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Influência da ação oxidante do selênio na indução da radiossensibilidade e morte celular na levedura Saccharomyces cerevisiae

Bárbara Abranches de Araujo Porto 10 February 2012 (has links)
As radiações ionizantes são provenientes tanto de fontes naturais como de fontes antropogênicas. A radioterapia emergiu como uma das terapias mais comuns no combate ao câncer. Irradiadores de Co-60 (aceleradores lineares de cobalto- 60) são usados para tratamento de tumores malignos rotineiramente em hospitais de todo o mundo. Exposições às radiações ionizantes podem induzir alterações nas macromoléculas celulares e afetar suas funções, pois causam radiólise da molécula de água gerando espécies reativas do oxigênio, que podem causar danos a praticamente todas as organelas e constituintes da célula, conhecidos como danos oxidativos, que podem culminar no estresse oxidativo. O estresse oxidativo é a situação na qual foi rompido o equilíbrio entre oxidantes e antioxidantes, com excessiva produção de espécies reativas, não acompanhada do aumento da capacidade antioxidante, inviabilizando assim, a neutralização das mesmas. O selênio é um micronutriente considerado antioxidante e antiinflamatório, que poderia prevenir o câncer. No sistema biológico o selênio existe na forma de selenoproteínas. Até o presente momento, 25 selenoproteinas humanas já foram identificadas, entre elas a enzima Glutationa peroxidase, uma enzima antioxidante. Leveduras têm a capacidade de incorporar diversos metais tais como ferro, cádmio, zinco e selênio, assim como todos os organismos biológicos. A levedura Saccharomyces cerevisiae, ao contrário das células de mamíferos é desprovida de selenoproteínas, sendo considerada como um modelo prático para estudos de toxicidade do selênio, sem qualquer interferência do metabolismo de selenoproteínas. Além disso, células de leveduras proliferam-se por meio de da fermentação, o equivalente microbiano da glicólise aeróbia em mamíferos que é o processo utilizado por tumores. Vários relatos mostram que os efeitos pró-oxidantes e tóxicos induzidos por compostos de selênio ocorrem em doses mais baixas em células malignas quando comparadas às células normais dando ao selênio um grande potencial terapêutico no tratamento do câncer. Nosso objetivo foi verificar se o selênio desempenha função radiossenbilizadora em células de levedura ao serem desafiadas com radiação ionizante (60Co) . Para isso foi avaliado se o selênio causa danos oxidativos para a célula e morte celular. Em seguida foi avaliado se ocorre diferença nos danos oxidativos após as células serem tratadas com selênio e irradiação gama. Nossos resultados demonstraram que o selênio exerce função radiossensibilizadora e tem papel oxidante nas células de levedura. / Ionizing radiations are from both natural sources such as from anthropogenic sources. Recently, radiotherapy has emerged as one of the most common therapies against cancer. Co-60 irradiators (cobalt-60 linear accelerators) are used to treat of malignant tumors routinely in hospitals around the world. Exposure to ionizing radiation can induce changes in cellular macromolecules and affect its functions, because they cause radiolysis of the water molecule generating reactive oxygen species, which can cause damage to virtually all organelles and cell components known as oxidative damage that can culminate in oxidative stress. Oxidative stress is a situation in which the balance between oxidants and antioxidants is broken resulting in excessive production of reactive species, it is not accompanied by the increase in antioxidant capacity, making it impossible to neutralize them. Selenium is a micronutrient considered as antioxidant, antiinflammatory, which could prevent cancer. Selenium in biological system exists as selenoproteins. Nowdays, 25 human selenoproteins have been identified, including glutathione peroxidase, an antioxidant enzyme. Yeasts have the ability to incorporate various metals such as iron, cadmium, zinc and selenium, as well as all biological organisms. The yeast Saccharomyces cerevisiae, unlike mammalian cells is devoid of selenoproteins, being considered as a practical model for studies on the toxicity of selenium, without any interference from the metabolism of selenoproteins. Moreover, yeast cells proliferate through the fermentation, the microbial equivalent of aerobic glycolysis in mammals and the process is also used by tumors. Several reports show that the pro-oxidante effects and induced toxic selenium compounds occur at lower doses and in malignant cells compared with benign cells. Therefore selenium giving a great therapeutic potential in cancer treatment .Our objective was to determine whether selenium is capable to sensitize yeasts cells when they are challenged with ionizing radiation produced by 60Co. For this, we assessed whether selenium causes oxidative damage to cell and cell death. After that, we assessed whether differences in the oxidative damage occurs after the cells be treated with selenium and gama irradiation. Our results showed that selenium has a rdiosensitizing function playing a oxidant role in yeast cell.

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