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Aspectos neurobiológicos da influência da separação materna na sensibilização comportamental ao etanol / Neurobiological aspects of the influence of maternal separation on ethanol-induced behavioral sensitization

Kawakami, Suzi Emiko [UNIFESP] January 2012 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:45:35Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2012 / O estresse no inicio da vida aumenta a vulnerabilidade a disturbios psiquiatricos, como depressao e ansiedade, assim como ao abuso de drogas. Um paradigma utilizado para estudar esses efeitos em roedores e a separacao materna longa (SML). Em um estudo previo realizado por nosso grupo, a SML acelerou o desenvolvimento da sensibilizacao comportamental ao efeito estimulante do etanol (EtOH) em femeas e este efeito pode ter sido decorrente de diversas alteracoes, entre elas, hormonais, neuroquimicas e comportamentais. No presente estudo procuramos dissecar essas influencias dos efeitos da SML sobre a sensibilizacao comportamental ao EtOH. Para isso, foram utilizados camundongos machos e femeas, submetidos a SML, que consiste em separar os filhotes de suas maes por 3h/dia do 2º ao 14º dia de vida. O grupo controle foi formado por ninhadas nao manipuladas, exceto para a limpeza das gaiolas-moradia (cuidado padrao de bioterio - CPB). No primeiro experimento, avaliou-se o efeito da SML per se ou apos o tratamento cronico de EtOH na atividade locomotora, nas concentracoes plasmaticas de corticosterona (CORT) e de monoaminas no cortex frontal, estriado e hipocampo, dosadas pelo metodo de ohigh performance liquid chromatographyo (HPLC). Os principais resultados deste experimento mostraram que os machos submetidos a SML e tratados cronicamente com EtOH apresentaram maiores concentracoes de CORT plasmatica e monoaminas hipocampais. Esse ultimo resultado poderia sugerir alteracao do comportamento tipo ansioso, que foi avaliado no Experim ento 2. Assim, os animais CPB e SML foram testados no labirinto em cruz elevado apos a administracao aguda de salina ou de 1,0 ou de 1,25 g/kg de EtOH e os machos SML apresentaram maior comportamento tipoansioso apos a administracao de salina, enquanto que foram mais sensiveis ao efeito ansiolitico do EtOH do que os machos CPB. Outros sistemas envolvidos no processo da sensibilizacao comportamental sao os sistemas opioidergico e do hormonio liberador de corticotrofina (CRH), que foram testados, respectivamente, nos experimentos tres e quatro. Os antagonistas opioidergico (naltrexone) e do receptor 1 do CRH (CRH-R1; CP-154526) diminuiram ou bloquearam a sensibilizacao comportamental dependendo do sexo, sendo que a SML nao modificou este efeito. Concluindo, as concentracoes de CORT e monoaminas foram mais sensiveis aos efeitos da SML, sendo que os machos foram mais influenciados pela manipulacao. A sensibilizacao comportamental nao foi modificada pela SML e o bloqueio da expressao desse fenomeno pelos antagonistas opioidergico e de CRH-R1 ocorreu de maneira sexo-dependente, sendo que os machos foram mais sensiveis ao naltrexone e as femeas ao antagonista de CRH-R1 / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Deprivação materna no período neonatal e seus efeitos na consolidação da memória aversiva e espacial em ratos

Benetti, Fernando January 2009 (has links)
A deprivação maternal é conhecida por promover alterações neuroquímicas, comportamentais e da estrutura cerebral que persistem ao longo da vida. Aqui investigamos se os déficits cognitivos em ratos deprivados podem ser relacionados com uma disfunção no sistema colinérgico e na síntese de proteínas relacionadas aos processos mnemônicos. Ratas Wistar prenhas foram colocadas em caixas individuais e mantidas no biotério no ciclo claro/escuro (12:12 horas) com comida e água a vontade. Após o parto, as mães foram separadas dos seus filhotes por 3 horas, por dia, a partir do dia 1 pós-parto (PND-1) até o PND-10. Para fazer isto, as mães foram removidas das caixas residência e colocadas em uma caixa diferente, enquanto os filhotes permaneceram na caixa original, a qual foi transferida para outra sala mantida a temperatura de 32°C. Quando adultos com 120-150 d ias de idade, os animais machos deprivados e não deprivados foram divididos em duas etapas experimentais: 1) Foram sacrificados para medirmos a acetilcolinesterase (AchE) ou treinados no reconhecimento de objetos e no reconhecimento social, ou 2) Foram treinados e testados na esquiva inibitória e no Morris water maze ou foram treinados e sacrificados para mensurarmos o fator de transcrição CREB e a síntese das proteínas ERK1/2 após o treinamento em 3 diferentes tempos. Na primeira etapa, a deprivação maternal repetida afeta a memória no reconhecimento de objetos e no reconhecimento social. Além disso, ratos deprivados mostraram aumento na atividade da AchE no hipocampo e no córtex perirrinal. A administração oral de inibidores da AchE donepezil ou galantamina (1mg/kg) 30 min antes da sessão de treino reverteu os prejuízos na memória causados pela deprivação maternal. Na segunda etapa, mostramos que a deprivação maternal repetida também afeta a memória aversiva e espacial. Os animais treinados na esquiva inibitória mostraram déficits cognitivos quando testados na memória de curta (2 horas) e de longa duração (24 horas) após o treino. Além disso, a análise densitométrica das proteínas revelou que ratos deprivados treinados na esquiva não aumentaram a fosforilação de CREB e ERK1/2 após o treino. Da mesma forma, ratos deprivados não foram hábeis em reter o aprendizado reverso no labirinto aquático de Morris, mas aqui, os déficits cognitivos podem ser relacionados com o menor aumento da fosforilação do CREB e da ERK1/2 somente 2 horas após o treino no aprendizado reverso. Esses dados sugerem que a deprivação materna afeta os processos mnemônicos em ratos adultos, e que estes prejuízos podem ser mediados por modificações no sistema colinérgico ou na síntese de proteínas. / Maternal deprivation is known to result in long-lasting neurochemical, behavioral and brain structural effects. Here we investigated whether the cognitive aspects of these deficits might be related to a disruption of the cholinergic system and protein synthesis correlated with mnemonic process. Pregnant Wistar rats were individually housed and maintained on a 