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Heterogeneidade dos mastócitos e expressão da proteína Anexina A1 em modelo de lesão térmica de segundo grau / Heterogeneity of mast cells and expression of Annexin A1 protein in a second degree burn modelSouza, Helena Ribeiro [UNESP] 29 July 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-07-29 / O processo de reparo de lesões térmicas pode ser dividido nas fases de inflamação, proliferação e remodelação. No seu processo de desgranulação, os mastócitos (MCs) liberam fatores quimiotáticos, citocinas e proteases, como triptase e quimase, para o meio extracelular, contribuindo na degradação da matriz lesada e síntese de uma nova. Além disso, estudos indicam que os MCs armazenam a proteína anti-inflamatória anexina A1 (AnxA1), envolvida na inflamação, apoptose, crescimento e diferenciação celular. Contudo, não se conhecem relatos da expressão e função da AnxA1 no reparo de queimaduras. Diante disso, os objetivos desse estudo foram quantificar e avaliar a ativação, acúmulo de histamina e heterogeneidade para triptase e quimase dos MCs, bem como, verificar a expressão da AnxA1, quantificar macrófagos, e dosar as citocinas TNF-α, IL-1β, IL-6, IL-10 e a quimiocina MCP-1 em modelo de queimadura de segundo grau em ratos Wistar. Para o desenvolvimento da lesão os animais foram anestesiados e submetidos à aplicação de um bloco metálico aquecido no dorso. Os animais foram divididos em grupos controles e tratados com pomada de sulfadiazina de prata a 1% (SDP 1%). As análises foram realizadas em 3, 7, 14 e 21 dias após injúria, e também em fragmentos de pele normal. Avaliações macroscópicas e histopatológicas da cicatrização confirmaram as características de queimadura de segundo grau e a melhor evolução da cicatrização nos animais tratados. A quantificação dos MCs mostrou grande quantidade de células intactas na pele normal e redução significante dessas células nas fases de inflamação (dia 3) e de proliferação (dia 7). Nas fases de proliferação de matriz (dia 14) e remodelação (dia 21) foi verificada maior quantidade de MCs nos animais controles e essas células foram observadas, principalmente, desgranuladas no dia 14 e intactas no dia 21. Ainda, no grupo tratado aos 7 dias e em ambos os grupos aos 14 dias, foi encontrada diferença entre MCs com grande quantidade de histamina e MCs totais. A análise da heterogeneidade dos MCs revelou maior número de MCs positvos para triptase (MCT) do que para quimase (MCQ) na pele normal e redução de MCTs e MCQs nas primeiras fases da cicatrização. Contudo, na fase de remodelação, muitos MCQs foram observados no grupo controle. A expressão da AnxA1 foi fraca na pele normal com aumento nas fases de inflamação e de proliferação. Aos 21 dias após lesão, a expressão da AnxA1 foi maior nos animais tratados com SDP 1%, no estroma e também em regiões epiteliais próximas à neogênese dos anexos cutâneos. As análises das citocinas mostraram aumento das pró-inflamatórias TNF-α, IL-1β e IL-6, e da citocina anti-inflamatória IL-10, nas fases iniciais do reparo, especialmente nos dias 3 e 7. O mesmo foi observado com relação a quimiocina MCP-1 e a quantificação de macrófagos. Nossos resultados evidenciaram diferenças no número de MCs e na imunomarcação da AnxA1 entre os grupos estudados, moduladas pelo tratamento com a SDP 1% e indicam que essas células e proteínas podem ser alvos terapêuticos no processo de regeneração de queimaduras. / The repair process of thermal injury can be divided into phases of inflammation, proliferation and remodeling. The mast cells (MCs) in their degranulation process, release chemotactic factors, cytokines and proteases, as tryptase and chymase, to the extracellular environment contributing to the degradation of damaged matrix and synthesis of a new one. Moreover, studies indicate that MCs store the antiinflammatory protein annexin A1 (AnxA1) which involved in inflammation, apoptosis, growth and cell differentiation. However, there