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Envolvimento dos sítios de ligação benzodiazepínicos localizados na substância cinzenta periaquedutal dorsal de ratos nos efeitos ansiolítico e panicolítico causado pelo alprazolam / Involvement of the benzodiazepine binding sites in the dorsal periaqueductal gray matter of rats in the anxiolytic- and panicolytic-like effects promoted by alprazolam

Frias, Alana Tercino 06 February 2018 (has links)
O transtorno do pânico (TP) é um transtorno de ansiedade caracterizado por ataques de pânico recorrentes e inesperados, com um prognóstico crônico. Entre as drogas utilizadas no tratamento do TP, os benzodiazepínicos (BZs) de alta potência, como o alprazolam e o clonazepam, apresentam a vantagem de serem eficazes logo no início do tratamento. Assim como outras drogas BZs, tais como o diazepam e o flurazepam, estes compostos também são empregados como ansiolíticos no tratamento de pacientes com transtorno de ansiedade generalizada. O mecanismo da ação primária dessas drogas ocorre pela interação com os sítios de ligação BZs presentes nos receptores do ácido gama-aminobutírico do tipo A (GABAA), facilitando a neutotransmissão GABAérgica. Entretanto, ainda permanecem desconhecidos os substratos neurais envolvidos no efeito panicolítico causado pelos BZs. Dentre os substratos em potencial, a substância cinzenta periaquedutal dorsal (SCPD), uma estrutura mesencefálica criticamente relacionada à fisiopatogênica do TP, apresenta alta densidade de receptores GABAA e de sítios de ligação BZs. Neste trabalho avaliamos o envolvimento do complexo receptor GABAA/BZ presente na SCPD no efeito panicolítico promovido pela administração sistêmica de alprazolam em ratos Wistar. Para isso, empregamos o labirinto em T elevado (LTE), que além da resposta de fuga, que é associada ao pânico, também permite avaliar a resposta de esquiva inibitória, associada à ansiedade. Neste modelo, o alprazolam inibe a expressão da resposta de fuga, indicando efeito panicolítico e inibe a aquisição da esquiva inibitória, sugestivo de efeito ansiolítico. Além do LTE, também empregamos os modelos experimentais da hipóxia e o de Vogel, associados ao pânico e a ansiedade, respectivamente. Os resultados obtidos mostraram que o efeito panicolítico promovido pela administração sistêmica de alprazolam, observado na resposta de fuga do LTE, foi bloqueado pela administração intra-SCPD de flumazenil, antagonista dos sítios de ligação BZs, ou de bicuculina, antagonista dos receptores 10 GABAA. No teste da hipóxia, o efeito panicolítico causado pela administração sistêmica de alprazolam foi inibido, porém não significativamente bloqueado, pela administração intra-SCPD de bicuculina. Já o efeito ansiolítico, observado na resposta de esquiva do LTE e no teste do beber punido de Vogel, não foi bloqueado pela administração intra-SCPD de flumazenil ou de bicuculina. No conjunto, nossos resultados sugerem que o complexo receptor GABAA/BZ da SCPD está envolvido no efeito panicolítico, mas não ansiolítico, promovido pela administração sistêmica de alprazolam. / Panic Disorder (PD) is an anxiety disorder characterized by recurrent and unexpected panic attacks with a chronic prognosis. Among the drugs used to treat PD, highpotency benzodiazepines (BZs), such as alprazolam and clonazepam, have the advantage of causing significant effects early in the treatment. Like others BZs, such as diazepam and flurazepam, these compounds are also used as anxiolytics in the treatment of patients with generalized anxiety disorder. The primary mechanism of action of these drugs is the interaction with BZs binding sites present at gammaaminobutyric acid type A receptors (GABAA), facilitating GABAergic neurotransmission. However, it remains yet unknown the neural substrates involved in the panicolytic-like action caused by BZs. Among the potential substrates, the dorsal periaqueductal gray matter (DPAG), a mesencephalic structure critically associated with the physiopathology of PD, presents a high density of GABAA receptors and of BZs binding sites. In this work, we evaluated the participation of the GABAA/BZ receptor complex present in the DPAG in the panicolytic-like effect caused by systemic administration of alprazolam in Wistar rats. For this, we use the elevated T-maze (ETM), that besides the escape response which is associated with panic, also allows the measurement of inhibitory avoidance acquisition, which has been related to anxiety. In this model, alprazolam inhibits the expression of escape, indicating a panicolytic-like effect and inhibits the acquisition of inhibitory avoidance, suggestive of an anxiolytic effect. In addition to the ETM, animals were also tested in the hypoxia and Vogel\'s conflict tests, which have been associated with panic and anxiety, respectively. The results showed that the panicolytic-like effect caused by alprazolam in ETM\'s escape response was blocked by intra-DPAG injection of flumazenil, a BZs binding site antagonist, or bicuculline, a GABAA receptor antagonist. In the hypoxia test, the panicolytic-like effect caused by alprazolam was inhibited, but not significantly blocked, by intra-DPAG injection of bicuculline. The anxiolytic effect observed in the 12 ETM\'s avoidance task or in the Vogel\'s conflict test was not blocked by intra-DPAG injection of flumazenil or bicuculline. Taken together, our results suggest that the GABAA/BZ receptor complex located in the DPAG is involved in the panicolytic, but not anxiolytic, effect caused by systemic administration of alprazolam.
