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Efeitos do estresse neonatal sobre o comportamento alimentar na vida adulta em ratosSilveira, Patrícia Pelufo January 2004 (has links)
O estresse neonatal leva a alterações comportamentais e neuroquímicas na vida adulta, como menor reatividade ao estresse e aumento da expressão de receptores glicocorticóides no hipocampo. Entretanto, o efeito do estresse neonatal no comportamento alimentar foi pouco estudado. O principal objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento alimentar de ratos submetidos à separação materna no período neonatal, e verificar se havia alteração no estado emocional destes animais que pudesse ser correlacionada com a ingestão de alimentos palatáveis. Ninhadas foram divididas em grupos de ratos intactos, separados da mãe (incubadora a 37°C, 10 min/dia) e com estimulação tátil (estímulo pela mão do experimentador, de forma ântero-posterior no dorso, 10 min/dia), durante os dias 1 a 10 pós-natal, tendo seu comportamento analisado na vida adulta. Ratos que sofreram estresse neonatal (separação materna ou estímulo tátil) apresentam maior consumo de alimentos palatáveis como o doce e o salgado na vida adulta, sem alteração na ingestão de ração padrão ou no consumo de soluções doces e salgadas. Este efeito é persistente até idades mais avançadas. Além disso, estes animais não apresentam alterações em testes comportamentais para verificar ansiedade como o labirinto em cruz elevada, claro-escuro e campo aberto. Da mesma forma, o aumento do consumo de doce não é revertido por diazepam antes do teste. Logo, o estresse neonatal modifica o padrão de preferência alimentar de ratos na vida adulta, e este comportamento não parece ser relacionado a um estado de ansiedade alterado nestes animais. É possível que outros mecanismos de saciedade e recompensa estejam envolvidos.
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Estresse neonatal, expressão do medo e sistema dopaminérgico em ratosMadruga, Clarice Sandi January 2003 (has links)
A estimulação neonatal tem sido utilizada como modelo experimental para examinar os mecanismos pelos quais variações precoces do ambiente do animal afetam o desenvolvimento de sistemas neurais, dando origem a alterações comportamentais e neuroendócrinas duradouras. Buscou-se estudar os efeitos do estresse neonatal sobre duas abordagens: comportamental e imunoistoquímica. Na primeira, foram avaliados em ratos adultos (90-110 dias) dois paradigmas de medo: inato (campo aberto, N=48) e aprendido, (condicionamento clássico N=48); enquanto na segunda abordagem realizou-se a técnica imunoistoquímica (N=15) na substância nigra compacta (SNCo) e área tegmental ventral (VTA) para detecção da enzima precursora da dopamina, a tirosina hidroxilase (TH). Foram utilizados ratos da variedade Wistar, que do 1º ao 10º dia de vida foram submetidos a 3 tipos de intervenção: manipulação (retirados do ninho por 3min sendo tocados gentilmente por 1 min); separação (retirados do ninho por 3h, e mantidos a temperatura de 33ºC); e grupo controle (sem intervenções do experimentador ou do tratador). O condicionamento clássico (treino) foi constituído por 10 pareamentos de 1 estímulo incondicionado (EI, choque elétrico –0,8mA) com 2 estímulos condicionados ou neutros (EC, som e luz) em 2 sessões de 5 pareamentos cada. A duração de cada emissão do EC foi de 5s sendo no último segundo associada ao EI. O teste foi realizado 24h após o treino, e consistiu de emissões de EC com mesma duração e intervalo por um período total de 30 min. No experimento 2, foi utilizado um campo aberto de 1m2 no qual os ratos permaneceram por 5 min. Em ambos experimentos os comportamentos eram registrados em vídeo e analisados através do programa Noldus. Os resultados (X±EPM) foram analisados por uma ANOVA, post-hoc Newman Keuls ou Kruskal Wallis post-hoc Dunn (p<0,05). Nos experimentos comportamentais foram observados os seguintes resultados: no medo aprendido houve diminuição da duração (s) do comportamento de imobilização (491±54); da duração de rearing (58±13) e da latência para extinção do condicionamento do grupo manipulado (591±434) comparado ao controle (718±73; 22±6; 1020±843 respectivamente) e no campo aberto houve aumento da duração e freqüência da locomoção e rearing (97.6±8; 4.3±1 e 64.3±5; 31±2), diminuição da duração de autolimpeza (4.2±1) e aumento da freqüência de entradas no centro do campo aberto (4.3±0,8) no grupo manipulado comparado ao controle (69±7; 30±3 e 48±6; 21.5±2; 19±5; 2.2±0.6, respectivamente). Na análise Imunoistoquímica não foram detectadas diferenças significativas entre os grupos quanto imunomarcação de TH nas áreas estudadas. Foi confirmada a diminuição da inibição comportamental no campo aberto como conseqüência da manipulação. A manipulação neonatal também reduziu as respostas do medo condicionado, ratos manipulados no período neonatal expressam, quando adultos, menor expressão de medo aprendido e tem a extinção da aprendizagem aversiva mais acelerada. Curiosamente não foram observados efeitos da separação materna sobre as repostas de medo inato ou aprendido. Embora a dopamina do sistema mesocorticolímbico module as respostas comportamentais alteradas, nenhum dos modelos de intervenção estudados afetaram a intensidade de marcação deste neurotransmissor.