are no known reports of the expression and function of AnxA1 in burns repair. Thus, the objectives of this study were to quantify, assess the activation, histamine accumulation and heterogeneity for tryptase and chymase of MCs, as well as, check the expression of AnxA1, associated with macrophages quantification and the levels of TNF-α, IL-1β, IL-6, IL-10 and MCP-1 in a second degree burn model in rats. For the development of the lesions, animals were anesthetized for applying a water-heated metal block in the dorso. The animals were divided into control and treated or not with the cream of silver sulfadiazine 1% (SDP 1%). The analyzes were performed on 3, 7, 14 and 21 days after injury, and also in normal skin fragments. Macroscopic and histopathological evaluations of healing confirmed the burning characteristics of second degree and the better progress of wound repair in treated animals. Quantification of MCs showed large amount of intact cells in normal skin and a significant reduction of these cells in the stages of inflammation (day 3) and proliferation (day 7). In the phases of matrix proliferation (day 14) and remodeling (day 21) it was observed increased amount of MCs, only in the control animals, and these cells were mainly degranulated on day 14, but intact on day 21. Also, in the treated group on day 7 and in both groups on day 14, it was found difference between MCs with large amounts of histamine and total MCs. The heterogeneity analysis revealed more MCs positves for tryptase (MCT) than for chymase (MCC) on normal skin and reduced MCTs and MCQs in the early stages of healing. However, in the remodeling phase, many MCCs were observed in the control group. The expression of AnxA1 was low in normal skin and increased in the stages of inflammation and proliferation. On 21 days after injury, the expression of AnxA1 was higher in animals treated with SDP 1% in the stroma and epithelial cells especially in regions close to neogenesis of skin attachments. Analysis of the inflammatory mediators showed an increase pro-inflammatory TNF-α, IL-1β and IL-6 and anti-inflammatory IL-10 cytokines in the early stages of the repair, especially on days 3 and 7. The same was observed for MCP-1 chemokine and quantification of macrophages. Our results showed differences in the number of MCs and AnxA1 expression between groups, that were modulated by treatment with the SDP 1%, indicating that these cells and protein can be used as therapeutic targets in burns regeneration process.
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Estudo in situ da heterogeneidade de mastócitos e células T reguladoras em pacientes com hanseníase, com e sem episódios reacionais / In situ study of the heterogeneity of mast cells and regulatory T cells in patients with leprosy, with and without reactional episodesCosta, Maurício Barcelos 26 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-26 / Leprosy is a complex, chronic, infectious dermato-neurological disease that affects the
skin and peripheral nerves especially during acute immune-inflammatory episodes
known as type 1/T1R and type 2/T2R reactions. There is no experimental model for
leprosy and leprosy skin lesions have been extensively used to unravel its multifaceted
immunopathological mechanisms.This study investigated in situ expression of two
distinct cell populations with important immunoregulatory roles: T regulatory (Treg)
cells and mast cells (MC) in diverse skin diseases with emphasis on leprosy T1R and
T2R. For the Treg cell study, 154 skin biopsies from 114 participants belonging to 3
groups were investigated: 1. Leprosy (n=74), 56 T1R (28-paired biopsies reactionfree/reactional
from the same patient, 28 single reactional biopsy), 18 T2R (12 pairedreaction-free/reactional
lesions, 6 single reactional biopsy); 2. Dermatoses: (n=29) noninfectious
and cutaneous infectious diseases; 3. Normal controls: skin fragment of
mammoplasty from healthy females that had cosmetic surgery. Double
