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Desenvolvimento da reação em cadeia pela polimerase para detecção de Actinobaculum suis e caracterização fenotípica e genotípica dos isolados / Development of polymerase chain reaction for Actinobaculum suis detection and phenotypic and genotypic characterization of isolates

Amigo, Cristina Román 20 September 2012 (has links)
O Actinobaculum suis é um dos principais micro-organismos relacionados a infecções de trato urinário em fêmeas suínas. As características de crescimento deste agente dificultam o isolamento bacteriano tradicional, o que pode tornar a sua prevalência subestimada. Este estudo teve por objetivos desenvolver a reação em cadeia pela polimerase (PCR) para detecção do A. suis, avaliar a sensibilidade e especificidade desta técnica e comparar seu desempenho com o isolamento bacteriano. Além disso, as cepas isoladas foram caracterizadas através do polimorfismo de comprimento de fragmentos amplificados (AFLP) e submetidas à determinação da concentração inibitória mínima para caracterização dos perfis de susceptibilidade antimicrobiana. Foram analisados 45 suabes prepuciais de machos e 192 urinas de fêmeas suínas provenientes de três granjas. Os resultados indicaram que a PCR desenvolvida foi específica para o A. suis e apresentou limiar de detecção entre 1,0 X 101 UF/mL e 1,0 X 102 UFC/mL. A frequência de A. suis encontrada através da PCR foi de 82,2% (37/45) nos suabes prepuciais e de 8,9% (17/192) nas urinas de fêmeas. No que se refere ao isolamento, nenhuma das amostras de urina foi positiva para o agente, enquanto 31,1% (14/45) dos suabes foram positivos. A partir das amostras positivas isoladas dos suabes prepuciais foram selecionadas 20 cepas de A. suis. Os perfis de susceptibilidade entre estas cepas foram semelhantes, no entanto diferiram dos isolados utilizados como controle e provenientes de uma fêmea com infecção urinária. A técnica de PCR foi mais eficiente que o isolamento na identificação de amostras positivas para A. suis. Através do AFLP com uma única enzima foi possível caracterizar todos os isolados e relacionar os dados obtidos com a origem das cepas e o perfil de resistência. Até o presente não há relatos na literatura de caracterização genotípica de A. suis através do AFLP ou detecção do agente através da PCR. / Actinobaculum suis is an important agent related to urinary infection in swine females. The growth characteristics of this agent hamper the traditional bacterial isolation, which can make their prevalence underestimated. The purpose of this study was to develop the polymerase chain reaction (PCR) for Actinobaculum suis detection, to evaluate the sensitivity and specificity of this technique and compare the results with bacterial isolation. Moreover, the isolates were characterized by amplified fragment length polymorphism (AFLP) and subjected to determination of minimum inhibitory concentration for characterization of the antimicrobial susceptibility profiles. Forty-five preputial swabs from boars and a hundred and ninety-two urine samples from sows of three herds were analyzed. The results indicate that the developed PCR was specific for A. suis, presenting a limit detection between 1.0 X 101 UFC/ml and 1.0 X 102 UFC/ml. A.suis frequency by PCR was 82.2% (37/45) in male preputial swabs and 8.9% (17/192) in females urine. Through traditional isolation, none of the urine samples were positive, while A.suis growing was observed in 31.1% (14/45) of the swabs. From the positive samples of the preputial swabs were selected 20 A.suis strains. The susceptibility profiles among these strains were similar, but differed from the female isolates used as control. The PCR technique was more effective than isolation for the A.suis detection. The AFLP with a single enzyme was able to characterize all isolates and relate the data obtained with the strains origin and resistance profile. Until present, there are no reports of genotypic characterization of A. suis strains through AFLP or agent detection by PCR.
