa Basal), São Bento Iron Formation (Formação Ferrífera São Bento) and Carrapato Formation (Formação Carrapato). The São Bento Iron Formation hosts the gold mineralization and was informally subdivided into the Basal Ferriferous Member (Membro Ferrífero Basal) containing up to four mineralized horizons (West, Middle, ,São Bento, and East) with intercalations of barren BIF and metapelitic schists, and the Ferriferous Member of the Top (Membro Ferrífero do Topo) of carbonate-, oxyde-magnetite-, and silicate-facies BIF. The mineralized horizons are sulphide-facies BIF, pure or mixed, in variable but subordinated proportions,with carbonate-, oxyde- and silicate-facies BIF. They show direct correlation between the gold contents and total sulphides. Gold and also all of the sulphides, pyrite, arsenopyrite and pyrrhotite (majors) and sphalerite and calcopyrite (minors) occur in various textural and genetic generations. The main regional metamorphism and tectonics caused recrystallization and heterogeneous deformation of the sulphides, for instance, the concentration through segregation of deformed pyrrhotite crystals into lenticular aggregates parallel to the foliation. Differently, pyrite and arsenopyrite occur as idioblastic crystals showing idiomorphic clean border zones (without inclusions) and internal parts rich in inclusions of gangue minerals, other sulphides and gold; they also occur as newly-formed clean idiomorphic crystals (without inclusions) and, both types, still underwent later ruptile deformations of fracturing/ breakage. Gold occurs mainly as refractory inclusions (\'< OU =\' 5\'mü\'m - \'< OU =\'10\'mü\'m in the pyrite and arsenopyrite (totalling ~80% of the metal content of the mined ore) and as coarser grains (\'> OU =\' 20\'mü\'m - 250 \'mü\'m) free in the ore and intergrown in the lenticular concentrations of deformed pyrrhotites. The coarser gold grains suggest accretive growth during the metamorphic remobilization with redistribution, deformation and recrystallization mainly of the pyrrhotite, but also of other sulphides that contained refractory gold inclusions. The different BIF facies ot the São Bento lron Formation do not show significant geochemical differences for the major oxides and the transition metals V, Cr, Co, Ni and Zn, which, however, do show similiarities to the Isua-BIF. The REE contents of the carbonate-, oxydeand sulphide-facies are similar, too, showing low total-REE, fractionation of the light REE and clear negative anomalies of Ce and positive anomalies of Eu. In view of its geological, petro-metallogenetic and geochemical characteristics the gold mineralization of the São Bento mine is stratiform and considered of sedimentary volcanoexhalative distal (syngenetic) origin. Later tectono-metamorphic and hydrothermal processes caused mainly mineralogical-textural and structural modifications.
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Petrogênese e evolução crustal pré-cambriana da região de Bateias (quadricula 1: 25.000 NE da folha topográfica Catas Altas 1:50.000) Quadrilatero Ferrífero - MG / Not available.Davies, Howard-Peter Kombrink 29 September 1993 (has links)
O mapeamento lito-estrutural, estratigráfico, de semi-detalhe (esc. 1:25.000), da sub-quadrícula NE da folha topográfica Catas Altas 1:50.000, informalmente denominada de Quadrícula Bateias, evidencia para esta região pré-cambriana a continuação dos principais conjuntos litológicos, crustais e supracrustais que também constituem a parte leste do Quadrilátero Ferrífero, quais sejam: o complexo regional fundamental TTG arqueano constituído de rochas crustais sensu lato graníticas, sequências metavulcano-sedimentares supracrustais arqueanas do greenstone belt, Supergrupo Rio das Velhas, e sequências metassedimentares proterozóicas dos supergrupos Minas e Espinhaço. Um forte condicionamento estrutural, dado por falhas de empurrão de direção principal N-S com caimentos para E, caracteriza a Quadrícula em toda sua extensão, e desenvolveu-se durante o principal evento tectono-metamórfico regional proterozóico, do Ciclo Minas/Espinhaço. Estudos laboratoriais mineralógicos-topográficos e litogeoquímicos complementares, evidenciaram para as rochas sensu lato graníticas do Complexo TTG, composição geral hololeucocrática, natureza poli-metamórfica-retrometamórfica pelo principal evento de metamorfismo regional proterozóicos, tendência geoquímica sodi-cálcica e derivação orogênica por processos associados, metamórficos de alto grau e intrusivos-ígneos. Localmente ocorrem efeitos de metassomatismo potássico em zonas de milonitização/cisalhamento. As seqüências Vulcano-sedimentares do greenstone belt Rio das Velhas incluem rochas metaultramáficas extrusivas (metakomatiitos), anfibolitos de lavas básicas, xistos máficos a metapelíticos e metassedimentos químicos diversos. As rochas metakomatiíticas evidenciam forte variabilidade geoquímica por processos anisoquímicos que afetaram grande parte dos elementos analisados, inclusive alguns dos elementos em geral considerados imóveis: Ti, Nb, Y, La, Ce, Nd, entre outros. Os anfibolitos metabásicos foram caracterizados como toleítos, variando desde olivina normativos a quartzo normativos e apresentam características de fundo oceânico, mais provavelmente de bacia retro-arco. Ocasionalmente notam-se efeitos de processos hidrotermais-mineralizantes (pré-metamórficos) por anomalias positivas de ETRL, Zr e metais base, entre outros. Os metassedimentos Espinhaço, proterozóicos, representam as ocorrências mais meridionais deste Supergrupo atualmente confirmadas em Minas Gerais e incluem entre outros, conjuntos