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Cana-de-açúcar: do plantio à alimentação de bovinos / Sugarcane: from crop to cattle feedDuarte, Fernando Costa 18 December 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-12-18 / Sugarcane is a high-yielding culture per area unit. For its maximum production, choice of a good variety, correct soil preparation, and nutrient content correction, either through organic or chemical methods must be observed. Good seedling establishment and weed control are also necessary. Sugarcane was shown to be sensitive to fertilizations, especially those with nitrogen potassium, responding positively to increase in the contents of these nutrients in soil. It also showed to be sensitive to the presence of weeds, since in their absence, its productivity increases significantly. The culture was also flexible towards planting and harvest times. As cattle feed, it can be offered in several ways: in natura, silage or chemically-treated (NaOH or CaO) to improve and preserve its characteristics. Its main sugar alcohol co-product, bagasse, can also be fed to cattle. However sugarcane presents low contents of raw protein and minerals as well as low digestibility of the fibrous fraction. These characteristics limit its use along time for low performance animals, probably as a consequence of their low voluntary consumption. More recent research shows that this reality has changed as, besides its quality improvement, sugarcane and its feeding management have been altered. In beef cattle, sugarcane has shown good results under feedlot performance, mainly in diets using high concentrate contents. In dairy cattle, sugarcane has met the requirement of animals with up to 30 kg/day of milk production. It must be emphasized that its greater utilization is by animals with a daily production around 20 kg, presenting advantageous results over corn silage. Several levels of urea inclusion in the diet have been tested in lactating cows and growing animals, both yielding favorable results. / A cana-de-açúcar é uma cultura de alto rendimento por unidade de área. Para sua máxima produção tem-se que observar a escolha de uma boa variedade, o correto preparo do solo, bem como a correção de seus teores de nutrientes, quer seja de forma orgânica ou química. Também é necessário um bom estabelecimento de suas mudas e o controle de plantas daninhas. A cana-de-açúcar se mostrou sensível a adubações, principalmente aquelas feitas com nitrogênio e potássio, respondendo positivamente ao aumento nos teores desses nutrientes no solo. Ela também se mostrou sensível à presença de plantas daninhas, pois estas estão ausências sua produtividade aumenta significativamente. A cultura também se mostra flexível quanto à época de plantio, bem como a de colheita, tendo apenas que respeitar suas peculiaridades. Como alimento para bovinos ela pode ser ofertada de diversas formas: in natura, na forma de silagem ou tratadas quimicamente (NaOH ou CaO), para melhorar e conservar suas características. Também pode ser fornecida para os bovinos o seu principal coproduto da indústria sucroalcooleira, o bagaço. Porém, a cana-de-açúcar apresenta baixos teores de proteína bruta, minerais e baixa digestibilidade da fração fibrosa. Estas características limitaram seu uso ao longo do tempo para animais de baixo desempenho, o que ocorreu provavelmente pelo seu baixo consumo voluntário. Em pesquisas mais recentes esta realidade tem mudado, pois, além da melhoria na sua qualidade a cana-de-açúcar e o seu manejo de oferta ao animal têm sido alterados. Em bovinos de corte a cana-de-açúcar tem mostrado bons resultados no desempenho em confinamento, principalmente em dietas usando-se altos teores de concentrado. Em bovinos de leite a cana-de-açúcar tem atendido a exigência de animais até de 30 kg/dia de produção de leite, devendo ser ressaltado que sua maior utilização está em animais com produção diária em torno de 20 kg, pois nestes animais têm apresentado resultados vantajosos em relação à silagem de milho. Também vários níveis de inclusão de ureia nas dietas vêm sendo testados, tanto em vacas em lactação, quanto em animais em crescimento, ambos com resultados favoráveis.
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