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Perfil genético de Enteroccocus faecalis isolados de infecção endodôntica primária no Brasil comparados a isolados orais e não-orais do Reino Unido e do Japão / Genetic profile of Enterococcus Faecalis isolated from primary edndodontic infecyion in Brazil compared to isolates from oral and non-oral infection from United Kingdom and Japan

Renata Ximenes Lins 25 January 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Enterococcus faecalis (E. faecalis), conhecidamente patógeno oportunista, tem sido frequentemente associado a infecções sistêmicas graves. É também encontrado na cavidade oral, com destaque em infecção endodôntica refratária. O objetivo deste estudo foi avaliar características moleculares de E. faecalis isolados de infecção endodôntica primária no Brasil e comparar com isolados orais e não orais de pacientes do Reino Unido e do Japão, assim como E. faecalis resistentes à vancomicina. O presente estudo também investigou o relacionamento entre E. faecalis de diferentes origens (oral e não oral) e de diferentes áreas geográficas para obter uma melhor compreensão do envolvimento dos diferentes reservatórios no surgimento e propagação de clones virulentos, aqueles que possuem genes que conferem infectividade e virulência, assim como resistência aos antibióticos. Para tal, foram estudados E. faecalis isolados em infecções endodônticas no Brasil (n = 20) e orais no Reino Unido (n = 10), e em infecções não orais no Japão (n = 9). Além disso, 20 E. faecalis isolados ambientais do Hospital Universitário de Gales (Cardiff, Reino Unido), classificados como Enterococcus resistentes à vancomicina (VRE) também foram examinados. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) dos isolados do Brasil foi obtida pelo método de diluição em agar de acordo com as recomendações do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Reação em cadeia da polimerase (inglês - PCR) foi a técnica empregada para detectar os genes de virulência e aqueles associados à resistência aos antibióticos, enquanto Reação de Amplificação Aleatória de DNA Polimórfico (inglês - RAPD-PCR) foi escolhida para a tipagem molecular. Dentre os genes de virulência examinados, o gene que codifica a gelatinase gelE foi o mais prevalente entre os isolados (77-100%). Entre isolados orais, foram detectados os genes agg de substâncias de agregação, esp de proteína de evasão imune, cylB de citolisina, genes de resistência à tetraciclina tetM e tetL e à eritromicina ermB com diferentes prevalências. Os isolados clínicos hospitalares do Japão apresentaram perfil genético similar aos isolados orais, mas com maior prevalência de ermB e cylB. Todas as amostras de VRE foram positivas para os genes gelE, esp, agg, vanA, ermB e tetM, 95% foram positivos para cylB e 17% positivo para tetL. Todas as amostras foram negativas para ermA, asa373, vanB, vanC1 e vanC2/3. RAPD-PCR revelou agrupamento de VRE em comparação com outros isolados. Neste estudo, os isolados de E. faecalis de infecções orais apresentaram genes de resistência à tetraciclina, um antimicrobiano frequentemente usado no tratamento local de infecções dentárias, abrindo um debate muito importante sobre o papel e a eficácia desta droga para infecções orais. Claramente, são necessários mais estudos nesta área principalmente em relação à expressão de fatores de virulência entre isolados endodônticos para melhor nortear as estratégias de tratamento. As pressões externas no microambiente dos canais radiculares podem ser responsáveis pela seleção de espécies mais resistentes e virulentas. Por fim, embora isolados orais apresentem genes de virulência fundamentais para a patogenicidade, estes foram detectados em menor incidência em comparação com os isolados não-orais e VRE. / Enterococcus faecalis is an opportunistic pathogen known to cause serious systemic infection. It is also encountered in the oral cavity and has been implicated in persistent root canal infection. The aim of this study was to evaluate a range of molecular characteristics of E. faecalis isolated from primary endondontic infections in Brazil and compare to isolates from oral and non-oral infections in patients from UK and Japan, as well as isolates of vancomycin resistant E. faecalis, VRE, from a hospital environment. The present study was undertaken to explore the relatedness of E. faecalis from different origins, oral and non oral, and from different geographic areas to gain a better understanding of the involvement of the different reservoirs in the emergence and spread of virulent clones, those that acquired a number of genes conferring infectivity and virulence and in addition antibiotic resistance. To do this, E. faecalis from oral infections in Brazilian (n=20) and UK patients (n=10), and non-oral infection in japanese patients (n=9) were studied. In addition, 20 environmental VRE isolates from the University Hospital of Wales (Cardiff, UK) were also examined. For braziliam isolates, antimicrobial susceptibility was ascertained by agar dilution, using the recommendations of the Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). For all isolates, PCR with validated primers was used to detect genes associated with antibiotic resistance and virulence, whilst RAPD-PCR was used to fingerprint isolates. Of the virulence genes examined, gelatinase gene gelE was most prevalent amongst isolates (77-100%). In the case of oral isolates, the genes of aggregation substances agg, immune evasion protein esp, cytolysin cylB, tetracycline resistance tetM and tetL and erythromycin resistance ermB were detected with varying prevalence. Japanese hospital isolates had a similar genetic profile to oral isolates but with higher prevalence of ermB and cylB. All VRE strains were positive for gelE, esp, agg, vanA, ermB and tetM, 95% were positive for cylB and 17% positive for tetL. All isolates were negative for ermA, asa373 vanB, vanC1 and vanC2/3. RAPD-PCR revealed clustering of VRE compared with other isolates. In this study, isolates of E. faecalis from oral infections showed antibiotic resistance genes for tetracycline, an agent used in the local treatment of dental infection. This opens up a much-needed debate on the role and efficacy of this antibiotic for oral infections. Clearly, more research in this area is required particularly in relation to the possession and expression of virulence factors in the root canal environment, to better inform our management strategies. Environmental pressures in root canals may be responsible for the selection of more resistant species and the possession of virulence determinants. This knowledge is important in guiding procedures for controlling the increasing problem of antibiotic resistance amongst clinically relevant bacteria. Furthermore, whilst oral isolates had genes that could contribute to pathogenicity, these were detected at lower incidence compared with non-oral and VRE isolates.