immunohistochemical detection of Treg cells was performed with automated platform
for CD25 and Foxp3 staining. Quantifications of double immunostained Treg cells was
performed (values expressed by mm2
) blinded to the participants’ clinical status. For
the mast cell study 80 skin biopsies from 3 groups were investigated: 40 newly
diagnosed untreated leprosy patients (18 reaction-free, 11 T1R, 11 T2R), 29 patients
with other dermatoses (the same as for Treg study) and 11 normal skins. Toluidine blue
stained intact and degranulated MC counts/mm2
; streptavidin-biotin-peroxidase
immunostaining was used to detect tryptase/try+
and chymase/chy+ MCs and their
density (median optical density) was evaluated. Results: Treg study: Not one
CD25+
Foxp3+
Treg cell was seen in any of the 11 normal skin sections while variable
numbers were detected in skin diseases (p<0.0001); the number of double stained cells
was higher in infectious compared to non-infectious diseases (p=0.008). Treg cell
numbers were comparable between leprosy and other infectious dermatoses (p=0.157)
Treg cell counts in reactional lesions were higher than in reaction-free leprosy lesions
(p<0.002). Paired biopsies of T1R or T2R reactional/reaction-free lesions showed
xxvii
increased numbers of Treg during T1R compared to reaction-free lesions from the same
patient (p< 0.001). Treg cell median in T1R developed during MDT was slightly higher
compared to T1R developed at diagnosis in naïve patients (p=0.047). There was a trend
in increasing Treg cell numbers from the tuberculoid to borderline-lepromatous form,
which showed the highest median value of Tregs, however this difference was not
significant (p>0.8). Mast cell study: Infectious and non-infectious skin lesions showed
higher numbers of degranulated than intact MC both for leprosy and other dermatoses,
compared to normal skin. The numbers of degranulated MC were higher than intact MC
regardless of the leprosy form (from tuberculoid/TT to lepromatous/LL), regardless of
the occurrence of leprosy reactions (reactional and reaction-free) and regardless of the
type of reaction (T1R/T2R). Try+ MC numbers and density were higher than chy+ MC
in leprosy, in reaction-free and reactional lesions, particularly in T2R, but not in other
dermatoses. Conclusions: Higher Treg numbers seen in T1R suggest Treg role in
suppressing the exacerbated cell-mediated phenomenon that causes T1R. Differential
expression/ of try+
and chy+ MC subsets was seen in leprosy compared to other skin
diseases and to normal skin. However, neither leprosy form nor leprosy reaction was
associated with MC changes in lesions suggesting that the Mycobacterium leprae
infectious process per se dictates MC expression in leprosy skin lesions. / A hanseníase é uma complexa doença dermato-neurológica, crônica, de causa infecciosa
que afeta a pele e os nervos periféricos, especialmente durante os episódios imunoinflamatórios
agudos conhecidos com reações tipo 1/RT1 e tipo 2/RT2. Não existe
modelo experimental para hanseníase e as lesões de pele têm sido extensivamente
usadas para desvendar os multifacetados mecanismos imunopatológicos associados com
a doença. Este estudo investigou a expressão in situ de duas distintas populações
celulares que apresentam importante papel imunorregulatório: células Treg (Treg) e
mastócitos (MC) em pele normal e diversas doenças cutâneas com ênfase nas reações
hansênicas RT1 e RT2. Para o estudo de Tregs foram utilizadas 154 biópsias cutâneas de
114 participantes de três grupos: 1. Hanseníase (n=74), 56 RT1 (28-biópsias pareadas
do mesmo paciente sem reação/durante reação, 28 biópsias únicas de RT1), 18 RT2 (12
biópsias pareadas sem reação/durante reação, 6 biópsias únicas de RT2); 2. Dermatoses:
(n=29) doenças cutâneas não infecciosas e infecciosas. Controles Normais: fragmentos
de peles obtidos de mamoplastias eletivas em mulheres saudáveis. Imunomarcação
dupla CD25+
Foxp3+
de células Treg foi realizada em plataforma automatizada.
