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Recursos hídricos e uso da terra na bacia do Rio do Peixe/SC, mapeamento das áreas de vulnerabilidade e risco de contaminação do sistema aquífero Serra Geral

Lopes, Andréa Regina de Britto Costa 04 March 2013 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Geografia / Made available in DSpace on 2013-03-04T18:07:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 309270.pdf: 19838590 bytes, checksum: 450e0abc7127a13c3654647518aeac9f (MD5) / Esta tese tem como objeto aprofundar o entendimento da interação entre recursos hídricos e uso da terra na Bacia do Rio do Peixe (BRP), Santa Catarina. Esta bacia compreende 27 municípios e foi selecionada por apresentar complexo e significativo desenvolvimento econômico com base na agricultura, pecuária e indústria e por registrar ao longo das últimas décadas um aumento do uso das águas do Sistema Aquífero Integrado Guarani/Serra Geral (SAIG/SG). A escolha visa subsidiar o projeto Rede Guarani/Serra Geral (M1C1) quanto ao mapeamento das áreas de vulnerabilidade e risco de contaminação das águas do Sistema Aquífero Serra Geral (SASG). A metodologia incluiu o resgate de dados primários e secundários junto ao IBGE, SIAGAS/CPRM, EPAGRI/CIRAM, EMBRAPA, INPE, trabalhos de campo e a utilização de produtos e técnicas de geoprocessamento. As bases cartográficas foram trabalhadas na escala de 1:250.000. O método de avaliação da vulnerabilidade adotado refere-se ao GOD - que pondera: Grau de confinamento da água subterrânea; Ocorrência de estratos de cobertura e Distância até o lençol freático, com modificações. A análise dos aspectos físicos revelou significativo número de feições estruturais, cujo adensamento pode implicar em áreas de maior vulnerabilidade e consequente risco de contaminação, devido aos usos da terra e ao expressivo número de granjas de suínos e aviários existentes na região. Os resultados mostram que a qualidade dos recursos hídricos superficiais encontra-se comprometida em decorrência dos tipos de uso da terra e da ausência de tratamento de efluentes. No entanto, a qualidade dos recursos hídricos subterrâneos está dentro dos padrões legais. Um fator regional de complicação para a exploração das águas subterrâneas é a presença natural, em fraturas do SASG, de óleo residual. Em relação aos principais tipos de uso da terra, os dados das imagens de satélite para o ano de 2008 revelaram para a BRP 39,3% de áreas ocupadas por florestas; 30,5% de áreas de solo exposto associado a atividades agrícolas, 10,7% de cultivos diversos; 9,2% de pastagens; 8,5% de reflorestamento; 0,9% de áreas urbanas e 0,3% de corpos d'água superficiais. No mapeamento da vulnerabilidade intrínseca, as áreas de alta vulnerabilidade são aquelas mais densamente fraturadas, com solos de profundidade inferior a 60 cm e teor de argila menor que 35%. Já as áreas de vulnerabilidade moderada/moderada alta são as áreas com densidade de lineamentos moderada, com profundidade de solo variando de 60 cm a 150 cm e teor de argila de 35% a 60%. Áreas classificadas como de vulnerabilidade baixa a muito baixa apresentam densidade de lineamentos de moderada a moderada baixa, solos de profundidade superior a 150 cm e teor de argila maior que 60%. O mapa de Potencial de Risco considerou os principais tipos de uso da terra, classificando-os como de grau baixo, moderado ou alto. Finalmente, o Mapa de Risco de Contaminação é produto do cruzamento do mapa de Vulnerabilidade Intrínseca com o mapa de Potencial de Risco. As áreas de risco moderado alto, alto e muito alto deverão merecer atenção especial para proteção dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos da BRP.
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Impactos socioambientais do setor agroflorestal em Santa Catarina

