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Resiliência de sistemas alimentares : do local ao globalFerreira, Marina Vianna 02 March 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-03-02 / Universidade Federal de Minas Gerais / As transformações aceleradas observadas no mundo hoje têm ameaçado a manutenção dos serviços ecossistêmicos, do modo que possíveis soluções, inseridas nos paradigmas da sustentabilidade, acabam sendo muito estáticas. Assim, se tornam insuficientes para lidar com tantas incertezas e mudanças imprevisíveis. Dentro dessa perspectiva, ressaltamos os sistemas complexos e a importância da resiliência como uma característica dos mesmos para que sobrevivam frente às perturbações. Essa tese tem ênfase na resiliência de sistemas alimentares. O objetivo geral foi fazer uma análise da resiliência de sistemas alimentares em diferentes escalas. No capítulo 1, contextualizamos o sistema alimentar como um sistema complexo, instigando o pensamento sistêmico sobre o mesmo e apresentando a trajetória de transformações dos sistemas alimentares no mundo. Como não consideramos adequados os métodos anteriormente propostos para análise de resiliência, é também objetivo desta pesquisa propor um método para avaliar e comparar a resiliência de sistemas socioecológicos. Esse método é uma adaptação de propostas prévias e inclui a descrição dos sistemas em questão, a análise dos feedbacks do sistema, e uma matriz com base em critérios que atuam na construção da resiliência, o que é feito no Capítulo 2. No Capítulo 3, nós aplicamos esse método de comparação da resiliência em quatro comunidades locais do município de Cananéia (SP). As quatro comunidades produzem algum tipo de alimento, mas utilizam os recursos de diferentes formas, dentre pesca e agricultura. Além da comparação da resiliência, esses sistemas foram comparados também em relação a similaridade entre a alimentação típica, tradicional e local. A pergunta que orienta este capítulo foi: as comunidades que apresentam maior similaridade entre uma alimentação típica, tradicional e local são também as mais resilientes? No Capítulo 4, exploramos dois indicadores de resiliência: os ciclos de feedback e a capacidade de aprendizado socioecológico, usando-os como base para a comparação da resiliência de um sistema alimentar de escala local com um de escala global. A idéia central é que os sistemas locais possuem cadeias mais curtas, de forma que há mais condições para o aprendizado socioecológico que se dá através dos ciclos feedback. No Capítulo 5, analisamos a política alimentar brasileira do ponto de vista de um suposto sistema alimentar brasileiro, e também com base nos critérios da resiliência. No Apêndice II, apresentamos nossas experiências de atividades de extensão, a produção de um livro sobre o sistema alimentar caiçara, e o desenvolvimento de atividades relacionadas em uma escola pública do município. O método proposto, usando critérios que agem construindo resiliência nos sistemas, foi adequado para a análise de sistemas socioecológicos, de modo que foi possível estabeler entre as comunidades estudadas, qual a mais resiliente e qual a menos, entendendo quais os pontos de cada uma que favorecem ou prejudicam a resiliência. Esse resultado não conferiru com a ordem de similaridade entre alimentção típica, tradicional e local. No entanto, o fortalecimento de sistemas locais foi relacionado ao aumento de resiliência, através da capacidade de aprendizado socioecológico e fortalecimento de feedbacks. Não foi possível definir com clareza o funcionamento de um suposto sistema alimentar brasileiro. Há diversos subsistemas, como funcionamentos diferentes. Nossas políticas públicas têm dificuldade de tratá-los como uma unidade, além de produzir instituições pouco adaptativas, o que prejudica a resiliência do mesmo.