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Estresse neonatal, expressão do medo e sistema dopaminérgico em ratosMadruga, Clarice Sandi January 2003 (has links)
A estimulação neonatal tem sido utilizada como modelo experimental para examinar os mecanismos pelos quais variações precoces do ambiente do animal afetam o desenvolvimento de sistemas neurais, dando origem a alterações comportamentais e neuroendócrinas duradouras. Buscou-se estudar os efeitos do estresse neonatal sobre duas abordagens: comportamental e imunoistoquímica. Na primeira, foram avaliados em ratos adultos (90-110 dias) dois paradigmas de medo: inato (campo aberto, N=48) e aprendido, (condicionamento clássico N=48); enquanto na segunda abordagem realizou-se a técnica imunoistoquímica (N=15) na substância nigra compacta (SNCo) e área tegmental ventral (VTA) para detecção da enzima precursora da dopamina, a tirosina hidroxilase (TH). Foram utilizados ratos da variedade Wistar, que do 1º ao 10º dia de vida foram submetidos a 3 tipos de intervenção: manipulação (retirados do ninho por 3min sendo tocados gentilmente por 1 min); separação (retirados do ninho por 3h, e mantidos a temperatura de 33ºC); e grupo controle (sem intervenções do experimentador ou do tratador). O condicionamento clássico (treino) foi constituído por 10 pareamentos de 1 estímulo incondicionado (EI, choque elétrico –0,8mA) com 2 estímulos condicionados ou neutros (EC, som e luz) em 2 sessões de 5 pareamentos cada. A duração de cada emissão do EC foi de 5s sendo no último segundo associada ao EI. O teste foi realizado 24h após o treino, e consistiu de emissões de EC com mesma duração e intervalo por um período total de 30 min. No experimento 2, foi utilizado um campo aberto de 1m2 no qual os ratos permaneceram por 5 min. Em ambos experimentos os comportamentos eram registrados em vídeo e analisados através do programa Noldus. Os resultados (X±EPM) foram analisados por uma ANOVA, post-hoc Newman Keuls ou Kruskal Wallis post-hoc Dunn (p<0,05). Nos experimentos comportamentais foram observados os seguintes resultados: no medo aprendido houve diminuição da duração (s) do comportamento de imobilização (491±54); da duração de rearing (58±13) e da latência para extinção do condicionamento do grupo manipulado (591±434) comparado ao controle (718±73; 22±6; 1020±843 respectivamente) e no campo aberto houve aumento da duração e freqüência da locomoção e rearing (97.6±8; 4.3±1 e 64.3±5; 31±2), diminuição da duração de autolimpeza (4.2±1) e aumento da freqüência de entradas no centro do campo aberto (4.3±0,8) no grupo manipulado comparado ao controle (69±7; 30±3 e 48±6; 21.5±2; 19±5; 2.2±0.6, respectivamente). Na análise Imunoistoquímica não foram detectadas diferenças significativas entre os grupos quanto imunomarcação de TH nas áreas estudadas. Foi confirmada a diminuição da inibição comportamental no campo aberto como conseqüência da manipulação. A manipulação neonatal também reduziu as respostas do medo condicionado, ratos manipulados no período neonatal expressam, quando adultos, menor expressão de medo aprendido e tem a extinção da aprendizagem aversiva mais acelerada. Curiosamente não foram observados efeitos da separação materna sobre as repostas de medo inato ou aprendido. Embora a dopamina do sistema mesocorticolímbico module as respostas comportamentais alteradas, nenhum dos modelos de intervenção estudados afetaram a intensidade de marcação deste neurotransmissor.
