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Trajetórias de vidas rotas: terra, trabalho e identidade indígena na província da Bahia (1822-1862)Rego, André de Almeida January 2014 (has links)
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ANDRE ALMEIDA REGO.pdf: 5261435 bytes, checksum: 8697c733aa1fa497f2009de34c326c33 (MD5) / Este trabalho é um estudo sobre a história dos índios da província da Bahia entre os
anos de 1822 e 1862. Nele, verificar-se-á o que significou para as comunidades
indígenas a montagem do Estado Nação brasileiro. Enfatiza-se a perda de espaços
políticos e as alterações no modo de vida dos indígenas. Destaca-se, por sua vez, o
acirramento dos conflitos fundiários, motivados pelos interesses na aquisição dos
terrenos pertencentes aos índios. A contenda envolvendo a administração desses
terrenos também é analisada, revelando a oposição entre Câmaras Municipais e
comunidades indígenas. Para a região sul da província, abordam-se as políticas de
abertura das comunicações, de expansão do povoamento e de incremento da atividade
econômica, o que gerou sérios conflitos com diversos grupos de índios denominados
“selvagens”. Por fim, reflete-se sobre a real eficiência da Diretoria Geral dos Índios no
seu papel de comandar e aplicar a política indigenista na província da Bahia.
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Serras da desordem, Corumbiara e a memóriaLopes, Fabiana Ferreira 05 September 2013 (has links)
Esta dissertação analisa os filmes Serras da desordem (2006) de Andrea Tonacci e Corumbiara (2009) de Vincent Carelli a partir da perspectiva da construção de uma memória dos vencidos. Esses filmes tratam de casos de massacres cometidos contra indígenas brasileiros em situação de isolamento, que, a pesar de terem sido amplamente divulgados na imprensa, nunca foram apurados e os culpados jamais foram condenados judicialmente. O objetivo desta pesquisa é o de compreender as estratégias utilizadas por cada um dos realizadores na reconstituição do passado e no estabelecimento no presente da memória dos grupos retratados nesses filmes. O conceito de memória usado nesta dissertação tem base nos estudos de Maurice Halbwachs. Sua aplicação nesta pesquisa demonstrou que a reconstituição do passado traz à tona a memória daqueles que historicamente vem sendo silenciados pela cultura hegemônica e letrada. Apesar da aproximação desses filmes do ponto de vista temático, a reconstituição do passado se dá de maneira distinta em cada um deles. Em Serras da desordem, Andrea Tonacci utiliza principalmente o procedimento da reencenação no presente dos episódios relacionados ao massacre por aqueles que vivenciaram essa história. Enquanto que em Corumbiara, Vincent Carelli utiliza o testemunho daqueles que sobreviveram aos massacres e dos que vivenciaram as consequências dos atentados como o principal recurso de rememoração. / The present thesis analyzes the films The Hills of Disorder (2006) by Andrea Tonacci and Corumbiara -- they shoot Indians, don\'t they? (2009) by Vincent Carelli, and its based on memories of those who were vanquished. Both films deal with cases of massacres that were perpetrated against Brazilian Indians living in an isolated situation; cases that, although widely publicized by the press, were never investigated, and their perpetrators were never convicted in Court legally sentenced. The aim of this study is to understand the strategies that are used by each of these two filmmakers in order to reconstruct the past and to establish, in the present, the memory of the groups who are portrayed in their films. The concept of memory used in this paper is based on Maurice Halbwachs\'s studies. Its application to the present study has shown that a reconstruction of the past elicits the memory of those who have been historically silenced by hegemonic, literate culture. Even though these films are related as regards their theme, the reconstruction of the past takes place distinctly in each of them. In The Hills of Disorder, Andrea Tonacci mainly uses the procedure of a present--time reenactment of the events concerning the massacre, by those who have experienced the story. In Corumbiara, by contrast, Vincent Carelli uses the testimonies of those who have survived the massacres and those who have experienced the consequences of the attacks as his main resource for remembrance.
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Os selvagens da província: índios, brancos e a política indigenista no Rio Grande do Sul entre 1834 e 1868Braga, Márcio André 16 March 2006 (has links)
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Previous issue date: 16 / Universidade do Vale do Rio dos Sinos / Este trabalho tem como objetivo central analisar as ações tomadas pelos agentes oficiais encarregados pela aplicação da política indigenista no Rio Grande do Sul entre 1834 e 1868.