12:12 h light/dark cycle with food and water freely available. The mothers were separated from their pups for 3 h per day from postnatal day 1 (PND-1) to PND- 10. To do that, the dams were moved to a different cage and the pups maintained in the original home cage, which was transferred to a different room kept at 32ºC. After they reached 120-150 days of age, maternal-deprived and non-deprived male rats were either sacrificed for brain acetylcholinesterase (AchE) and protein (CREB and ERK1/2) measurement, or trained in an object recognition, social recognition, inhibitory avoidance and Morris water maze tasks and divided in two sets of experiments: 1) Complete repeated maternal deprivation affects recognition and social memory and there was increased acetylcholinesterase activity in hippocampus and perirhinal cortex of the deprived rats. Oral administration of the acetylcholinesterase inhibitors, donepezil or galantamine (1mg/kg) 30 min before training session reversed the memory impairments caused by maternal deprivation. 2) Complete maternal deprivation also affects aversive and spatial memory. These animals showed memory deficits in STM and LTM in inhibitory avoidance. Furthermore, densitometric analysis of proteins revealed that deprived rats did not increase the phosphorylation of ERK and CREB after training. Similarly, deprived rats did not able to retain the reversed learning in the Morris water maze but here, the cognitive deficit can be related with the increase in the protein phosphorylation measurement only 2 hours after training in reversed learning compared to non deprived rats. That findings suggest that maternal deprivation affects memory processing at adulthood and that this impairment can be mediated by modification of the cholinergic system or in the protein synthesis.
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Separação materna longa acelera o desenvolvimento da sensibilização comportamental ao efeito estimulante do etanol em camundongos fêmeas, mas não em machos / Maternal separation accelerates behavioral sensitization to ethanol in female, but not in male mice

Kawakami, Suzi Emiko [UNIFESP] January 2007 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:46:53Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2007 / O estresse no inicio da vida esta associado com uma disfuncao do eixo hipotalamo¬hipofise-adrenal (HPA) e com o aumento da vulnerabilidade ao abuso de drogas. Objetivos: Investigar os efeitos das separacoes maternas breve (8MB) e longa (8ML) na resposta do eixo HPA e na sensibilizacao comportamental ao etanol (EtOH) em camundongos machos e femeas. Materiais e Metodos: Do 2° ao 14° dia de vida, os animais foram submetidos a 8ML (os filhotes ficaram 3 h/dia separados da mae), 8MB (os filhotes ficaram 15 min/dia separados da mae) ou nao foram separados, somente manipulados para a limpeza das gaiolas¬moradia (animal facility rearing - AFR). Quando adultos, os animais foram tratados em dias alternados com salina (8AL) ou EtOH (2,2 g/kg), Lp., durante 10 dias e sua atividade locomotora avaliada por 15 min imediatamente apos a administracao. Quarenta e oito horas apos a quinta administracao, todos os animais receberam uma administracao de 8AL (Desafio 8AL) e quarenta e oito horas depois, os animais receberam uma administracao de EtOH (desafio EtOH). As concentracoes plasmaticas de corticosterona (CORT) foram determinadas uma semana antes do inicio do tratamento (basal), vinte min apos a primeira administracao e vinte minutos apos o desafio EtOH. Resultados: Femeas 8ML apresentaram concentracoes basais de CORT maiores do que femeas 8MB, mas a resposta de CORT ao EtOH foi semelhante entre os grupos. O tratamento cronico com EtOH induziu a sensibilizacao comportamental nas femeas 8MB e SML, mas esta foi mais rapida nas femeas 8ML (a partir do 4° dia vs no 5° dia de tratamento para as femeas 8MB). Machos 8ML e 8MB apresentaram concentracoes basais de CORT semelhantes ao grupo AFR, mas o aumento nas concentracoes de CORT induzido pelo EtOH foi maior nos animais 8ML e 8MB. Administracao repetida de EtOH induziu a sensibilizacao comportamental nos machos, independente da manipulacao neonatal. Conclusoes: 8ML e 8MB produziram efeitos genero-dependentes. Em machos, 8ML e 8MB aumentaram a resposta de CORT ao EtOH, mas nao modificaram a sensibilizacao comportamental. Em femeas, 8ML aumentou a liberacao basal de CORT em femeas comparada com 8MB. 8ML e 8MB facilitaram o desenvolvimento da sensibilizacao comportamental ao EtOH, sendo que as femeas 8ML desenvolveram esse fenomeno mais rapido, o que pode sugerir uma maior vulnerabilidade ao abuso de drogas. As concentracoes de CORT parecem nao estar envolvidas com esta aceleracao no desenvolvimento da sensibilizacao comportamental / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Deprivação materna no período neonatal e seus efeitos na consolidação da memória aversiva e espacial em ratos

Benetti, Fernando January 2009 (has links)
A deprivação maternal é conhecida por promover alterações neuroquímicas, comportamentais e da estrutura cerebral que persistem ao longo da vida. Aqui investigamos se os déficits cognitivos em ratos deprivados podem ser relacionados com uma disfunção no sistema colinérgico e na síntese de proteínas relacionadas aos processos mnemônicos. Ratas Wistar prenhas foram colocadas em caixas individuais e mantidas no biotério no ciclo claro/escuro (12:12 horas) com comida e água a vontade. Após o parto, as mães foram separadas dos seus filhotes por 3 horas, por dia, a partir do dia 1 pós-parto (PND-1) até o PND-10. Para fazer isto, as mães foram removidas das caixas residência e colocadas em uma caixa diferente, enquanto os filhotes permaneceram na caixa original, a qual foi transferida para outra sala mantida a temperatura de 32°C. Quando adultos com 120-150 d ias de idade, os animais machos deprivados e não deprivados foram divididos em duas etapas experimentais: 1) Foram sacrificados para medirmos a acetilcolinesterase (AchE) ou treinados no reconhecimento de objetos e no reconhecimento social, ou 2) Foram treinados e testados na esquiva inibitória e no Morris water maze ou foram treinados e sacrificados para mensurarmos o fator de transcrição CREB e a síntese das proteínas ERK1/2 após o treinamento em 3 diferentes tempos. Na primeira etapa, a deprivação maternal repetida