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Envolvimento dos sítios de ligação benzodiazepínicos localizados na substância cinzenta periaquedutal dorsal de ratos nos efeitos ansiolítico e panicolítico causado pelo alprazolam / Involvement of the benzodiazepine binding sites in the dorsal periaqueductal gray matter of rats in the anxiolytic- and panicolytic-like effects promoted by alprazolam

Alana Tercino Frias 06 February 2018 (has links)
O transtorno do pânico (TP) é um transtorno de ansiedade caracterizado por ataques de pânico recorrentes e inesperados, com um prognóstico crônico. Entre as drogas utilizadas no tratamento do TP, os benzodiazepínicos (BZs) de alta potência, como o alprazolam e o clonazepam, apresentam a vantagem de serem eficazes logo no início do tratamento. Assim como outras drogas BZs, tais como o diazepam e o flurazepam, estes compostos também são empregados como ansiolíticos no tratamento de pacientes com transtorno de ansiedade generalizada. O mecanismo da ação primária dessas drogas ocorre pela interação com os sítios de ligação BZs presentes nos receptores do ácido gama-aminobutírico do tipo A (GABAA), facilitando a neutotransmissão GABAérgica. Entretanto, ainda permanecem desconhecidos os substratos neurais envolvidos no efeito panicolítico causado pelos BZs. Dentre os substratos em potencial, a substância cinzenta periaquedutal dorsal (SCPD), uma estrutura mesencefálica criticamente relacionada à fisiopatogênica do TP, apresenta alta densidade de receptores GABAA e de sítios de ligação BZs. Neste trabalho avaliamos o envolvimento do complexo receptor GABAA/BZ presente na SCPD no efeito panicolítico promovido pela administração sistêmica de alprazolam em ratos Wistar. Para isso, empregamos o labirinto em T elevado (LTE), que além da resposta de fuga, que é associada ao pânico, também permite avaliar a resposta de esquiva inibitória, associada à ansiedade. Neste modelo, o alprazolam inibe a expressão da resposta de fuga, indicando efeito panicolítico e inibe a aquisição da esquiva inibitória, sugestivo de efeito ansiolítico. Além do LTE, também empregamos os modelos experimentais da hipóxia e o de Vogel, associados ao pânico e a ansiedade, respectivamente. Os resultados obtidos mostraram que o efeito panicolítico promovido pela administração sistêmica de alprazolam, observado na resposta de fuga do LTE, foi bloqueado pela administração intra-SCPD de flumazenil, antagonista dos sítios de ligação BZs, ou de bicuculina, antagonista dos receptores 10 GABAA. No teste da hipóxia, o efeito panicolítico causado pela administração sistêmica de alprazolam foi inibido, porém não significativamente bloqueado, pela administração intra-SCPD de bicuculina. Já o efeito ansiolítico, observado na resposta de esquiva do LTE e no teste do beber punido de Vogel, não foi bloqueado pela administração intra-SCPD de flumazenil ou de bicuculina. No conjunto, nossos resultados sugerem que o complexo receptor GABAA/BZ da SCPD está envolvido no efeito panicolítico, mas não ansiolítico, promovido pela administração sistêmica de alprazolam. / Panic Disorder (PD) is an anxiety disorder characterized by recurrent and unexpected panic attacks with a chronic prognosis. Among the drugs used to treat PD, highpotency benzodiazepines (BZs), such as alprazolam and clonazepam, have the advantage of causing significant effects early in the treatment. Like others BZs, such as diazepam and flurazepam, these compounds are also used as anxiolytics in the treatment of patients with generalized anxiety disorder. The primary mechanism of action of these drugs is the interaction with BZs binding sites present at gammaaminobutyric acid type A receptors (GABAA), facilitating GABAergic neurotransmission. However, it remains yet unknown the neural substrates involved in the panicolytic-like action caused by BZs. Among the potential substrates, the dorsal periaqueductal gray matter (DPAG), a mesencephalic structure critically associated with the physiopathology of PD, presents