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Estudo da ontogênese dos ritmos biológicos em neonatos humanos e ratos. / Study of the ontogenesis of biological rhythms in newborns humans and rats.Bueno, Clarissa 04 August 2011 (has links)
Fatores ambientais podem modificar o desenvolvimento dos ritmos biológicos em neonatos, como já demonstrado em ratos. Neste contexto insere-se o estudo de recém-nascidos pré-termo mantidos em unidades de cuidado neonatal. Descrevemos neste trabalho a evolução da ritmicidade no ciclo vigília/sono, atividade/repouso, temperatura do punho e alimentação na fase neonatal. Paralelamente, caracterizamos o desenvolvimento dos ritmos biológicos em ratos mantidos sob luz constante durante a lactação e a atuação da melatonina e do exercício físico nessa evolução. Em um estudo longitudinal utilizando actímetros e termistores com memória, identificamos precocemente ritmo circadiano na temperatura do punho, enquanto na atividade motora há predomínio de ritmos ultradianos, bem como no ciclo vigília/sono e no comportamento alimentar, padrão este que se modifica logo após a alta hospitalar. Em ratos sob o paradigma de luz constante, oferecemos melatonina e uma roda durante a lactação e após o desmame, encontrando modificações na emergência do ritmo circadiano em ambos os grupos. / Environmental factors can change the development of biological rhythms in neonates, as has already been demonstrated in rats. In this context is the study of preterm newborns maintained in neonatal care units. We describe in the present work the evolution of rhythmicity in sleep/wake cycle, activity/rest, wrist temperature and feeding behavior along the neonatal phase. Simultaneously, we characterize the development of biological rhythms in rats maintained under constant light during lactation and the action of melatonin and physical exercise in this evolution. Through a longitudinal study using actimeters and thermistors with memory we identified precociously a circadian rhythm in wrist temperature, while in motor activity we found a dominant ultradian rhythm, as well as, in sleep/wake cycle and feeding behavior, with changes in this pattern just after hospital discharge. In rats reared under constant light, we offered melatonin and a wheel during lactation and after weaning, finding differences in the emergency of the circadian rhythm for both groups.
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Estudo da ontogênese dos ritmos biológicos em neonatos humanos e ratos. / Study of the ontogenesis of biological rhythms in newborns humans and rats.Clarissa Bueno 04 August 2011 (has links)
Fatores ambientais podem modificar o desenvolvimento dos ritmos biológicos em neonatos, como já demonstrado em ratos. Neste contexto insere-se o estudo de recém-nascidos pré-termo mantidos em unidades de cuidado neonatal. Descrevemos neste trabalho a evolução da ritmicidade no ciclo vigília/sono, atividade/repouso, temperatura do punho e alimentação na fase neonatal. Paralelamente, caracterizamos o desenvolvimento dos ritmos biológicos em ratos mantidos sob luz constante durante a lactação e a atuação da melatonina e do exercício físico nessa evolução. Em um estudo longitudinal utilizando actímetros e termistores com memória, identificamos precocemente ritmo circadiano na temperatura do punho, enquanto na atividade motora há predomínio de ritmos ultradianos, bem como no ciclo vigília/sono e no comportamento alimentar, padrão este que se modifica logo após a alta hospitalar. Em ratos sob o paradigma de luz constante, oferecemos melatonina e uma roda durante a lactação e após o desmame, encontrando modificações na emergência do ritmo circadiano em ambos os grupos. / Environmental factors can change the development of biological rhythms in neonates, as has already been demonstrated in rats. In this context is the study of preterm newborns maintained in neonatal care units. We describe in the present work the evolution of rhythmicity in sleep/wake cycle, activity/rest, wrist temperature and feeding behavior along the neonatal phase. Simultaneously, we characterize the development of biological rhythms in rats maintained under constant light during lactation and the action of melatonin and physical exercise in this evolution. Through a longitudinal study using actimeters and thermistors with memory we identified precociously a circadian rhythm in wrist temperature, while in motor activity we found a dominant ultradian rhythm, as well as, in sleep/wake cycle and feeding behavior, with changes in this pattern just after hospital discharge. In rats reared under constant light, we offered melatonin and a wheel during lactation and after weaning, finding differences in the emergency of the circadian rhythm for both groups.