afeta a memória no reconhecimento de objetos e no reconhecimento social. Além disso, ratos deprivados mostraram aumento na atividade da AchE no hipocampo e no córtex perirrinal. A administração oral de inibidores da AchE donepezil ou galantamina (1mg/kg) 30 min antes da sessão de treino reverteu os prejuízos na memória causados pela deprivação maternal. Na segunda etapa, mostramos que a deprivação maternal repetida também afeta a memória aversiva e espacial. Os animais treinados na esquiva inibitória mostraram déficits cognitivos quando testados na memória de curta (2 horas) e de longa duração (24 horas) após o treino. Além disso, a análise densitométrica das proteínas revelou que ratos deprivados treinados na esquiva não aumentaram a fosforilação de CREB e ERK1/2 após o treino. Da mesma forma, ratos deprivados não foram hábeis em reter o aprendizado reverso no labirinto aquático de Morris, mas aqui, os déficits cognitivos podem ser relacionados com o menor aumento da fosforilação do CREB e da ERK1/2 somente 2 horas após o treino no aprendizado reverso. Esses dados sugerem que a deprivação materna afeta os processos mnemônicos em ratos adultos, e que estes prejuízos podem ser mediados por modificações no sistema colinérgico ou na síntese de proteínas. / Maternal deprivation is known to result in long-lasting neurochemical, behavioral and brain structural effects. Here we investigated whether the cognitive aspects of these deficits might be related to a disruption of the cholinergic system and protein synthesis correlated with mnemonic process. Pregnant Wistar rats were individually housed and maintained on a 12:12 h light/dark cycle with food and water freely available. The mothers were separated from their pups for 3 h per day from postnatal day 1 (PND-1) to PND- 10. To do that, the dams were moved to a different cage and the pups maintained in the original home cage, which was transferred to a different room kept at 32ºC. After they reached 120-150 days of age, maternal-deprived and non-deprived male rats were either sacrificed for brain acetylcholinesterase (AchE) and protein (CREB and ERK1/2) measurement, or trained in an object recognition, social recognition, inhibitory avoidance and Morris water maze tasks and divided in two sets of experiments: 1) Complete repeated maternal deprivation affects recognition and social memory and there was increased acetylcholinesterase activity in hippocampus and perirhinal cortex of the deprived rats. Oral administration of the acetylcholinesterase inhibitors, donepezil or galantamine (1mg/kg) 30 min before training session reversed the memory impairments caused by maternal deprivation. 2) Complete maternal deprivation also affects aversive and spatial memory. These animals showed memory deficits in STM and LTM in inhibitory avoidance. Furthermore, densitometric analysis of proteins revealed that deprived rats did not increase the phosphorylation of ERK and CREB after training. Similarly, deprived rats did not able to retain the reversed learning in the Morris water maze but here, the cognitive deficit can be related with the increase in the protein phosphorylation measurement only 2 hours after training in reversed learning compared to non deprived rats. That findings suggest that maternal deprivation affects memory processing at adulthood and that this impairment can be mediated by modification of the cholinergic system or in the protein synthesis.
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Estresse neonatal resulta em alterações comportamentais e neuroquímicas duradouras

Fernandes, Gabrielly Cruvinel January 2017 (has links)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde. / O transtorno depressivo maior (TDM) é conhecido por ter uma origem desenvolvimental. O trauma, por exemplo, pode modular profundamente o desenvolvimento dos circuitos neurais, resultando em mudanças comportamentais significativas, muitas vezes permanentes. Estudos mostram que o estresse oxidativo e a neuroinflamação têm um papel importante na fisiopatologia do TDM. Assim, este estudo teve como objetivo utilizar um modelo animal de depressão induzido pela privação dos cuidados maternos para investigar se o comportamento do tipo depressivo, a neuroinflamação e o estresse oxidativo estão relacionados a alterações desenvolvimentais após o estresse no inicio da vida. Para este fim, ratos Wistar machos foram submetidos ao modelo animal de privação materna. Durante o protocolo de privação materna, os filhotes machos foram separados de suas mães durante 3 horas por dia nos 10 primeiros dias de vida. Aos 20, 30, 40 e 60 dias após o nascimento, os animais foram submetidos aos testes comportamentais de natação forçada e teste do campo aberto. Após os testes comportamentais, os animais foram mortos por decaptação e as estruturas cerebrais: córtex pré-frontal e hipocampo, e o soro foram retirados para a avaliação de parâmetros de estresse oxidativo e níveis de citocinas. Os resultados mostraram que o protocolo de privação materna não induziu alterações comportamentais nos animais com 30 e 40 após o nascimento. No entanto, os animais com 20 e 60 dias apresentaram comportamento depressivo no teste de natação forçada, sem alterações na atividade locomotora espontânea. No cérebro e no soro, os níveis das citocinas pró-inflamatórias tais como, interleucina 1β (IL-1β), interleucina-6 (IL-6) e o fator de necrose tumoral-α (TNF-α) foram aumentados e a citocina anti-inflamatória interleucina-10 (IL-10) foi diminuída nos animais com 20, 30, 40 e 60 dias após o nascimento no cérebro e soro. Os níveis de carbonilação de proteínas foram aumentados, no cérebro, nos animais com 30, 40 e 60 dias após o nascimento. A atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) aumentou no cérebro dos animais com 30, 40 e 60 dias após o nascimento e a atividade da enzima catalase (CAT) diminuiu no cérebro dos animais com 20, 40 e 60 dias após o nascimento. Os resultados sugerem que a existência de eventos estressantes no inicio da vida pode induzir alterações comportamentais que persistem até a idade adulta além de, estimular a inflamação e danos oxidativos, nos sistemas nervoso central e periférico que iniciam logo a privação materna. Essas alterações, podem estar relacionada a uma maior vulnerabilidade ao desenvolvimento de transtornos mentais na adolescência e vida adulta.