a high density of GABAA receptors and of BZs binding sites. In this work, we evaluated the participation of the GABAA/BZ receptor complex present in the DPAG in the panicolytic-like effect caused by systemic administration of alprazolam in Wistar rats. For this, we use the elevated T-maze (ETM), that besides the escape response which is associated with panic, also allows the measurement of inhibitory avoidance acquisition, which has been related to anxiety. In this model, alprazolam inhibits the expression of escape, indicating a panicolytic-like effect and inhibits the acquisition of inhibitory avoidance, suggestive of an anxiolytic effect. In addition to the ETM, animals were also tested in the hypoxia and Vogel\'s conflict tests, which have been associated with panic and anxiety, respectively. The results showed that the panicolytic-like effect caused by alprazolam in ETM\'s escape response was blocked by intra-DPAG injection of flumazenil, a BZs binding site antagonist, or bicuculline, a GABAA receptor antagonist. In the hypoxia test, the panicolytic-like effect caused by alprazolam was inhibited, but not significantly blocked, by intra-DPAG injection of bicuculline. The anxiolytic effect observed in the 12 ETM\'s avoidance task or in the Vogel\'s conflict test was not blocked by intra-DPAG injection of flumazenil or bicuculline. Taken together, our results suggest that the GABAA/BZ receptor complex located in the DPAG is involved in the panicolytic, but not anxiolytic, effect caused by systemic administration of alprazolam.
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Avaliação do efeito em longo prazo do estresse neonatal causado pela separação ou privação materna em ratos sobre a expressão de comportamentos defensivos associados ao pânico / Evaluation of the long-term effect of neonatal stress caused by maternal separation or deprivation in rats on the expression of defensive behaviors associated with panic

Rosa, Daiane Santos 30 June 2017 (has links)
Diversos estudos demonstram que o estresse infantil, incluindo situações de perda dos pais, negligência e abusos, representa um forte fator de risco para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, sendo de especial interesse para este trabalho, o transtorno do pânico. Modelos de estresse neonatal em animais de laboratório, que se baseiam na ruptura da relação mãe-filhote, como a separação materna e a privação materna, têm sido amplamente utilizados para avaliar as consequências desse estressor sobre a expressão de comportamentos defensivos associados à ansiedade na vida adulta. No entanto, pouco se sabe sobre seus efeitos em modelos animais de ataques de pânico, mais especificamente aqueles que associam esta condição emocional à resposta defensiva de fuga em animais. Diante disso, o objetivo inicial do presente trabalho foi o de estender as investigações dos efeitos do estresse neonatal sobre o comportamento de fuga de ratos adultos (após 60 dias de nascimento) observado no labirinto em T elevado (LTE), pela estimulação elétrica da substância cinzenta periaquedutal (SCPD) e durante a exposição a um ambiente em hipóxia (7% O2). Para efeitos comparativos, esses animais também foram testados em modelos animais associados à ansiedade generalizada e a depressão. Observamos que ratos Wistar submetidos à separação materna (3h/dia, do 2º ao 21º dia pós-nascimento) não diferiram de animais controles nos parâmetros comportamentais analisados nos modelos de pânico (fuga no LTE e pela estimulação elétrica da SCPD), nos de ansiedade (resposta de esquiva no LTE e o beber punido no teste de conflito de Vogel) ou no de depressão (tempo gasto em imobilidade no teste do nado forçado). Já em ratos privados da mãe (por 24h no 11º dia pós- nascimento), embora este estressor não tenha alterada a resposta de fuga no LTE, ele aumentou a expressão deste comportamento durante a exposição à hipóxia, sugestivo de um efeito panicogênico. Ainda empregando a privação materna, observamos que a administração intraperitoneal