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Alterações do comportamento do tipo-ansioso e das concentrações de serotonina na amígdala de ratos adultos submetidos à privação materna / Changes in anxiety-like behaviors and serotonin levels in the amygdala of adult rats submitted to maternal deprivationDorsa, Karina Kores [UNIFESP] January 2013 (has links)
Submitted by Diogo Misoguti (diogo.misoguti@gmail.com) on 2017-12-20T11:43:39Z
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Previous issue date: 2013 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Associação Fundo de Incentivo à Psicofarmacologia (AFIP) / O estresse precoce representa um importante fator de risco para transtornos
psiquiátricos, incluindo ansiedade e depressão. Suas consequências tardias
dependem, entre outros fatores, do período de desenvolvimento em que o
evento adverso ocorre, em um fenômeno conhecido como timing effect. O
objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da privação materna (PM)
em dois momentos do desenvolvimento neonatal sobre os comportamentos do
tipo-depressivo e do tipo-ansioso, em ratos machos adultos, correlacionando
esses dados com o perfil monoaminérgico desses animais. Após o nascimento,
um terço das ninhadas foi submetido à PM no 3º dia pós-natal (PM3); outro
terço, submetido à PM no 11º dia (PM11) e o último terço não foi submetido a
nenhuma manipulação neonatal (CTL). Na idade adulta os ratos machos foram
alojados individualmente e avaliados primeiramente quanto ao comportamento
tipo-depressivo, realizada pela medida do consumo de sacarose durante o
paradigma do estresse crônico moderado (ECM). Para tanto, metade dos
animais de cada ninhada foi submetida ao paradigma do ECM enquanto que a
outra metade foi utilizada como controle deste paradigma (NECM), totalizandose
seis subgrupos: CTL-NECM, PM3-NECM, PM11-NECM, CTL-ECM, PM3-
ECM e PM11-ECM. O comportamento-tipo ansioso foi avaliado, ao final deste
paradigma, no labirinto em cruz elevado (LCE). O perfil de liberação de
corticosterona (CORT) foi avaliado imediatamente antes da exposição ao LCE
e 30 e 60 minutos após o teste. Por fim, foi realizada a determinação das
concentrações de monoaminas cerebrais por HPLC. Os resultados mostraram
que: 1) a PM11 produziu menor ganho de peso ao longo do período avaliado;
2) embora o ECM tenha resultado em comportamento anedônico, a PM não
modificou esse efeito; 3) os grupos PM3 e PM11 apresentaram redução de
comportamento ansioso quando alojados individualmente na idade adulta, mas
não submetidos ao ECM; 4) o ECM induziu aumento da resposta de CORT ao
LCE; 5) os animais PM3 e PM11, alojados individualmente e não submetidos
ao ECM, apresentaram redução das concentrações de serotonina na amígdala.