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Caracterização de amostras de Erysipelothrix spp. isoladas de suínos nos últimos 30 anos / Characterization of Erysipelothrix spp. strains isolated from swine in last 30 years

Tania Alen Coutinho 24 June 2010 (has links)
Erysipelothrix rhusiopathiae é um importante patógeno em suinocultura e apesar do uso freqüente de vacinas contra o mesmo na maior parte das propriedades produtoras do país, a ocorrência de quadros clínicos da infecção tem sido amplamente observada e diagnosticada. Tendo em vista o ressurgimento deste agente como causa de prejuízos econômicos para a indústria suinícola nacional e seu potencial risco à saúde pública, este estudo teve como objetivo caracterizar 151 amostras de Erysipelothrix spp. isoladas de suínos nos útlimos 30 anos por meio de sorotipagem, determinação da susceptibilidade antimicrobiana, AFLP e PFGE. Dentre os 151 isolados, 139 foram classificados em 18 sorotipos diferentes (1a, 1b, 2a, 2b, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 15, 17, 19, 21, 24 e 25), sendo que o sorotipo 2b foi o mais freqüente. Os perfis de susceptibilidade antimicrobiana foram muito semelhantes entre os isolados, o que impossibilitou a subtipagem dos isolados de Erysipelothrix spp. pelos testes de sensibilidade. Dentre os primers testados no AFLP, o HI-G foi o mais adequado à tipagem molecular de Erysipelothrix spp. Apesar do AFLP/HI-G e da PFGE apresentarem o mesmo índice discriminatório (0,98), a PFGE apresentou melhor relação com os dados epidemiológicos que o AFLP/HI-G, tendo em conta os agrupamentos por ela gerados. Independente da técnica molecular empregada, não foi observado a discriminação entre isolados recentes e históricos, bem como um padrão epidemiológico fixo de agrupamento dos mesmos. Contudo, o AFLP/HI-G pode ser uma alternativa interessante para diferenciar as espécies de Erysipelothrix, assim como a PFGE tem grande potencial para agrupar isolados deste gênero de acordo com os sorotipos. / Erysipelothrix rhusiopathiae is an important pathogen in swine production and even with the frequent use of vaccines against it in most of Brazilian pig farms, the occurrence of clinical manifestations of its infection has been widely observed and diagnosed. Given the resurgence of this agent as a cause of economic losses to the national pig industry and its potential risk to public health, this study aimed to characterize 151 samples of Erysipelothrix spp. isolated from swine in last 30 years by serotyping, determination of antimicrobial susceptibility, AFLP and PFGE. Among the 151 isolates, 139 were classified in 18 different serotypes (1a, 1b, 2a, 2b, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 15, 17, 19, 21, 24 and 25) and serotype 2b was the most frequent. The susceptibility profiles were very similar among the isolates, which precluded the subtyping of Erysipelothrix spp. isolates by sensitivity tests. Among the primers tested in AFLP, the HI-G was the most suitable for molecular typing of Erysipelothrix spp. Despite AFLP/HI-G and PFGE provided the same discriminatory index (0.98), PFGE presented better relationship with epidemiological data than AFLP/HI-G, given the types of groups generated by it. Regardless of the molecular technique employed, there was no discrimination between recent and historical isolates as well as a fixed epidemiological pattern of grouping them. Nevertheless AFLP/HI-G could be an interesting alternative for Erysipelothrix species discrimination, even as PFGE has a good potential to diferenciate this genus according to serotypes.
