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Ecos de liberdade: a Santidade de Jaguaripe entre os alcances e limites da colonização cristãCardoso, Jamille Oliveira Santos Bastos January 2015 (has links)
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Dissertação_Jamille.pdf: 8111516 bytes, checksum: eb4c5be0d77088a54e7c77e8c1b9849d (MD5) / Capes / Por volta do ano de 1580, jesuítas, autoridades régias, colonos e mais tarde agentes
inquisitoriais presenciaram um fenômeno bastante curioso que, para a percepção
religiosa ocidental e a ortodoxia católica, causou profundo desassossego e
estarrecimento. Conhecida como Santidade de Jaguaripe, o movimento religioso e
“sincrético” que despontou no sertão do Orobó, e depois se fixou em Jaguaripe no
Recôncavo da Bahia e dali se espalhou também para outras regiões, abalou a
colonização em suas duas linhas de frente, evangelização e exploração. Partindo do
contexto em que a Santidade foi gestada, o presente trabalho objetiva analisar entre os
anos de 1580 a 1595 os processos de propagação e adesão a partir da experiência
histórica dos sujeitos que participaram dos rituais, aderiram, creram e propagaram a
“seita indígena”, e por isso tiveram que comparecer à mesa do visitador Heitor Furtado
de Mendonça, entre 1591 e 1595. As denúncias, confissões e processos produzidos pela
Primeira Visitação às partes da Bahia nos dizem muito sobre as heresias que foram
praticadas por esses indivíduos; dizem também da maneira pela qual a Inquisição
avaliou seus crimes e seus penitentes e como lidou com as práticas gentílicas em um
universo tão paradoxal como era a colônia portuguesa. Mas esse arcabouço documental,
se lido com o devido cuidado e teor hermenêutico, pode indicar-nos as formas de
reelaboração e resistência que os povos indígenas construíram a partir da exploração
colonial e da catequização cristã, sendo a Santidade de Jaguaripe não apenas um
símbolo da heresia nos trópicos, mas, sobretudo demonstração do agenciamento
indígena que, atrelando o político ao religioso, conseguiu impor limites à colonização
cristã. Por isso não nos atemos apenas aos significados, aos símbolos e ritos presentes
no nosso objeto de análise, mas também ao contexto, às políticas indígenas, às
contradições e conflitos que compõem as relações sociais e étnicas especialmente no
momento de emergência da Santidade de Jaguaripe, momento no qual diferentes formas
culturais, sociais e econômicas entravam em choque com o processo de colonização
portuguesa.
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Ecos de liberdade: a santidade de Jaguaripe entre os alcances e limites da colonização cristã (1580-1595)Cardoso, Jamille Oliveira Santos Bastos 24 August 2015 (has links)
Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2016-03-22T15:18:15Z
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Dissertação_Jamille Cardoso.pdf: 8094149 bytes, checksum: 9979eadfe691fab8ff8555db0c702c2e (MD5) / CNPq / inquisitoriais presenciaram um fenômeno bastante curioso que, para a percepção
religiosa ocidental e a ortodoxia católica, causou profundo desassossego e
estarrecimento. Conhecida como Santidade de Jaguaripe, o movimento religioso e
“sincrético” que despontou no sertão do Orobó, e depois se fixou em Jaguaripe no
Recôncavo da Bahia e dali se espalhou também para outras regiões, abalou a
colonização em suas duas linhas de frente, evangelização e exploração. Partindo do
contexto em que a Santidade foi gestada, o presente trabalho objetiva analisar entre os
anos de 1580 a 1595 os processos de propagação e adesão a partir da experiência
histórica dos sujeitos que participaram dos rituais, aderiram, creram e propagaram a
“seita indígena”, e por isso tiveram que comparecer à mesa do visitador Heitor Furtado
de Mendonça, entre 1591 e 1595. As denúncias, confissões e processos produzidos pela
Primeira Visitação às partes da Bahia nos dizem muito sobre as heresias que foram
praticadas por esses indivíduos; dizem também da maneira pela qual a Inquisição
avaliou seus crimes e seus penitentes e como lidou com as práticas gentílicas em um
universo tão paradoxal como era a colônia portuguesa. Mas esse arcabouço documental,
se lido com o devido cuidado e teor hermenêutico, pode indicar-nos as formas de
reelaboração e resistência que os povos indígenas construíram a partir da exploração
colonial e da catequização cristã, sendo a Santidade de Jaguaripe não apenas um
símbolo da heresia nos trópicos, mas, sobretudo demonstração do agenciamento
indígena que, atrelando o político ao religioso, conseguiu impor limites à colonização
cristã. Por isso não nos atemos apenas aos significados, aos símbolos e ritos presentes
no nosso objeto de análise, mas também ao contexto, às políticas indígenas, às
contradições e conflitos que compõem as relações sociais e étnicas especialmente no
momento de emergência da Santidade de Jaguaripe, momento no qual diferentes formas
culturais, sociais e econômicas entravam em choque com o processo de colonização
portuguesa.
indígena; Inquisição.
Around the year 1580, the Jesuits, royal authorities, settlers and later inquisitorial agents
witnessed a very curious phenomenon that for the Western religious perception and the
Catholic orthodoxy, caused deep unrest and horror. Known as Holiness of Jaguaripe, the
religious and "syncretic” movement that emerged in the backwoods of Orobó, and then
settled in Jaguaripe in Bahia Reconcavo and from where it spread to other regions as
well, shook the colonization in its two front lines, evangelization and exploitation.
Based on the context in which the Holiness was generated, this work aims to analyze
between the years 1580-1595 the spread and adhesion processes from the historical
experience of the subjects who participated in the rituals, joined, believed and
propagated the "indigenous sect" and therefore they had to attend the desk of the visitor
Heitor Furtado de Mendonça, between 1591 and 1595. The denunciations, confessions
and processes produced by the First Visitation to the parts of Bahia tell us much about
the heresies that were practiced by these individuals; it also says the way the Inquisition
evaluated their crimes and their penitents and the way they handled the heathen
practices in a so paradoxical universe as it was a Portuguese colony. But this
documentary framework, if read with due care and hermeneutical content, can show us
ways of reworking and resistance that indigenous peoples have built from the colonial
exploitation and Christian catechesis, Jaguaripe Holiness being not only a symbol of
heresy in the tropics, but above all a demonstration of Indian agency that harnessing the
political to the religious, managed to impose limits to the Christian colonization. This
way we do not stick only to the meanings, symbols and rites present in our object of
analysis, but also to the context, indigenous policies, contradictions and conflicts that
make up the social and ethnic relations especially during the time of emergence of
Holiness of Jaguaripe, moment in which different cultural, social and economic forms
clashed with the Portuguese colonization process.
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