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Efeito de dois dispositivos de hemostasia na ocorrência de oclusão da artéria após cateterismo cardíaco transradial : ensaio clínico randomizado / Effect of two hemostasis devices in case of artery occlusion after radial cardiac catheterization: a randomized clinical trial

Santos, Simone Marques dos January 2017 (has links)
Evidências favoráveis impulsionaram o uso da técnica transradial nos últimos anos. Estudos originais que apresentam o uso dessa prática apontam baixo risco de complicações locais, maior conforto para os pacientes, possibilidade de mobilização e deambulação precoce após procedimento, diminuição do período de internação hospitalar e redução de custos hospitalares. Entre as complicações possíveis, a mais temida é a oclusão da artéria radial (OAR). Embora seja preocupante essa complicação, ainda não há consenso quanto à avaliação rotineira da patência da artéria antes da alta hospitalar e sua relação com o dispositivo hemostático utilizado. Visando preencher essa lacuna do conhecimento, este estudo foi planejado para comparar o efeito de dois dispositivos de hemostasia após cateterismo cardíaco realizado por acesso transradial na ocorrência de OAR. Foi conduzido um ensaio clínico randomizado (ECR) de dois grupos, aberto, no Laboratório de Hemodinâmica (LH) de um hospital público e universitário da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O período de coleta foi de novembro de 2015 a outubro de 2016. Foram incluídos pacientes adultos ambulatoriais e internados, submetidos a cateterismo cardíaco diagnóstico e/ou terapêutico por acesso transradial, em caráter eletivo e/ou de urgência. Os participantes foram randomizados em dois grupos: Grupo Intervenção (GI) – hemostasia com dispositivo TR Band; e Grupo Controle (GC) – hemostasia com dispositivo de gaze e bandagem elástica adesiva. O desfecho primário foi a OAR imediata ao procedimento e em 30 dias; os desfechos secundários foram a migração dos padrões das curvas após retirada imediata do dispositivo e em 30 dias, a necessidade de tempo a mais para alcance da hemostasia, as demais complicações vasculares relacionadas ao sítio de punção (sangramento e hematoma) e a presença e intensidade de dor. Foram incluídos 600 pacientes: GI (n=301) e GC (n=299), predominantemente do sexo masculino, com média de idade de 63 ± 10 anos; a OAR imediatamente após a remoção do dispositivo ocorreu em 24 (8%) e 19 (6%), no GI e GC, respectivamente; em 30 dias para um terço da amostra foi de 5 (5%) e 7 (6%), no GI e GC, respectivamente. Para estes dois períodos não foram demonstradas diferenças estatísticas; o tempo de hemostasia adicional, assim como o tempo necessário para outro tipo de compressão, foi significativamente maior no GI, p=0,006 e p<0,001, respectivamente; pacientes de ambos os grupos mantiveram um padrão e migração de curvas semelhantes na avaliação pré procedimento, imediatamente após a retirada dos dispositivos e em 30 dias; o sangramento menor foi significativamente maior no GI, quando comparado ao GC, 67 (22%) vs. 40 (13%), respectivamente, p = 0,006; o hematoma foi semelhante entre os dois grupos. O relato de dor foi similar entre os grupos, e a intensidade relatada foi moderada. Os resultados deste estudo permitem concluir que a incidência de OAR foi semelhante entre os grupos TR Band e bandagem elástica adesiva. Os padrões de curva do teste de Barbeau foram semelhantes em todas as avaliações. Pacientes que utilizaram TR Band precisaram de mais tempo adicional de hemostasia assim como mais tempo com outro tipo de compressão. O sangramento menor foi mais incidente no grupo TR Band, enquanto o hematoma foi semelhante entre os grupos. A ocorrência de dor moderada foi semelhante entre os dois grupos. / Favorable evidence increase the use of the transradial technique in recent years. Original studies that address this approach suggest low risk of local complications, greater comfort for patients, the possibility of early mobilization and ambulation after the procedure, a shorter hospital stay and reduced hospital costs. Among the possible complications, the most feared is radial artery occlusion (RAO). Although RAO is of concern, there is still no consensus regarding the routine assessment of radial artery patency before discharge and its relationship to the hemostatic device used. In order to fill this knowledge gap, this study was planned to compare the effect of two hemostasis devices after cardiac catheterization performed by transradial access on the appearance of RAO. A two-group Randomized Clinical Trial (RCT) was conducted at the Hemodynamic Laboratory (HL) of the Hospital de Clínicas of Porto Alegre (HCPA), a public university hospital in the metropolitan region of Porto Alegre, Rio Grande do Sul. The collection period was from November 2015 to October 2016. Adult patients from the outpatient clinic and hospitalized patients undergoing cardiac diagnostic and / or therapeutic catheterization due to transradial access, in an elective and / or emergency manner, were included. Participants were randomized into two groups: intervention group (IG) - hemostasis with TR Band device; Control Group (CG) - hemostasis with gaze device and adhesive elastic bandage. The primary outcome was immediate RAO to the procedure and in 30 days; secondary outcomes were migration of the curvature patterns after immediate device removal and in 30 days, the need for extra time to reach hemostasis other vascular complications related to the puncture site (bleeding and hematoma), and the presence and intensity of pain. A total of 600 patients were included: IG (n=301) and CG (n=299), predominantly males with a mean age of 63 ± 10 years; RAO immediately following device removal occurred in 24 (8%) and 19 (6%), in the IG and CG groups, respectively; in 30 days for a third of the sample was 5 (5%) and 7 (6%) in IG and CG, respectively. For these two periods no statistical difference was demonstrated. The additional hemostasis time, as well as the time required for another type of compression, was significantly higher in IG, p=0.006 and p<0.001, respectively; patients from both groups maintained a pattern of migration of similar curves in the pre-procedure assessment, immediately after the device withdrawal and in 30 days; The lowest bleeding was significantly higher in the IG, compared to the GC, 67 (22%) vs 40 (13%), respectively, p = 0.006; the hematoma was similar between the two groups. The reported pain was similar between the groups, and the reported intensity was moderate. The results of this study allow us to conclude that the incidence of RAO was similar between TR Band groups and adhesive elastic bandage. The standards of the Barbeau test curve were similar in all assessments. Patients who used TR Band required more extra hemostasis time as well as more time with another type of compression. Minor bleeding was more incident in the TR Band group, while the hematoma was similar between the groups. The occurrence of moderate pain was similar between the two groups.