Esses resultados podem ser interpretados à luz da hipótese match/mismatch,
que postula que respostas comportamentais, neuroendócrinas e neuroquímicas
adaptativas resultariam de uma consonância entre as experiências neonatais e
experiências na idade adulta. Segundo essa hipótese, indivíduos submetidos a
estressores na infância poderiam exibir comportamentos mais adaptativos em
situações de estresse na idade adulta
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Efeitos do controle de temperatura e da vimpocetina sobre os déficits neurocomportamentais decorrentes do estresse por separação materna em camundongos suíços neonatos / Effects of the temperature control and vinpocetine on neurobehavioral deficits resulting from stress by maternal separation of neonate swiss miceSavio Reder de Souza 06 March 2015 (has links)
O estresse durante o desenvolvimento está associado com diversas desordens neurocomportamentais, que podem persistir ao longo da vida. A hiperatividade é um dos transtornos comportamentais que, com maior frequência, observa-se em humanos submetidos ao estresse precoce. Esse transtorno pode ser a manifestação clínica predominante, ou mesclar-se com déficit de atenção, impulsividade e retardo da aprendizagem, constituindo o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), com número de casos diagnosticados em ascensão. Diversos protocolos experimentais utilizam a separação materna (SM) de roedores neonatos para mimetizar as consequências do estresse precoce em humanos. Esta predileção por roedores recém-nascidos se deve à sua equivalência aproximada com fetos humanos no terceiro trimestre da gestação em termos de neurodesenvolvimento, quando ocorre o maior crescimento do Sistema Nervoso Central fetal. Neste trabalho, camundongos suíços neonatos foram submetidos a sessões diárias de isolamento com separação materna, entre o 2 e o 10 dias de vida pós-natal (PN2 a PN10), variando-se a temperatura de isolamento dos filhotes, que permaneciam sem aquecimento (na temperatura do biotério, entre 22 e 25C) ou eram mantidos aquecidos a 37C durante essas sessões. Portanto, foram três grupos experimentais: isolamento aquecido com SM; isolamento não aquecido com SM; e controle. Os animais do grupo controle foram pesados em PN2 e PN10 e, prontamente, devolvidos às progenitoras. Todos os animais foram desmamados e sexados em PN21, não sendo perturbados até a realização dos testes neurocomportamentais, a partir de PN30, que incluíram os Testes de Campo Aberto e de Esquiva Inibitória. Num segundo estudo, foram realizadas dosagens séricas da corticosterona basal e dos hormônios tireoidianos nos três grupos experimentais, em PN6, PN10 e PN30. Finalmente, num terceiro estudo, camundongos do grupo controle e do grupo submetido ao isolamento não aquecido com SM foram tratados com vimpocetina (20g/kg), um neuroprotetor potencial, ou com veículo (Dimetilsulfóxido), a fim de avaliar os efeitos da vimpocetina na atividade locomotora. O 1 estudo demonstrou que a temperatura foi um fator crítico para a manifestação de hiperatividade locomotora no Teste do Campo Aberto, que ocorreu, somente, nos animais do grupo submetido ao isolamento não aquecido. Adicionalmente, não houve diferenças entre os grupos experimentais no Teste da Esquiva Inibitória, quanto à memória e à aprendizagem. O 2 estudo demonstrou que a temperatura do isolamento influenciou os níveis da corticosterona basal e dos hormônios tireoidianos em PN10 e em PN30. No 3 estudo, a vimpocetina reduziu a hiperatividade locomotora no grupo de animais submetidos ao isolamento não aquecido com SM. De todo o exposto, conclui-se que o isolamento com SM de camundongos suíços neonatos à temperatura de 22 a 25C aumentou a atividade locomotora nesses animais, e que a vimpocetina foi capaz de atenuar esse comportamento, sem aumento da mortalidade. Finalmente, considerando-se o maior risco de desenvolvimento do TDAH em crianças e adolescentes com históricos de prematuridade, levanta-se a hipótese de que o estresse térmico pelo frio seja um dos fatores envolvidos na fisiopatogenia da hiperatividade nesses casos. / The stress during development is associated with several neurobehavioral disorders that can persist into postnatal life. Hyperactivity is one of these disorders that is frequently observed in humans early exposed to the early stress. This disorder may be the predominant clinical manifestation, or merge itself with attention deficit, impulsivity and impaired learning, composing the Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD), with the number of diagnosed cases on the rise. Several experimental protocols use maternal separation (MS) of newborn rodents to mimic the effects of early life stress in humans. This predilection for newborn rodents is due to its approximate equivalence with human fetuses at the 3rd trimester of pregnancy in terms of neurodevelopment, when there is the greatest growth of the fetal Central Nervous System (CNS). This work was carried out in three separate studies. In the first study, Swiss mice underwent daily sessions of isolation with maternal separation between the 2nd day of postnatal life (PN2) to PN10, varying the isolation temperature of the puppies, that were kept without heating (with the room temperature between 22 and 25 C) or heated at 37 C during these sessions. Therefore, we had three groups: warmed isolation with MS; unheated isolation with MS; and control. Control group animals were weighed in PN2 and PN10 and promptly returned to its progenitors. All animals were weaned and sexed in PN21 and were tested from PN30 in the Open Field and Inhibitory Passive Avoidance. In a second study, serum basal corticosterone and thyroid hormones were measured in the three experimental groups at PN6, PN10 and PN30. Finally, in a third study, mice from the control group and the group unheated isolation with MS were treated with Vinpocetine (20g / kg), a drug with potential neuroprotective effects, or vehicle (dimethylsulfoxide), in order to evaluate the effects of Vinpocetine on locomotor activity. The 1st study showed that the temperature was critical for the manifestation of locomotor hyperactivity in the Open Field Test, since it took place only in the group submitted to the unheated isolation. There were no differences among groups in the Inhibitory Avoidance Test concerning to memory and learning. The 2nd study showed that the temperature during isolation influenced significantly the levels of basal corticosterone and thyroid hormones in PN10 and PN30. In the 3rd study, Vinpocetine reduced the locomotor hyperactivity in animals submitted to the unheated isolation. Our results suggest that the temperature during neonatal isolation is an important factor to manifestation of neuroendocrine disorders caused by early stress in mice, and that Vinpocetine was able to mitigate them, without increasing mortality. Finally, considering that many cases of hyperactivity in human children are related to prematurity, raises the hypothesis that thermal stress by cold is one of the factors involved in the pathogenesis of hyperactivity in these cases.