litológicos típicos das formações Sopa Brumadinho e Galho do Miguel. Os metassedimentos do Supergrupo Minas, do Proterozóico Inferior, são quantitativamente pouco expressivos na Quadrícula estudada e caracterizados por itabiritos quartzo-hematíticos com minérios ricos de hematita associada, do Grupo Itabira, Formação Cauê. Seu estado de deformação e metamorfismo em comparação ao Supergrupo Espinhaço indicam origem alóctone, de nappes pré-metamórficas, para o Supergrupo Minas na Quadrícula Bateias. Evidências de diferenças de idade relativa e/ou em termos de ciclos orogênicos entre os metassedimentos dos supergrupos Espinhaço e Minas não foram encontradas; portanto ficam incluídos num ciclo orogênico único, no Ciclo Minas/Espinhaço, considerado do Proterozóico Inferior a (?)Médio. Os metabasitos/anfibolitos as Suíte Subvulcânica Básica intrudem todas as unidades pré-cambrianas da área estudada, apenas no Supergrupo Minas não foram verificadas. Estas rochas também foram afetadas pelo metamorfismo regional do Ciclo Minas/Espinhaço. Petrologicamente trata-se de toleítos continentais, que variam de quartzo - a olivina normativos. A Quadrícula Bateias tem, em geral, características polimetamórficas, onde se destacam a matureza \"barroviana\", de pressão intermediária com cianita, a polaridade com intensidade crescente de W para E da fácies xisto verde superior a anfibolito (?)médio, do principal evento regional, dínamo-termal proterozóicos do Ciclo Minas/Espinhaçõ. Processos geológicos posteriores incluem retrometamorfismo, diversos eventos de fraturamentos, soerguimentos e erosão, desde pré-cambrianos, alguns relacionados ao Ciclo Brasiliano, a fanerozóicos. / The litho-strutural, stratigraphic semi-detailed mapping of the NE sub-quadrangle of the Catas Altas (1:50.000) topographic sheet, informally called Bateias Quadrangle, has shown that this precambrian region contains continuations of the crustal and supracrustal lithological units which constitute the eastern part of the Quadrilátero Ferrífero (Iron Quadrangle), that is: the regional Archean TTG complex constituted of crustal sensu lato granitic rocks, the volcano-sedimentary Archean greenstone belt of Rio das Velhas Supergroup, and Proterozoic metasedimentary sequences of the Minas and Espinhaço supergroups. The area has strong structural conditioning due to N-S trending and E dipping thrust faults, developed during the main Proterozoic regional tectono-thermal event, the Minas/Espinhaço Orogeny. Complementary mineralogical-petrographical and litho-chemical studies, show that the sensu lato granitic rocks of the TTG complex have a general hololeucocratic composition, polymetamorphic-retrometamorphic nature due to the main Proterozoic regional metamorphic event, sodi-calcic geochemical tendency and orogenic derivation by associated high-grade metamorphism and igneous intrusions. Locally there are effects of K-metassomatism in mylonitic zones. The volcano-sedimentary sequences of the Rio das Velhas greenstone belt contain metaultramafic extrusive rocks (meta-komatiites), amphibolites of basic lavas, mafic to metapelitic schist and various chemical metasediments. The metakomatiitic rocks show strong geochemical variability due to anisochemical processes that affected most analysed elements, including some of the elements normally considered immobile: Ti, Nb, Y, La, Ce, Nd, amongst others. The metabasic amphibolites were characterized as derived from tholeiites of olivine normative to quartz normative compositions, ocean floor characteristics, that were formed probably in a retro-arc basin. Occasionally one notices hydrothermal-mineralizing processes (pre-metamorphic), due to positive anomalies of LREE, Zr and base metals, amongst others. The Proterozoic Espinhaço metasediments, are the southernmost occurrences of this Supergroup yet confirmed in Minas Gerais State, including amongst others, lithologies typical of the Sopa Brumadinho and Galho do Miguel formations. The metasediments of the Lower Proterozoic Minas Supergroup, are quantitatively not expressive in the studied Quadrangle and characterized by quartz-hemtitic itabirites, with associated high grade hematite ores of the Itabira Group, Caue Formation. Its deformation and metamorphic states when compared to the Espinhaçõ Supergroup indicate allochthonous origin, of pre-metamorphic nappes, for the Minas Supergroup in the Bateias Quadrangle. Evidences of relative age differences and/or in the terms of orogenic cycles between the metasediments of the Espinhaço and Minas supergroups have not been found; therefore they have been included in a single orogenic cycle, the Minas/Espinhaço Cycle, considered to be of Lower to (?)Middle Proterozoic age. The metabasic rocks / amphibolites of the Basic Subvulcanic Suite intrude all Precambrian units in the studied area, yet they have not been found in the Minas Supergroup. These rocks were also affected by the regional metamorphism of the Minas/Espinhaço Cycle. Petrologically they are continental tholeiites. All are hypersthene normative, ranging from quartz to olivine normative. The Bateias Quadrangle has in general polymetamorphic characteristics. Outstanding are the barrovian nature, of intermediate pressure with cyanite, the polarity increasing from W to E from the upper green-schist to (?)middle amphibolite facies, of the main regionalproterozoic tectono-thermal event of the Minas/Espinhaço Cycle. Later geological processes include events of retrometamorphism, fracturing, uplift and erosion, since the Precambrian, some of which are related to the Brasiliano Cycle, up to Phanerozoic.
