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Fatores associados ao desconhecimento do status sorológico para o HIV em gestantesda Silva Noqueira Carvalho, Juliana 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Este trabalho teve como objetivo estimar a prevalência de mulheres que chegam ao trabalho
de parto sem o conhecimento do resultado da sorologia para o HIV do pré-natal e conhecer os
fatores associados a este desconhecimento. Trata-se de um estudo de corte transversal,
realizado em três maternidades públicas da região metropolitana do Recife. A população de
estudo foi composta de 528 puérperas, divididas por amostra estratificada entre as três
maternidades. Os dados foram obtidos através de entrevistas face a face com questionário
estruturado e por consulta a documentos como cartão de pré-natal, laudos de exames e
prontuários no período de junho a setembro de 2010. Para o cálculo da medida de prevalência
do desfecho, considerou-se como o desconhecimento do resultado da sorologia, a ausência de
registro do resultado da sorologia para o HIV do primeiro e/ou terceiro trimestre de gestação
no cartão de pré-natal ou não apresentação do laudo do exame na ocasião do internamento
para o parto, resultando em uma prevalência de 39,6% de desconhecimento para as três
maternidades participantes do estudo. Para medir a associação entre as variáveis preditoras e o
desfecho, foi calculada a razão de chances ou odds ratio. Após o cálculo destas medidas, foi
verificada associação estatisticamente significante entre as variáveis: (1) ser do estado
conjugal não unida , com valor de p = 0,034, OR = 1,61, IC 95% (1,01 2,58), (2) usar
método contraceptivo hormonal ao engravidar, com valor de p = 0,039, OR = 1,63, IC 95%
(1,05 2,51) e (3) iniciar o pré-natal no 2º ou 3º trimestre de gravidez, com valor de p =
0,015, OR = 1,62, IC 95% (1,08 2,43). Após ajuste dessas variáveis pelo modelo de
regressão logística, permaneceu estatisticamente significante apenas ser do estado conjugal
não unida , com valor de p = 0,041, OR = 1,61, IC 95% (1,01 2,55). As demais variáveis
permaneceram próximas da significância estatística, porém perderam importância ao ser
controlado o efeito de confundimento entre as variáveis. Concluiu-se com este trabalho que
existem falhas no que se diz respeito ao papel do serviço de saúde, quando capta tardiamente
as gestantes para o início do pré-natal, dificultando a realização e o recebimento de exames
importantes; e quando não registra adequadamente os resultados dos exames realizados
durante a assistência pré-natal no cartão, bem como foram identificados fatores que estãoassociados ao perfil da mulher entrevistada, como ser do estado conjugal não unida e não
estar pretendendo engravidar e usando método contraceptivo ao saber da última gravidez, fato
que poder ter retardado a aceitação da gravidez e o início do pré-natal
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Teste anti-HIV na perspectiva dos jovens: obstáculos e desafios para os programas de prevenção / Adolescent perspectives on HIV testing: obstacles and challenges for prevention programsZucchi, Eliana Miura 19 February 2014 (has links)
O incentivo à testagem anti-HIV em campanhas nacionais não tem resultado em aumento na sua realização de teste por jovens. Com o objetivo de compreender o processo de decisão para realizar o teste de HIV, este estudo qualitativo realizou entrevistas individuais e três sessões de grupos focais com 26 estudantes do ensino médio em três escolas públicas de São Paulo, SP, em 2011. Os temas abordados foram: simbolismos da Aids, percepção de risco para infecção por HIV, consequências pessoais/sociais do diagnóstico, prevenção às DST/HIV na escola e benefícios/desvantagens em fazer o teste. A metodologia das cenas permitiu que imaginassem e/ou reconstituíssem o encontro sexual que os mobilizaria para o teste e o processo de testagem. Os resultados foram analisados segundo o campo construcionista social e o quadro dos direitos humanos. Para moças e rapazes, as trajetórias e cenas sexuais que mais estimulariam a testagem foram sem uso de preservativo e, em geral, em encontros