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Estresse neonatal, expressão do medo e sistema dopaminérgico em ratosMadruga, Clarice Sandi January 2003 (has links)
A estimulação neonatal tem sido utilizada como modelo experimental para examinar os mecanismos pelos quais variações precoces do ambiente do animal afetam o desenvolvimento de sistemas neurais, dando origem a alterações comportamentais e neuroendócrinas duradouras. Buscou-se estudar os efeitos do estresse neonatal sobre duas abordagens: comportamental e imunoistoquímica. Na primeira, foram avaliados em ratos adultos (90-110 dias) dois paradigmas de medo: inato (campo aberto, N=48) e aprendido, (condicionamento clássico N=48); enquanto na segunda abordagem realizou-se a técnica imunoistoquímica (N=15) na substância nigra compacta (SNCo) e área tegmental ventral (VTA) para detecção da enzima precursora da dopamina, a tirosina hidroxilase (TH). Foram utilizados ratos da variedade Wistar, que do 1º ao 10º dia de vida foram submetidos a 3 tipos de intervenção: manipulação (retirados do ninho por 3min sendo tocados gentilmente por 1 min); separação (retirados do ninho por 3h, e mantidos a temperatura de 33ºC); e grupo controle (sem intervenções do experimentador ou do tratador). O condicionamento clássico (treino) foi constituído por 10 pareamentos de 1 estímulo incondicionado (EI, choque elétrico –0,8mA) com 2 estímulos condicionados ou neutros (EC, som e luz) em 2 sessões de 5 pareamentos cada. A duração de cada emissão do EC foi de 5s sendo no último segundo associada ao EI. O teste foi realizado 24h após o treino, e consistiu de emissões de EC com mesma duração e intervalo por um período total de 30 min. No experimento 2, foi utilizado um campo aberto de 1m2 no qual os ratos permaneceram por 5 min. Em ambos experimentos os comportamentos eram registrados em vídeo e analisados através do programa Noldus. Os resultados (X±EPM) foram analisados por uma ANOVA, post-hoc Newman Keuls ou Kruskal Wallis post-hoc Dunn (p<0,05). Nos experimentos comportamentais foram observados os seguintes resultados: no medo aprendido houve diminuição da duração (s) do comportamento de imobilização (491±54); da duração de rearing (58±13) e da latência para extinção do condicionamento do grupo manipulado (591±434) comparado ao controle (718±73; 22±6; 1020±843 respectivamente) e no campo aberto houve aumento da duração e freqüência da locomoção e rearing (97.6±8; 4.3±1 e 64.3±5; 31±2), diminuição da duração de autolimpeza (4.2±1) e aumento da freqüência de entradas no centro do campo aberto (4.3±0,8) no grupo manipulado comparado ao controle (69±7; 30±3 e 48±6; 21.5±2; 19±5; 2.2±0.6, respectivamente). Na análise Imunoistoquímica não foram detectadas diferenças significativas entre os grupos quanto imunomarcação de TH nas áreas estudadas. Foi confirmada a diminuição da inibição comportamental no campo aberto como conseqüência da manipulação. A manipulação neonatal também reduziu as respostas do medo condicionado, ratos manipulados no período neonatal expressam, quando adultos, menor expressão de medo aprendido e tem a extinção da aprendizagem aversiva mais acelerada. Curiosamente não foram observados efeitos da separação materna sobre as repostas de medo inato ou aprendido. Embora a dopamina do sistema mesocorticolímbico module as respostas comportamentais alteradas, nenhum dos modelos de intervenção estudados afetaram a intensidade de marcação deste neurotransmissor.