de um inibidor da síntese de serotonina, a pclorofenilalanina metil éster (p-CPA - 100mg/Kg/dia, por 4 dias antes dos testes comportamentais) facilitou a expressão do comportamento de fuga durante o teste da hipóxia nos animais controle, de maneira semelhante ao efeito obtido somente com a privação materna. Porém este tratamento não potencializou a fuga promovida pela privação materna. Já os níveis plasmáticos de corticosterona foram aumentados pela exposição à hipóxia, independentemente dos animais terem sido previamente privados da mãe ou terem recebido o pCPA antes do teste. Por fim, também observamos, através de uma análise por Western Blotting, que nem a privação materna ou a exposição à hipóxia altera a concentração de receptores serotonérgicos do tipo 5-HT1A na SCPD ou na amígdala. Em suma, nossos resultados mostram que a privação materna promove uma facilitação da resposta de fuga na hipóxia, sugerindo uma relação entre esse estresse neonatal e o desencadeamento de ataques de pânico de um subtipo específico, o pânico respiratório. Contudo, no que diz respeito ao envolvimento da neurotransmissão serotonérgica, mais estudos são necessários para entender sua participação nessa resposta. / Early life stress (ELS), including parental loss due to death, neglect or abuse, represents a major risk factor for the late development of psychiatric disorders, such as anxiety disorders. Animal models of ELS that are based on the disruption of mother-infant relationship, such as the repeated maternal separation or maternal deprivation, have been extensively used for the investigation of the longterm effects of these stressors on the expression of defensive behaviors associated with anxiety. However, little is known about their effects on animal models of panic attacks, more specifically in those that associate this emotional condition with escape behavior in animals. Therefore, the aim of the present study was to extend the investigation on the long-term consequences of neonatal stress on the escape response of adult rats (60 days after birth) evoked by the elevated T maze (ETM), electrical stimulation of the dorsal periaqueductal gray (DPAG) or hypoxia (7% O2). For comparative reasons, these animals were also tested in animal models of anxiety and depression. The results showed that the repeated maternal separation of male Wistar (3 hours/day from day 2 to 21 after birth) did not affect the behavioral indexes measured in the panic (escape in the ETM or after DPAG electrical stimulation), anxiety (ETM inhibitory avoidance or punished licking in the Vogel conflict test) or depression (time in immobility in the forced swimming test) models. On the other hand, rats submitted to maternal deprivation (24 hs in the 11th day after birth), although not differing from the control animals on escape expression in the ETM, showed a pronounced escape response during hypoxia, indicating a panicogenic-like response. Also, using this maternal deprivation protocol, we observed that systemic administration of a 5-HT synthesis inhibitor, p-chlrophenilalanine metylester (p-CPA - 100mg/Kg/day, for 4 days before the behavioral tests), facilitated escape expression during hypoxia in non-deprived animals to a level observed in non-pharmacologically treated deprived animals. We also observed that plasma corticosterone levels were increased 30 minutes after hypoxia exposure, independently of the previous condition of the animals (deprivation or drug treatment). Finally, we observed that the number of 5-HT1A receptors in the DPAG or amygdala, measured by Western Blotting, was not affect by previous maternal deprivation or exposure to hypoxia. Taken together, our results show that a single maternal deprivation episode facilitates the expression of escape behavior during hypoxia, suggesting a relationship between this ELS with the observation of a specific subtype of panic attack, the respiratory panic. Further studies are required in order to clarify the 5- HT involvement on these responses.