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Evolução termocronológica e metalogenética da mineralização aurífera do depósito turmalina, Quadrilátero Ferrífero-MG / Not available.David, Marta Edith Velásquez 07 July 2011 (has links)
Em margens ativas, processos orogênicos como acreção e colisão podem gerar cinturões metamórficos. Mediante esses mecanismos se adiciona e/ou se produz espessamento da crosta continental. Durante a evolução de um orógeno é possível formar depósitos auríferos de diversas origens, paragêneses minerais particulares e associações metalíferas. Desse modo, depósitos hospedados em cinturões metamórficos apresentam características condizentes com o ambiente tectônico formador, as quais permitem inferir sua gênese. Na região do Quadrilátero Ferrífero a maioria dos principais depósitos auríferos hospedados nas rochas metavulcanossedimentares do greenstone belt Rio das Velhas consideram-se do tipo stratabound associados a formações ferríferas bandadas (Ribeiro-Rodrigues et al.1997), no entanto os relacionados com zonas de cisalhamento são restritos, pouco estudados e de baixo interesse para a exploração mineral, mas de relevante importância para a pesquisa geológica, pois podem ser marcadores de fases orogênicas. Ao oeste do Quadrilátero Ferrífero na região de Pitangui, o depósito de ouro Turmalina está conformado por dois corpos tabulares dispostos em atitude NW-SE com caimento para Norte e a rocha encaixante evidencia principalmente alteração silícea e clorítica. Neste depósito o ouro está acompanhado de pirita, pirrotita, arsenopirita, quartzo como ganga e turmalina. Muscovita e apatita como minerais de alteração hidrotermal. Ele se encaixa na zona de cisalhamento Pará de Minas pertencente ao sistema Pitangui e se hospeda em rochas metavulcanossedimentares do grupo Nova Lima (greenstone belt Rio das Velhas). Estas rochas exibem deformação milonítica e minerais metamórficos indicativos de fácies anfibolito. A paragênese metamórfica característica das rochas do depósito Turmalina que consiste de granada, estaurolita, cummingtonita, biotita, clorita, plagioclásio e quartzo, formou-se a temperaturas que se estima chegaram a 600 °C e pressões de até 6.6 Kb. Idades isocrônicas no intervalo 2076 \'+ OU -\'60 a 2184 \'+ OU -\'39 Ma, para esse metamorfismo Riaciano foram determinadas mediante Sm-Nd rocha total granada. Uma isócrona rocha total - sericita de 1928 \'+ OU -\'2.6 Ma representa a idade da alteração hidrotermal induzida pela passagem dos fluidos geradores do minério. Esta idade foi comprovada por uma idade 1951 \'+ OU -\' 330 Ma de cinco pontos Pb-Pb em material lixiviado de arsenopirita, sulfeto que acompanha o ouro, e pela idade isocrônica Rb-Sr de 2023 \'+ OU -\'110 Ma., obtida também em arsenopirita. O estudo microtermométrico de inclusões fluidas aquosas, aquocarbônicas e carbônicas retidas em cristais de quartzo associados ao ouro do depósito Turmalina, evidenciaram que os fluidos a partir dos quais precipitaram o ouro, o quartzo e os sulfetos de ferro foram aprisionados em temperaturas elevadas (~600 °C). Depois da cristalização do quartzo houve misturas dos fluidos originais com outros mais frios e menos salinos, que causaram boiling contínuo e particionamento de componentes salinos. Esses fluidos foram retidos em inclusões fluidas liquidas que co-existiram com outras ricas em vapor em temperaturas semelhantes. Também foi comprovado aprisionamento de fluidos aquocarbônicos originalmente imiscíveis (efervescência) cujo início teria ocorrido em condições próximas de 340 °C e pressões de 1.3 kbar o qual se estendeu até temperaturas mais baixas com imiscibilidade contínua. Uma etapa mais antiga de aprisionamento e formação do quartzo em temperaturas ao redor de 600 °C foi registrada em umas poucas inclusões ainda preservadas. Os fluidos a partir dos quais precipitou o ouro no depósito aurífero Turmalina tiveram temperaturas superiores a 400 °C. O transporte de ouro teria ocorrido sob a forma de complexos clorados, cuja deposição esteve relacionada com a diminuição da temperatura, e modificações na química dos fluidos decorrentes de processos de mistura e imiscibilidade de fluidos hidrotermais. A origem da energia cinética que movimentou esses fluidos seria relacionada com a ativação e reativação das zonas de