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Caracterização de amostras de Erysipelothrix spp. isoladas de suínos nos últimos 30 anos / Characterization of Erysipelothrix spp. strains isolated from swine in last 30 years

Coutinho, Tania Alen 24 June 2010 (has links)
Erysipelothrix rhusiopathiae é um importante patógeno em suinocultura e apesar do uso freqüente de vacinas contra o mesmo na maior parte das propriedades produtoras do país, a ocorrência de quadros clínicos da infecção tem sido amplamente observada e diagnosticada. Tendo em vista o ressurgimento deste agente como causa de prejuízos econômicos para a indústria suinícola nacional e seu potencial risco à saúde pública, este estudo teve como objetivo caracterizar 151 amostras de Erysipelothrix spp. isoladas de suínos nos útlimos 30 anos por meio de sorotipagem, determinação da susceptibilidade antimicrobiana, AFLP e PFGE. Dentre os 151 isolados, 139 foram classificados em 18 sorotipos diferentes (1a, 1b, 2a, 2b, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 15, 17, 19, 21, 24 e 25), sendo que o sorotipo 2b foi o mais freqüente. Os perfis de susceptibilidade antimicrobiana foram muito semelhantes entre os isolados, o que impossibilitou a subtipagem dos isolados de Erysipelothrix spp. pelos testes de sensibilidade. Dentre os primers testados no AFLP, o HI-G foi o mais adequado à tipagem molecular de Erysipelothrix spp. Apesar do AFLP/HI-G e da PFGE apresentarem o mesmo índice discriminatório (0,98), a PFGE apresentou melhor relação com os dados epidemiológicos que o AFLP/HI-G, tendo em conta os agrupamentos por ela gerados. Independente da técnica molecular empregada, não foi observado a discriminação entre isolados recentes e históricos, bem como um padrão epidemiológico fixo de agrupamento dos mesmos. Contudo, o AFLP/HI-G pode ser uma alternativa interessante para diferenciar as espécies de Erysipelothrix, assim como a PFGE tem grande potencial para agrupar isolados deste gênero de acordo com os sorotipos. / Erysipelothrix rhusiopathiae is an important pathogen in swine production and even with the frequent use of vaccines against it in most of Brazilian pig farms, the occurrence of clinical manifestations of its infection has been widely observed and diagnosed. Given the resurgence of this agent as a cause of economic losses to the national pig industry and its potential risk to public health, this study aimed to characterize 151 samples of Erysipelothrix spp. isolated from swine in last 30 years by serotyping, determination of antimicrobial susceptibility, AFLP and PFGE. Among the 151 isolates, 139 were classified in 18 different serotypes (1a, 1b, 2a, 2b, 4, 5, 6, 7, 8, 10, 11, 12, 15, 17, 19, 21, 24 and 25) and serotype 2b was the most frequent. The susceptibility profiles were very similar among the isolates, which precluded the subtyping of Erysipelothrix spp. isolates by sensitivity tests. Among the primers tested in AFLP, the HI-G was the most suitable for molecular typing of Erysipelothrix spp. Despite AFLP/HI-G and PFGE provided the same discriminatory index (0.98), PFGE presented better relationship with epidemiological data than AFLP/HI-G, given the types of groups generated by it. Regardless of the molecular technique employed, there was no discrimination between recent and historical isolates as well as a fixed epidemiological pattern of grouping them. Nevertheless AFLP/HI-G could be an interesting alternative for Erysipelothrix species discrimination, even as PFGE has a good potential to diferenciate this genus according to serotypes.