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Efeito de dois dispositivos de hemostasia na ocorrência de oclusão da artéria após cateterismo cardíaco transradial : ensaio clínico randomizado / Effect of two hemostasis devices in case of artery occlusion after radial cardiac catheterization: a randomized clinical trial

Santos, Simone Marques dos January 2017 (has links)
Evidências favoráveis impulsionaram o uso da técnica transradial nos últimos anos. Estudos originais que apresentam o uso dessa prática apontam baixo risco de complicações locais, maior conforto para os pacientes, possibilidade de mobilização e deambulação precoce após procedimento, diminuição do período de internação hospitalar e redução de custos hospitalares. Entre as complicações possíveis, a mais temida é a oclusão da artéria radial (OAR). Embora seja preocupante essa complicação, ainda não há consenso quanto à avaliação rotineira da patência da artéria antes da alta hospitalar e sua relação com o dispositivo hemostático utilizado. Visando preencher essa lacuna do conhecimento, este estudo foi planejado para comparar o efeito de dois dispositivos de hemostasia após cateterismo cardíaco realizado por acesso transradial na ocorrência de OAR. Foi conduzido um ensaio clínico randomizado (ECR) de dois grupos, aberto, no Laboratório de Hemodinâmica (LH) de um hospital público e universitário da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O período de coleta foi de novembro de 2015 a outubro de 2016. Foram incluídos pacientes adultos ambulatoriais e internados, submetidos a cateterismo cardíaco diagnóstico e/ou terapêutico por acesso transradial, em caráter eletivo e/ou de urgência. Os participantes foram randomizados em dois grupos: Grupo Intervenção (GI) – hemostasia com dispositivo TR Band; e Grupo Controle (GC) – hemostasia com dispositivo de gaze e bandagem elástica adesiva. O desfecho primário foi a OAR imediata ao procedimento e em 30 dias; os desfechos secundários foram a migração dos padrões das curvas após retirada imediata do dispositivo e em 30 dias, a necessidade de tempo a mais para alcance da hemostasia, as demais complicações vasculares relacionadas ao sítio de punção (sangramento e hematoma) e a presença e intensidade de dor. Foram incluídos 600 pacientes: GI (n=301) e GC (n=299), predominantemente do sexo masculino, com média de idade de 63 ± 10 anos; a OAR imediatamente após a remoção do dispositivo ocorreu em 24 (8%) e 19 (6%), no GI e GC, respectivamente; em 30 dias para um terço da amostra foi de 5 (5%) e 7 (6%), no GI e GC, respectivamente. Para estes dois períodos não foram demonstradas diferenças estatísticas; o tempo de hemostasia adicional, assim como o tempo necessário para outro tipo de compressão, foi significativamente maior no GI, p=0,006 e p<0,001, respectivamente; pacientes de ambos os grupos mantiveram um padrão e migração de curvas semelhantes na avaliação pré procedimento, imediatamente após a retirada dos dispositivos e em 30 dias; o sangramento menor foi significativamente maior no GI, quando comparado ao GC, 67 (22%) vs. 40 (13%), respectivamente, p = 0,006; o hematoma foi semelhante entre os dois grupos. O relato de dor foi similar entre os grupos, e a intensidade relatada foi moderada. Os resultados deste estudo permitem concluir que a incidência de OAR foi semelhante entre os grupos TR Band e bandagem elástica adesiva. Os padrões de curva do teste de Barbeau foram semelhantes em todas as avaliações. Pacientes que utilizaram TR Band precisaram de mais tempo adicional de hemostasia assim como mais tempo com outro tipo de compressão. O sangramento menor foi mais incidente no grupo TR Band, enquanto o hematoma foi semelhante entre os grupos. A ocorrência de dor moderada foi semelhante entre os dois grupos. / Favorable evidence increase the use of the transradial technique in recent years. Original studies that address this approach suggest low risk of local complications, greater comfort for patients, the possibility of early mobilization and ambulation after the procedure, a shorter hospital stay and reduced hospital costs. Among the possible complications, the most feared is radial artery occlusion (RAO). Although RAO is of concern, there is still no consensus regarding the routine assessment of radial artery patency before discharge and its relationship to the hemostatic device used. In order to fill this knowledge gap, this study was planned to compare the effect of two hemostasis devices after cardiac catheterization performed by transradial access on the appearance of RAO. A two-group Randomized Clinical Trial (RCT) was conducted at the Hemodynamic Laboratory (HL) of the Hospital de Clínicas of Porto Alegre (HCPA), a public university hospital in the metropolitan region of Porto Alegre, Rio Grande do Sul. The collection period was from November 2015 to October 2016. Adult patients from the outpatient clinic and hospitalized patients undergoing cardiac diagnostic and / or therapeutic catheterization due to transradial access, in an elective and / or emergency manner, were included. Participants were randomized into two groups: intervention group (IG) - hemostasis with TR Band device; Control Group (CG) - hemostasis with gaze device and adhesive elastic bandage. The primary outcome was immediate RAO to the procedure and in 30 days; secondary outcomes were migration of the curvature patterns after immediate device removal and in 30 days, the need for extra time to reach hemostasis other vascular complications related to the puncture site (bleeding and hematoma), and the presence and intensity of pain. A total of 600 patients were included: IG (n=301) and CG (n=299), predominantly males with a mean age of 63 ± 10 years; RAO immediately following device removal occurred in 24 (8%) and 19 (6%), in the IG and CG groups, respectively; in 30 days for a third of the sample was 5 (5%) and 7 (6%) in IG and CG, respectively. For these two periods no statistical difference was demonstrated. The additional hemostasis time, as well as the time required for another type of compression, was significantly higher in IG, p=0.006 and p<0.001, respectively; patients from both groups maintained a pattern of migration of similar curves in the pre-procedure assessment, immediately after the device withdrawal and in 30 days; The lowest bleeding was significantly higher in the IG, compared to the GC, 67 (22%) vs 40 (13%), respectively, p = 0.006; the hematoma was similar between the two groups. The reported pain was similar between the groups, and the reported intensity was moderate. The results of this study allow us to conclude that the incidence of RAO was similar between TR Band groups and adhesive elastic bandage. The standards of the Barbeau test curve were similar in all assessments. Patients who used TR Band required more extra hemostasis time as well as more time with another type of compression. Minor bleeding was more incident in the TR Band group, while the hematoma was similar between the groups. The occurrence of moderate pain was similar between the two groups.