Quantificação das células Treg duplo positivas foram feitas sem conhecimento da
condição clínica do paciente (valores expressos em mm2
). Para o estudo dos MC 80
biópsias de 3 grupos foram investigadas: 40 pacientes com hanseníase recém
diagnosticados não tratados (18 sem reação, 11 RT1, 11 RT2), 29 pacientes com outras
dermatoses e 11 biópsias de pele normal. Quantificação de MC intactos e desgranulados
corados por azul de toluidina/mm2
; imunomarcação streptavidina-biotina-peroxidase foi
empregada para detectar MC triptase/try+
e chimase/chy+
e a densidade ótica (mediana
da densidade ótica) foi avaliada. Resultados: Estudo das Tregs: Nenhuma célula Treg
CD25+
Foxp3+
foi identificada em nenhuma das 11 amostras de pele normal, enquanto
um número variável de Tregs foi identificado nas diversas doenças cutâneas (p<0.0001);
o número de células Treg duplo positivas foi maior nas doenças infecciosas comparado
com as não-infecciosas (p=0.008). Medianas de Treg entre hanseníase e outras doenças
infecciosas foram semelhantes (p=0.157). Quantificação de Tregs em lesões reacionais
foram maiores do que as sem reação (p<0.02). Nas biópsias pareadas de lesões de
xxv
RT1/sem reação ou RT2/sem reação, números maiores de Treg foram vistos durante a
RT1 quando comparados com a não reacional do mesmo paciente (p< 0.001). Mediana
de Treg em RT1 desenvolvidas durante MDT foi ligeiramente superior comparada a RT1
desenvolvida em pacientes sem de tratamento (p=0.047). Observou-se uma tendência de
aumento no número das Tregs do polo tuberculoide em direção ao lepromatoso, mais
especificamente até a forma borderline-lepromatosa que apresentou a maior mediana da
quantificação de Treg, entretanto esta diferença não foi estatisticamente significativa
(p>0.8). Estudo dos Mastócitos: lesões cutâneas de origem infecciosa e não infecciosa
mostraram números aumentados de mastócitos desgranulados do que intactos tanto na
hanseníase como nas outras dermatoses quando comparados com pele normal. Os
números de mastócitos (MC) desgranulados foram maiores do que intactos,
independente da forma de hanseníase (do polo tuberculoide/TT ao lepromatoso/LL),
independente da ocorrência de reações hansênicas (lesão reacional/sem reação) e
independente do tipo de reação (RT1/RT2). Número e densidade de mastócito triptase
positivo (MC try+
) estão aumentados em relação aos quimase positivo (MC chy+
) na
hanseníase, em pacientes com e sem reação, particularmente na RT2, mas não nas
outras dermatoses. Conclusões: aumento nas Treg detectados durante RT1 sugerem
papel supressor dessas células em eventos associados à resposta imune celular
exacerbada, responsáveis pela RT1. Expressão diferencial das subpopulações de MC
try+
e chy+
foi observada na hanseníase em relação a outras doenças cutâneas e pele
normal. Entretanto, nem a forma da hanseníase, nem a ocorrência de reação hansênica,
estava associada a mudanças nas subpopulações de MC nas lesões sugerindo que o
processo infeccioso pelo Mycobacterium leprae per se direciona a expressão de MC nas
lesões cutâneas da hanseníase.