com forte desejo e consumo de álcool. Moças indicaram cenas com envolvimento emocional e preocupação de evitar gravidez, infidelidade do parceiro ou sexo sob coerção. Rapazes imaginaram fazer o teste após cenas de sexo casual com parceiras sem vínculo afetivo, pobres ou negras. Alguns indicaram que o tempo fomentaria a reflexão sobre uma exposição ao HIV assim como o passado de parcerias sexuais e de uso de drogas do parceiro. Ao imaginar cenas de testagem, valorizaram a companhia para ir ao serviço de saúde, significado como não amigáveis. Fazer o teste foi sempre imaginado como muito estressante. Alguns consideraram receber o resultado um pesadelo, descreveram experiências de estigma e discriminação, e a experiência como uma lição para proteção nos encontros sexuais. O forte impacto psicológico diminuiria com o tempo assim como o uso do preservativo. O diagnóstico positivo garantiria uso de preservativo para proteger o parceiro, embora a não-utilização seja esperada em relações estáveis. O processo de decisão dos jovens em relação ao teste é marcado por trajetórias afetivo-sexuais que expressam diferentes normas de gênero para a sexualidade, constituindo diferentes trajetórias de autocuidado. O cenário cultural e programático do teste (idade, desigualdade de gênero, parceiro, classe, cor da pele, restrições nos serviços de saúde) expressa a intersecção entre diferentes marcadores sociais de desigualdade que constituem obstáculos à realização de direitos sexuais, à saúde e à educação. / In Brazil, HIV testing campaigns have not resulted in increasing the uptake of HIV testing among young people. We carried out a qualitative study to investigate the decision-making in HIV testing. In-depth interviews and three focus groups were conducted with 26 high school students from three public schools in São Paulo, Southeastern Brazil, in 2011. The topics covered were: AIDS symbolisms, HIV risk perception, individual/social consequences of the diagnosis, STD/HIV prevention programs at school, and costs/benefits of taking the test. The scene methodology allowed participants to recall/reimagine the sexual encounter that would lead to test-seeking and the process of being tested for HIV. A social constructionist approach and a human rights framework were used to analyze the results. The sexual trajectories and scenes that would most encourage test-seeking were sex without condom use, usually driven by strong desire and alcohol consumption for both sexes. Girls imagined scenes in the context of emotional involvement and concern about contraception, being cheated on or undergoing coerced sex. Boys imagined seeking the test after scenes of casual sex without emotional involved and with poor of black partners. Some young people considered that time would account for a reflection around being exposed to HIV, as well as being aware of the partners history of sexual partners and drug use. As for the testing scenes, the company of a friend to go to the health service was regarded as helpful as services were perceived as unfriendly environments. Taking the test was always imagined as a very stressful event. Some regarded learning the test result as a nightmare, described stigma and discrimination episodes, whereas others would make this experience as a lesson learned about prevention in sexual encounters in the future. The strong psychological impact would gradually decrease over time, as well as the condom use. The HIV diagnosis would make sure the adolescent used condom in order to protect the partner from getting infected, although not wearing a condom is expected as a relationship becomes steady. Young peoples decision-making in HIV testing is informed by affective-sexual trajectories that express different gender norms for sexuality, thus resulting in different self-care trajectories. The cultural and programmatic scenario of the test (age, gender inequality, partner, class, ethnicity, and lack of trust in health providers) expresses the intersection between socially constructed markers of difference that become obstacles to the full realization of sexual rights and the rights to health and education.