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Atrito temporal em adolescentes escolares / Temporal friction in school adolescentsSantos, Eduardo Henrique Rosa 27 January 2010 (has links)
Uma das características dos adolescentes é a fase atrasada dos ritmos biológicos circadianos. Esse atraso na expressão da ritmicidade circadiana pode gerar um atrito entre o tempo biológico e o tempo social (horário escolar). Assim, analisamos a expressão do atrito temporal entre o tempo biológico e o tempo social em adolescentes escolares. Todos os adolescentes atrasaram os horários do inicio e do final do sono na comparação entre os dias letivos e não letivos. Os adolescentes atrasam a acrofase da temperatura periférica, e a MFS na comparação entre os dias letivos e não letivos. Foi observada uma diminuição significativa para os vespertinos, na ritmicidade circadiana da temperatura na transição dos dias letivos para os dias não letivos. Dessa forma, o deslocamento da acrofase da temperatura e o deslocamento da MFS podem ser a expressão do atrito temporal. Esse cronicidade do atrito pode trazer conseqüências negativas para o bem estar dos adolescentes. / And one of the adolescents characteristics is the latest phase of circadian biological rhythms, compared with children and adults. This delay in the expression of circadian rhythmicity may generate friction between biological time and social time. Thus we analyzed the temporal friction between biological time and social time in scholar adolescents. All adolescents delay the time of beginning and the end of sleep in school days compared to non-school days. All adolescents had a delay in the peripheral temperature acrophase, and the MFS in the comparison between school days and non-school days. Therefore we understand the friction time between the biological and the social through changes in the CVS patterns, shift of peripheral temperature acrophase, and displacement of the MFS, in the transition from school days to non-school days. This chronicity of friction can have negative consequences for the well being of the adolescents.
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Ritmos biológicos em índios Guarani adultos / Biological rhythms in Guarani adult indiansLapa, Daniela Wey Camilo 04 December 2007 (has links)
Comunidades que vivem em regiões sem energia elétrica apresentam suas atividades sincronizadas pelo ciclo dia/noite e por compromissos sociais podendo haver uma diferença sazonal no comportamento. No ambiente urbano a energia elétrica cria a possibilidade de nos organizarmos temporalmente de acordo com os nossos interesses. Este comportamento tem sido apontado como uma das causas para a ausência de sazonalidade nos ritmos biológicos humanos. Este estudo fenomenológico naturalístico em índios Guarani que viviam em casas sem energia elétrica nos permitiu refletir sobre a presença de sazonalidade nos ritmos biológicos. O ritmo de temperatura do punho em 21 índios e o ciclo de atividade/repouso em 16 índios foram comparados entre o inverno e verão. O perfil temporal da temperatura não se alterou nas duas épocas, mas houve diferença nos valores de amplitude e MESOR que pode ser explicada pela variação sazonal do padrão de dissipação de calor através da pele. Não houve diferença entre o inverno e verão para os valores de acrofase, e os índios mais novos apresentaram horários de acrofase da temperatura mais tardios que os índios mais velhos. Do inverno para o verão observamos um atraso nos horários de repouso sem alteração significativa na duração. Não verificamos diferença nos horários e na duração do repouso entre os dias de semana e fins de semana. O padrão de atividade/repouso não apresentou relação com a duração/alocação da noite no inverno e verão e houve uma correlação negativa com os valores de temperatura do punho. Os índios adultos da Aldeia Boa Vista apresentam ritmos biológicos com características típicas de uma comunidade de transição. As atividades na aldeia são sincronizadas pelas diferentes relações sociais que se estabelecem em cada época do ano. / Communities living in areas without electricity present biological rhythms synchronized by the day/night cycle and social schedules; it seems possible to detect seasonal differences in their behaviour. In urban areas electricity allow us to organize our activities according to our interests. This behaviour has been pointed as a cause for the absence of seasonality in human biological rhythms. The present naturalistic phenomenological study of Guarani indians that living in no electricity houses allowed us to think about the presence of seasonality in biological rhythms. Wrist temperature and activity/rest rhythms of 21 indians were compared between winter and summer. The temperature profile did not change, but a seasonal difference was found for amplitude and MESOR values which may be related to metabolic-behavioral processes involved in thermoregulation. In summer the vasodilation is intense and the heat dissipation is maximum (with low variability), the opposite tends to occur in winter. We did not find seasonality in acrophase values between subjects, and we also found the same correlation described for urban populations: a phase advance of body temperature in the elderly. From winter to summer the onsets/offset of rest were delayed, with no change in rest duration. For the indians there was no difference in the schedules of rest/activity during the week. The activity/rest cycle was not determined by the day/night cycle but showed a significant correlation with wrist temperature. The adult indians of Boa Vista settlement showed typical characteristics in their biological rhythms of a transition community. The activities in the settlement are synchronized by singular relationships that take place in each season.