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Espécie-chave cultural : uma análise dos critérios de identificação e de preditores socioeconômicos / Cultural keystone species : an analysis of criteria for identification and predictors socioeconomicSOUSA, Rosemary da Silva 03 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-03 / The present study addresses the cultural keystone species, those which are responsible for the organization of certain socioecological systems, as do the key species in the ecosystems. In order to contribute to the debate about the cultural keystone species, the main objectives of this work were: to examine the criteria for identifying these species and verify if socioeconomic variables influence in the local importance of species highlighted in a culture. Initially, a general introduction is made, in which are presented the justification and the importance of the thesis. Then, in the review of literature, it exposes the theoretical framework on cultural keystone species, including a brief presentation of the analogy with key species in ecology. Later, the first manuscript of the thesis is presented, where the difference between species which have only cultural and/or economic importance and the cultural keystone species were analyzed, and were compared to the community and author´s vision in the identification of them. To do this, free lists were made in extractive communities of Araripe Environmental Protection Area in Apodi, Ceará, Northeastern Brazil, participatory officinal, botanical collections and participative statistical analysis of the data collected. It was noted that cultural keystone species are different from those that have only cultural and/or economic importance. It was found that community and authors report in a similar manner on the species that may be keys culturally, and see the species that only have cultural and/or economic importance differently. Cariocar coriaceum Wittm. (pequi) as cultural keystone species in the communities of Horizonte and Sítio Macaúba and Atallea speciosa Mart. ex. Spreng (babaçu) to the community of Sitio Macaúba were identified. In the second manuscript, the hypothesis that socioeconomic variables do not influence the local importance of species that could be cultural keystone species is tested. From free listings, in which each informant organized the species by importance, the value of local importance of each species by informant was calculated. We used the General Linear Models (GLM) and the test of Mann-Wittney to verify that there was influence of variables in the local importance of the species. It was observed that, in general, the socio-economic variables, such as age, education, monthly income, gender and occupation, have no influence on the importance of local plants. This shows that, in a population analysis, species with local importance enjoy such high prestige that it is independent of these variables. And, finally, in the concluding deliberations, it is suggested that future studies on cultural keystone species consider all the local botanical system of the community which is being studied, and it is therefore recommended that environmental supervisors involve the cultural keystone species in biocultural conservation strategies, since these species are thus important to the process of the people’s adaptation to the socioecological system. / O presente estudo trata das espécies-chave culturais, aquelas que são responsáveis pela organização de determinados sistemas socioecológicos, tal como o fazem as espécies-chave nos ecossistemas. No sentido de contribuir no debate sobre as espécies-chave culturais, os principais objetivos deste trabalho foram: analisar os critérios de identificação destas espécies e verificar se variáveis socioeconômicas influenciam na importância local de espécies destacadas em uma cultura. Inicialmente, faz-se uma introdução geral, na qual são apresentadas a justificativa e a importância da tese. Em seguida, na revisão de literatura, expõe-se o arcabouço teórico sobre espécie-chave cultural, incluindo uma breve apresentação da analogia com espécie-chave em ecologia. Posteriormente, apresenta-se o primeiro manuscrito da tese, no qual foi analisada a diferença entre espécies que possuem apenas importância cultural e/ou econômica e as espécies-chave culturais e, foi comparada a visão da comunidade e dos autores na identificação destas. Para isso, foram realizadas listas livres em comunidades extrativistas da Área de Proteção Ambiental Araripe Apodi, no Ceará, Nordeste do Brasil, oficinais participativas, coletas botânicas e análise estatísticas dos dados coletados. Constatou-se que as espécies-chave culturais são diferentes daquelas que possuem apenas importância cultural e/ou econômica. Verificou-se que comunidade e autores se reportam de maneira semelhante sobre as espécies que podem ser culturalmente chave, e veem de forma diferente as espécies que têm somente importância cultural e/ou econômica. Identificou-se Cariocar coriaceum Wittm. (pequi) como espécie-chave cultural nas comunidades de Horizonte e Sítio Macaúba e Atallea speciosa Mart. ex Spreng. (babaçu) para comunidade Sítio Macaúba. No segundo manuscrito, objetiva-se verificar se as variáveis socioeconômicas influenciam na importância local de espécies que se enquadrariam no conceito de espécie-chave cultural. A partir de listas livres, nas quais cada informante ordenou as espécies por importância, foi calculado o valor de importância local de cada espécie por informante. Utilizou-se o general linear models (GLM) e o teste de Mann-Wittney para verificar se havia influencia das variáveis na importância local das espécies. Observou-se que, de maneira geral, as variáveis socioeconômicas, tais como idade, escolaridade, renda mensal, gênero e ocupação, não influenciam na importância local de plantas. Isso evidencia que, em uma análise populacional, as espécies com importância local gozam de um prestígio tão elevado que independe dessas variáveis. E, por fim, nas considerações finais, sugere-se que futuros estudos sobre espécie-chave cultural considerem todo o sistema botânico local da comunidade que estiver sendo estudada, e, recomenda-se, que os gestores ambientais envolvam as espécies-chave culturais em estratégias de conservação biocultural, visto que estas espécies são tão importantes para o processo de adaptação das pessoas ao sistema socioecológico.