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Caracterização bioquímica, funcional e molecular da elastase-2 formadora de angiotensina II do leito arterial mesentérico de rato. / Biochemical, functional and molecular characterization of the rat mesenteric arterial bed elastase-2, an angiotensin II-forming enzyme.Santos, Carlos Ferreira dos 22 March 2002 (has links)
Uma elastase-2 foi recentemente descrita como a principal enzima formadora de angiotensina (Ang) II no perfusato do leito arterial mesentérico (LAM) isolado de rato. Investigamos a interação dessa elastase-2 do perfusato do LAM isolado de rato (E-2LAMR) com alguns substratos e inibidores de elastases-2 e de quimases formadoras de Ang II. Os precursores de Ang II, [Pro11-D-Ala12]-Ang I e substrato tetradecapeptídeo de renina (TDP), foram convertidos em Ang II pela E-2LAMR com eficiências catalíticas de 8,6 min-1mM-1 e 5,1 min-1mM-1, respectivamente, enquanto os substratos cromogênicos N-succinil-Ala-Ala-Pro-Leu-p-nitroanilida e N-succinil-Ala-Ala-Pro-Phe-p-nitroanilida foram hidrolisados pela enzima com eficiências catalíticas de 10,6 min-1mM-1 e 7,6 min-1mM-1, respectivamente. O inibidor peptídico CH 5450 inibiu as atividades da E-2LAMR sobre os substratos Ang I (IC50=49 mM) e N-succinil-Ala-Ala-Pro-Phe-p-nitroanilida (IC50=4,8 mM), enquanto Acetil-Ala-Ala-Pro-Leu-clorometilcetona (Ac-AAPL-CK), um efetivo inibidor de elastases-2 pancreáticas, bloqueou eficientemente a atividade formadora de Ang II da E-2LAMR (IC50=4,5 mM). Em conjunto, esses dados confirmaram e estenderam as similaridades enzimológicas entre elastases-2 pancreáticas e a E-2LAMR. Além disso, a interação até então desconhecida da E-2LAMR com [Pro11-D-Ala12]-Ang I e CH 5450, ambos considerados como reagentes seletivos para quimases, sugere que as evidências para a formação de Ang II in vivo por quimases podem ter sido superestimadas em investigações prévias sobre vias geradoras de Ang II. Experimentos realizados com o LAM isolado de rato analisando o efeito vasoconstritor de Ang II, Ang I, TDP e [Pro11-D-Ala12]-Ang I mostraram a existência de uma via geradora de Ang II independente da ECA, a qual é sensível à quimostatina e Ac-AAPL-CK. Entre os possíveis candidatos para essa via alternativa à ECA aparece a E-2LAMR, uma enzima que não é inibida por captopril e que é sensível à quimostatina e Ac-AAPL-CK. Embora quimases, que também são sensíveis à quimostatina, também possam ser candidatos a essa via independente da ECA, com base nos fatos de que a quimase I de rato tem uma atividade predominante de degradação da Ang II e que não existem relatos na literatura de que quimases sejam sensíveis ao inibidor Ac-AAPL-CK, esses dados em conjunto sugerem um possível papel para a E-2LAMR, mas não quimases, como uma via alternativa à ECA para a geração de Ang II no LAM isolado de rato. A clonagem e o seqüenciamento do cDNA para a E-2LAMR foram alcançados pela combinação de transcrição reversa e reação da polimerase em cadeia. A seqüência do cDNA mostrou-se idêntica à do cDNA para a elastase-2 pancreática de rato; o cDNA tem 909 nucleotídeos mais uma cauda poli (A) e codifica uma preproenzima de 271 amino ácidos. A análise dos supostos amino ácidos no sítio de ligação da Ang I revelou características que poderiam explicar a atividade do tipo carboxidipeptidase necessária para a eficiente conversão de Ang I em Ang II. Adicionalmente, a seqüência revela características estruturais que poderiam contribuir para a ausência de atividade dessa enzima sobre a Ang II. O RNAm para a E-2LAMR foi expresso em LAM, pâncreas, pulmão, coração, rim, fígado e baço, mas não em aorta de rato. Células endoteliais do LAM em cultura expressaram o RNAm para a E-2LAMR e sintetizaram a enzima. A localização intravascular dessa enzima e sua habilidade em formar Ang II e não clivar esse peptídeo indicam que ela poderia ter uma participação significativa como um agente formador de Ang II no sistema