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Modelo matemático do sistema de temporização biológica circadiana / Mathematical model of the circadian timing systemLopes, José Ricardo 15 December 2004 (has links)
Tanto as evidências experimentais que demonstraram a geração endógena de ritmos com períodos circadianos, quanto as investigações sobre os diferentes mecanismos de sincronização dos ritmos circadianos aos marcadores temporais externos de períodos fixos de 24h forneceram material para a elaboração de proposições importantes sobre as características do sistema de temporização biológica circadiana. Dentro desse cenário, foi de muita ajuda a aplicação da modelagem matemática. O desenvolvimento desses modelos permitiu a investigação de conjecturas que tentam explicar as características subjacentes aos mecanismos que coordenam esse sistema. Nosso objetivo, neste trabalho, foi de explorar a hipótese de que o mecanismo de controle da ritmicidade circadiana é exercido pela ação de laços de retroalimentação negativa acionados após tempos de retardo característicos do sistema. Para alcançarmos esse objetivo, elaboramos um modelo no qual o controle e a manutenção da expressão rítmica circadiana fossem conseqüentes da ação de dois laços de retroalimentação negativa com tempos de retardo distintos. Adicionalmente, avaliamos a resposta do modelo à ação de oscilações externas. Por meio da dinâmica não-linear resultante do modelo, nós observamos sugestiva similaridade entre as respostas obtidas nas simulações e as descrições experimentais da expressão do sistema de temporização circadiana citadas na literatura. Esses resultados deram suporte a hipótese inicial como explicação do funcionamento do sistema. / Both the experimental evidences of generation of biological circadian rhythms and the results of investigation about the mechanisms of synchronization between the circadian rhythms with the external cycles of 24-hour period provided material for the development of important assumptions about the characteristics of the circadian timing system. Inside this scenery, it was helpful the application of mathematical models. The development of these models permited the inquiry of some hypotheses which try to explain the underlying characteristics of this system. Our aim, in this work, was to investigate the hypothesis that explain the controlling mechanism of the circadian system as a result of the action of negative feedback loops triggered after charateristic time delays. For reaching this goal, our porpouse was to build a mathematical model which simulated circadian rhythmic expressions controlled by two feedback loops with different time delays. Additionaly, we also simulated the response of the model under external oscillations. Through the non-linear dynamic resulting from the model we observed suggestive similarity between the simulations and the experimental descriptions of the circadian system expressions present in many works. These results gave support to the validation of the initial hypothesis.
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Sistema serotonérgico - relações com o sistema de temporização circadiano. / Serotonergic system - Interactions with the circadian timing system.Pinato, Luciana 17 December 2007 (has links)
Componente essencial do sistema de temporização circadiano, o núcleo supraquiasmático (NSQ) possui três aferências principais: o trato retinohipotalâmico (TRH), o trato geniculohipotalâmico (TGH) e as terminações serotonérgicas da rafe. Suas células possuem oscilação circadiana autônoma que resultam na expressão rítmica dos chamados genes do relógio. O presente estudo analisa as concentrações de 5-HT nos núcleos da rafe e NSQ de ratos em livre-curso e mostra que somente os núcleos obscuro e linear apresentam ritmos endógenos com ação determinante do ciclo claro-escuro na no ritmo diário; compara a organização intrínseca do NSQ de primatas e roedores, mostrando organização diferenciada dos terminais serotonérgicos e do TGH em relação aos do TRH sugerindo funções diferentes dessas aferências no NSQ de primatas. Além disso, o padrão de expressão dos genes do relógio no NSQ do primata ao longo do período de atividade mostrou que os genes BMAL1 e Per1 apresentam pico de expressão ao redor do ZT2 e o gene Per2 no ZT7. Os dados demonstram diferenças interespecíficas importantes nas características neuroquímicas e moleculares do NSQ. / Essential component of the circadian timing system, the suprachiasmatic nucleus (SCN) receives dense retinohypothalamic RHT, geniculohypothalamic tract GHT and serotonergic innervation arriving from the raphe nuclei. SCN has pacemaker cells that produce rhythmic expression of clock genes. This study investigates the levels of 5-HT in the raphe nuclei and SCN in free running rats and shows endogenous rhythms in the obscurus and linear raphe nuclei, which is regulated by the daily light: dark cycle rhythms. The comparative analysis of the intrinsic structure of the SCN of primates and rodents shows a different organizational pattern of serotonergic and GHT terminals and the RHT terminals, suggesting different actions of serotonin and neuropeptide Y in the control of circadian rhythmicity in primates. Moreover, the pattern of the clock genes SCN expression along the awaken period in the primates show that BMAL1 and Per1 RNAm peaks of expression occur around ZT2 and Per2 around ZT7. These data suggest that the neural organization of the circadian timing system in the studied primate differ from those of the most commonly studied rodents.
