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Um multiplicador de vozes: imagens da resistência em A idade do ferro e Desonra de J.M. Coetzee / A voices of multiplier: images of resistance in A idade do ferro and Desonra of J.M. Coetzee

Alves, Ruane Maciel Kaminski 09 March 2016 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T18:55:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 RUANE MACIEL_ KAMINSKI ALVES.pdf: 916314 bytes, checksum: c78b3f881284989e57ba0941539587c1 (MD5) Previous issue date: 2016-03-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research makes a comparative study of the novels A Idade do Ferro (1992) and Desonra (2000) by the South African writer John Maxwell Coetzee. The theme proposed aims at a comparative analysis between the two novels highlighting the identity of images, otherness and postcolonialism concepts and endurance, as well as investigate the narrator's role in the construction of these images and concepts. Backing up in apartheid theme treated in both works, as well as other elements that find resonance in the internal structure of the two narratives such as the anchored narrative focusing on elements of a cultural memory that raises questions of otherness and postcolonialism. In the book A Idade do Ferro (1992), the issue of otherness appears in the main character of the everyday, Elizabeth Costello initiating an inquiry and reflection from contact with the Other who reveals his "blindness" against the regime, but also its fragility compared to the strong black as iron. The novel Desonra (2000) reveals the white man's condition in the new post-apartheid society, which transformed the old white superiority in the minority and subjected to the excluded condition in which you need to adjust to the new society of South Africa marked the past segregationist, realizing up now as a being moved, seeing the "disgrace" around him, while the other characters re-placed. The analysis takes as theoretical assumptions the concepts of identity, otherness, resistance and postcolonialism exposed by Franz Fanon (1979), Alfredo Bosi (2002), Stuart Hall (2003), Homi Bhabha (2003), Thomas Bonnici (2009) among others. For the study of the narrator, the assumptions of Mikhail Bakhtin will be taken (1993) to more precisely design multilingualism in the novel, dialogism and polyphony. / Esta pesquisa realiza um estudo comparado das obras A Idade do Ferro (1992) e Desonra (2000), do escritor sul-africano John Maxwell Coetzee. O tema proposto visa uma análise comparativa entre os dois romances destacando as imagens de identidade, alteridade e os conceitos de pós-colonialismo e resistência, além de investigar sobre o papel do narrador na construção dessas imagens e conceitos. Respaldando-se, na temática do apartheid tratada em ambas as obras, além de outros elementos que encontram ressonância na estrutura interna das duas narrativas a exemplo da focalização narrativa ancorada em elementos de uma memória cultural que traz à tona questões de alteridade e pós-colonialismo. Na obra A Idade do Ferro (1992), a questão da alteridade aparece no cotidiano da personagem principal, Elizabeth Costello, que inicia um questionamento e reflexão a partir do contato com o Outro que revela a sua cegueira frente ao regime, como também sua fragilidade em comparação aos negros fortes como ferro. O romance Desonra (2000), revela a condição do homem branco na nova sociedade pós-apartheid, que transformou a antiga superioridade branca em minoria e o sujeitou à condição de excluído, na qual necessita se adequar à nova sociedade da África do Sul marcada pelo passado segregacionista, percebendo-se, agora, como um ser deslocado, vendo a desgraça ao seu redor, enquanto as outras personagens se relocam. A análise toma como pressupostos teóricos os conceitos de identidade, alteridade, resistência e pós-colonialismo expostos por Franz Fanon (1979), Alfredo Bosi (2002), Stuart Hall (2003), Homi Bhabha (2003), Thomas Bonnici (2009), entre outros. Para o estudo sobre o narrador, foram tomados os pressupostos de Mikhail Bakhtin (1993) mais precisamente a concepção de plurilinguismo no romance, dialogismo e polifonia

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