cardiovascular. Esses resultados também podem indicar que a E-2LAMR é expressa em vasos de resistência, mas não em vasos de condutância. / An elastase-2 has been recently described as the major angiotensin (Ang) II-forming enzyme of the rat mesenteric arterial bed (MAB) perfusate. Here, we have investigated the interaction of affinity-purified rat MAB elastase-2 with some substrates and inhibitors of both pancreatic elastases-2 and Ang II-forming chymases. The Ang II precursors [Pro11-D-Ala12]-Ang I and renin substrate tetradecaptide (TDP) were converted into Ang II by the rat MAB elastase-2 with catalytic efficiencies of 8.6 min-1mM-1 and 5.1 min-1mM-1, respectively, and the chromogenic substrates N-succinyl-Ala-Ala-Pro-Leu-p-nitroanilide and N-succinyl-Ala-Ala-Pro-Phe-p-nitroanilide were hydrolyzed by the enzyme with catalytic efficiencies of 10.6 min-1mM-1 and 7.6 min-1mM-1, respectively. The noncleavable peptide inhibitor CH 5450 inhibited the rat MAB elastase-2 activities toward the substrates Ang I (IC50=49 mM) and N-succinyl-Ala-Ala-Pro-Phe-p-nitroanilide (IC50=4.8 mM), whereas N-acetyl-Ala-Ala-Pro-Leu-chloromethylketone (Ac-AAPL-CK), an effective active site-directed inhibitor of pancreatic elastases-2, efficiently blocked the Ang II-generating activity of the rat MAB enzyme (IC50=4.5 mM). Altogether, these data confirm and extend the enzymological similarities between pancreatic elastases-2 and their rat MAB counterpart. Moreover, the thus far unrealized interaction of rat MAB elastase-2 with [Pro11-D-Ala12]-Ang I and CH 5450, both regarded as selective for chymases, suggests that evidence for the in vivo formation of Ang II by chymases may have been overestimated in previous investigations of Ang II-forming pathways. Experiments carried out in the isolated rat MAB analyzing the vasoconstrictor effect of Ang II, Ang I, TDP, and [Pro11-D-Ala12]-Ang I showed the existence of an ACE-independent pathway for Ang II generation, which is sensitive to chymostatin and Ac-AAPL-CK. Among the possible candidates for this ACE-independent pathway is rat MAB elastase-2, an enzyme that is not inhibited by captopril, and that is sensitive to chymostatin and Ac-AAPL-CK. Although chymases, which are also chymostatin-sensitive enzymes, might also be other possible candidates for this ACE-independent pathway, based on the fact that rat chymase I has a predominant Ang II-degrading activity, and because there are no reports in the literature that chymases are sensitive to Ac-AAPL-CK, altogether these data suggest a possible role for rat MAB elastase-2, but not chymases, as an alternative pathway to ACE for Ang II generation in the isolated rat MAB. The cloning and sequencing of the cDNA for the rat MAB elastase-2 was accomplished by reverse transcription-polymerase chain reaction. The sequence of this cDNA was found identical to the sequence of the rat pancreatic elastase-2; the cDNA is 909 nucleotides in length plus a poly (A) tail and encodes a preproenzyme of 271 amino acids. Analysis of the putative amino acids in the extended Ang I binding site of the rat MAB elastase-2 reveals features that could explain the dipeptidyl carboxypeptidase-like activity required for efficient Ang I to Ang II conversion. Additionally, the sequence reveals structural features that could contribute to the lack of activity of this enzyme toward Ang II. Rat MAB elastase-2 mRNA was expressed in rat mesenteric arteries, pancreas, lung, heart, kidney, liver, and spleen but not in aorta. Cultured mesenteric endothelial cells expressed the mRNA for rat MAB elastase-2 and synthesized the enzyme itself. The intravascular localization of this enzyme and its ability to generate Ang II and not destroy this peptide indicate that it might play a role in the rat cardiovascular system as an Ang II-forming agent. These results may also indicate that rat MAB elastase-2 is expressed in resistance vessels but not in conduit vessels.