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Avaliação do efeito em longo prazo do estresse neonatal causado pela separação ou privação materna em ratos sobre a expressão de comportamentos defensivos associados ao pânico / Evaluation of the long-term effect of neonatal stress caused by maternal separation or deprivation in rats on the expression of defensive behaviors associated with panic

Daiane Santos Rosa 30 June 2017 (has links)
Diversos estudos demonstram que o estresse infantil, incluindo situações de perda dos pais, negligência e abusos, representa um forte fator de risco para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade, sendo de especial interesse para este trabalho, o transtorno do pânico. Modelos de estresse neonatal em animais de laboratório, que se baseiam na ruptura da relação mãe-filhote, como a separação materna e a privação materna, têm sido amplamente utilizados para avaliar as consequências desse estressor sobre a expressão de comportamentos defensivos associados à ansiedade na vida adulta. No entanto, pouco se sabe sobre seus efeitos em modelos animais de ataques de pânico, mais especificamente aqueles que associam esta condição emocional à resposta defensiva de fuga em animais. Diante disso, o objetivo inicial do presente trabalho foi o de estender as investigações dos efeitos do estresse neonatal sobre o comportamento de fuga de ratos adultos (após 60 dias de nascimento) observado no labirinto em T elevado (LTE), pela estimulação elétrica da substância cinzenta periaquedutal (SCPD) e durante a exposição a um ambiente em hipóxia (7% O2). Para efeitos comparativos, esses animais também foram testados em modelos animais associados à ansiedade generalizada e a depressão. Observamos que ratos Wistar submetidos à separação materna (3h/dia, do 2º ao 21º dia pós-nascimento) não diferiram de animais controles nos parâmetros comportamentais analisados nos modelos de pânico (fuga no LTE e pela estimulação elétrica da SCPD), nos de ansiedade (resposta de esquiva no LTE e o beber punido no teste de conflito de Vogel) ou no de depressão (tempo gasto em imobilidade no teste do nado forçado). Já em ratos privados da mãe (por 24h no 11º dia pós- nascimento), embora este estressor não tenha alterada a resposta de fuga no LTE, ele aumentou a expressão deste comportamento durante a exposição à hipóxia, sugestivo de um efeito panicogênico. Ainda empregando a privação materna, observamos que a administração intraperitoneal de um inibidor da síntese de serotonina, a pclorofenilalanina metil éster (p-CPA - 100mg/Kg/dia, por 4 dias antes dos testes comportamentais) facilitou a expressão do comportamento de fuga durante o teste da hipóxia nos animais controle, de maneira semelhante ao efeito obtido somente com a privação materna. Porém este tratamento não potencializou a fuga promovida pela privação materna. Já os níveis plasmáticos de corticosterona foram aumentados pela exposição à hipóxia, independentemente dos animais terem sido previamente privados da mãe ou terem recebido o pCPA antes do teste. Por fim, também observamos, através de uma análise por Western Blotting, que nem a privação materna ou a exposição à hipóxia altera a concentração de receptores serotonérgicos do tipo 5-HT1A na SCPD ou na amígdala. Em suma, nossos resultados mostram que a privação materna promove uma facilitação da resposta de fuga na hipóxia, sugerindo uma relação entre esse estresse neonatal e o desencadeamento de ataques de pânico de um subtipo específico, o pânico respiratório. Contudo, no que diz respeito ao envolvimento da neurotransmissão serotonérgica, mais estudos são necessários para entender sua participação nessa resposta. / Early life stress (ELS), including parental loss due to death, neglect or abuse, represents a major risk factor for the late development of psychiatric disorders, such as anxiety disorders. Animal models of ELS that are based on the disruption of mother-infant relationship, such as the repeated maternal separation or maternal deprivation, have been extensively used for the investigation of the longterm effects of these stressors on the expression of defensive behaviors associated with anxiety. However, little is known about their effects on animal models of panic attacks, more specifically in those that associate this emotional condition with escape behavior in animals. Therefore, the aim of the present study was to extend the investigation on the long-term consequences of neonatal stress on the escape response of adult rats (60 days after birth) evoked by the elevated T maze (ETM), electrical stimulation of the dorsal periaqueductal gray (DPAG) or hypoxia (7% O2). For comparative reasons, these animals were also tested in animal models of anxiety and depression. The results showed that the repeated maternal separation of male Wistar (3 hours/day from day 2 to 21 after birth) did not affect the behavioral indexes measured in the panic (escape in the ETM or after DPAG electrical stimulation), anxiety (ETM inhibitory avoidance or punished licking in the Vogel conflict test) or depression (time in immobility in the forced swimming test) models. On the other hand, rats submitted to maternal deprivation (24 hs in the 11th day after birth), although not differing from the control animals on escape expression in the ETM, showed a pronounced escape response during hypoxia, indicating a panicogenic-like response. Also, using this maternal deprivation protocol, we observed that systemic administration of a 5-HT synthesis inhibitor, p-chlrophenilalanine metylester (p-CPA - 100mg/Kg/day, for 4 days before the behavioral tests), facilitated escape expression during hypoxia in non-deprived animals to a level observed in non-pharmacologically treated deprived animals. We also observed that plasma corticosterone levels were increased 30 minutes after hypoxia exposure, independently of the previous condition of the animals (deprivation or drug treatment). Finally, we observed that the number of 5-HT1A receptors in the DPAG or amygdala, measured by Western Blotting, was not affect by previous maternal deprivation or exposure to hypoxia. Taken together, our results show that a single maternal deprivation episode facilitates the expression of escape behavior during hypoxia, suggesting a relationship between this ELS with the observation of a specific subtype of panic attack, the respiratory panic. Further studies are required in order to clarify the 5- HT involvement on these responses.