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Deprivação materna no período neonatal e seus efeitos na consolidação da memória aversiva e espacial em ratos

Benetti, Fernando January 2009 (has links)
A deprivação maternal é conhecida por promover alterações neuroquímicas, comportamentais e da estrutura cerebral que persistem ao longo da vida. Aqui investigamos se os déficits cognitivos em ratos deprivados podem ser relacionados com uma disfunção no sistema colinérgico e na síntese de proteínas relacionadas aos processos mnemônicos. Ratas Wistar prenhas foram colocadas em caixas individuais e mantidas no biotério no ciclo claro/escuro (12:12 horas) com comida e água a vontade. Após o parto, as mães foram separadas dos seus filhotes por 3 horas, por dia, a partir do dia 1 pós-parto (PND-1) até o PND-10. Para fazer isto, as mães foram removidas das caixas residência e colocadas em uma caixa diferente, enquanto os filhotes permaneceram na caixa original, a qual foi transferida para outra sala mantida a temperatura de 32°C. Quando adultos com 120-150 d ias de idade, os animais machos deprivados e não deprivados foram divididos em duas etapas experimentais: 1) Foram sacrificados para medirmos a acetilcolinesterase (AchE) ou treinados no reconhecimento de objetos e no reconhecimento social, ou 2) Foram treinados e testados na esquiva inibitória e no Morris water maze ou foram treinados e sacrificados para mensurarmos o fator de transcrição CREB e a síntese das proteínas ERK1/2 após o treinamento em 3 diferentes tempos. Na primeira etapa, a deprivação maternal repetida afeta a memória no reconhecimento de objetos e no reconhecimento social. Além disso, ratos deprivados mostraram aumento na atividade da AchE no hipocampo e no córtex perirrinal. A administração oral de inibidores da AchE donepezil ou galantamina (1mg/kg) 30 min antes da sessão de treino reverteu os prejuízos na memória causados pela deprivação maternal. Na segunda etapa, mostramos que a deprivação maternal repetida também afeta a memória aversiva e espacial. Os animais treinados na esquiva inibitória mostraram déficits cognitivos quando testados na memória de curta (2 horas) e de longa duração (24 horas) após o treino. Além disso, a análise densitométrica das proteínas revelou que ratos deprivados treinados na esquiva não aumentaram a fosforilação de CREB e ERK1/2 após o treino. Da mesma forma, ratos deprivados não foram hábeis em reter o aprendizado reverso no labirinto aquático de Morris, mas aqui, os déficits cognitivos podem ser relacionados com o menor aumento da fosforilação do CREB e da ERK1/2 somente 2 horas após o treino no aprendizado reverso. Esses dados sugerem que a deprivação materna afeta os processos mnemônicos em ratos adultos, e que estes prejuízos podem ser mediados por modificações no sistema colinérgico ou na síntese de proteínas. / Maternal deprivation is known to result in long-lasting neurochemical, behavioral and brain structural effects. Here we investigated whether the cognitive aspects of these deficits might be related to a disruption of the cholinergic system and protein synthesis correlated with mnemonic process. Pregnant Wistar rats were individually housed and maintained on a 12:12 h light/dark cycle with food and water freely available. The mothers were separated from their pups for 3 h per day from postnatal day 1 (PND-1) to PND- 10. To do that, the dams were moved to a different cage and the pups maintained in the original home cage, which was transferred to a different room kept at 32ºC. After they reached 120-150 days of age, maternal-deprived and non-deprived male rats were either sacrificed for brain acetylcholinesterase (AchE) and protein (CREB and ERK1/2) measurement, or trained in an object recognition, social recognition, inhibitory avoidance and Morris water maze tasks and divided in two sets of experiments: 1) Complete repeated maternal deprivation affects recognition and social memory and there was increased acetylcholinesterase activity in hippocampus and perirhinal cortex of the deprived rats. Oral administration of the acetylcholinesterase inhibitors, donepezil or galantamine (1mg/kg) 30 min before training session reversed the memory impairments caused by maternal deprivation. 2) Complete maternal deprivation also affects aversive and spatial memory. These animals showed memory deficits in STM and LTM in inhibitory avoidance. Furthermore, densitometric analysis of proteins revealed that deprived rats did not increase the phosphorylation of ERK and CREB after training. Similarly, deprived rats did not able to retain the reversed learning in the Morris water maze but here, the cognitive deficit can be related with the increase in the protein phosphorylation measurement only 2 hours after training in reversed learning compared to non deprived rats. That findings suggest that maternal deprivation affects memory processing at adulthood and that this impairment can be mediated by modification of the cholinergic system or in the protein synthesis.