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Perfil genético de Enteroccocus faecalis isolados de infecção endodôntica primária no Brasil comparados a isolados orais e não-orais do Reino Unido e do Japão / Genetic profile of Enterococcus Faecalis isolated from primary edndodontic infecyion in Brazil compared to isolates from oral and non-oral infection from United Kingdom and Japan

Renata Ximenes Lins 25 January 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Enterococcus faecalis (E. faecalis), conhecidamente patógeno oportunista, tem sido frequentemente associado a infecções sistêmicas graves. É também encontrado na cavidade oral, com destaque em infecção endodôntica refratária. O objetivo deste estudo foi avaliar características moleculares de E. faecalis isolados de infecção endodôntica primária no Brasil e comparar com isolados orais e não orais de pacientes do Reino Unido e do Japão, assim como E. faecalis resistentes à vancomicina. O presente estudo também investigou o relacionamento entre E. faecalis de diferentes origens (oral e não oral) e de diferentes áreas geográficas para obter uma melhor compreensão do envolvimento dos diferentes reservatórios no surgimento e propagação de clones virulentos, aqueles que possuem genes que conferem infectividade e virulência, assim como resistência aos antibióticos. Para tal, foram estudados E. faecalis isolados em infecções endodônticas no Brasil (n = 20) e orais no Reino Unido (n = 10), e em infecções não orais no Japão (n = 9). Além disso, 20 E. faecalis isolados ambientais do Hospital Universitário de Gales (Cardiff, Reino Unido), classificados como Enterococcus resistentes à vancomicina (VRE) também foram examinados. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) dos isolados do Brasil foi obtida pelo método de diluição em agar de acordo com as recomendações do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Reação em cadeia da polimerase (inglês - PCR) foi a técnica empregada para detectar os genes de virulência e aqueles associados à resistência aos antibióticos, enquanto Reação de Amplificação Aleatória de DNA Polimórfico (inglês - RAPD-PCR) foi escolhida para a tipagem molecular. Dentre os genes de virulência examinados, o gene que codifica a gelatinase gelE foi o mais prevalente entre os isolados (77-100%). Entre isolados orais, foram detectados os genes agg de substâncias de agregação, esp de proteína de evasão imune, cylB de citolisina, genes de resistência à tetraciclina tetM e tetL e à eritromicina ermB com diferentes prevalências. Os isolados clínicos hospitalares do Japão apresentaram perfil genético similar aos isolados orais, mas com maior prevalência de ermB e cylB. Todas as amostras de VRE foram positivas para os genes gelE, esp, agg, vanA, ermB e tetM, 95% foram positivos para cylB e 17% positivo para tetL. Todas as amostras foram negativas para ermA, asa373, vanB, vanC1 e vanC2/3. RAPD-PCR revelou agrupamento de VRE em comparação com outros isolados. Neste estudo, os isolados de E. faecalis de infecções orais apresentaram genes de resistência à tetraciclina, um antimicrobiano frequentemente usado no tratamento local de infecções dentárias, abrindo um debate muito importante sobre o papel e a eficácia desta droga para infecções orais. Claramente, são necessários mais estudos nesta área principalmente em relação à expressão de fatores de virulência entre isolados endodônticos para melhor nortear as estratégias de tratamento. As pressões externas no microambiente dos canais radiculares podem ser responsáveis pela seleção de espécies mais resistentes e virulentas. Por fim, embora isolados orais apresentem genes de virulência fundamentais para a patogenicidade, estes foram detectados em menor incidência em comparação com os isolados não-orais e VRE. / Enterococcus faecalis is an opportunistic pathogen known to cause serious systemic infection. It is also encountered in the oral cavity and has been implicated in persistent root canal infection. The aim of this study was to evaluate a range of molecular characteristics of E. faecalis isolated from primary endondontic infections in Brazil and compare to isolates from oral and non-oral infections in patients from UK and Japan, as well as isolates of vancomycin resistant E. faecalis, VRE, from a hospital environment. The present study was undertaken to explore the relatedness of E. faecalis from different origins, oral and non oral, and from different geographic areas to gain a better understanding of the involvement of the different reservoirs in the emergence and spread of virulent clones, those that acquired a number of genes conferring infectivity and virulence and in addition antibiotic resistance. To do this, E. faecalis from oral infections in Brazilian (n=20) and UK patients (n=10), and non-oral infection in japanese patients (n=9) were studied. In addition, 20 environmental VRE isolates from the University Hospital of Wales (Cardiff, UK) were also examined. For braziliam isolates, antimicrobial susceptibility was ascertained by agar dilution, using the recommendations of the Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). For all isolates, PCR with validated primers was used to detect genes associated with antibiotic resistance and virulence, whilst RAPD-PCR was used to fingerprint isolates. Of the virulence genes examined, gelatinase gene gelE was most prevalent amongst isolates (77-100%). In the case of oral isolates, the genes of aggregation substances agg, immune evasion protein esp, cytolysin cylB, tetracycline resistance tetM and tetL and erythromycin resistance ermB were detected with varying prevalence. Japanese hospital isolates had a similar genetic profile to oral isolates but with higher prevalence of ermB and cylB. All VRE strains were positive for gelE, esp, agg, vanA, ermB and tetM, 95% were positive for cylB and 17% positive for tetL. All isolates were negative for ermA, asa373 vanB, vanC1 and vanC2/3. RAPD-PCR revealed clustering of VRE compared with other isolates. In this study, isolates of E. faecalis from oral infections showed antibiotic resistance genes for tetracycline, an agent used in the local treatment of dental infection. This opens up a much-needed debate on the role and efficacy of this antibiotic for oral infections. Clearly, more research in this area is required particularly in relation to the possession and expression of virulence factors in the root canal environment, to better inform our management strategies. Environmental pressures in root canals may be responsible for the selection of more resistant species and the possession of virulence determinants. This knowledge is important in guiding procedures for controlling the increasing problem of antibiotic resistance amongst clinically relevant bacteria. Furthermore, whilst oral isolates had genes that could contribute to pathogenicity, these were detected at lower incidence compared with non-oral and VRE isolates.