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Hemostasia da artéria radial pós cateterismo cardíaco: comparação randomizada do tempo de compressão e avaliação das complicações vasculares

NOBREGA, Erlley Raquel Aragão 25 February 2016 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2017-05-30T13:15:36Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) DISSERTAÇÃO-Raquel-2016-Biblioteca-05-07-2016(1).pdf: 1876533 bytes, checksum: b455420ce9cc60dbb32b7918480c256e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-30T13:15:36Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) DISSERTAÇÃO-Raquel-2016-Biblioteca-05-07-2016(1).pdf: 1876533 bytes, checksum: b455420ce9cc60dbb32b7918480c256e (MD5) Previous issue date: 2016-02-25 / A via radial é objeto de interesse crescente de cardiologistas intervencionistas, por oferecer menores taxas de complicações vasculares e redução de sangramento maior, associado ao risco de morte e eventos isquêmicos. Este estudo objetiva comparar a eficácia da hemostasia com compressão mecânica em duas e três horas, e a ocorrência de complicações vasculares, por avaliação clínica e por USG com Doppler. Realizou-se uma revisão de literatura intitulada "Oclusão da artéria radial relacionada ao cateterismo cardíaco transradial", no qual se revisaram 19 artigos de periódicos publicados entre 2005 a 2015, os quais relacionaram os principais fatores predisponentes à oclusão da artéria radial após cateterismo cardíaco. No presente estudo 206 pacientes submetidos a cateterismo transradial foram randomizados em dois grupos com tempo de compressão em duas horas (T2) e três horas (T3), contendo 103 pacientes em cada grupo. Foi realizado exame clínico no local de punção, antes e depois da compressão no dia do procedimento, e após o 7º dia reavaliado através de exame clínico e USG com Doppler. No artigo intitulado "Tempo de compressão da artéria radial pós cateterismo cardíaco e complicações vasculares", descreveu-se o estudo em detalhes. Em seus resultados observou-se que a avaliação clínica realizada no dia do cateterismo cardíaco não demonstrou diferenças relevantes entre os grupos T2 e T3. Equimose foi encontrada em apenas dois pacientes (0,9%); Espasmo arterial durante a retirada do introdutor ocorreu em 56 pacientes (27,2%); Hematoma pós compressão foi encontrado em 34 pacientes (16,5%); O tamanho do hematoma encontrado na maioria dos pacientes (97,1%) foi de pequena dimensão (<5cm) , apenas um paciente e pertencente ao grupo T2 (2,9%) apresentou hematoma extenso (≥10cm); Em 24 pacientes (11,7%) ocorreu sangramento após remoção do curativo compressivo no grupo T3; Quanto ao exame ultrassonográfico com Doppler evidenciou-se redução do fluxo sanguíneo em dois pacientes de cada grupo (2,0%), presença de oclusão da artéria radial no grupo T3 (11,0%), hematoma subcutâneo em dois pacientes do grupo T2 (2,0%), pseudoaneurisma em um paciente no grupo T3 (1,0%), Edema subcutâneo em um paciente do grupo T3 (1,0%). Dissecção arterial em um paciente de cada grupo (1,0%). Não foi evidenciado presença de estenose ou fístula arteriovenosa nos grupos. Conclui-se que na amostra estudada a utilização da via transradial para cateterismo cardíaco foi segura e eficaz, não apresentando diferenças estatísticas significantes na ocorrência de sangramento e complicações vasculares, com a utilização do curativo compressivo para hemostasia em duas e três horas. E que o tempo de duas horas deve ser adotado pois se mostrou seguro e eficaz na hemostasia sanguínea, apresentando baixas taxas de complicações vasculares, como a oclusão da artéria radial. / The radial routeis object of growing interest of interventional cardiologists, by offering lower rates of vascular complications and bleeding reduction, associated to the risk of death and ischemic events. This study aims to compare the efficacy of hemostasis with mechanical compression of two and three hours, and the occurrence of vascular complications, by clinical assessment and USG with Doppler. We carried out a revision in the literature entitled "occlusion of the radial artery related to transradial cardiac catheterization," in which it was reviewed 19 journal articles published from 2005 to 2015, which related the main factors predisposing to occlusion of the radial artery after cardiac catheterization. In this study 206 patients undergoing to the transradial catheterization were randomized into two groups with compression time in two hours (T2) and three hours (T3) containing 103 patients in each group. Clinical examination was performed at the puncture site, before and after the compression on the day of the procedure, and after the 7th day reassessed by clinical examination and USG Doppler In the article entitled "radial artery compression time after cardiac catheterization and vascular complications," was described the study in detail. In its results it was observed that the clinical evaluation performed on the day of cardiac catheterization showed no significant differences between T2 and T3 groups. Bruising was found in only two patients (0.9%); arterial spasm during with draw al of introducer occurred in 56 patients (27.2%); post compression hematoma was found in 34 patients (16.5%); The size of the hematoma found in most patients (97.1%) was by the small dimension (<5cm), only one patients belonging to the group and T2 (2.9%) showed extensive hematoma (≥ 10cm);In 24 patients (11.7%) occurred bleeding after removal of the pressure dressing in T3 group; as to the ultrasound Doppler examination showed a reduction of blood flow in two patients in each group (2.0%), presence of radial artery occlusion in the T3 group (11.0%), subcutaneous hematoma in two patients in the T2 group (2.0%), pseudo aneurysm in 01 patients in the T3 group (1.0%), subcutaneous edema in on patient T3 group (1.0%). Arterial dissection in one patient in each group (1.0%).It was not evidenced the presence of stenosis or arteriovenous fistula in the groups. it was concluded that in the sample studied the utilization of the transradial route for the cardiac catheterization was safe and effective, without statistically significant differences in the occurrence of bleeding and vascular complications such as occlusion of the radial artery, in the use of the compressive dressing to hemostasis of two and three hours. And the time of two hours should be adopted because it proved to be safe and effective hemostasis in the blood , resulting in low rates of vascular complications , such as the radial artery occlusion.