cisalhamento pertencentes ao sistema Pitangui que hospedam o depósito Turmalina. A deposição do ouro teve continuidade durante todo o processo de cristalização do quartzo sempre promovida por mecanismos e processos resultantes da atividade dinamotérmica no Riaciano. / In an active margin, orogenic processes such as accretion and collision can generate metamorphic belts and those mechanisms are responsible for the addition and/or thickening of the continental crust. Gold deposits of several origins could occur during orogen evolution in particular mineral paragenesis and metalliferous associations. Hence deposits in metamorphic belts exhibit characteristics compatible with the tectonic environment where these were formed, which enables knowing their genesis. In the Quadrilátero Ferrífero region, most of the main gold deposits in the meta-vulcanosedimentary rocks of the Rio das Velhas greenstone belt are considered as stratabound type associated to banded iron formations (Ribeiro-Rodrigues et al.1997). However, those related with shear zones are restricted, poorly studied and of insignificant interest in mineral exploration, although with relevance in geological research because they could be markers of orogenic phases. Western Quadrilátero Ferrífero region of Pitangui, the Turmalina gold deposit is shaped by two tabular NW-trending and N-dipping bodies where the basement shows silica and chlorite as the main alteration products. In this deposit, gold is associated with pyrite, pyrrothite, and arsenopyrite, with associated quartz as gangue, and tourmaline, muscovite and apatite as hydrothermal alteration products. It is located at the Pará de Minas shear zone belonging to the Pitangui system and embedded in the meta-vulcanosedimentary rocks of the Nova Lima Group (Rio das Velhas greenstone belt). These rocks exhibit mylonitic fabrics and metamorphic minerals belonging to amphibolite facies. A metamorphic association with garnet, staurolite, cummingtonite, biotite, chlorite, plagioclase and quartz was formed in approximate temperature of 600 ºC and pressure of 6.6 kbar. whole rock and garnet Sm-Nd isochron ages of 2076 \'+ OU -\'60 to 2184 \'+ OU -\'39 Ma were determined for the Riaciano metamorphic event. An isochron of whole rock - sericite of 1928 \'+ OU -\'2.6 Ma represents the age of the hydrothermal alteration induced by the infiltration of the mineral-forming fluid. This age was confirmed by an age of 1951 \'+ OU -\'330 Ma of five points on Pb-Pb in leaching from arsenopyrite, sulphide associated with the gold and by the Rb-Sr isochron age of 2023 \'+ OU -\'110 Ma, also obtained in arsenopyrite. Microthermometric studies on carbonic aqueous fluid inclusions retained in quartz crystals associated to the gold at the Turmalina deposit, show that the fluids from which the gold was precipitated, quartz and iron pyrite were trapped at high temperatures (~600 ºC). After the crystallization of quartz, there was a mixing of the original fluids with cooler and less saline ones which caused continuous boiling and partitioning of the saline components. These fluids were retained as liquid fluid inclusions co-existing with other vapour-rich at similar temperatures. The trapping of carbonic fluids originally immiscible (effervescent) was proved that began at about 340 ºC and at pressure of 1.3 kbar until very low temperatures with continuous immiscibility. An older step of trapping and formation of quartz at temperatures around 600 ºC was recorded in some preserved inclusions. The fluids from which the gold precipitated in the Turmalina gold deposits had temperatures above 400 ºC. The transportation of the gold might occurred as chloride complexes whose deposition was related with the reduction of the temperature and modifications in the chemistry of the fluids from the processes of mixing and immiscibility of hydrothermal fluids. The origin of kinetic energy which carried these fluids should be related to the activation and reactivation of the shear zones belonging to the Pitangui system that encloses this Turmaline deposit. The deposition of the gold continued during all the processes of quartz crystallization always catalyzed by mechanisms and processes from dynamothermal activities in the Riaciano period.
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