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Administração de morfina durante o período neonatal : avaliação de sistemas de neurotransmissão, parâmetros comportamentais e bioquímicos

Oliveira, Carla de January 2017 (has links)
Dor em pediatria tem sido o foco de muitos estudos nas últimas décadas devido ao fato de que neonatos apresentam menor limiar a estímulos nocivos e inócuos em relação aos adultos. Desta forma, o uso de analgésicos é frequente para sedação e analgesia em UTIs pediátricas, e entre os opioides, a morfina é um dos mais utilizados. Adicionalmente, exposição a estímulos estressantes como a deprivação materna está entre os fatores ambientais relacionados a alterações no desenvolvimento neural. O estresse social ou a negligência do cuidado parental, e mais precisamente do cuidado materno em ratos, está associado a importantes alterações comportamentais na vida adulta. Entre estas alterações apresentadas ao longo da vida estão alterações na resposta ao estresse, e à alteração na sensibilidade a estímulos dolorosos, indexadas por hiperalgesia. Consquentemente, o estresse social gerado pela deprivação materna está relacionado a prejuízos cognitivos, emocionais e sociais, além de alterações neuroquímicas de longo prazo. Deste modo, é necessário atenção, prevenção e tratamento a esses eventos físicos, emocionais e comportamentais no período neonatal e durante a infância, uma vez que as bases neurobiológicas envolvidas nestes fenômenos ainda não foram completamente elucidadas. Considerando a relevância do tema, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos do tratamento com 5 μg de morfina, uma vez ao dia, do P8 ao P14 e a exposição a deprivação materna por 3 horas durante os primeiros 10 dias de vida em curto (P16), médio (P30) e longo prazo (P60), sobre o desenvolvimento dos reflexos neuromotores da prole por meio do Reflexo de Endireitamento, Geotaxia Negativa e Marcha; comportamento nociceptivo por meio dos testes Tail-Flick e Placa Quente, respectivamente. Um total de 58 filhotes foi utilizado. Os animais foram divididos em 5 grupos: controle total (C), que não recebeu nenhuma intervenção; salina (S), que recebeu solução salina; morfina (M), que recebeu morfina; deprivado salina (DS), que foram submetidos a deprivação maternal e receberam solução salina; e deprivado morfina (DM), que foram submetidos a deprivação maternal e receberam morfina. Em relação aos testes neuroquímicos, foram analisados níveis de BDNF, NGF, IL-1β e IL-4 em tronco e córtex cerebral que estão relacionados a fenômenos modulatórios em sistemas nervoso e imune. Os animais que receberam morfina e os deprivados maternos que receberam morfina apresentaram atraso no desenvolvimento dos reflexos iniciais. Alterações neuroquímicas também foram observadas. Os níveis de BDNF no tronco encefálico foram diminuídos em animais que receberam morfina e deprivação materna. Animais deprivados apresentaram um aumento nos níveis de NGF no tronco encefálico. Além disso, observou-se um aumento nos níveis de NGF do córtex cerebral em animais que receberam morfina, deprivados maternos e deprivados maternos que receberam morfina. Uma diminuição no limiar nociceptivo foi observada em animais que receberam morfina, deprivados maternos e os deprivados maternos que receberam morfina. Também houve interações em tronco encefálico e córtex cerebral nos níveis de BDNF, IL-1β e IL-4 entre as variáveis independentes: tratamento, deprivação e tempo, o que levou à modificação nos níveis centrais dos neuroimunomoduladores avaliados. Estes dados demonstram a importância de estudos focados nos efeitos do tratamento com morfina no período neonatal ao longo da vida, assim como na busca por alternativas terapêuticas que possam reverter possíveis alterações decorrentes da separação materna no período neonatal. / Pediatric pain has been the focus of many studies in the last decades due to the fact that neonates have a lower threshold for innocuous and noxious stimuli than for adults. Thus, the use of analgesics is frequent for sedation and analgesia in pediatric intensive care units, and among opioids, morphine is one of the most used. Additionally, exposure to stressful stimuli such as maternal deprivation is among the environmental factors related to changes in neural development. The social stress or neglect of parental care, and more precisely maternal care in rats, is associated with important behavioral changes in adult life. Among these changes presented throughout life are changes in the response to stress, and the change in sensitivity to painful stimuli, indexed by hyperalgesia. Consequently, the social stress generated by maternal deprivation is related to cognitive, emotional and social impairments, further to long-term neurochemical changes. Thus, attention, prevention and treatment are necessary to these physical, emotional and behavioral events in the neonatal period and during childhood, since the neurobiological bases involved in these phenomena have not yet been fully elucidated. Considering the relevance of the subject, the objective of this study was to verify the effects of treatment with 5 μg of morphine once a day from P8 to P14 and exposure to maternal deprivation for 3 hours during the first 10 days of short (P16), medium (P30) and long- term (P60), on the development of neuromotor reflexes of offspring through the righting Reflex, Negative Geotaxis and Gait; nociceptive behavior through the Tail-Flick and Hot Plate tests, respectively. A total of 58 puppies were utilized. The animals were divided in 5 groups: the total control group (C), which did not receive any intervention; saline group (S), which receive saline solution; morphine group (M), which receive morphine; deprived saline (DS), which were subjected to maternal deprivation and receive saline solution; and deprived morphine group (DM), which were subjected to maternal deprivation and receive morphine. In relation to the neurochemical tests, levels of BDNF, NGF, IL-1β and IL-4 were analyzed in the brainsteam and cerebral cortex and are related to modulatory phenomena of the nervous and immune systems. Animals that received morphine and deprived animais that received morphine showed a delay in the development of early reflexes. Neurochemical changes were also observed. BDNF levels in the brainstem were decreased in animals receiving morphine and maternal deprivation. Deprived animals had an increase in NGF levels in the brainstem. Besides, an increase in NGF levels of the cerebral cortex was observed in animals receiving morphine, maternal deprivation and maternal deprivation receiving morphine. A decrease in the nociceptive threshold was observed in animals receiving morphine, maternal deprivation, and maternal deprivation receiving morphine. There were also interactions in the brainstem and cerebral cortex in the levels of BDNF, IL-1β and IL-4 among the independent variables: treatment, deprivation and time, which led to the modification in the central levels of the neuroimmunomodulators evaluated. These data demonstrate the importance of studies focused on the effects of treatment with morphine in the neonatal period throughout life, as well as on the search for therapeutic alternatives that may reverse possible changes due to maternal deprivation in the neonatal period.