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"Estudo comparativo entre os enxertos arteriais compostos e os enxertos arteriais isolados na revascularização do miocárdio: análise do fluxo sangüíneo e da reserva de fluxo coronariano com Doppler intravascular" / Comparative study between composite and independent arterial grafts in myocardial revascularization : blood flow and coronary flow reserve analysis by intravascular Doppler

Josué Viana de Castro Neto 30 November 2005 (has links)
O objetivo é comparar o fluxo sanguíneo total (FS) e a reserva de fluxo coronariano (RFC) aos ramos revascularizados pelas artérias torácica interna esquerda (ATIE) e radial (AR) nos enxertos compostos com os enxertos isolados. Foi realizado um ensaio clínico randomizado de 42 pacientes que foram distribuídos em grupo A ou ATIE e AR composta em Y(n=14), grupo B ou ATIE e AR composta modificada(n=14) e grupo C ou ATIE pediculada para DA e AR aorto-coronariana(n=14). Os pacientes foram submetidos a fluxometria no pós-operatório imediato. A RFC foi de 2,1 ± 0,44, 1,96 ± 0,3 e 2,06±0,42 nos grupos A,B e C, (p=0.7208 A, B x C) e o FS, em ml/min, foi 110±30, 145±59 e 136±58, respectivamente (p=0.3232 A,B x C). Concluindo, não houve diferença significativa do FS total e nem da RFC nos grupos estudados / The objective is to compare the total blood flow (Bf) and coronary flow reserve (CFR) to the left coronary branches that were revascularized with left internal thoracic (LITA) and radial artery (RA) in composite and independent arterial grafts. A randomized trial was realized and 42 patients assigned in group A or composite LITA-RA in a Y configuration (n=14), group B or modified composite LITA-RA(n=14) and group C or pedicled LITA to LAD and aorto-coronary RA (n=14). Patients were submitted to postoperative Bf velocity analysis. CFR was 2,1 ± 0,44, 1,96 ± 0,3 e 2,06±0,42 in groups A,B and C (p=0.7208 A, B x C) and Bf, in ml/min, was 110±30, 145±59 and 136±58, respectively (p=0.3232 A, B x C). In conclusion there was no difference in Bf and CFR in the groups studied
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Análise do grau de lesão obstrutiva coronária e sua correspondente parede miocárdica como fatores preditivos de perviedade e remodelamento da artéria radial na revascularização do miocárdio / Analysis of coronary obstruction and irrigated myocardial wall as predictive factors for patency and remodeling of radial artery grafts in coronary artery bypass surgery

Carneiro, Luciano Jannuzzi 17 February 2009 (has links)
A artéria radial (AR) constitui valiosa opção de enxerto na revascularização do miocárdio (RM), desde a retomada de seu uso, nos anos 1990. O objetivo deste estudo foi avaliar perviedade e remodelamento dos enxertos de AR e sua relação com lesão obstrutiva pré-operatória e parede miocárdica revascularizada, observando-se também os enxertos de artéria torácica interna (ATI). CASUÍSTICA E MÉTODO: Entre 1994 e 2007, 3.964 pacientes foram operados com uso da AR, no InCor/HCFMUSP. Foram selecionados os reestudos angiográficos (12 meses) de 100 pacientes, sendo 11 deles reestudados em duas épocas diferentes. Em 92 pacientes foi utilizada a ATI. Foram determinados os diâmetros médios de AR e ATI, através do software CASS-II®. RESULTADOS: O tempo médio de reestudo foi de 70,53 ±33,18 meses. Em 82 casos (82,0%), a AR revascularizou uma única coronária, mais freqüentemente (50,83%) os ramos marginal esquerdo (ME) ou ventricular posterior (VP/CX). As obstruções pré-operatórias entre 90 e 99% foram as mais prevalentes (39,0%). A perviedade observada foi de 80 casos para AR (80,0%) e 80 para ATIE (86,96%). Houve correlação entre as maiores obstruções pré-operatórias e maior perviedade da AR (p=0,024). Os diâmetros médios dos enxertos foram de 2,302mm ±0,479 (AR) e 2,262mm ±0,409 (ATI). Observaram-se AR maiores do que a média (>2,30mm) nas obstruções pré-operatórias de 100%, em comparação com as demais (p=0,017). As AR que revascularizaram a parede lateral apresentaram os maiores diâmetros, em comparação às demais (p=0,04). Nos 11 pacientes com 2 reestudos, os diâmetros médios das AR foram de: 2,482mm ±0,424 (primeiro reestudo) e 2,599mm ±0,532 (segundo reestudo)(p=n/s). Para as ATIE, observaram-se: 2,308mm ±0,459 (primeiro reestudo) e 2,326mm ±0,531 (segundo reestudo) (p=n/s). No segundo reestudo, observou-se maior número de AR com diâmetros maiores, relacionados às obstruções entre 90-100% (p=0,013). A parede miocárdica revascularizada não interferiu nos diâmetros dos enxertos. CONCLUSÕES: A obstrução pré-operatória interfere na perviedade e nos diâmetros dos enxertos de AR, especialmente nas obstruções de 90% ou mais. A parede miocárdica revascularizada não interfere na perviedade da AR, porém interfere nos diâmetros dos enxertos. Foi observado remodelamento dos enxertos de AR, estando as obstruções mais graves relacionadas aos maiores aumentos de diâmetros dos enxertos comportamento semelhante às ATI. / The radial artery (RA) is an invaluable option for coronary artery bypass grafting (CABG), since its re-introduction in the late 1990 s.The objective of this study was to assess patency and remodeling of RA grafts regarding the interference of pre-operative coronary obstruction and grafted myocardial wall, also observing the internal thoracic artery grafts (ITA). METHODS: Between 1994 and 2007, 3,964 patients were operated with RA grafts, at Heart Institute, University of São Paulo, Brazil. Post-operative coronary angiographies (12 months)of 100 patients were obtained, including 11 patients with two post-op exams, at different periods. In 92 patients the ITA was also used.The grafts medium diameters were obtained using the CASS-II® software. RESULTS: Mean time of post-op angiography was 70,53 ±33,18 months. In 82 cases (82,0%) the RA grafted a single coronary, more frequently (50,83%) the left marginal (LM) or posterior ventricular (PV) branches. Pre-op obstructions between 90 and 99% were more prevalent (39,0%). Patency was of 80 cases for the RA (80,0%) and 80 cases for the ATI grafts (86,96%). There was a correlation between more severe pre-op obstructions and greater patency of the RA grafts (p=0,024). The mean diameters were 2,302mm ±0,479 (RA) and 2,262mm ±0,409 (ITA). RA diameters were above the mean value (>2,30mm) in pre-op obstructions of 100%, compared to the rest (p=0,017). The RA grafting the lateral wall showed the larger diameters, compared to the rest (p=0,04). For the 11 patients with 2 post-op angiographies, mean diameters of RA grafts were: 2,482mm ±0,424 (first) and 2,599mm ±0,532 (second)(p=n/s). For ITA grafts, mean diameters were: 2,308mm ±0,459 (first) and 2,326mm ±0,531 (second)(p=n/s). For the second angiographies, RA grafts exhibited larger diameters, related to pre-op obstructions between 90 and 100% (p=0,013). The grafted myocardial wall showed no interference with graft diameter. CONCLUSIONS: Pre-op coronary obstruction interferes in patency and diameters of RA grafts, more evidently for obstructions of 90% or greater. The grafted myocardial wall does not interfere with RA patency, although it does interfere with graft diameter. Remodeling was observed in RA grafts, correlating greater pre-op coronary obstructions and more evident increase in graft diameter similarly to the ITA grafts.