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Efeitos do estresse neonatal sobre o comportamento alimentar na vida adulta em ratosSilveira, Patrícia Pelufo January 2004 (has links)
O estresse neonatal leva a alterações comportamentais e neuroquímicas na vida adulta, como menor reatividade ao estresse e aumento da expressão de receptores glicocorticóides no hipocampo. Entretanto, o efeito do estresse neonatal no comportamento alimentar foi pouco estudado. O principal objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento alimentar de ratos submetidos à separação materna no período neonatal, e verificar se havia alteração no estado emocional destes animais que pudesse ser correlacionada com a ingestão de alimentos palatáveis. Ninhadas foram divididas em grupos de ratos intactos, separados da mãe (incubadora a 37°C, 10 min/dia) e com estimulação tátil (estímulo pela mão do experimentador, de forma ântero-posterior no dorso, 10 min/dia), durante os dias 1 a 10 pós-natal, tendo seu comportamento analisado na vida adulta. Ratos que sofreram estresse neonatal (separação materna ou estímulo tátil) apresentam maior consumo de alimentos palatáveis como o doce e o salgado na vida adulta, sem alteração na ingestão de ração padrão ou no consumo de soluções doces e salgadas. Este efeito é persistente até idades mais avançadas. Além disso, estes animais não apresentam alterações em testes comportamentais para verificar ansiedade como o labirinto em cruz elevada, claro-escuro e campo aberto. Da mesma forma, o aumento do consumo de doce não é revertido por diazepam antes do teste. Logo, o estresse neonatal modifica o padrão de preferência alimentar de ratos na vida adulta, e este comportamento não parece ser relacionado a um estado de ansiedade alterado nestes animais. É possível que outros mecanismos de saciedade e recompensa estejam envolvidos.
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Efeitos do estresse neonatal por lipopolissacarídeo sobre a resposta a um estímulo inflamatório em camundongosBarth, Cristiane Raquel January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Neonatal exposure to lipopolysaccharides (LPS) generates a stressful stimulus capable of affecting the development of important systems, which causes lasting behavioral and neuroendocrine alterations. The aim of this study is to evaluate the response to an inflammatory stimulus in Balb/c mice exposed to LPS-induced neonatal stress at different ages and genders. Mice underwent intraperitonial injections on postnatal days 3 and 10 with either LPS (100ug/Kg) or saline solution. After 21 or 60 days of age, either saline solution was injected or an inflammatory stimulus was induced by the injection of 1% carrageenan. Inflammatory cytokines, reactive oxygen species and NETs production were measured in the peritoneal lavage. Our findings indicate that LPS-induced neonatal stress can reduce inflammatory cytokines in young animals, males and females. In adults, however, only females showed the same response pattern. In nLPS group, an increase in NETs production was observed in animals that were 60-days-old when compared to 21-days-old in both genders, which indicates an effect of neonatal stress on the ontogeny of NETs formation. The production of ROS was not affected by neonatal stress, even though an increased production was found among adults regardless of neonatal intervention. The results shown here indicate that LPS-induced neonatal stress can alter cytokine production in response to inflammatory stimuli at different ages, in a gender dependent way. Moreover, it seems like the formation of NETs throughout life is also influenced by alterations undergone during the neonatal period. / A exposição neonatal ao lipopolissacarídeo (LPS) gera um estimulo estressor capaz de afetar o desenvolvimento de importantes sistemas, dando origem a alterações comportamentais e neuroendócrinas duradoras. O objetivo desta dissertação é avaliar a resposta a um estímulo inflamatório em camundongos Balb/c submetidos à estresse neonatal por LPS em diferentes idades e sexos. Os camundongos receberam, no 3º e 10º dias de vida, injeção i. p. de LPS (100μg /Kg) ou solução salina. Após 21 ou 60 dias de vida, os mesmos foram submetidos à injeção de solução salina ou a um estímulo inflamatório através da injeção de carragenina 1%. Foram mensurados no lavado peritoneal citocinas inflamatórias, espécies reativas de oxigênio e produção de Redes Extracelulares de Neutrófilos (NETs). Os resultados encontrados demonstram que o estresse neonatal por LPS diminui a liberação de citocinas inflamatórias nos animais jovens machos e fêmeas.Já nos adultos, somente as fêmeas apresentaram a mesma resposta. Foi encontrado um aumento na produção de NETs nos animais do grupo nLPS com 60 dias quando comparado com animais nLPS com 21 dias, em ambos os sexos, indicando um efeito do estresse neonatal sobre a ontogenia da formação de NETs. A produção de ROS não sofreu influência do estresse neonatal, porém foi encontrada uma maior produção na idade adulta, independente da intervenção neonatal. Os resultados do presente estudo indicam que o estresse neonatal por LPS altera a produção de citocinas em resposta a um estímulo inflamatório em diferentes idades, em um efeito dependente do sexo. Além disso, parece que a formação de NETs ao longo da vida também é influenciada pelas alterações no período neonatal.