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Separação materna como possível fator de risco para o desencadeamento do transtorno de estresse pós-traumático : um modelo em animais de experimentação

Diehl, Luisa Amalia January 2009 (has links)
Muitas evidências indicam que exposições a eventos adversos no início da vida, como abuso e negligência, aumentam a vulnerabilidade a psicopatologias na vida adulta. Além disso, psiquiatras infantis têm sugerido que o ambiente da relação mãe-filho nas fases iniciais da vida pode mais tarde afetar fortemente o desenvolvimento mental e influenciar a taxa de prevalência de vários transtornos psiquiátricos, incluindo o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Periódicas separações maternas no período neonatal têm sido usadas por vários estudiosos como um modelo animal de eventos adversos no início da vida, avaliando-se seus efeitos sobre aspectos comportamentais e fisiológicos observados na vida adulta. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar se repetidas ações de separação materna podem tornar os animais mais susceptíveis aos efeitos de um estresse agudo na vida adulta como o modelo de TEPT, alterando diferentes aspectos como os comportamentais e neuroquímicos. Ratos Wistar foram sujeitos a repetidas separações maternas nos dia 1 ao 10 do período neonatal. Quando adultos esses animais foram submetidos ao modelo de TEPT, consistindo da exposição a um choque inescapável nas patas seguido pelos recordatórios situacionais. Na primeira parte do trabalho foram usados ratos machos e fêmeas. Foram observados efeitos duradouros em ambas as intervenções. A exposição ao choque aumentou o medo condicionado. Também houve um aumento do comportamento do tipo ansioso, mas a atividade exploratória foi diminuída por ambos os tratamentos e esses efeitos foram mais robustos em machos. Adicionalmente, o nível basal de corticosterona plasmática estava diminuído, paralelamente aos níveis observados em pacientes com TEPT. Os níveis da proteína S100B plasmática e central também foram avaliados. Os níveis plasmáticos foram correlacionados com os efeitos observados no comportamento do tipo ansioso, aumentado nos ratos machos expostos ao choque e não apresentando efeito nas fêmeas. No líquido cefalorraquidiano, os níveis da proteína S100B estavam aumentados nas fêmeas submetidas à separação materna no período neonatal. Esses resultados sugerem que, em ratos, experiências estressantes no início da vida como a separação materna podem agravar alguns efeitos da exposição a um estressor na idade adulta e que esses efeitos são sexo-específicos. Na segunda parte desse trabalho somente foram usados ratos machos. Os animais foram expostos a uma tarefa para avaliar a memória e uma semana depois da análise comportamental os animais foram sacrificados e avaliou-se o índice de dano ao ADN hipocampal e a atividade de enzimas antioxidantes. Na análise da memória espacial através da tarefa do Labirinto Aquático de Morris os animais somente submetidos ao choque (modelo de TEPT) e os animais que foram separados no período neonatal e também submetidos ao choque na idade adulta apresentaram prejuízo nessa tarefa permanecendo mais tempo no quadrante oposto no dia do teste. Na análise do dano ao ADN através da técnica do Ensaio Cometa, os animais que foram submetidos à separação materna ou ao choque apresentaram maiores índices de dano ao ADN hipocampal. Não houve diferença significativa entre os grupos quanto às atividades das enzimas antioxidantes Superóxido Dismutase, Glutationa Peroxidade e Catalase. A separação maternal aumentou a susceptibilidade ao estresse na idade adulta (modelo de TEPT) quanto ao parâmetro cognitivo avaliado. Tanto a separação materna quanto a aplicação do choque na idade adulta foram suficientes para causar aumentos no dano ao ADN hipocampal, mas a separação não causou um aumento adicional no dano ao ADN. Possivelmente alterações neuroendocrinológicas relacionadas com a resposta a esses estresses esteja mediando tais mudanças no hipocampo e conseqüentemente alterando o desempenho na tarefa que avaliou a memória. Concluindo, a separação materna no início da vida tornou os animais mais susceptíveis a um estressor considerando os parâmetros ansiedade e memória espacial e esses efeitos parecem ser dependentes do gênero. / A large body of evidences indicates that exposure to early adverse life events in the form of childhood neglect and abuse can increase vulnerability to psychopathology in adult life. In addition, child psychiatrists have reported that the mother-child relationship and fostering environment in early childhood strongly affect later mental development and influence the prevalence rate of various psychiatric disorders including Post-Traumatic Stress Disorder (PTSD). Periodic neonatal maternal separation in the rat has been used by several investigators as a rodent model of the effects of early adverse life events on adult physiology and behavior. Therefore, the purpose of the present study was to verify if repeated long-term maternal separation would affect performance in different parameters including behavior and neurochemistry. Wistar rats were subjected to repeated maternal separation during post-natal days 1-10. When adults, rats were submitted to a PTSD model consisting of exposure to inescapable footshock, followed by situational reminders. In the first part of this work rats of both sexes were used. We observed long-lasting effects of both interventions. Exposure to shock increased fear conditioning. Anxiety-like behavior was increased and exploratory activity decreased by both treatments, and these effects were more robust in males. Additionally, basal corticosterone in plasma was decreased, paralleling effects observed in PTSD patients. Levels of S100B protein in serum and cerebrospinal fluid (CSF) were measured. Levels in serum were correlated with the effects observed in anxiety-like behavior, increasing in males exposed to shock, and presenting no effect in females. S100B in CSF was increased in females submitted to maternal separation during the neonatal period. These results suggest that, in rats, an early stress experience such as maternal separation may aggravate some effects of exposure to a stressor during adult age, and that this effect is sex-specific. In the second part of this work the animals were exposed to a task to evaluate spatial memory and one week after the behavioral task animals were sacrificed and DNA damage and antioxidant enzymes activities in hippocampus were measured. Only male rats were used in the second part of this work. We observed that both treatments, maternal separation during the first 10 days of life and exposure to a stressful event in adult life, presented important effects on memory and DNA damage in hippocampus. No differences were found in oxidative parameters. In this work rats exposed to shock and maternal separation plus shock presented long-lasting effects on spatial memory associated with impairments in learning and memory (they spent more time in the opposite quadrant in water maze task). Rats subjected to shock or maternal separation exhibited a higher score of DNA damage in hippocampus. Concluding, our findings showed that early adverse life events alter the susceptibility to the effects of a stressor applied in adulthood in anxiety and cognitive parameters such as spatial memory. These effects were probably sex-specific. Besides, both treatments were able to induce increased index of DNA damage.
