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Um multiplicador de vozes: imagens da resistência em A idade do ferro e Desonra de J.M. Coetzee / A voices of multiplier: images of resistance in A idade do ferro and Desonra of J.M. CoetzeeAlves, Ruane Maciel Kaminski 09 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research makes a comparative study of the novels A Idade do Ferro (1992) and
Desonra (2000) by the South African writer John Maxwell Coetzee. The theme proposed
aims at a comparative analysis between the two novels highlighting the identity of images,
otherness and postcolonialism concepts and endurance, as well as investigate the narrator's
role in the construction of these images and concepts. Backing up in apartheid theme treated
in both works, as well as other elements that find resonance in the internal structure of the
two narratives such as the anchored narrative focusing on elements of a cultural memory
that raises questions of otherness and postcolonialism. In the book A Idade do Ferro (1992),
the issue of otherness appears in the main character of the everyday, Elizabeth Costello
initiating an inquiry and reflection from contact with the Other who reveals his "blindness"
against the regime, but also its fragility compared to the strong black as iron. The novel
Desonra (2000) reveals the white man's condition in the new post-apartheid society, which
transformed the old white superiority in the minority and subjected to the excluded condition
in which you need to adjust to the new society of South Africa marked the past
segregationist, realizing up now as a being moved, seeing the "disgrace" around him, while
the other characters re-placed. The analysis takes as theoretical assumptions the concepts
of identity, otherness, resistance and postcolonialism exposed by Franz Fanon (1979),
Alfredo Bosi (2002), Stuart Hall (2003), Homi Bhabha (2003), Thomas Bonnici (2009) among
others. For the study of the narrator, the assumptions of Mikhail Bakhtin will be taken (1993)
to more precisely design multilingualism in the novel, dialogism and polyphony. / Esta pesquisa realiza um estudo comparado das obras A Idade do Ferro (1992) e Desonra
(2000), do escritor sul-africano John Maxwell Coetzee. O tema proposto visa uma análise
comparativa entre os dois romances destacando as imagens de identidade, alteridade e os
conceitos de pós-colonialismo e resistência, além de investigar sobre o papel do narrador na
construção dessas imagens e conceitos. Respaldando-se, na temática do apartheid tratada
em ambas as obras, além de outros elementos que encontram ressonância na estrutura
interna das duas narrativas a exemplo da focalização narrativa ancorada em elementos de
uma memória cultural que traz à tona questões de alteridade e pós-colonialismo. Na obra A
Idade do Ferro (1992), a questão da alteridade aparece no cotidiano da personagem
principal, Elizabeth Costello, que inicia um questionamento e reflexão a partir do contato
com o Outro que revela a sua cegueira frente ao regime, como também sua fragilidade em
comparação aos negros fortes como ferro. O romance Desonra (2000), revela a condição do
homem branco na nova sociedade pós-apartheid, que transformou a antiga superioridade
branca em minoria e o sujeitou à condição de excluído, na qual necessita se adequar à nova
sociedade da África do Sul marcada pelo passado segregacionista, percebendo-se, agora,
como um ser deslocado, vendo a desgraça ao seu redor, enquanto as outras personagens
se relocam. A análise toma como pressupostos teóricos os conceitos de identidade,
alteridade, resistência e pós-colonialismo expostos por Franz Fanon (1979), Alfredo Bosi
(2002), Stuart Hall (2003), Homi Bhabha (2003), Thomas Bonnici (2009), entre outros. Para
o estudo sobre o narrador, foram tomados os pressupostos de Mikhail Bakhtin (1993) mais
precisamente a concepção de plurilinguismo no romance, dialogismo e polifonia
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