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Ocorrência de fogachos e sua relação com os ritmos circadianos de temperatura periférica do punho, atividade/repouso e estados de humor em mulheres na pós-menopausa. / Hot flashes episodes and the circadian rhythms of wrist temperature, rest/activity and mood in post-menopausal women.Silva, Hadassa Batinga da 16 December 2009 (has links)
O objetivo do trabalho foi verificar possíveis relações entre a ocorrência dos fogachos e as oscilações da temperatura periférica, atividade motora e do humor. Participaram do protocolo 19 pacientes do Hospital das Clínicas de São Paulo, separadas em 2 grupos: mulheres pós-menopausa com fogachos e mulheres pós-menopausa sem fogachos, mais o grupo controle. As variáveis coletadas foram: a atividade motora do braço, temperatura da pele do punho e ocorrência de fogachos. Encontramos ritmicidade circadiana significativa na ocorrência de fogachos em 5 voluntárias e ritmicidade infradiana significativa (períodos entre 7 e 14 dias) em 4 voluntárias. Observamos correlação positiva entre essa pontuação do questionário de cronotipo e a amplitude da curva ajustada do ritmo de temperatura punho e correlação positiva entre fogachos e a média da temperatura do punho. A média da temperatura do punho das mulheres com fogachos foi maior que a das mulheres sem fogachos e controles. Na população estudada demonstramos evidências de relações entre os episódios de fogachos e as oscilações da temperatura periférica, atividade motora. Não encontramos relações significativas entre a ocorrência de fogachos e variações dos estados de humor alegria e ansiedade. / In this study we evaluated possible correlations between peripheral (wrist) temperature, rest/activity and mood circadian rhythms and the occurrence of hot flashes in post-menopausal women. Nineteen patients from Hospital das Clínicas de São Paulo had participated this study. The patients were separated in 2 groups: post-menopausal women with hot flashes (n=13) aged 55±4; postmenopausal women without hot flashes (n=6) with 59±1.51 years old, besides the control group (n=10) with 36±4 years old. The data collected were motor activity of the arm, peripheral (wrist skin) temperature and occurrence of episodes of hot flashes. Volunteers wore actimeters to collect motor activity data and wrist temperature along 30 consecutive days and filled sleep diaries and two visual analogue scales (anxiety and joy) for mood self-evaluations every three hours and during the hot flashes. All volunteers filled the chronotype questionnaire (QC). We found significant (p<0.05) circadian rhythmicity of hot flashes occurrence in 5 women and significant (p<0.05) infradian rhythmicity (periods between 7 and 14 days) in 4 women; positive correlation between QC scores and total number of hot flashes (r=0.424; p<0.05). We also observed positive correlation between the QC score and the amplitude of the fitted curve of peripheral temperature rhythm (r= 0.628; p<0.01) and positive correlation between total number of hot flashes and mean value of wrist temperature (r=0.505;p<0.05). The mean value of peripheral temperature of postmenopausal women with hot flashes was higher than that for post-menopausal women without hot flashes and control group (p<0.036, Kruskal-Wallis test). We found an increase (p< 0.001, Mann-Whitney test) in mean wrist temperature within 15 minutes of hot flashes. The occurrence of hot flashes tends to be concentrated between the evening and sleep onset for most of the women who referred hot flashes. We have demonstrated some evidences of relationships between episodes of hot flashes and the peripheral temperature and motor activity oscillations. We have not found significant relations between the occurrence of hot flashes and mood oscillations as measured for the states of anxiety and joy.