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Envolvimento de receptores 5-HT2A da substância cinzenta periaquedutal dorsal no medo condicionado e incondicionado de ratos / 5HT2 receptor mechanisms of the dorsal periaqueductal gray in the conditioned and unconditioned fear in rats

Oliveira, Luciana Chrystine 26 October 2007 (has links)
Sabe-se que o medo condicionado contextual (MCC) pode ativar diversas áreas mesencefálicas, como a Substância Cinzenta Periaquedutal Dorsal (SCPd). Diversos estudos avaliaram como mecanismos serotoninérgicos modulam o comportamento defensivo induzido pela estimulação elétrica da SCPd. Uma função proeminente dos receptores 5-HT2A é regular estados aversivos induzidos pela ativação da SCPd e, apesar de saber que experiências aversivas prévias exercem um importante papel em determinados tipos de ansiedade, somente estudos com estimulação da SCPd de ratos sem experiência aversiva prévia foram conduzidos até o momento. O objetivo do presente estudo foi investigar o papel funcional dos receptores 5-HT2A localizados nos substratos neurais da aversão na SCPd de ratos previamente submetidos ao condicionamento contextual aversivo. Foram avaliadas as respostas de congelamento e fuga obtidas a partir do procedimento de estimulação elétrica da SCPd na sessão teste, realizada 24 horas após o condicionamento, quando os animais foram recolocados no contexto previamente pareado com choques nas patas ou no contexto diferente. A função dos receptores 5-HT2A da SCPd foi avaliada pela injeção local de -metil-serotonina ou cetanserina, agonista e antagonista seletivos de receptores do tipo 5-HT2A, respectivamente. De acordo com estudos anteriores, a -metil-serotonina aumentou os limiares aversivos (efeito antiaversivo) determinados pela estimulação da SCPd em animais ingênuos, enquanto que a injeção de cetanserina não produziu qualquer efeito significativo. No presente estudo, a cetanserina reduziu o limiar de congelamento (efeito proaversivo), enquanto que a -metil-serotonina continuou apresentando efeito antiaversivo em animais com experiência aversiva prévia (choques nas patas). Estes resultados sugerem que experiências aversivas anteriores podem produzir importantes alterações na função sináptica dos receptores 5-HT2A da SCPd, podendo refletir na reatividade da SCPd à sua estimulação aversiva. / It has been shown that contextual fear conditioning (CFC) may activate brainstem regions such as the dorsal periaqueductal gray (dPAG). Several studies have been carried out to disclose how 5-HT2 mechanisms modulate the aversive stimulation of the dPAG. One prominent function of 5-HT2 receptors is to regulate the aversive states induced by activation of the dPAG. However, in spite of the notion that past stressful experiences play a crucial role in certain types of anxiety only studies with stimulation of the dPAG of rats without previous aversive experience have been conducted so far. We investigated the mediation of 5-HT2 receptors located in the neural substrates of aversion of the dPAG in rats previously submitted to CFC. Defensive behaviors induced by activation of the dPAG were assessed by measuring the lowest intensity of electric current applied to this structure (threshold) able to produce freezing and escape responses during testing sessions of CFC, in which animals were placed in a context previously paired to footshocks. The 5-HT2 function of the dPAG in this condition was evaluated by local injections of -methyl-5-HT and ketanserin, selective agonist and antagonist of 5-HT2 receptors, respectively. In accordance with previous studies, -methyl-5-HT increased the aversive thresholds (antiaversive effects) determined by stimulation of the dPAG in naive rats and injection of ketanserin into the dPAG did not produce any significant effects. On the other hand, ketanserin decreased the freezing threshold (proaversive effect) determined by the dPAG electrical stimulation while -methyl-5-HT continued to show antiaversive effects in animals with prior experience with foot shocks. The present results suggest that a past stressful experience can produce changes in the synaptic function of 5-HT2 receptors within the dPAG with important impact on the defensive behaviors induced by electrical stimulation of this area.
