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Avaliação do potencial antileishmania dos compostos naturais isolados ácido úsnico, cumarin, quercetina e reserpina sobre as formas promastigotas e amastigotas de Leishmania ChagasiMartins, Amely Branquinho 19 August 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-08-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Leishmaniases are a complex of infectious parasitic diseases caused by
species of the Leishmania genus. These diseases comprise a large spectrum
of manifestations ranging from localized self-healing cutaneous lesions to
fatal visceral infections. In Brazil, the visceral leishmaniasis is caused by
Leishmania chagasi which affects ca. 2 million people every year with
estimated 90% of cases occurring in Northeastern. Current treatments of
leishmaniasis are based on first line pentavalent antimonials or other drugs
like amphotericin B and pentamidine. Toxicity of those drugs, their high sideeffects,
besides the high cost of treatment, difficulty for administering them
and the surge of resistance are their great drawbacks. These aspects have
stimulated the search for new leishmanicide agents, like the isolation and
identification of natural compounds which could provide new therapeutic
models for the treatment of leishmaniases. It was aimed in the present work
a comparative evaluation of potentially antileishmania natural isolate
compounds and their action on promastigote and amastigote forms of
Leishmania chagasi by observing the cycle of this parasite in vitro. Assays
were carried out with usnic acid, coumarin, quercetin, and reserpine which
showed to have significant antileishmanial activity on promastigote forms of
Leishmania chagasi, presenting IC50 equal to 0.0417; 1.07; 0.271 and 1.7
mM, respectively. It was possible in our experimental conditions of
standardized cultivation of parasites, to establish their life cycle in vitro, by
observing their metamorphosis from promastigote to mastigote. The in vitro
life cycle was characterized by parasite cultivations with establishment of: 1)
lag (initial), log or exponential and stationary stages of promastigotes; 2)
transformation of promastigotes to intracellular amastigotes by infection of
murine macrophages; this step favoured the promastigotes infectivity; and 3)
amastigote isolation and transformation to promastigotes completing the
cycle. Furthermore, it was also possible to establish the in vitro
transformation of promastigotes in axenic amastigotes of Leishmania chagasi
and its use for the evaluation of antileishmanial activity. In this case, the
natural compound usnic acid exhibited antileishmanial activity against axenic
amastigote forms with IC50 of 1,16 mM. It was not observed any similarity of
IC50 on antileishmanial activity of usnic acid and pentamidine between the
axenic amastigote and promastigote forms. This demonstrates that it is
important to characterize the action of compound on each life form of the
parasites. It is concluded that all assayed compounds carried out in this work
had antileishmanial activity on promastigote forms, mainly, and the effect of
concentration was different between promastigote, of lower IC50 values, and
axenic amastigotes forms, of greater IC50 values. / As leishmanioses constituem-se por um complexo de doenças infectoparasitárias,
causadas por parasitas do gênero Leishmania, e apresentam um
espectro de sintomas variando de simples lesões cutâneas de cicatrização
espontânea a lesões viscerais letais. A leishmaniose visceral, causada pela
espécie Leishmania chagasi, no Brasil infecta cerca de duas mil pessoas por
ano, sendo cerca de 90% dos casos no Nordeste. Os tratamentos atuais são
baseados em compostos antimôniais pentavalentes, ou na utilização de
outras drogas como a anfotericina B e a pentamidina. A toxicidade desses
agentes, com efeitos colaterais graves, o alto custo dos tratamentos, as
dificuldades de administração e o surgimento de resistência são grandes
desvantagens, tornando essencial a busca por novos agentes leishmanicidas,
como a identificação de compostos naturais isolados, que podem fornecer
novos modelos terapêuticos no tratamento das leishmanioses. A presente
pesquisa teve como objetivo avaliar comparativamente o potencial
antileishmania de compostos naturais isolados sobre as formas promastigotas
e amastigotas de Leishmania chagasi, estabelecendo o ciclo do parasito in
vitro. Os compostos naturais ensaiados, ácido úsnico, cumarina, quercetina e
reserpina apresentaram significativa atividade antileishmania sobre as formas
promastigotas de Leishmania chagasi, com IC50 igual a 0,0417; 1,07; 0,271 e
1,7 mM respectivamente. Nas condições de cultivo padronizadas no presente
estudo foi possível estabelecer o ciclo de vida in vitro dos parasitos, com
passagem destes pelas duas principais formas de vida: promastigotas e
amastigotas. O ciclo in vitro foi caracterizado pelo cultivo das promastigotas
com estabelecimento: 1) das fases: lag (inicial), log ou exponencial e
estacionária dos parasitos; 2) transformação das formas promastigotas em
amastigotas intracelulares, pela infecção de macrófagos murinos, o que
favoreceu a infectividade das promastigotas; e 3) pelo isolamento das formas
amastigotas e transformação destas em promastigotas novamente,
completando o ciclo. Além disto, foi também possível estabelecer a
transformação in vitro das promastigotas em amastigotas axênicas de L.
chagasi e o cultivo das formas axênicas para ensaios de ação antileishmania
sobre essa forma. Nesse caso, o composto natural isolado ácido úsnico
apresentou atividade antileishmania sobre amastigotas axênicas de L.
chagasi, com IC50 igual a 1,16 mM. Não foi observada similaridade da IC50 na
atividade antileishmania do ácido úsnico e da pentamidina entre as formas
amastigotas axênicas e promastigotas, o que demonstra a importância de
caracterizar a ação dos compostos sobre cada forma de vida dos parasitos.
Conclui-se que os compostos isolados têm atividade antileishmania sobre as
formas promastigotas e o ácido úsnico sobre as formas amastigotas axênicas
de L. chagasi.
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