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Modulação dos genes de relógio Per1, Cry1b, Clock e da melanopsina por endotelina-1 em células embrionárias de Danio rerio / Modulation of clock genes Per1, Cry1b, Clock and of melanopsin by endothelin-1 in Danio rerio embryonic cellsFarhat, Fernanda Pizão 15 March 2007 (has links)
Relógios biológicos são marcapassos endógenos presentes tanto em eucariotos quanto em procariotos. Relógios diferentes possuem períodos distintos, e aqueles que se aproximam de 24h de oscilação são chamados circadianos. Em mamíferos, o primeiro relógio circadiano identificado situa-se no núcleo supraquiasmático, localizado no hipotálamo. O funcionamento do relógio circadiano envolve mecanismos de retroalimentação positiva e negativa, em geral tendo início com a ativação dos genes Per e Cry por CLOCK e BMAL1. Atualmente sabe-se que os relógios estão presentes em áreas do cérebro fora do núcleo supraquiasmático e em muitos tecidos periféricos. Em Drosophila e Danio rerio, os osciladores periféricos podem ser sincronizados diretamente por luz, enquanto em mamíferos o reinício de fase dos mesmos parece ser controlado por sinais regulados pelo marcapasso do núcleo supraquiasmático. Uma nova opsina, denominada melanopsina, foi recentemente descoberta na retina de todos os vertebrados estudados, em uma subpopulação de células ganglionares intrinsecamente fotossensíveis. Ela é responsável pela captura de luz e envio dessa informação para o núcleo supraquiasmático. A endotelina (ET) é um peptídeo vasoconstritor composto por 21 resíduos de aminoácidos. Existem três isoformas endógenas de ETs, designadas ET-1, ET-2 e ET-3. Três tipos de receptores para endotelinas já foram clonados, sendo eles designados ETA, ETB e ETC. Todos pertencem à família dos receptores acoplados à proteína G. Órgãos, tecidos e células de Danio rerio constituem um excelente modelo para o estudo dos genes de relógio e de ritmos in vitro. Em células embrionárias ZEM 2S deste teleósteo, constatamos a presença de melanopsina, do receptor ETA para endotelina, e dos seis genes Cry através de PCR. A presença de melanopsina também foi confirmada por imunocitoquímica. Foram realizadas curvas de crescimento em células ZEM 2S previamente mantidas por cinco dias em regime de 14C:10E (luz acesa às 9:00h). No 6º. dia, as células foram transferidas para as seguintes condições: escuro constante; 14C:10E; 10C:14E e luz constante. Houve inibição da proliferação celular por luz. O padrão de expressão temporal dos genes Per1, Cry1b, Clock e da melanopsina foi estudado, assim como sua modulação por ET-1. Células ZEM 2S foram mantidas em fotoperíodo 12C:12E (luz acesa às 9:00h) durante cinco dias, após o que foram tratadas com ET-1 nas concentrações 10-11M, 10-10M, 10-9M e 10-8M, durante 24h. O RNA extraído a cada 3h foi submetido a RT-PCR para posterior análise por PCR quantitativo. RNA ribossômico 18S foi utilizado como normalizador do experimento. Melanopsina não apresentou ritmicidade de expressão em fotoperíodo 12C:12E. ET-1 exerceu efeito bifásico, aumentando a expressão nas menores concentrações de hormônio utilizadas e diminuindo nas maiores. Na concentração 10-10M, ET-1 aparentemente estabeleceu uma oscilação ao longo das 24 horas, com crescente expressão na fase de escuro, atingindo um pico em ZT21 e decrescente durante o período de luz, com o mínimo em ZTs 6 e 9. A expressão do gene Clock é rítmica em regime fotoperíodo 12C:12E, com valores significativamente maiores em ZT12 a ZT21 do que em ZT0, ZT3 e ZT9, indicando um aumento de expressão coincidente com o período de escuro. Foi observado um pico de expressão em ZT6, durante a fase de luz. ET-1 nas concentrações de 10-11 e 10-10M aboliu o ritmo de expressão de Clock, e inibiu o pico de expressão em ZT6. Expressão de Clock permaneceu elevada somente em ZT18. Nas maiores concentrações (10-9M e 10-8M), a inibição ocorreu em todos os ZTs, abolindo completamente o ritmo e atenuando qualquer variação previamente observada entre os ZTs. A expressão do gene Per1 é rítmica em regime fotoperíodo 12C:12E, com valores significativamente maiores nos ZTs 21, 0, 3, 6 e 9 do que nos ZTs 12, 15 e 18, indicando um aumento de expressão na fase de claro. Vale mencionar que já em ZT21, há um aumento significativo antecipatório da fase de luz. Nas concentrações de 10-11 e 10-10M, ET-1 não alterou o período ou a amplitude desse ritmo. A ação evidente de ET-1 foi a inibição da expressão de Per1 na fase de luz (ZT0, ZT3, ZT6 e ZT9), e também em ZT21 (fase de escuro) nas maiores concentrações (10-9M e 10-8M) não afetando o período da oscilação, mas diminuindo marcadamente sua amplitude. A expressão de Cry1b foi rítmica durante o ciclo claro:escuro, com aumento na fase de claro e diminuição na fase de escuro. Novamente a ET-1 apresentou um efeito bifásico sobre a expressão deste gene, aumentando a mesma durante a fase de luz na concentração de 10-11M, e