Para tal análise foram consultados prioritariamente os documentos oficiais produzidos naquele período pelos Juizados de Órfãos, pelas Diretorias de Índios e pela Presidência da Província, que se encontram reunidos no acervo do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRGS). Entre esses, os gerados após 1845 passaram ainda por um recorte de ordem geográfica, tendo sido selecionados os relativos aos aldeamentos da Guarita, Nonoai e da Colônia Militar de Caseros. Buscando subsídios para a análise proposta, o texto apresenta, como primeiro capítulo, um histórico da Questão Indígena no Brasil desde o período de dominação portuguesa até o Império brasileiro.O segundo capítulo focaliza o encaminhamento da Questão Indígena no Rio Grande do Sul durante o século XIX, concretizado pela formação de aldeamentos indígenas na zona do planalto su / This Paper has as primary objective analyze the actions maked by the official agents in charge for the application of indigenous politics in Rio Grande do Sul between 1834 and 1868. For this analysis was primarily consulted the official documents produced in that time by the Orphan Court, the Indigenous Directory and the Province Presidency, that is found on the Historical Archive of Rio Grande do Sul (AHRGS). The ones generated after 1845 passed by a geographic clip, selecting the files related to the Guarita, Nonoai and Colônia Militar dos Caseros villages.
Searching for subsidy for the proposed analysis the paper presents, as the first chapter, a historical of the Indigenous Matter on Rio Grande do Sul in Brazil since the Portuguese domination to the Brazilian empire.
The second chapter focus on the guidance of the Indigenous Matter on Rio Grande do Sul on the XIX century, realized by the indigenous village formation in the plateau zone from Rio Grande do Sul. In that chapter there is a privilege on th
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A questão indígena na Comissão da Verdade e Reconciliação do Peru / The indigenous issue in the Truth and Reconciliation Commission of PeruFávari, Flávia Eugênia Gimenez de 28 February 2018 (has links)
Esse trabalho é uma análise do Relatório Final da Comissão da Verdade e Reconciliação do Peru (CVR) e problematiza o tratamento dado pela Comissão na avaliação dos impactos da luta armada do Partido Comunista do Peru - Sendero Luminoso (PCP-SL) e da resposta do Estado peruano a ela. A referência territorial do nosso trabalho é a serra sul central andina, particularmente o departamento de Ayacucho. Essa é uma das regiões de maior população quéchua-falante do país, é o local onde o PCP-SL surgiu e concentrou suas ações, sobretudo nos primeiros seis anos da década de 1980, e onde o conflito deixou mais vítimas e teve uma dinâmica mais acentuada de violência. Por este motivo, o foco deste trabalho é a questão indígena a partir da pergunta: de que modo ela é apresentada no Relatório Final da CVR? Para interpretar o Relatório, realizamos uma análise do discurso a partir de uma contextualização histórica e comparada do documento, e pela seleção de uma série de categorias-chave relacionadas ao horizonte étnico-racial colonial da sociedade peruana: índio, indígena, camponês(a), mestiço(a), misti e cholo(a). Como estratégias complementares para levantar e sintetizar outro tipo de dados e informações foram feitas duas viagens de campo ao Peru. A criação e o trabalho da Comissão têm uma importância histórica evidente no contexto latino-americano. Seu Relatório deve ser apreciado como ponto de partida importante para novas hipóteses, trabalhos de campo e na construção coletiva e popular de projetos de país que sejam plurais e democráticos. Quanto à questão indígena, o Relatório Final é produto de décadas de disputa de posições políticas e intelectuais, e como tal apresenta avanços, potencialidades, contradições e limites. A invisibilização dos povos indígenas andinos e o obscurecimento da questão remetem mais, portanto, a problemas próprios desses debates que antecedem à Comissão. A CVR localiza-se em um contexto de esgotamento dos discursos de mestiçagem como aposta das elites políticas e intelectuais para resolver a questão nacional pendente, mas situa-se em um momento que a valorização e o reconhecimento das diferenças como potencialidade na construção de um Estado popular e democrático é limitada / This work aims to analyze the Final Report of the Truth and Reconciliation Commission of Peru (CVR in Portuguese), and discusses the Commission\'s treatment of the impacts of the armed struggle of the Communist Party of Peru - Shining Path (Sendero Luminoso, PCP-SL) and the response of the Peruvian state for it. The territorial reference of our report is the southern Andean mountain range, particularly the department of Ayacucho. This region