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Caracterização bioquímica, funcional e molecular da elastase-2 formadora de angiotensina II do leito arterial mesentérico de rato. / Biochemical, functional and molecular characterization of the rat mesenteric arterial bed elastase-2, an angiotensin II-forming enzyme.Carlos Ferreira dos Santos 22 March 2002 (has links)
Uma elastase-2 foi recentemente descrita como a principal enzima formadora de angiotensina (Ang) II no perfusato do leito arterial mesentérico (LAM) isolado de rato. Investigamos a interação dessa elastase-2 do perfusato do LAM isolado de rato (E-2LAMR) com alguns substratos e inibidores de elastases-2 e de quimases formadoras de Ang II. Os precursores de Ang II, [Pro11-D-Ala12]-Ang I e substrato tetradecapeptídeo de renina (TDP), foram convertidos em Ang II pela E-2LAMR com eficiências catalíticas de 8,6 min-1mM-1 e 5,1 min-1mM-1, respectivamente, enquanto os substratos cromogênicos N-succinil-Ala-Ala-Pro-Leu-p-nitroanilida e N-succinil-Ala-Ala-Pro-Phe-p-nitroanilida foram hidrolisados pela enzima com eficiências catalíticas de 10,6 min-1mM-1 e 7,6 min-1mM-1, respectivamente. O inibidor peptídico CH 5450 inibiu as atividades da E-2LAMR sobre os substratos Ang I (IC50=49 mM) e N-succinil-Ala-Ala-Pro-Phe-p-nitroanilida (IC50=4,8 mM), enquanto Acetil-Ala-Ala-Pro-Leu-clorometilcetona (Ac-AAPL-CK), um efetivo inibidor de elastases-2 pancreáticas, bloqueou eficientemente a atividade formadora de Ang II da E-2LAMR (IC50=4,5 mM). Em conjunto, esses dados confirmaram e estenderam as similaridades enzimológicas entre elastases-2 pancreáticas e a E-2LAMR. Além disso, a interação até então desconhecida da E-2LAMR com [Pro11-D-Ala12]-Ang I e CH 5450, ambos considerados como reagentes seletivos para quimases, sugere que as evidências para a formação de Ang II in vivo por quimases podem ter sido superestimadas em investigações prévias sobre vias geradoras de Ang II. Experimentos realizados com o LAM isolado de rato analisando o efeito vasoconstritor de Ang II, Ang I, TDP e [Pro11-D-Ala12]-Ang I mostraram a existência de uma via geradora de Ang II independente da ECA, a qual é sensível à quimostatina e Ac-AAPL-CK. Entre os possíveis candidatos para essa via alternativa à ECA aparece a E-2LAMR, uma enzima que não é inibida por captopril e que é sensível à quimostatina e Ac-AAPL-CK. Embora quimases, que também são sensíveis à quimostatina, também possam ser candidatos a essa via independente da ECA, com base nos fatos de que a quimase I de rato tem uma atividade predominante de degradação da Ang II e que não existem relatos na literatura de que quimases sejam sensíveis ao inibidor Ac-AAPL-CK, esses dados em conjunto sugerem um possível papel para a E-2LAMR, mas não quimases, como uma via alternativa à ECA para a geração de Ang II no LAM isolado de rato. A clonagem e o seqüenciamento do cDNA para a E-2LAMR foram alcançados pela combinação de transcrição reversa e reação da polimerase em cadeia. A seqüência do cDNA mostrou-se idêntica à do cDNA para a elastase-2 pancreática de rato; o cDNA tem 909 nucleotídeos mais uma cauda poli (A) e codifica uma preproenzima de 271 amino ácidos. A análise dos supostos amino ácidos no sítio de ligação da Ang I revelou características que poderiam explicar a atividade do tipo carboxidipeptidase necessária para a eficiente conversão de Ang I em Ang II. Adicionalmente, a seqüência revela características estruturais que poderiam contribuir para a ausência de atividade dessa enzima sobre a Ang II. O RNAm para a E-2LAMR foi expresso em LAM, pâncreas, pulmão, coração, rim, fígado e baço, mas não em aorta de rato. Células endoteliais do LAM em cultura expressaram o RNAm para a E-2LAMR e sintetizaram a enzima. A localização intravascular dessa enzima e sua habilidade em formar Ang II e não clivar esse peptídeo indicam que ela poderia ter uma participação significativa como um agente formador de Ang II no sistema cardiovascular. Esses