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Efeitos do controle de temperatura e da vimpocetina sobre os déficits neurocomportamentais decorrentes do estresse por separação materna em camundongos suíços neonatos / Effects of the temperature control and vinpocetine on neurobehavioral deficits resulting from stress by maternal separation of neonate swiss miceSavio Reder de Souza 06 March 2015 (has links)
O estresse durante o desenvolvimento está associado com diversas desordens neurocomportamentais, que podem persistir ao longo da vida. A hiperatividade é um dos transtornos comportamentais que, com maior frequência, observa-se em humanos submetidos ao estresse precoce. Esse transtorno pode ser a manifestação clínica predominante, ou mesclar-se com déficit de atenção, impulsividade e retardo da aprendizagem, constituindo o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), com número de casos diagnosticados em ascensão. Diversos protocolos experimentais utilizam a separação materna (SM) de roedores neonatos para mimetizar as consequências do estresse precoce em humanos. Esta predileção por roedores recém-nascidos se deve à sua equivalência aproximada com fetos humanos no terceiro trimestre da gestação em termos de neurodesenvolvimento, quando ocorre o maior crescimento do Sistema Nervoso Central fetal. Neste trabalho, camundongos suíços neonatos foram submetidos a sessões diárias de isolamento com separação materna, entre o 2 e o 10 dias de vida pós-natal (PN2 a PN10), variando-se a temperatura de isolamento dos filhotes, que permaneciam sem aquecimento (na temperatura do biotério, entre 22 e 25C) ou eram mantidos aquecidos a 37C durante essas sessões. Portanto, foram três grupos experimentais: isolamento aquecido com SM; isolamento não aquecido com SM; e controle. Os animais do grupo controle foram pesados em PN2 e PN10 e, prontamente, devolvidos às progenitoras. Todos os animais foram desmamados e sexados em PN21, não sendo perturbados até a realização dos testes neurocomportamentais, a partir de PN30, que incluíram os Testes de Campo Aberto e de Esquiva Inibitória. Num segundo estudo, foram realizadas dosagens séricas da corticosterona basal e dos hormônios tireoidianos nos três grupos experimentais, em PN6, PN10 e PN30. Finalmente, num terceiro estudo, camundongos do grupo controle e do grupo submetido ao isolamento não aquecido com SM foram tratados com vimpocetina (20g/kg), um neuroprotetor potencial, ou com veículo (Dimetilsulfóxido), a fim de avaliar os efeitos da vimpocetina na atividade locomotora. O 1 estudo demonstrou que a temperatura foi um fator crítico para a manifestação de hiperatividade locomotora no Teste do Campo Aberto, que ocorreu, somente, nos animais do grupo submetido ao isolamento não aquecido. Adicionalmente, não houve diferenças entre os grupos experimentais no Teste da Esquiva Inibitória, quanto à memória e à aprendizagem. O 2 estudo demonstrou que a temperatura do isolamento influenciou os níveis da corticosterona basal e dos hormônios tireoidianos em PN10 e em PN30. No 3 estudo, a vimpocetina reduziu a hiperatividade locomotora no grupo de animais submetidos ao isolamento não aquecido com SM. De todo o exposto, conclui-se que o isolamento com SM de camundongos suíços neonatos à temperatura de 22 a 25C aumentou a atividade locomotora nesses animais, e que a vimpocetina foi capaz de atenuar esse comportamento, sem aumento da mortalidade. Finalmente, considerando-se o maior risco de desenvolvimento do TDAH em crianças e adolescentes com históricos de prematuridade, levanta-se a hipótese de que o estresse térmico pelo frio seja um dos fatores envolvidos na fisiopatogenia da hiperatividade nesses casos. / The stress during development is associated with several neurobehavioral disorders that can persist into postnatal life. Hyperactivity is one of these disorders that is frequently observed in humans early exposed to the early stress. This disorder may be the predominant clinical manifestation, or merge itself with attention deficit, impulsivity and impaired learning, composing the Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD), with the number of diagnosed cases on the rise. Several experimental protocols use maternal separation (MS) of newborn rodents to mimic the effects of early life stress in humans. This