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Comparação entre a técnica femoral com dispositivo de hemostasia e a técnica radial em pacientes submetidos à estratégia invasiva precoce / Comparison between the femoral approach with hemostasis device and the radial approach in patients undergoing early invasive strategy

Andrade, Pedro Beraldo de 16 November 2015 (has links)
A via de acesso arterial é um importante sítio de complicações após a realização de procedimentos coronários invasivos. Dentre as estratégias para a redução de complicações vasculares, encontra-se estabelecida a eficácia da técnica radial. Os dispositivos de oclusão vascular propiciam maior conforto ao paciente, reduzindo o tempo de hemostasia e repouso no leito. Entretanto, a inconsistência de dados comprovando sua segurança limita sua adoção rotineira como estratégia para redução de complicações vasculares, requerendo evidências de estudos randomizados com metodologia adequada. O objetivo deste estudo foi comparar a incidência de complicações no sítio de punção arterial entre a técnica radial e a técnica femoral com utilização de Angio-Seal em pacientes com síndrome coronariana aguda sem supradesnível do segmento ST submetidos à estratégia invasiva precoce. Trata-se de um ensaio clínico unicêntrico, de não inferioridade, no qual duzentos e quarenta pacientes foram randomizados para a técnica radial ou técnica femoral com utilização de Angio-Seal. O objetivo primário foi a ocorrência de complicações no sítio de punção arterial até 30 dias após o procedimento, incluindo sangramento grave, hematoma >= 5 cm, hematoma retroperitoneal, síndrome compartimental, pseudoaneurisma, fístula arteriovenosa, infecção, isquemia de membro, oclusão arterial, lesão de nervo adjacente ou necessidade de reparo vascular cirúrgico. Em relação às características demográficas e clínicas, houve diferença apenas quanto ao gênero, com presença maior de pacientes do sexo feminino no grupo radial (33,3% versus 20,0%, p=0,020). Não se observaram diferenças entre os grupos quanto ao diagnóstico de admissão, alterações isquêmicas presentes no eletrocardiograma, elevação de marcadores de necrose miocárdica ou escores de risco, bem como quanto à farmacoterapia antitrombótica adjunta e características da intervenção coronária percutânea. A hemostasia foi obtida na totalidade dos procedimentos do grupo radial com a utilização da pulseira compressora seletiva TR Band e em 95% dos procedimentos realizados pela técnica femoral com o Angio-Seal (p=0,029). Exceto pela maior incidência de oclusão arterial no grupo radial comparado ao femoral, não houve diferenças entre os demais desfechos analisados. Segundo o teste de não inferioridade para complicações na via de acesso arterial aos 30 dias, verificou-se que a utilização do Angio-Seal não produziu resultados inferiores ao acesso radial, considerando-se a margem de 15% (12,5% versus 13,3%, diferença -0,83%, IC 95% -9,31 - 7,65, p para não inferioridade <0,001). Os resultados principais deste estudo demonstram que, em uma população de pacientes com diagnóstico de síndrome coronariana aguda sem supradesnível do segmento ST, submetida à estratificação de risco invasiva, a utilização do dispositivo de oclusão vascular Angio-Seal confere ao procedimento efetivado pelo acesso femoral inferioridade na incidência de complicações no sítio de punção arterial aos 30 dias quando comparado ao acesso radial. / Arterial access is a major site of complications after invasive coronary procedures. Among strategies to decrease vascular complications, the radial approach is an established one. Vascular closure devices provide more comfort to patients decreasing hemostasis and need for bed rest. However, the inconsistency of data proving their safety limits their routine adoption as a strategy to prevent vascular complications, requiring evidence through adequately designed randomized trials. The aim of this study is to compare the radial versus femoral approach using Angio-Seal for the incidence of arterial puncture site complications among non-ST-segment elevation acute coronary syndrome patients submitted to an early invasive strategy. This study is a unicentric, non-inferiority clinical trial where two hundred and forty patients with non-ST-segment elevation acute coronary syndrome were randomized to either radial or femoral access using Angio-Seal. The primary outcome was the occurrence of complications at the arterial puncture site until 30 days after the procedure, including major bleeding, hematoma >= 5 cm, retroperitoneal hematoma, compartment syndrome, pseudoaneurysm, arteriovenous fistula, infection, limb ischemia, arterial occlusion, adjacent nerve injury or the need for vascular surgery repair. With respect to demographic and clinical characteristics, there were differences only in terms of gender, with greater presence of female patients in the radial group (33.3% versus 20.0%, p = 0.020). There were no differences between the groups regarding the diagnosis of admission, ischemic changes present in the electrocardiogram, elevation of myocardial necrosis markers or risk scores, as well as the adjunct antithrombotic pharmacotherapy and features of the percutaneous coronary intervention. Hemostasis was achieved in the entire radial group with the use of selective radial compressor TR Band and in 95% of the procedures performed by femoral technique with Angio-Seal (p = 0.029). Except for a higher incidence of arterial occlusion in the radial group compared to the femoral, there were no differences among the other outcomes analyzed. According to the non-inferiority test for arterial access site complications in 30 days, it was found that the use of Angio-Seal not produced results inferior to the radial approach, considering the margin of 15% (12.5% vs. 13.3%, difference -0.83%, 95% CI -9.31 - 7.65, p for noninferiority <0.001). The main results of this study demonstrated that in a population of patients diagnosed with non-ST segment elevation acute coronary syndrome, who underwent invasive risk stratification, the use of the Angio-Seal vascular closure device confers to the femoral approach noninferiority in the incidence of arterial puncture site complications at 30 days when compared to the radial approach.