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Teste anti-HIV na perspectiva dos jovens: obstáculos e desafios para os programas de prevenção / Adolescent perspectives on HIV testing: obstacles and challenges for prevention programsEliana Miura Zucchi 19 February 2014 (has links)
O incentivo à testagem anti-HIV em campanhas nacionais não tem resultado em aumento na sua realização de teste por jovens. Com o objetivo de compreender o processo de decisão para realizar o teste de HIV, este estudo qualitativo realizou entrevistas individuais e três sessões de grupos focais com 26 estudantes do ensino médio em três escolas públicas de São Paulo, SP, em 2011. Os temas abordados foram: simbolismos da Aids, percepção de risco para infecção por HIV, consequências pessoais/sociais do diagnóstico, prevenção às DST/HIV na escola e benefícios/desvantagens em fazer o teste. A metodologia das cenas permitiu que imaginassem e/ou reconstituíssem o encontro sexual que os mobilizaria para o teste e o processo de testagem. Os resultados foram analisados segundo o campo construcionista social e o quadro dos direitos humanos. Para moças e rapazes, as trajetórias e cenas sexuais que mais estimulariam a testagem foram sem uso de preservativo e, em geral, em encontros com forte desejo e consumo de álcool. Moças indicaram cenas com envolvimento emocional e preocupação de evitar gravidez, infidelidade do parceiro ou sexo sob coerção. Rapazes imaginaram fazer o teste após cenas de sexo casual com parceiras sem vínculo afetivo, pobres ou negras. Alguns indicaram que o tempo fomentaria a reflexão sobre uma exposição ao HIV assim como o passado de parcerias sexuais e de uso de drogas do parceiro. Ao imaginar cenas de testagem, valorizaram a companhia para ir ao serviço de saúde, significado como não amigáveis. Fazer o teste foi sempre imaginado como muito estressante. Alguns consideraram receber o resultado um pesadelo, descreveram experiências de estigma e discriminação, e a experiência como uma lição para proteção nos encontros sexuais. O forte impacto psicológico diminuiria com o tempo assim como o uso do preservativo. O diagnóstico positivo garantiria uso de preservativo para proteger o parceiro, embora a não-utilização seja esperada em relações estáveis. O processo de decisão dos jovens em relação ao teste é marcado por trajetórias afetivo-sexuais que expressam diferentes normas de gênero para a sexualidade, constituindo diferentes trajetórias de autocuidado. O cenário cultural e programático do teste (idade, desigualdade de gênero, parceiro, classe, cor da pele, restrições nos serviços de saúde) expressa a intersecção entre diferentes marcadores sociais de desigualdade que constituem obstáculos à realização de direitos sexuais, à saúde e à educação. / In Brazil, HIV testing campaigns have not resulted in increasing the uptake of HIV testing among young people. We carried out a qualitative study to investigate the decision-making in HIV testing. In-depth interviews and three focus groups were conducted with 26 high school students from three public schools in São Paulo, Southeastern Brazil, in 2011. The topics covered were: AIDS symbolisms, HIV risk perception, individual/social consequences of the diagnosis, STD/HIV prevention programs at school, and costs/benefits of taking the test. The scene methodology allowed participants to recall/reimagine the sexual encounter that would lead to test-seeking and the process of being tested for HIV. A social constructionist approach and a human rights framework were used to analyze the results. The sexual trajectories and scenes that would most encourage test-seeking were sex without condom use, usually driven by strong desire and alcohol consumption for both sexes. Girls imagined scenes in the context of emotional involvement and concern about contraception, being cheated on or undergoing coerced sex. Boys imagined seeking the test after scenes of casual sex without emotional involved and with poor of black partners. Some young people considered that time would account for a reflection around being exposed to HIV, as well as being aware of the partners history of sexual partners and drug use. As for the testing scenes, the company of a friend to go to the health service was regarded as helpful as services were perceived as unfriendly environments. Taking the test was always imagined as a very stressful event. Some regarded learning the test result as a nightmare, described stigma and discrimination episodes, whereas others would make this experience as a lesson learned about prevention in sexual encounters in the future. The strong psychological impact would gradually decrease over time, as well as the condom use. The HIV diagnosis would make sure the adolescent used condom in order to protect the partner from getting infected, although not wearing a condom is expected as a relationship becomes steady. Young peoples decision-making in HIV testing is informed by affective-sexual trajectories that express different gender norms for sexuality, thus resulting in different self-care trajectories. The cultural and programmatic scenario of the test (age, gender inequality, partner, class, ethnicity, and lack of trust in health providers) expresses the intersection between socially constructed markers of difference that become obstacles to the full realization of sexual rights and the rights to health and education.
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