has one of the largest Quechua-speaking population in the country, it is where PCP-SL emerged and concentrated its actions, overall in the first six years of the 1980s, when the conflict left more victims and was more violent. For this reason, the focus of this work is the indigenous issue based on the question: howis it presented in the CVR Final Report? In order to interpret the Report, a discourse analysis was conducted on a historical and comparative contextualization of the document, and the selection of categories related to the ethnic-racial colonial horizon of Peruvian society: Indian, indigenous, peasant, mestizo, misti and cholo. Two field trips to Peru were made in order to complement strategies to collect and synthesize other data and information. The creation and work of the Commission have historic importance in the Latin American context. Its Report should be appreciated as an important starting point for new hypotheses, fieldwork and the collective and popular construction of plural and democratic country projects. As for the indigenous issue, the Final Report is the product of decades of dispute over political and intellectual positions, and as such, it presents advances, potentialities, contradictions and limits. The invisibility of the Andean indigenous people and the obscuring of the issue are, therefore, more akin to the problems inherent in these debates which preceded the Commission. The CVR is in a context of the depletion of mestizaje discourses as a bet by the political and intellectual elites to solve the pending national question, but it is at a time when the valorization and recognition of differences as potentialities in the construction of a Popular and democratic state is limited
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Serras da desordem, Corumbiara e a memóriaFabiana Ferreira Lopes 05 September 2013 (has links)
Esta dissertação analisa os filmes Serras da desordem (2006) de Andrea Tonacci e Corumbiara (2009) de Vincent Carelli a partir da perspectiva da construção de uma memória dos vencidos. Esses filmes tratam de casos de massacres cometidos contra indígenas brasileiros em situação de isolamento, que, a pesar de terem sido amplamente divulgados na imprensa, nunca foram apurados e os culpados jamais foram condenados judicialmente. O objetivo desta pesquisa é o de compreender as estratégias utilizadas por cada um dos realizadores na reconstituição do passado e no estabelecimento no presente da memória dos grupos retratados nesses filmes. O conceito de memória usado nesta dissertação tem base nos estudos de Maurice Halbwachs. Sua aplicação nesta pesquisa demonstrou que a reconstituição do passado traz à tona a memória daqueles que historicamente vem sendo silenciados pela cultura hegemônica e letrada. Apesar da aproximação desses filmes do ponto de vista temático, a reconstituição do passado se dá de maneira distinta em cada um deles. Em Serras da desordem, Andrea Tonacci utiliza principalmente o procedimento da reencenação no presente dos episódios relacionados ao massacre por aqueles que vivenciaram essa história. Enquanto que em Corumbiara, Vincent Carelli utiliza o testemunho daqueles que sobreviveram aos massacres e dos que vivenciaram as consequências dos atentados como o principal recurso de rememoração. / The present thesis analyzes the films The Hills of Disorder (2006) by Andrea Tonacci and Corumbiara -- they shoot Indians, don\'t they? (2009) by Vincent Carelli, and its based on memories of those who were vanquished. Both films deal with cases of massacres that were perpetrated against Brazilian Indians living in an isolated situation; cases that, although widely publicized by the press, were never investigated, and their perpetrators were never convicted in Court legally sentenced. The aim of this study is to understand the strategies that are used by each of these two filmmakers in order to reconstruct the past and to establish, in the present, the memory of the groups who are portrayed in their films. The concept of memory used in this paper is based on Maurice Halbwachs\'s studies. Its application to the present study has shown that a reconstruction of the past elicits the memory of those who have been historically silenced by hegemonic, literate culture. Even though these films are related as regards their theme, the reconstruction of the past takes place distinctly in each of them. In The Hills of Disorder, Andrea Tonacci mainly uses the procedure of a present--time reenactment of the events concerning the massacre, by those who have experienced the story. In Corumbiara, by contrast, Vincent Carelli uses the testimonies of those who have survived the massacres and those who have experienced the consequences of the attacks as his main resource for remembrance.