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Envolvimento de receptores 5-HT2A da substância cinzenta periaquedutal dorsal no medo condicionado e incondicionado de ratos / 5HT2 receptor mechanisms of the dorsal periaqueductal gray in the conditioned and unconditioned fear in rats

Luciana Chrystine Oliveira 26 October 2007 (has links)
Sabe-se que o medo condicionado contextual (MCC) pode ativar diversas áreas mesencefálicas, como a Substância Cinzenta Periaquedutal Dorsal (SCPd). Diversos estudos avaliaram como mecanismos serotoninérgicos modulam o comportamento defensivo induzido pela estimulação elétrica da SCPd. Uma função proeminente dos receptores 5-HT2A é regular estados aversivos induzidos pela ativação da SCPd e, apesar de saber que experiências aversivas prévias exercem um importante papel em determinados tipos de ansiedade, somente estudos com estimulação da SCPd de ratos sem experiência aversiva prévia foram conduzidos até o momento. O objetivo do presente estudo foi investigar o papel funcional dos receptores 5-HT2A localizados nos substratos neurais da aversão na SCPd de ratos previamente submetidos ao condicionamento contextual aversivo. Foram avaliadas as respostas de congelamento e fuga obtidas a partir do procedimento de estimulação elétrica da SCPd na sessão teste, realizada 24 horas após o condicionamento, quando os animais foram recolocados no contexto previamente pareado com choques nas patas ou no contexto diferente. A função dos receptores 5-HT2A da SCPd foi avaliada pela injeção local de -metil-serotonina ou cetanserina, agonista e antagonista seletivos de receptores do tipo 5-HT2A, respectivamente. De acordo com estudos anteriores, a -metil-serotonina aumentou os limiares aversivos (efeito antiaversivo) determinados pela estimulação da SCPd em animais ingênuos, enquanto que a injeção de cetanserina não produziu qualquer efeito significativo. No presente estudo, a cetanserina reduziu o limiar de congelamento (efeito proaversivo), enquanto que a -metil-serotonina continuou apresentando efeito antiaversivo em animais com experiência aversiva prévia (choques nas patas). Estes resultados sugerem que experiências aversivas anteriores podem produzir importantes alterações na função sináptica dos receptores 5-HT2A da SCPd, podendo refletir na reatividade da SCPd à sua estimulação aversiva. / It has been shown that contextual fear conditioning (CFC) may activate brainstem regions such as the dorsal periaqueductal gray (dPAG). Several studies have been carried out to disclose how 5-HT2 mechanisms modulate the aversive stimulation of the dPAG. One prominent function of 5-HT2 receptors is to regulate the aversive states induced by activation of the dPAG. However, in spite of the notion that past stressful experiences play a crucial role in certain types of anxiety only studies with stimulation of the dPAG of rats without previous aversive experience have been conducted so far. We investigated the mediation of 5-HT2 receptors located in the neural substrates of aversion of the dPAG in rats previously submitted to CFC. Defensive behaviors induced by activation of the dPAG were assessed by measuring the lowest intensity of electric current applied to this structure (threshold) able to produce freezing and escape responses during testing sessions of CFC, in which animals were placed in a context previously paired to footshocks. The 5-HT2 function of the dPAG in this condition was evaluated by local injections of -methyl-5-HT and ketanserin, selective agonist and antagonist of 5-HT2 receptors, respectively. In accordance with previous studies, -methyl-5-HT increased the aversive thresholds (antiaversive effects) determined by stimulation of the dPAG in naive rats and injection of ketanserin into the dPAG did not produce any significant effects. On the other hand, ketanserin decreased the freezing threshold (proaversive effect) determined by the dPAG electrical stimulation while -methyl-5-HT continued to show antiaversive effects in animals with prior experience with foot shocks. The present results suggest that a past stressful experience can produce changes in the synaptic function of 5-HT2 receptors within the dPAG with important impact on the defensive behaviors induced by electrical stimulation of this area.

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