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Administração de morfina durante o período neonatal : avaliação de sistemas de neurotransmissão, parâmetros comportamentais e bioquímicos

Oliveira, Carla de January 2017 (has links)
Dor em pediatria tem sido o foco de muitos estudos nas últimas décadas devido ao fato de que neonatos apresentam menor limiar a estímulos nocivos e inócuos em relação aos adultos. Desta forma, o uso de analgésicos é frequente para sedação e analgesia em UTIs pediátricas, e entre os opioides, a morfina é um dos mais utilizados. Adicionalmente, exposição a estímulos estressantes como a deprivação materna está entre os fatores ambientais relacionados a alterações no desenvolvimento neural. O estresse social ou a negligência do cuidado parental, e mais precisamente do cuidado materno em ratos, está associado a importantes alterações comportamentais na vida adulta. Entre estas alterações apresentadas ao longo da vida estão alterações na resposta ao estresse, e à alteração na sensibilidade a estímulos dolorosos, indexadas por hiperalgesia. Consquentemente, o estresse social gerado pela deprivação materna está relacionado a prejuízos cognitivos, emocionais e sociais, além de alterações neuroquímicas de longo prazo. Deste modo, é necessário atenção, prevenção e tratamento a esses eventos físicos, emocionais e comportamentais no período neonatal e durante a infância, uma vez que as bases neurobiológicas envolvidas nestes fenômenos ainda não foram completamente elucidadas. Considerando a relevância do tema, o objetivo deste estudo foi verificar os efeitos do tratamento com 5 μg de morfina, uma vez ao dia, do P8 ao P14 e a exposição a deprivação materna por 3 horas durante os primeiros 10 dias de vida em curto (P16), médio (P30) e longo prazo (P60), sobre o desenvolvimento dos reflexos neuromotores da prole por meio do Reflexo de Endireitamento, Geotaxia Negativa e Marcha; comportamento nociceptivo por meio dos testes Tail-Flick e Placa Quente, respectivamente. Um total de 58 filhotes foi utilizado. Os animais foram divididos em 5 grupos: controle total (C), que não recebeu nenhuma intervenção; salina (S), que recebeu solução salina; morfina (M), que recebeu morfina; deprivado salina (DS), que foram submetidos a deprivação maternal e receberam solução salina; e deprivado morfina (DM), que foram submetidos a deprivação maternal e receberam morfina. Em relação aos testes neuroquímicos, foram analisados níveis de BDNF, NGF, IL-1β e IL-4 em tronco e córtex cerebral que estão relacionados a fenômenos modulatórios em sistemas nervoso e imune. Os animais que receberam morfina e os deprivados maternos que receberam morfina apresentaram atraso no desenvolvimento dos reflexos iniciais. Alterações neuroquímicas também foram observadas. Os níveis de BDNF no tronco encefálico foram diminuídos em animais que receberam morfina e deprivação materna. Animais deprivados apresentaram um aumento nos níveis de NGF no tronco encefálico. Além disso, observou-se um aumento nos níveis de NGF do córtex cerebral em animais que receberam morfina, deprivados maternos e deprivados maternos que receberam morfina. Uma diminuição no limiar nociceptivo foi observada em animais que receberam morfina, deprivados maternos e os deprivados maternos que receberam morfina. Também houve interações em tronco encefálico e córtex cerebral nos níveis de BDNF, IL-1β e IL-4 entre as variáveis independentes: tratamento, deprivação e tempo, o que levou à modificação nos níveis centrais dos neuroimunomoduladores avaliados. Estes dados demonstram a importância de estudos focados nos efeitos do tratamento com morfina no período neonatal ao longo da vida, assim como na busca por alternativas terapêuticas que possam reverter possíveis alterações decorrentes da separação materna no período neonatal. / Pediatric pain has been the focus of many studies in the last decades due to the fact that neonates have a lower threshold for innocuous and noxious stimuli than for adults. Thus, the use of analgesics is frequent for sedation and analgesia in pediatric intensive care units, and among opioids, morphine is one of the most used. Additionally, exposure to stressful stimuli such as maternal deprivation is among the environmental factors related to changes in neural development. The social stress or neglect of parental care, and more precisely maternal care in rats, is associated with important behavioral changes in adult life. Among these changes presented throughout life are changes in the response to stress, and the change in sensitivity to painful stimuli, indexed by hyperalgesia. Consequently, the social stress generated by maternal deprivation is related to cognitive, emotional and social impairments, further to long-term neurochemical changes. Thus, attention, prevention and treatment are necessary to these physical, emotional and behavioral events in the neonatal period and during childhood, since the neurobiological bases involved in these phenomena have not yet been fully elucidated. Considering the relevance of the subject, the objective of this study was to verify the effects of treatment with 5 μg of morphine once a day from P8 to P14 and exposure to maternal deprivation for 3 hours during the first 10 days of short (P16), medium (P30) and long- term (P60), on the development of neuromotor reflexes of offspring through the righting Reflex, Negative Geotaxis and Gait; nociceptive behavior through the Tail-Flick and Hot Plate tests, respectively. A total of 58 puppies were utilized. The animals were divided in 5 groups: the total control group (C), which did not receive any intervention; saline group (S), which receive saline solution; morphine group (M), which receive morphine; deprived saline (DS), which were subjected to maternal deprivation and receive saline solution; and deprived morphine group (DM), which were subjected to maternal deprivation and receive morphine. In relation to the neurochemical tests, levels of BDNF, NGF, IL-1β and IL-4 were analyzed in the brainsteam and cerebral cortex and are related to modulatory phenomena of the nervous and immune systems. Animals that received morphine and deprived animais that received morphine showed a delay in the development of early reflexes. Neurochemical changes were also observed. BDNF levels in the brainstem were decreased in animals receiving morphine and maternal deprivation. Deprived animals had an increase in NGF levels in the brainstem. Besides, an increase in NGF levels of the cerebral cortex was observed in animals receiving morphine, maternal deprivation and maternal deprivation receiving morphine. A decrease in the nociceptive threshold was observed in animals receiving morphine, maternal deprivation, and maternal deprivation receiving morphine. There were also interactions in the brainstem and cerebral cortex in the levels of BDNF, IL-1β and IL-4 among the independent variables: treatment, deprivation and time, which led to the modification in the central levels of the neuroimmunomodulators evaluated. These data demonstrate the importance of studies focused on the effects of treatment with morphine in the neonatal period throughout life, as well as on the search for therapeutic alternatives that may reverse possible changes due to maternal deprivation in the neonatal period.