em ZT6 e ZT9 na concentração 10-10M. No entanto, não alterou o período ou a amplitude do ritmo. Por outro lado, durante toda a fase de luz houve inibição deste gene na presença de ET-1 10-9 e 10-8M, diminuindo a amplitude observada nas células controle. / Biological clocks are endogenous timekeepers that are present both in eukaryotic as in prokaryotic organisms. Different clocks have different periods, and those that have about 24h of oscillation are called circadian clocks. In mammals, the first identified circadian clock is located in the suprachiasmatic nucleus, in the hipothalamus. It is now well known that clocks are present in brain regions other than the suprachiasmatic nucleus and in many peripheral tissues. In Drosophila and Danio rerio, peripheral oscillators can be synchronized directly by light, while in mammals the reset of the phase seems to be controlled by signals regulated by the suprachiasmatic timekeepers. The maintenance of the circadian clock is governed by positive and negative feedback loops, in general starting with the activation of Per and Cry genes by CLOCK and BMAL1. A new opsin called melanopsin, was recently discovered in the retina of all studied vertebrates, in a subset of intrinsically photosensitive ganglion cells. This photopigment is responsible for capturing light and sending this information to the suprachiasmatic nucleus. Endothelin (ET) is a 21-amino acid residue vasoconstrictor peptide. There are three endogenous isoforms of ETs, ET1, ET2 and ET3. Three subtypes of endothelin receptors have already been cloned: ETA, ETB and ETC, all members of the family of G protein -coupled receptors. Organs, tissues and cells of Danio rerio constitute an excellent model for the study of clock genes and rhythms in vitro. In ZEM 2S embryonic cells of this teleost, we demonstrated the presence of melanopsin, the endothelin receptor ETA, and the six Cry genes by PCR. The presence of melanopsin was also confirmed by immunohistochemistry. ZEM 2S cells previously kept for five days in 14L:10D (lights on 9:00am) were transferred in the sixth day to the following conditions: constant darkness, 14L:10D, 10L:14D and constant light, and growth curves were determined. ZEM 2S showed inhibition of proliferation by light. The temporal expression pattern of the genes Per1, Cry1b, Clock and of melanopsin and their modulation by ET-1 were studied. ZEM 2S cells were kept in 12D:12L photoperiod (lights on 9:00am) for five days, and then treated with 10-11M, 10-10M, 10-9M and 10-8M ET-1, for 24h. RNA extracted every 3 hours was submitted to RT-PCR for subsequent analysis by Real Time-PCR. 18S ribosomal RNA was used to normalize the results. Melanopsin did not show rhythmicity of expression in 12D:12L photoperiod. ET-1 exhibited a biphasic effect, increasing the expression in the lower concentrations, and reducing at the higher concentrations. At 10-10M, ET-1 apparently established an oscillation along the 24h-period, with increasing expression in the dark phase, reaching a peak at ZT2, and decreasing during the light phase, with the minimum at ZT6 and 9. The expression of Clock gene was rhythmic in 12D:12L photoperiod, with significant higher values in ZT12 to ZT21 than ZT0, ZT3 e ZT9, indicating an increase of expression coincident with the dark period. A peak of expression was observed at ZT6, during the light phase. At 10-11 and 10-10M, ET-1 abolished the rhythm of expression of Clock, and inhibited the peak of expression at ZT6. Expression of Clock remained high only at ZT18. At the higher concentrations (10-9M e 10-8M), the inhibition occurred at all ZTs, completely abolishing the rhythm and attenuating any variation previously observed among ZTs. The expression of Per1 gene was rhythmic in 12D:12L photoperiod, with significant higher values at ZTs 21, 0, 3, 6 and 9 than at ZTs 12, 15 and 18, indicating an increase of expression in the light phase. It is important to mention that at ZT21 there was already a significant increase, anticipatory of the light phase. At 10-11 e 10-10M, ET-1 did not alter neither the period nor the amplitude of this rhythm. The evident action of ET-1 was the inhibition of Per1 expression in the light phase (ZT0, ZT3, ZT6 e ZT9), and also at ZT21 (dark phase), at the higher concentrations (10-9M e 10-8M), with no change in the oscillation period, but markedly reducing its amplitude. The expression of Cry1b was rhythimic during the light:dark cycle, with increase in the light phase and reduction in the dark phase. Again, ET-1 showed a biphasic effect on this gene expression, increasing it during the light phase at the concentration of 10-11M, and at ZT6 and 9 at 10-10M. However, the hormone did not affect either the period or the amplitude of the rhythm. On the other hand, along the light phase, there was inhibition of Cry1b in the presence of ET-1 10-9 and 10-8M, reducing the amplitude observed in the control cells.