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Tratamento da pseudoartrose do escafoide = estudo comparativo entre o uso do exerto ósseo da extremidade distal do rádio vascularizado e não vascularizado / Treatment of scaphoid nonunion : comparative study of the use of vascularized and nonvascularized bone graft from the dorsal distal tip of the radius

Ribak, Samuel 09 March 2010 (has links)
Orientador: Maurício Etchebehere / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-16T21:07:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ribak_Samuel_D.pdf: 49523344 bytes, checksum: ed945eca0e5edfae363666a01c273fde (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: Avaliaram-se os aspectos clínicos, funcionais e radiográficos de 86 pacientes portadores de pseudoartroses do escafoide. Comparam-se 46 pacientes submetidos à técnica de enxerto ósseo vascularizado dorsal do rádio distal, baseado na artéria suprarretinacular intercompartimental 1,2* (Grupo I), e 40 pacientes submetidos à cirurgia pela técnica de enxerto ósseo convencional não vascularizado da mesma região, rádio distal (Grupo II), objetivando definir o melhor procedimento quanto à consolidação e função. A amostra foi composta por 25 pseudoartroses no terço médio e 21 no polo proximal nos pacientes do Grupo I, e 22 no terço médio, duas no polo distal e 16 no polo proximal nos pacientes do Grupo II. No transoperatório, 30 escafoides foram considerados não vascularizados nos pacientes do Grupo I, e 20 nos pacientes do Grupo II. A estabilização do escafóide foi realizada por três fios de Kirschner e, no pós-operatório, todos os pacientes foram submetidos à imobilização com tala gessada antebraquiopalmar por quatro semanas. O tempo de seguimento médio pósoperatório foi de 24.4 meses (Grupo I), e de 21.7 meses (Grupo II). Conseguiu-se consolidação de 89.1% nos pacientes do Grupo I e tempo médio de consolidação de 9.7 semanas. Nos pacientes do Grupo II, houve consolidação em 72.5%, com tempo médio de 12 semanas. Os resultados funcionais do Grupo I foram satisfatórios em 72% dos pacientes e 57,5% no Grupo II. Concluímos que a técnica de enxerto ósseo vascularizado apresenta, quanto ao índice de consolidação e função, resultados superioresaos do procedimento não vascularizado, sendo mais eficiente quando a condição do polo proximal do escafoide é esclerótica / Abstract: The clinical, functional and radiographic aspects of 86 patients presenting with scaphoid nonunion were evaluated in this study. Forty-six patients undergoing the technique of vascularized bone graft from the dorsal distal radius, based on the 1, 2 intercompartmental supraretinacular artery (Group I), and 40 patients undergoing the technique of usual nonvascularized bone graft of the same area (distal radius) (Group II), are compared with the purpose of determining the best procedure concerning healing and function. Our sample comprised nonunions in 25 middle-third and 21 proximal-pole patients (Group I), and in 22 middlethird, 2 distal-pole, and 16 proximal-pole patients (Group II). Transoperatively, 30 scaphoids in Group I patients and 20 in Group II patients were considered sclerotic. Scaphoid stabilization was achieved with three K-wires and, postoperatively, and immobilization consisted of a short-arm cast for all patients for four weeks. The average postoperative follow-up time was 24.4 months for Group I, and 21.7 months for Group II. Healing was achieved in 89.1% of Group I patients, with an average healing time of 9.7 weeks. Within Group II, healing was achieved in 72.5% of patients, with an average healing time of 12 weeks. The functional results were satisfactory in 72% of Group I patients and 57.5% of Group II patients. We therefore conclude, from the healing and function indices, that the vascularized bone graft technique produces superior results than the nonvascularized bone graft procedure, being more efficient when the proximal pole of the scaphoid is sclerotic / Doutorado / Fisiopatologia Cirúrgica / Doutor em Ciências
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Comparação entre a técnica femoral com dispositivo de hemostasia e a técnica radial em pacientes submetidos à estratégia invasiva precoce / Comparison between the femoral approach with hemostasis device and the radial approach in patients undergoing early invasive strategy

Pedro Beraldo de Andrade 16 November 2015 (has links)
A via de acesso arterial é um importante sítio de complicações após a realização de procedimentos coronários invasivos. Dentre as estratégias para a redução de complicações vasculares, encontra-se estabelecida a eficácia da técnica radial. Os dispositivos de oclusão vascular propiciam maior conforto ao paciente, reduzindo o tempo de hemostasia e repouso no leito. Entretanto, a inconsistência de dados comprovando sua segurança limita sua adoção rotineira como estratégia para redução de complicações vasculares, requerendo evidências de estudos randomizados com metodologia adequada. O objetivo deste estudo foi comparar a incidência de complicações no sítio de punção arterial entre a técnica radial e a técnica femoral com utilização de Angio-Seal em pacientes com síndrome coronariana aguda sem supradesnível do segmento ST submetidos à estratégia invasiva precoce. Trata-se de um ensaio clínico unicêntrico, de não inferioridade, no qual duzentos e quarenta pacientes foram randomizados para a técnica radial ou técnica femoral com utilização de Angio-Seal. O objetivo primário foi a ocorrência de complicações no sítio de punção arterial até 30 dias após o procedimento, incluindo sangramento grave, hematoma >= 5 cm, hematoma retroperitoneal, síndrome compartimental, pseudoaneurisma, fístula arteriovenosa, infecção, isquemia de membro, oclusão arterial, lesão de nervo adjacente ou necessidade de reparo vascular cirúrgico. Em relação às características demográficas e clínicas, houve diferença apenas quanto ao gênero, com presença maior de pacientes do sexo feminino no grupo radial (33,3% versus 20,0%, p=0,020). Não se observaram diferenças entre os grupos quanto ao diagnóstico de admissão, alterações isquêmicas presentes no eletrocardiograma, elevação de marcadores de necrose miocárdica ou escores de risco, bem como quanto à farmacoterapia antitrombótica adjunta e características da intervenção coronária percutânea. A hemostasia foi obtida na totalidade dos procedimentos do grupo radial com a utilização da pulseira compressora seletiva TR Band e em 95% dos procedimentos realizados pela técnica femoral com o Angio-Seal (p=0,029). Exceto pela maior incidência de oclusão arterial no grupo radial comparado ao femoral, não houve diferenças entre os demais desfechos analisados. Segundo o teste de não inferioridade para complicações na via de acesso arterial aos 30 dias, verificou-se que a utilização do Angio-Seal não produziu resultados inferiores ao acesso radial, considerando-se a margem de 15% (12,5% versus 13,3%, diferença -0,83%, IC 95% -9,31 - 7,65, p para não inferioridade <0,001). Os resultados principais deste estudo demonstram que, em uma população de pacientes com diagnóstico de síndrome coronariana aguda sem supradesnível do segmento ST, submetida à estratificação de risco invasiva, a utilização do dispositivo de oclusão vascular Angio-Seal confere ao procedimento efetivado pelo acesso femoral inferioridade na incidência de complicações no sítio de punção arterial aos 30 dias quando comparado ao acesso radial. / Arterial access is a major site of complications after invasive coronary procedures. Among strategies to decrease vascular complications, the radial approach is an established one. Vascular closure devices provide more comfort to patients decreasing hemostasis and need for bed rest. However, the inconsistency of data