Este trabalho teve por finalidade estudar o comportamento da produtividade brasileira entre 2002-2015 e identificar a influência de alguns determinantes para o seu desempenho. Este enfoque é importante porque a produtividade é considerada elemento fundamental do crescimento econômico e neste trabalho, especificamente, seu desempenho foi estudado por meio das medidas de produtividade do trabalho e total dos fatores, desagregadas por grandes setores econômicos e regiões geográficas, de modo a constatar quais regiões e setores mais contribuíram para a produtividade agregada do país. Ademais, após analisado o desempenho da produtividade, foram realizadas as decomposições do crescimento para verificar como decorreu a contribuição da produtividade para o crescimento econômico, e também como se decompôs o crescimento da produtividade setorial e regional. Por fim, considerado o comportamento da produtividade do trabalho no período, foi analisado como alguns determinantes a influenciaram, categorizados em criação, transmissão e absorção de conhecimento; educação, saúde e dimensão social; infraestrutura física; eficiência no mercado (de produção, financeiro e de mercado de trabalho) e economias de aglomeração; e instituições e integração comercial. A análise foi realizada utilizando a metodologia de regressão quantílica com efeitos fixos para dados em painel para as 27 unidades federativas brasileiras. Dentre os principais resultados, verificou-se a estagnação da PTF agregada, apesar da contribuição positiva do setor agropecuário. As medidas de produtividade do trabalho apresentaram certa consonância com as estimativas de PTF, novamente com destaque para o setor agropecuário. As regiões que obtiveram melhor desempenho foram a Norte e Centro- Oeste. Os exercícios de decomposição de crescimento destacaram as contribuições positivas dos fatores capital, capital humano e PTF para o setor agropecuário, e a absorção de mão de obra para os setores industrial e de serviços. Também foi constatado que o desempenho da produtividade setorial no país decorreu principalmente de variações na produtividade intrassetorial, em razão das vantagens locacionais e competitivas regionais. Por fim, a respeito da análise dos determinantes, os resultados mostram que a produtividade é mais sensível às variáveis estruturais de crescimento econômico como desenvolvimento humano, educação e infraestrutura física. / This study aimed to study the behavior of Brazilian productivity between 2002-2015 and to identify the influence of some determinants on its performance. This approach is important because productivity is considered a key element of economic growth. Its performance was studied through measures of labor productivity and total factors productivity, disaggregated by economy sectors and geographic regions of the country. The study also aimed to verify which regions and sectors most contributed to the aggregate productivity performance. In addition, productivity performance was verified, growth decomposition was performed to verify how the contribution of productivity to economic growth occurred, as well as how the sectoral and regional productivity growth was broken down. Finally, considering the labor productivity evolution in the period, it was analyzed how some determinants influenced it, categorized in creation, transmission and absorption of knowledge; education, health and social dimension; physical infrastructure; market efficiency (production, financial and labor market) and agglomeration economies; and institutions and trade integration. The empirical analysis was performed using a quantile regression methodology with fixed effects for panel data for the 27 Brazilian federative units. Among the results, there was stagnation of the aggregated TFP, despite the positive contribution of the agricultural sector. Labor productivity measures were in accord with TFP estimates, with emphasis on the agricultural sector. The regions that obtained the best performance were the North and Midwest. The growth decomposition exercises highlighted the positive contributions of the capital, human capital and TFP factors to the agricultural sector and the absorption of labor by the industrial and services sectors. It was also verified that the performance of the sectoral productivity in the country was mainly due to variations in the intrassetorial productivity and due to the regional competitive and locational advantages. Finally, regarding the analysis of determinants, the results demonstrate that productivity is more sensitive to the structural variables of economic growth such as human development, education and physical infrastructure.

Aunque las diferencias entre países en la productividad total de los factores (TFP) sectorial está en el corazón de la teoría Ricardiana de comercio y en el de muchos modelos de crecimiento y desarrollo, muy poco se sabe acerca de su forma y tamaño. Los dos primeros artículos intentan rellenar esta brecha utilizando un modelo de comercio híbrido de Ricardo-Heckscher-Ohlin y datos bilaterales de comercio sectorial. Se brinda un conjunto comparable de productividades para sectores industriales en más de sesenta países en todas las etapas de desarrollo, y las estimaciones se aplican para probar teorías de desarrollo que tienen implicancias sobre el patrón de productividades sectoriales entre países. El tercer artículo se enfoca en los efectos de la liberalización comercial sobre la estructura productiva de los países. Se estiman matrices de transición que describen la dinámica de especialización en economías liberalizadas. La sección final del artículo relaciona empíricamente la especialización sectorial con la dotación e intensidad de factores