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Mudam as pessoas, mudam os lugares: transformações ambientais e nos modos de vida de populações deslocadas por barragens / People move, places change: environment and livelihood transformations of people displaced by damsRoquetti, Daniel Rondinelli 07 December 2018 (has links)
O deslocamento populacional forçado é um dos principais impactos de grandes projetos de infraestrutura, sendo grandes barragens um dos principais projetos responsáveis por esse tipo de movimento populacional. Estima-se que, até o final do século XX entre 40 e 80 milhões de pessoas haviam sido deslocadas por grandes barragens. O planejamento e a construção de empreendimentos hidrelétricos encontram-se em expansão tanto em nível mundial como especificamente no Brasil, país cujo investimento em geração hidrelétrica é estratégico e prioritário. Essa tendência sugere que o número de pessoas deslocadas por grandes barragens deva crescer nas próximas décadas, apresentando à sociedade os desafios intrínsecos do deslocamento populacional compulsório. Populações deslocadas por grandes barragens passam pelo estresse do deslocamento geográfico e pelos impactos ambientais decorrentes do próprio barramento, estresses que se sobrepõem no tempo e no espaço. Avaliar como esses estresses influenciam os modos de vida de comunidades deslocadas pode ajudar a entender os resultados do deslocamento compulsório e a desenhar medidas de gestão para o deslocamento. O objetivo geral desta pesquisa é compreender como os modos de vida de populações reassentadas em função da instalação de usinas são alterados em processos de deslocamento populacional, considerando as relações socioecológicas. Adotou-se como estudo de caso as usinas hidrelétricas do rio Madeira, Santo Antônio e Jirau. Foram levantados dados secundários e realizadas entrevistas em campo com reassentados e com autoridades, a partir das quais foram organizados dados quantitativos e qualitativos em uma abordagem metodológica mista. Como principais resultados, foi verificada a existência de cinco tendências de adaptação de modos de vida das pessoas deslocadas: (i) a valorização de atividades menos dependentes de ativos naturais em detrimento de atividades diretamente relacionadas a ecossistemas; (ii) a adoção de técnicas de controle de ecossistemas; (iii) a diminuição na diversidade do repertório de modos de vida; (iv) o direcionamento da produção para o mercado e (v) a inserção dos modos de vida em institucionalidades formais. Em conjunto, essas foram associadas a riscos como desarticulação social, aumento do risco à soberania alimentar, diminuição do acesso a recursos livres e diminuição do risco de perda de emprego. A partir desses resultados, recomenda-se medidas de gestão que considerem a interação socioecológica e a perspectiva de locais no processo de deslocamento populacional forçado. / Forced populational displacement is one of the major impacts of large infrastructure projects. Large dams are amongst the main projects that cause such displacement. It is estimated that by the end of the 20th century between 40 and 80 million people were displaced by large dams. The planning and construction of hydroelectric projects are expanding both globally and in Brazil, a country whose investment in hydroelectric generation is strategic and have being prioritized. Such trend suggests that the number of people displaced by large dams should grow in the next decades, making society face the inherent challenges of compulsory population displacement. People displaced by large dams go through the stress of geographic displacement and the stress of environmental impacts caused by the dam itself. These stresses overlap in time and space. Assessing how these stresses influence the livelihoods of displaced communities can help to understand the results of compulsory displacement and to design management measures for displacement. The goal of this research is to understand how the livelihoods of populations resettled due to the installation of hydropower plants are altered in processes of population displacement, considering socioecological relations. The hydroelectric plants of the Madeira river, Santo Antônio and Jirau, were adopted as a case study. Secondary data were collected, and field interviews were conducted with resettled people and with authorities. Quantitative and qualitative data were organized in a mixed methodological approach. As results, were identified five adaptive trends in the livelihoods of displaced people: (i) to value activities that are less dependent on natural assets at the expense of activities directly related to ecosystems; (ii) the adoption of techniques to control ecosystems; (iii) the decrease in the diversity of livelihoods repertoire; (iv) the orientation of production to cash crops to sell in the market and (v) the insertion of ways of life into formal institutions. Together, these trends were associated with risks such as social disarticulation, increased risk to food sovereignty, reduced access to common resources and reduced risk of joblessness. From these results, are recommended management measures that consider socioecological interaction and locals perspective in the process of forced displacement.
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Elements for debate on environmental governance in the Andes, with especial mention of water and mining in Peru / Elementos para el debate sobre gobernanza ambiental en los andes con especial mención al agua y minería en PerúHinojosa, Leonith 25 September 2017 (has links)
This paper analyses the construction of environmental governance in Peru. Framed in a systems approach and focused on water and conflicts associated to the expansion of extractive industries in the Andes, the paper suggests that this process is being defined by confrontation between the discourses (Peru, a minning country and the neoextractivism) on the relationships between society, economy and nature and the power relationships that underlies the social construction of environmental institutions. / Este artículo presenta un análisis del proceso de construcción del sistema de gobernanza ambiental en el Perú. Usando un marco conceptual sistémico y centrado en el tema del agua y de los conflictos en torno al acceso y control de recursos hídricos asociados a la expansión de industrias extractivas en los Andes, el artículo sugiere que dicho proceso está siendo definido por la confrontación de los discursos ‘Perú país minero’ y ‘el neoextractivismo’ en torno a la relación entre sociedad, economía y naturaleza; y, por las relaciones de poder que se encuentran inmersas en la definición de instituciones ambientales.
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