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Estudo da persistência da extinção de memórias aversivas em animais submetidos a diferentes intervenções no período neonatal

Kratz, Márcia January 2013 (has links)
Experiências sensoriais no início da vida podem afetar o desenvolvimento neural e o comportamento de um animal adulto. Tanto a manipulação quanto a separação neonatal são utilizadas como modelo para avaliar de que forma mudanças no ambiente neonatal podem influenciar a vida adulta do animal. A manipulação neonatal em ratos consiste na separação dos filhotes por alguns minutos nas primeiras duas semanas de vida, os filhotes sendo afastados da mãe durante 10 minutos por dia, do 1° ao 10° dia e colocados em uma estufa a 32°C, enquanto a mãe permanece sozinha na caixa moradia, próxima a este equipamento. Na separação neonatal em ratos, os filhotes também são afastados das mães, do 1° ao 10° dia de vida, porém por um período mais longo (3 h/dia a 32°C). Sabe-se que tais procedimentos podem alterar a resposta ao estresse na vida adulta. O estresse mostra-se como um importante regulador dos processos de memória. O objetivo geral deste trabalho foi verificar se a manipulação e a separação materna no período neonatal alteram a persistência da extinção de uma memória aversiva, comparada com uma memória não-aversiva. Três meses após a realização das intervenções neonatais foram realizados os testes comportamentais para observação da memória dos animais, utilizando teste de medo condicionado ao contexto, como tarefa utilizando estímulo aversivo, e transferência social de preferência alimentar, como tarefa utilizando estímulo apetitivo. Conseguimos observar a partir das tarefas realizadas que o grupo controle demonstrou o comportamento esperado nos dois tipos de tarefa. Evidenciamos aprendizado significativo nas duas tarefas, eficiência na extinção, e recuperação espontânea da memória aversiva. Embora esta última etapa não tenha sido significativa na tarefa apetitiva, em média há um aumento visível no consumo no teste 2, mostrando de certa forma uma recuperação espontânea. O grupo manipulado apresentou aprendizado nos dois tipos de tarefa, e extinção satisfatória. Tanto na tarefa aversiva como na apetitiva, não houve recuperação espontânea da memória neste grupo. O grupo separado também demonstrou aprendizado nas duas tarefas, sendo que na tarefa aversiva se comportou de forma semelhante ao grupo controle, aprendendo a tarefa, extinguindo com eficiência e apresentando recuperação espontânea. Já na tarefa apetitiva o mesmo demonstrou deficiência no processo de extinção. Animais manipulados e separados apresentam comportamentos diferenciados tanto na tarefa apetitiva quanto na tarefa aversiva quanto à persistência dessas memórias, sendo que a memória mais robusta foi observada na tarefa apetitiva do grupo separado, dentro dos parâmetros aqui estudados. / Sensory experiences early in life can affect neural development and behavior of an adult animal. Both, neonatal handling and separation are used as a model to assess how changes in the neonatal environment can influence adult life of the animal. Neonatal handling in rats is the separation of the pups for a few minutes in the first two weeks of life, where the chicks are removed from the mother for 10 minutes per day, from day 1 to day 10, being placed in an oven at 32 ° C while the mother remains alone in the box next to housing this equipment. In neonatal separation in rats, the pups are also away from mothers, from day 1 to day 10, but for a longer period (3 h/day at 32 ° C). It is known that such procedures may alter the stress response in adulthood. The aim of this study was to checks whether the handling and maternal separation in the neonatal period alters the persistence of extinction of an aversive compared with a non-aversive memory. Three months after the neonatal intervention, behavioral tests were performed to observe the memory in rats, using the task of contextual fear conditioning, as task using aversive stimulus, and social transmission of food preference, as task using appetitive stimulus. We observe from the tasks performed that the control group showed a similar and an expected behavior in both types of task. We evidenced significant learning on both tasks, efficient extinction, and spontaneous recovery of aversive memory. Although this last step was not significant in appetitive task, on average there is a noticeable increase in feed intake with cumin in test 2, indicating a spontaneous recovery. The manipulated group expressed learning in both tasks, and efficient extinction, as there was no spontaneous recovery in both, the aversive and the appetitive tasks. The separate group show learning in both tasks, whereas the aversive task behaved similarly to the control group, the learning tasks, extinguishing efficiently and presenting spontaneous recovery. Animals handling and separated have different behaviors in both appetitive task in the task as aversive as the persistence of these memories, and memory stronger was observed in the separate group in appetitive task within, the parameters studied here.

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