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A questão indígena na Comissão da Verdade e Reconciliação do Peru / The indigenous issue in the Truth and Reconciliation Commission of PeruFlávia Eugênia Gimenez de Fávari 28 February 2018 (has links)
Esse trabalho é uma análise do Relatório Final da Comissão da Verdade e Reconciliação do Peru (CVR) e problematiza o tratamento dado pela Comissão na avaliação dos impactos da luta armada do Partido Comunista do Peru - Sendero Luminoso (PCP-SL) e da resposta do Estado peruano a ela. A referência territorial do nosso trabalho é a serra sul central andina, particularmente o departamento de Ayacucho. Essa é uma das regiões de maior população quéchua-falante do país, é o local onde o PCP-SL surgiu e concentrou suas ações, sobretudo nos primeiros seis anos da década de 1980, e onde o conflito deixou mais vítimas e teve uma dinâmica mais acentuada de violência. Por este motivo, o foco deste trabalho é a questão indígena a partir da pergunta: de que modo ela é apresentada no Relatório Final da CVR? Para interpretar o Relatório, realizamos uma análise do discurso a partir de uma contextualização histórica e comparada do documento, e pela seleção de uma série de categorias-chave relacionadas ao horizonte étnico-racial colonial da sociedade peruana: índio, indígena, camponês(a), mestiço(a), misti e cholo(a). Como estratégias complementares para levantar e sintetizar outro tipo de dados e informações foram feitas duas viagens de campo ao Peru. A criação e o trabalho da Comissão têm uma importância histórica evidente no contexto latino-americano. Seu Relatório deve ser apreciado como ponto de partida importante para novas hipóteses, trabalhos de campo e na construção coletiva e popular de projetos de país que sejam plurais e democráticos. Quanto à questão indígena, o Relatório Final é produto de décadas de disputa de posições políticas e intelectuais, e como tal apresenta avanços, potencialidades, contradições e limites. A invisibilização dos povos indígenas andinos e o obscurecimento da questão remetem mais, portanto, a problemas próprios desses debates que antecedem à Comissão. A CVR localiza-se em um contexto de esgotamento dos discursos de mestiçagem como aposta das elites políticas e intelectuais para resolver a questão nacional pendente, mas situa-se em um momento que a valorização e o reconhecimento das diferenças como potencialidade na construção de um Estado popular e democrático é limitada / This work aims to analyze the Final Report of the Truth and Reconciliation Commission of Peru (CVR in Portuguese), and discusses the Commission\'s treatment of the impacts of the armed struggle of the Communist Party of Peru - Shining Path (Sendero Luminoso, PCP-SL) and the response of the Peruvian state for it. The territorial reference of our report is the southern Andean mountain range, particularly the department of Ayacucho. This region has one of the largest Quechua-speaking population in the country, it is where PCP-SL emerged and concentrated its actions, overall in the first six years of the 1980s, when the conflict left more victims and was more violent. For this reason, the focus of this work is the indigenous issue based on the question: howis it presented in the CVR Final Report? In order to interpret the Report, a discourse analysis was conducted on a historical and comparative contextualization of the document, and the selection of categories related to the ethnic-racial colonial horizon of Peruvian society: Indian, indigenous, peasant, mestizo, misti and cholo. Two field trips to Peru were made in order to complement strategies to collect and synthesize other data and information. The creation and work of the Commission have historic importance in the Latin American context. Its Report should be appreciated as an important starting point for new hypotheses, fieldwork and the collective and popular construction of plural and democratic country projects. As for the indigenous issue, the Final Report is the product of decades of dispute over political and intellectual positions, and as such, it presents advances, potentialities, contradictions and limits. The invisibility of the Andean indigenous people and the obscuring of the issue are, therefore, more akin to the problems inherent in these debates which preceded the Commission. The CVR is in a context of the depletion of mestizaje discourses as a bet by the political and intellectual elites to solve the pending national question, but it is at a time when the valorization and recognition of differences as potentialities in the construction of a Popular and democratic state is limited
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