Policarpo, Mariana Aquilante 24 October 2012 (has links)
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2009 / Made available in DSpace on 2012-10-24T08:14:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 275245.pdf: 6362801 bytes, checksum: 53913b3a40527b4cec00e0702c1af56b (MD5) / Nesta dissertação são avaliados os principais impactos socioambientais das práticas de reflorestamento com espécies exóticas na região das Encostas da Serra Geral em Santa Catarina. O texto oferece subsídios adicionais para a compreensão das ambivalências do comportamento dos diversos atores envolvidos nessas práticas, mobilizando o potencial heurístico contido no enfoque de desenvolvimento territorial sustentável. Em outras palavras, trata-se de um exercício (exploratório) de prospectiva territorial, entendida como um instrumento ainda pouco utilizado de tomadas de decisão em sistemas de gestão integrada e participativa de recursos naturais de uso comum. Na região em pauta foram identificadas duas tendências contrastantes: por um lado, um território dinâmico, onde se destaca a cadeia produtiva do reflorestamento com espécies exóticas gerando impactos preocupantes do ponto de vista socioambiental; por outro, um território com um expressivo potencial para vir a se constituir num embrião de desenvolvimento territorial sustentável, através da criação de sistemas produtivos locais integrados com perfil agroecológico. A metodologia utilizada baseou-se no chamado modelo de Oakerson, que tem norteado as investigações contemporâneas sobre modos de apropriação e sistemas de gestão de recursos de uso comum. Por meio da pesquisa de campo foi possível comprovar a magnitude dos impactos socioambientais destrutivos gerados pelas práticas de reflorestamento nos últimos anos, bem como o peso de um conjunto de fatores no agravamento dessas dinâmicas: entre outros, (i) a persistência de uma representação essencialmente utilitarista das complexas inter-relações sociedade-natureza; (ii) a carência de espaços adequados de coordenação das ações coletivas e de mediação de conflitos de interesse envolvendo múltiplos atores sociais; e (iii) a omissão do Estado no que diz respeito ao cumprimento eficaz do seu papel de fiscalizador das condições de acesso e uso de recursos comuns e de articulador de políticas públicas voltadas para as reais necessidades dos agricultores familiares que praticam o reflorestamento em suas propriedades. As evidências sugerem que o nível de degradação socioambiental constatado nessa região, fortemente induzido pela expansão descontrolada do atual sistema de reflorestamento com espécies exóticas, poderá comprometer seriamente a viabilidade de dinâmicas territoriais de desenvolvimento nos próximos tempos. Ao mesmo tempo, a pesquisa confirma a existência de espaços de manobra favoráveis à criação de políticas, programas e projetos de gestão ecológica e socialmente sustentável de recursos florestais nos próximos tempos, no âmbito de um sistema alternativo mas ainda embrionário de governança territorial. / This dissertation evaluates the main social-environmental impacts of reforestation practices with exotic species within the Encostas da Serra Geral of Santa Catarina. The text provides additional subsidies for understanding the behaviour ambivalences of the various actors involved in such practices, mobilizing the heuristic potential contained in the sustainable territorial development approach. In other words, it is about an exercise (exploratory) of a territorial prospective, understood as a decision making instrument still not commonly used in integrated and participatory management systems of natural resources of common use. Within the region in guideline, two contrasting trends were identified: in one side, a dynamic territory, where it detaches the production chain of reforestation with exotic species generating concerning impacts from a social-environmental standpoint; and in the other, a territory with a significant potential to constitute itself into a sustainable territorial development embryo, through the creation of integrated local productive systems with an agro-ecological profile. The methodology used was based upon the so called model of Oakerson, which has guided the contemporaries investigations on ways of appropriations and common use management of resources systems. Through field research it was possible to prove the magnitude of the destructive social-environmental impacts generated by the practices of reforestation in the recent years, as well as the heaviness of a set of factors in the aggravation of these dynamics: among others, (i) the persistence of an essentially utilitarian representation of the complex interrelationships between society and nature, (ii) lack of adequate environments for the coordination of collective actions and mediation of conflicts of interest involving multiple social actors; and (iii) the omission of the State in regard to the effective fulfillment of its #watchdog# role on the conditions of access and use of common resources and as articulator of public policies for the real needs of family farmers who practice forestry on their properties. The evidence suggests that the level of social-environmental degradation found within this region, strongly induced by the uncontrolled expansion of the current system of reforestation with exotic species, may jeopardize the viability of the territorial dynamics of development in the near future. At the same time, the research confirms the existence of leeways in favor to establishing policies, programs and management of environmentally and socially sustainable forest resources in the near future, as part of an alternative - but still embryonic - territorial governance.
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O Agroturismo como elemento dinamizador na construção de territórios rurais

Guzzatti, Thaise Costa January 2010 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Geografia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T05:52:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 288381.pdf: 3032415 bytes, checksum: a0815972996c35e10f3c1be99fb7db1b (MD5) / Esta tese tem como objetivo geral analisar em que medida os princípios que norteiam o agroturismo e as ações para a implantação de uma rede de empreendimentos neles baseada teriam, efetivamente, contribuído para a construção de um território das Encostas da Serra Geral. Para tanto, buscou-se, através da sistematização e análise de documentos, da revisão bibliográfica e da realização de entrevistas junto a um grupo de atores chaves, criar as condições para a construção de uma visão que represente o pensamento coletivo, utilizando-se a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Trabalhou-se com a categoria geográfica território e com a seleção de alguns dos atributos que oferecem concretude e elementos para sua análise, destacando-se a noção de poder, territorialidade, sentimento de pertencimento, capital social e identidade cultural. Na tentativa de aproximar esta discussão inicial com as especificidades da realidade onde se estabelece o estudo de caso, representada pelo território das Encostas da Serra Geral, mais especificamente o Município de Santa Rosa de Lima, são aportadas visões sobre a relação entre a abordagem territorial do desenvolvimento, a agricultura familiar e o turismo. A partir deste enfoque, introduz-se uma reflexão sobre os atores sociais e as estratégias que visam a (re)territorialização das Encostas da Serra Geral. É possível afirmar que a estratégia adotada para implantação do agroturismo no território das Encostas da Serra Geral, especificamente no município de Santa Rosa de Lima, tem impactado de forma positiva a qualidade dos atributos definidores do território. Esta estratégia baseia-se na constituição de uma associação de agricultores, a Acolhida na Colônia, que vem se constituindo num importante ator social, servindo como catalisadora de diversos processos territoriais. O surgimento da Acolhida foi decorrente de uma avaliação feita por um conjunto de atores sociais que discutiam estratégias de reversão da realidade sócio-econômica da região. Desta forma, é possível constatar a relação entre o nascimento da mesma e a gênese de um processo de construção territorial.

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