proving their safety limits their routine adoption as a strategy to prevent vascular complications, requiring evidence through adequately designed randomized trials. The aim of this study is to compare the radial versus femoral approach using Angio-Seal for the incidence of arterial puncture site complications among non-ST-segment elevation acute coronary syndrome patients submitted to an early invasive strategy. This study is a unicentric, non-inferiority clinical trial where two hundred and forty patients with non-ST-segment elevation acute coronary syndrome were randomized to either radial or femoral access using Angio-Seal. The primary outcome was the occurrence of complications at the arterial puncture site until 30 days after the procedure, including major bleeding, hematoma >= 5 cm, retroperitoneal hematoma, compartment syndrome, pseudoaneurysm, arteriovenous fistula, infection, limb ischemia, arterial occlusion, adjacent nerve injury or the need for vascular surgery repair. With respect to demographic and clinical characteristics, there were differences only in terms of gender, with greater presence of female patients in the radial group (33.3% versus 20.0%, p = 0.020). There were no differences between the groups regarding the diagnosis of admission, ischemic changes present in the electrocardiogram, elevation of myocardial necrosis markers or risk scores, as well as the adjunct antithrombotic pharmacotherapy and features of the percutaneous coronary intervention. Hemostasis was achieved in the entire radial group with the use of selective radial compressor TR Band and in 95% of the procedures performed by femoral technique with Angio-Seal (p = 0.029). Except for a higher incidence of arterial occlusion in the radial group compared to the femoral, there were no differences among the other outcomes analyzed. According to the non-inferiority test for arterial access site complications in 30 days, it was found that the use of Angio-Seal not produced results inferior to the radial approach, considering the margin of 15% (12.5% vs. 13.3%, difference -0.83%, 95% CI -9.31 - 7.65, p for noninferiority <0.001). The main results of this study demonstrated that in a population of patients diagnosed with non-ST segment elevation acute coronary syndrome, who underwent invasive risk stratification, the use of the Angio-Seal vascular closure device confers to the femoral approach noninferiority in the incidence of arterial puncture site complications at 30 days when compared to the radial approach.
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Análise do grau de lesão obstrutiva coronária e sua correspondente parede miocárdica como fatores preditivos de perviedade e remodelamento da artéria radial na revascularização do miocárdio / Analysis of coronary obstruction and irrigated myocardial wall as predictive factors for patency and remodeling of radial artery grafts in coronary artery bypass surgery

Luciano Jannuzzi Carneiro 17 February 2009 (has links)
A artéria radial (AR) constitui valiosa opção de enxerto na revascularização do miocárdio (RM), desde a retomada de seu uso, nos anos 1990. O objetivo deste estudo foi avaliar perviedade e remodelamento dos enxertos de AR e sua relação com lesão obstrutiva pré-operatória e parede miocárdica revascularizada, observando-se também os enxertos de artéria torácica interna (ATI). CASUÍSTICA E MÉTODO: Entre 1994 e 2007, 3.964 pacientes foram operados com uso da AR, no InCor/HCFMUSP. Foram selecionados os reestudos angiográficos (12 meses) de 100 pacientes, sendo 11 deles reestudados em duas épocas diferentes. Em 92 pacientes foi utilizada a ATI. Foram determinados os diâmetros médios de AR e ATI, através do software CASS-II®. RESULTADOS: O tempo médio de reestudo foi de 70,53 ±33,18 meses. Em 82 casos (82,0%), a AR revascularizou uma única coronária, mais freqüentemente (50,83%) os ramos marginal esquerdo (ME) ou ventricular posterior (VP/CX). As obstruções pré-operatórias entre 90 e 99% foram as mais prevalentes (39,0%). A perviedade observada foi de 80 casos para AR (80,0%) e 80 para ATIE (86,96%). Houve correlação entre as maiores obstruções pré-operatórias e maior perviedade da AR (p=0,024). Os diâmetros médios dos enxertos foram de 2,302mm ±0,479 (AR) e 2,262mm ±0,409 (ATI). Observaram-se AR maiores do que a média (>2,30mm) nas obstruções pré-operatórias de 100%, em comparação com as demais (p=0,017). As AR que revascularizaram a parede lateral apresentaram os maiores diâmetros, em comparação às demais (p=0,04). Nos 11 pacientes com 2 reestudos, os diâmetros médios das AR foram de: 2,482mm ±0,424 (primeiro reestudo) e 2,599mm ±0,532 (segundo reestudo)(p=n/s). Para as ATIE, observaram-se: 2,308mm ±0,459 (primeiro reestudo) e 2,326mm ±0,531 (segundo reestudo) (p=n/s). No segundo reestudo, observou-se maior número de AR com diâmetros maiores, relacionados às obstruções entre 90-100% (p=0,013). A parede miocárdica revascularizada não interferiu nos diâmetros dos enxertos. CONCLUSÕES: A obstrução pré-operatória interfere na perviedade e nos diâmetros dos enxertos de AR, especialmente nas obstruções de 90% ou mais. A parede miocárdica revascularizada não interfere na perviedade da AR, porém interfere nos diâmetros dos enxertos. Foi observado remodelamento dos enxertos de AR, estando as obstruções mais graves relacionadas aos maiores aumentos de diâmetros dos enxertos comportamento semelhante às ATI. / The radial artery (RA) is an invaluable option for coronary artery bypass grafting (CABG), since its re-introduction in the late 1990 s.The objective of this study was to assess patency and remodeling of RA grafts regarding the interference of pre-operative coronary obstruction and grafted myocardial wall, also observing the internal thoracic artery grafts (ITA). METHODS: Between 1994 and 2007, 3,964 patients were operated with RA grafts, at Heart Institute, University of São Paulo, Brazil. Post-operative coronary angiographies (12 months)of 100 patients were obtained, including 11 patients with two post-op exams, at different periods. In 92 patients the ITA was also used.The grafts medium diameters were obtained using the CASS-II® software. RESULTS: Mean time of post-op angiography was 70,53 ±33,18 months. In 82 cases (82,0%) the RA grafted a single coronary, more frequently (50,83%) the left marginal (LM) or posterior ventricular (PV) branches. Pre-op obstructions between 90 and 99% were more prevalent (39,0%). Patency was of 80 cases for the RA (80,0%) and 80 cases for the ATI grafts (86,96%). There was a correlation between more severe pre-op obstructions and greater patency of the RA grafts (p=0,024). The mean diameters were 2,302mm ±0,479 (RA) and 2,262mm ±0,409 (ITA). RA diameters were above the mean value (>2,30mm) in pre-op obstructions of 100%, compared to the rest (p=0,017). The RA grafting the lateral wall showed the larger diameters, compared to the rest (p=0,04). For the 11 patients with 2 post-op angiographies, mean diameters of RA grafts were: 2,482mm ±0,424 (first) and 2,599mm ±0,532 (second)(p=n/s). For ITA grafts, mean diameters were: 2,308mm ±0,459 (first) and 2,326mm ±0,531 (second)(p=n/s). For the second angiographies, RA grafts exhibited larger diameters, related to pre-op obstructions between 90 and 100% (p=0,013). The grafted myocardial wall showed no interference with graft diameter. CONCLUSIONS: Pre-op coronary obstruction interferes in patency and diameters of RA grafts, more evidently for obstructions of 90% or greater. The grafted myocardial wall does not interfere with RA patency, although it does interfere with graft diameter. Remodeling was observed in RA grafts, correlating greater pre-op coronary obstructions and more evident increase in graft diameter similarly to the ITA grafts.