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Sazonalidade dos padrões diários de atividade de superfície em um roedor subterrâneo, o tuco-tuco / Seasonality of daily surface activity patterns in a subterranean rodent, the tuco-tucoJannetti, Milene Gomes 11 October 2018 (has links)
Ritmos biológicos e sua sincronização por ciclos ambientais geralmente são estudados em roedores, mantidos em laboratório. Nosso grupo vem estudando ritmos de atividade/repouso de roedores subterrâneos sul-americanos conhecidos como tuco-tucos (Ctenomys aff. knighti) em laboratório e campo. Na natureza, sabemos que os tuco-tucos emergem à superfície diariamente em episódios de até uma hora. Registros curtos da atividade de superfície dos tuco-tucos, anteriormente obtidos pelo grupo, haviam sugerido que o padrão diário das saídas variava sazonalmente, sendo crepusculares durante o verão e concentrados no meio do dia, durante o inverno. Esse mesmo padrão sazonal já foi observado em populações de outros roedores de deserto e foi atribuído a reações dos roedores às variações diárias de temperatura, no verão e inverno. Por outro lado, a sazonalidade dos padrões de atividade de várias espécies de mamíferos e aves também pode ser explicada pela sincronização diária do ritmo de atividade a diferentes fotoperíodos. O objetivo desse trabalho é caracterizar a variação sazonal dos ritmos diários de atividade dos tuco-tucos, com uso de bio-logging, e verificar a contribuição dos fatores ambientais para a sazonalidade desses padrões. Ao longo do ano, acelerômetros e luxímetros foram presos a 29 animais recentemente capturados (15 fêmeas e 14 machos). Cada animal foi mantido individualmente em arenas semi-naturais por um mês. Variáveis ambientais foram registradas simultaneamente. Outros 18 animais (9 fêmeas e 9 machos) foram mantidos em laboratório, expostos ao fotoperíodo natural e em ambiente com temperatura constante. Os resultados confirmaram a sazonalidade do padrão temporal de atividade de superfície dos tuco-tucos. Os acelerômetros se mostraram mais precisos e sensíveis a pequenos movimentos corporais do que os registros de telemetria encontrados na literatura. Esses sensores também revelaram padrões de atividade subterrânea e noturna, em ambiente semi-natural. Durante o verão, a atividade de superfície diária dos tuco-tucos foi melhor prevista pelo horário do dia (fator endógeno) do que pelas variações de temperatura ambiental (fator exógeno). Durante o inverno, entretanto, a temperatura ambiental teve maior contribuição no padrão de saídas dos tuco-tucos, indicando complexas contribuições dos fatores endógenos e exógenos no delineamento dos padrões de atividade / Biological rhythms and their synchronization by environmental cycles are generally studied in rodents, inside laboratory. Our group studies activity/rest rhythms of South American subterranean rodents known as tuco-tucos (Ctenomys aff. knighti), in laboratory and field. In nature, it is known that tuco-tucos emerge daily to the surface, in brief episodes. Short records of tuco-tucos\' individual surface activity, previously collected by our group, had suggested that daily temporal pattern of emergence varied seasonally, being crepuscular in summer and concentrated around midday in winter. The same seasonal pattern was observed in populations of other desert rodents and was attributed to daily variations of environmental temperature, in summer and winter. At the same time, seasonality of activity patterns of various species of mammals and birds can be explained by daily synchronization of the activity rhythm by different photoperiods. Our aim is to characterize seasonal variation of daily activity rhythms of tuco-tucos, using bio-logging, and to verify the contribution of environmental factors in the seasonality of these patterns. Throughout the year, accelerometers and luximeters were tied to 29 freshly caught animals (15 females and 14 males). Each animal was kept inside semi natural enclosures for one month. Environmental variables were recorded simultaneously. Other 18 animals (9 females and 9 males) were kept inside laboratory, exposed to natural photoperiod, in a room with constant temperature. We confirmed the seasonality of temporal pattern of surface activity of tuco-tucos. The accelerometers resulted to be more precise and sensitive to small body movements than telemetry records found in literature. They also revealed nocturnal and subterranean activity patterns inside the enclosures. During summer, daily surface activity of tuco-tucos was better predicted by time of day (endogenous factor) than by environmental temperature (exogenous factor). During winter season, however, environmental temperature has a stronger contribution on the emergence pattern in tuco-tucos, indicating complex contributions of endogenous and exogenous factors that outline activity patterns