predilection for newborn rodents is due to its approximate equivalence with human fetuses at the 3rd trimester of pregnancy in terms of neurodevelopment, when there is the greatest growth of the fetal Central Nervous System (CNS). This work was carried out in three separate studies. In the first study, Swiss mice underwent daily sessions of isolation with maternal separation between the 2nd day of postnatal life (PN2) to PN10, varying the isolation temperature of the puppies, that were kept without heating (with the room temperature between 22 and 25 C) or heated at 37 C during these sessions. Therefore, we had three groups: warmed isolation with MS; unheated isolation with MS; and control. Control group animals were weighed in PN2 and PN10 and promptly returned to its progenitors. All animals were weaned and sexed in PN21 and were tested from PN30 in the Open Field and Inhibitory Passive Avoidance. In a second study, serum basal corticosterone and thyroid hormones were measured in the three experimental groups at PN6, PN10 and PN30. Finally, in a third study, mice from the control group and the group unheated isolation with MS were treated with Vinpocetine (20g / kg), a drug with potential neuroprotective effects, or vehicle (dimethylsulfoxide), in order to evaluate the effects of Vinpocetine on locomotor activity. The 1st study showed that the temperature was critical for the manifestation of locomotor hyperactivity in the Open Field Test, since it took place only in the group submitted to the unheated isolation. There were no differences among groups in the Inhibitory Avoidance Test concerning to memory and learning. The 2nd study showed that the temperature during isolation influenced significantly the levels of basal corticosterone and thyroid hormones in PN10 and PN30. In the 3rd study, Vinpocetine reduced the locomotor hyperactivity in animals submitted to the unheated isolation. Our results suggest that the temperature during neonatal isolation is an important factor to manifestation of neuroendocrine disorders caused by early stress in mice, and that Vinpocetine was able to mitigate them, without increasing mortality. Finally, considering that many cases of hyperactivity in human children are related to prematurity, raises the hypothesis that thermal stress by cold is one of the factors involved in the pathogenesis of hyperactivity in these cases.
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Efeitos do estresse neonatal sobre o comportamento alimentar na vida adulta em ratosSilveira, Patrícia Pelufo January 2004 (has links)
O estresse neonatal leva a alterações comportamentais e neuroquímicas na vida adulta, como menor reatividade ao estresse e aumento da expressão de receptores glicocorticóides no hipocampo. Entretanto, o efeito do estresse neonatal no comportamento alimentar foi pouco estudado. O principal objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento alimentar de ratos submetidos à separação materna no período neonatal, e verificar se havia alteração no estado emocional destes animais que pudesse ser correlacionada com a ingestão de alimentos palatáveis. Ninhadas foram divididas em grupos de ratos intactos, separados da mãe (incubadora a 37°C, 10 min/dia) e com estimulação tátil (estímulo pela mão do experimentador, de forma ântero-posterior no dorso, 10 min/dia), durante os dias 1 a 10 pós-natal, tendo seu comportamento analisado na vida adulta. Ratos que sofreram estresse neonatal (separação materna ou estímulo tátil) apresentam maior consumo de alimentos palatáveis como o doce e o salgado na vida adulta, sem alteração na ingestão de ração padrão ou no consumo de soluções doces e salgadas. Este efeito é persistente até idades mais avançadas. Além disso, estes animais não apresentam alterações em testes comportamentais para verificar ansiedade como o labirinto em cruz elevada, claro-escuro e campo aberto. Da mesma forma, o aumento do consumo de doce não é revertido por diazepam antes do teste. Logo, o estresse neonatal modifica o padrão de preferência alimentar de ratos na vida adulta, e este comportamento não parece ser relacionado a um estado de ansiedade alterado nestes animais. É possível que outros mecanismos de saciedade e recompensa estejam envolvidos.
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