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Revascularização cirúrgica do miocárdio com utilização de enxerto de artéria radial esqueletizada ou com tecidos adjacentes: análise comparativa randomizada / Surgical revascularization of the myocardium with the use of grafts of the skeletonized radial artery or with surrounding tissues: random comparative analysis

Bonini, Rômulo César Arnal 01 October 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A utilização de enxertos arteriais na revascularização cirúrgica do miocárdio já está bem estabelecida atualmente pelos cirurgiões cardiovasculares, e sua esqueletização tem apresentado algumas vantagens, a princípio com a artéria torácica interna esquerda. OBJETIVO: Com o objetivo de analisar esse método de dissecção na artéria radial, foram avaliados os desempenhos funcional e hemodinâmico bem como as características morfoanatômicas e histológicas dos enxertos aortocoronários de artéria radial, esqueletizados ou com tecidos adjacentes, na revascularização cirúrgica do miocárdio. MÉTODOS: Foram comparados 40 pacientes, distribuídos randomicamente em dois grupos. No grupo I foi utilizada artéria radial esqueletizada (20 pacientes) e no grupo II, artéria radial com tecidos adjacentes (20 pacientes), para os ramos marginais da artéria coronária esquerda. No total, 39 pacientes foram submetidos a cinecoronariografia e fluxometria com cateter-guia Doppler de 12 MHz (0,014 polegada, Flowire, Jometrics Inc.), no pós-operatório imediato. RESULTADOS: Os dois grupos apresentaram características demográficas semelhantes. As variáveis intra-operatórias principais da artéria radial também foram semelhantes, com comprimento de 17,1 cm no grupo I e de 16,3 cm no grupo II, e débito livre de 80,3 ml/min no grupo I e de 95,5 ml/min no grupo II. Não foram observadas diferenças morfoanatômicas e histológicas nos grupos comparados. Os diâmetros dos enxertos de artéria radial, calculados por meio de angiografia quantitativa no pós-operatório, foram semelhantes (2,66 mm no grupo I e 2,53 mm no grupo II), assim como as variáveis fluxométricas (fluxo sanguíneo de 54,9 ml/min no grupo I e de 44,28 ml/min no grupo II, e reserva de fluxo de 2,12 no grupo I e de 2 no grupo II). Por outro lado, a cinecoronariografia revelou presença de oclusão em um enxerto e estenose em cinco enxertos no grupo II, enquanto o grupo I apresentou estenose em apenas um enxerto de artéria radial (p = 0,091). CONCLUSÕES: Os enxertos aortocoronários de artéria radial tiveram bom desempenho funcional e hemodinâmico precoce. Não houve diferença entre os grupos quanto ao desempenho funcional e hemodinâmico precoce, e quanto às características morfoanatômicas e histológicas. / BACKGROUND: The use of artery grafts in the surgical revascularization of the myocardium is currently a well-established procedure by cardiovascular surgeons, and its skeletonization has posed some advantages, in principle, with the left internal thoracic artery. OBJECTIVE: With the purpose of analyzing this radial artery harvest method, the study evaluated the functional and hemodynamic early performance, as well as the morphological anatomic and histological features of the aortic coronary grafts of the radial artery, skeletonized or with surrounding tissues, in the surgical revascularization of the myocardium. METHODS: The study compared 40 patients, randomly distributed in two groups. In Group I, we employed a skeletonized radial artery (20 patients), and in Group II, the radial artery with surrounding tissues (20 patients), for the marginal branches of the left coronary artery. In total, 39 patients underwent cinecoronariography and fluxometry with a 12-MHz Doppler guide catheter (0.014 in., Flowire, Jometrics Inc.), in the immediate postoperative period. RESULTS: Both groups presented similar demographic features. The main intra-surgical variables of the radial artery were also similar, with an extension of 17.1 cm in Group I, and 16.3 cm in Group II, and the free flow was of 80.3 ml/min in Group I, and of 95.5 ml/min in Group II. No morphological anatomic and histological differences were observed in the compared groups. The diameters of the radial artery grafts, which were calculated by quantitative angiography in the postoperative period, were similar (2.66 mm in Group I, and 2.53 mm in Group II), as well as the flow variables (blood flow of 54.9 ml/min in Group I, and of 44.28 ml/min in Group II, and a flow reserve of 2.12 in Group I, and of 2 in Group II). On the other hand, the cinecoronariography revealed the presence of an occlusion in one graft, and of stenosis in five grafts of Group II, while Group I presented stenosis in only one radial artery graft (p = 0.091). CONCLUSIONS: The aortic coronary grafts of the radial artery displayed good functional and hemodynamic early performance. There was no difference between the groups regarding functional and hemodynamic early performance, and the morphological anatomical and histological features.

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