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Ocorrência de fogachos e sua relação com os ritmos circadianos de temperatura periférica do punho, atividade/repouso e estados de humor em mulheres na pós-menopausa. / Hot flashes episodes and the circadian rhythms of wrist temperature, rest/activity and mood in post-menopausal women.Hadassa Batinga da Silva 16 December 2009 (has links)
O objetivo do trabalho foi verificar possíveis relações entre a ocorrência dos fogachos e as oscilações da temperatura periférica, atividade motora e do humor. Participaram do protocolo 19 pacientes do Hospital das Clínicas de São Paulo, separadas em 2 grupos: mulheres pós-menopausa com fogachos e mulheres pós-menopausa sem fogachos, mais o grupo controle. As variáveis coletadas foram: a atividade motora do braço, temperatura da pele do punho e ocorrência de fogachos. Encontramos ritmicidade circadiana significativa na ocorrência de fogachos em 5 voluntárias e ritmicidade infradiana significativa (períodos entre 7 e 14 dias) em 4 voluntárias. Observamos correlação positiva entre essa pontuação do questionário de cronotipo e a amplitude da curva ajustada do ritmo de temperatura punho e correlação positiva entre fogachos e a média da temperatura do punho. A média da temperatura do punho das mulheres com fogachos foi maior que a das mulheres sem fogachos e controles. Na população estudada demonstramos evidências de relações entre os episódios de fogachos e as oscilações da temperatura periférica, atividade motora. Não encontramos relações significativas entre a ocorrência de fogachos e variações dos estados de humor alegria e ansiedade. / In this study we evaluated possible correlations between peripheral (wrist) temperature, rest/activity and mood circadian rhythms and the occurrence of hot flashes in post-menopausal women. Nineteen patients from Hospital das Clínicas de São Paulo had participated this study. The patients were separated in 2 groups: post-menopausal women with hot flashes (n=13) aged 55±4; postmenopausal women without hot flashes (n=6) with 59±1.51 years old, besides the control group (n=10) with 36±4 years old. The data collected were motor activity of the arm, peripheral (wrist skin) temperature and occurrence of episodes of hot flashes. Volunteers wore actimeters to collect motor activity data and wrist temperature along 30 consecutive days and filled sleep diaries and two visual analogue scales (anxiety and joy) for mood self-evaluations every three hours and during the hot flashes. All volunteers filled the chronotype questionnaire (QC). We found significant (p<0.05) circadian rhythmicity of hot flashes occurrence in 5 women and significant (p<0.05) infradian rhythmicity (periods between 7 and 14 days) in 4 women; positive correlation between QC scores and total number of hot flashes (r=0.424; p<0.05). We also observed positive correlation between the QC score and the amplitude of the fitted curve of peripheral temperature rhythm (r= 0.628; p<0.01) and positive correlation between total number of hot flashes and mean value of wrist temperature (r=0.505;p<0.05). The mean value of peripheral temperature of postmenopausal women with hot flashes was higher than that for post-menopausal women without hot flashes and control group (p<0.036, Kruskal-Wallis test). We found an increase (p< 0.001, Mann-Whitney test) in mean wrist temperature within 15 minutes of hot flashes. The occurrence of hot flashes tends to be concentrated between the evening and sleep onset for most of the women who referred hot flashes. We have demonstrated some evidences of relationships between episodes of hot flashes and the peripheral temperature and motor activity oscillations. We have not found significant relations between the occurrence of hot flashes and mood oscillations as measured for the states of anxiety and joy.
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