resultados também podem indicar que a E-2LAMR é expressa em vasos de resistência, mas não em vasos de condutância. / An elastase-2 has been recently described as the major angiotensin (Ang) II-forming enzyme of the rat mesenteric arterial bed (MAB) perfusate. Here, we have investigated the interaction of affinity-purified rat MAB elastase-2 with some substrates and inhibitors of both pancreatic elastases-2 and Ang II-forming chymases. The Ang II precursors [Pro11-D-Ala12]-Ang I and renin substrate tetradecaptide (TDP) were converted into Ang II by the rat MAB elastase-2 with catalytic efficiencies of 8.6 min-1mM-1 and 5.1 min-1mM-1, respectively, and the chromogenic substrates N-succinyl-Ala-Ala-Pro-Leu-p-nitroanilide and N-succinyl-Ala-Ala-Pro-Phe-p-nitroanilide were hydrolyzed by the enzyme with catalytic efficiencies of 10.6 min-1mM-1 and 7.6 min-1mM-1, respectively. The noncleavable peptide inhibitor CH 5450 inhibited the rat MAB elastase-2 activities toward the substrates Ang I (IC50=49 mM) and N-succinyl-Ala-Ala-Pro-Phe-p-nitroanilide (IC50=4.8 mM), whereas N-acetyl-Ala-Ala-Pro-Leu-chloromethylketone (Ac-AAPL-CK), an effective active site-directed inhibitor of pancreatic elastases-2, efficiently blocked the Ang II-generating activity of the rat MAB enzyme (IC50=4.5 mM). Altogether, these data confirm and extend the enzymological similarities between pancreatic elastases-2 and their rat MAB counterpart. Moreover, the thus far unrealized interaction of rat MAB elastase-2 with [Pro11-D-Ala12]-Ang I and CH 5450, both regarded as selective for chymases, suggests that evidence for the in vivo formation of Ang II by chymases may have been overestimated in previous investigations of Ang II-forming pathways. Experiments carried out in the isolated rat MAB analyzing the vasoconstrictor effect of Ang II, Ang I, TDP, and [Pro11-D-Ala12]-Ang I showed the existence of an ACE-independent pathway for Ang II generation, which is sensitive to chymostatin and Ac-AAPL-CK. Among the possible candidates for this ACE-independent pathway is rat MAB elastase-2, an enzyme that is not inhibited by captopril, and that is sensitive to chymostatin and Ac-AAPL-CK. Although chymases, which are also chymostatin-sensitive enzymes, might also be other possible candidates for this ACE-independent pathway, based on the fact that rat chymase I has a predominant Ang II-degrading activity, and because there are no reports in the literature that chymases are sensitive to Ac-AAPL-CK, altogether these data suggest a possible role for rat MAB elastase-2, but not chymases, as an alternative pathway to ACE for Ang II generation in the isolated rat MAB. The cloning and sequencing of the cDNA for the rat MAB elastase-2 was accomplished by reverse transcription-polymerase chain reaction. The sequence of this cDNA was found identical to the sequence of the rat pancreatic elastase-2; the cDNA is 909 nucleotides in length plus a poly (A) tail and encodes a preproenzyme of 271 amino acids. Analysis of the putative amino acids in the extended Ang I binding site of the rat MAB elastase-2 reveals features that could explain the dipeptidyl carboxypeptidase-like activity required for efficient Ang I to Ang II conversion. Additionally, the sequence reveals structural features that could contribute to the lack of activity of this enzyme toward Ang II. Rat MAB elastase-2 mRNA was expressed in rat mesenteric arteries, pancreas, lung, heart, kidney, liver, and spleen but not in aorta. Cultured mesenteric endothelial cells expressed the mRNA for rat MAB elastase-2 and synthesized the enzyme itself. The intravascular localization of this enzyme and its ability to generate Ang II and not destroy this peptide indicate that it might play a role in the rat cardiovascular system as an Ang II-forming agent. These results may also indicate that rat MAB elastase-2 is expressed in resistance vessels but not in conduit vessels.
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