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Desenvolvimento da reação em cadeia pela polimerase para detecção de Actinobaculum suis e caracterização fenotípica e genotípica dos isolados / Development of polymerase chain reaction for Actinobaculum suis detection and phenotypic and genotypic characterization of isolates

Cristina Román Amigo 20 September 2012 (has links)
O Actinobaculum suis é um dos principais micro-organismos relacionados a infecções de trato urinário em fêmeas suínas. As características de crescimento deste agente dificultam o isolamento bacteriano tradicional, o que pode tornar a sua prevalência subestimada. Este estudo teve por objetivos desenvolver a reação em cadeia pela polimerase (PCR) para detecção do A. suis, avaliar a sensibilidade e especificidade desta técnica e comparar seu desempenho com o isolamento bacteriano. Além disso, as cepas isoladas foram caracterizadas através do polimorfismo de comprimento de fragmentos amplificados (AFLP) e submetidas à determinação da concentração inibitória mínima para caracterização dos perfis de susceptibilidade antimicrobiana. Foram analisados 45 suabes prepuciais de machos e 192 urinas de fêmeas suínas provenientes de três granjas. Os resultados indicaram que a PCR desenvolvida foi específica para o A. suis e apresentou limiar de detecção entre 1,0 X 101 UF/mL e 1,0 X 102 UFC/mL. A frequência de A. suis encontrada através da PCR foi de 82,2% (37/45) nos suabes prepuciais e de 8,9% (17/192) nas urinas de fêmeas. No que se refere ao isolamento, nenhuma das amostras de urina foi positiva para o agente, enquanto 31,1% (14/45) dos suabes foram positivos. A partir das amostras positivas isoladas dos suabes prepuciais foram selecionadas 20 cepas de A. suis. Os perfis de susceptibilidade entre estas cepas foram semelhantes, no entanto diferiram dos isolados utilizados como controle e provenientes de uma fêmea com infecção urinária. A técnica de PCR foi mais eficiente que o isolamento na identificação de amostras positivas para A. suis. Através do AFLP com uma única enzima foi possível caracterizar todos os isolados e relacionar os dados obtidos com a origem das cepas e o perfil de resistência. Até o presente não há relatos na literatura de caracterização genotípica de A. suis através do AFLP ou detecção do agente através da PCR. / Actinobaculum suis is an important agent related to urinary infection in swine females. The growth characteristics of this agent hamper the traditional bacterial isolation, which can make their prevalence underestimated. The purpose of this study was to develop the polymerase chain reaction (PCR) for Actinobaculum suis detection, to evaluate the sensitivity and specificity of this technique and compare the results with bacterial isolation. Moreover, the isolates were characterized by amplified fragment length polymorphism (AFLP) and subjected to determination of minimum inhibitory concentration for characterization of the antimicrobial susceptibility profiles. Forty-five preputial swabs from boars and a hundred and ninety-two urine samples from sows of three herds were analyzed. The results indicate that the developed PCR was specific for A. suis, presenting a limit detection between 1.0 X 101 UFC/ml and 1.0 X 102 UFC/ml. A.suis frequency by PCR was 82.2% (37/45) in male preputial swabs and 8.9% (17/192) in females urine. Through traditional isolation, none of the urine samples were positive, while A.suis growing was observed in 31.1% (14/45) of the swabs. From the positive samples of the preputial swabs were selected 20 A.suis strains. The susceptibility profiles among these strains were similar, but differed from the female isolates used as control. The PCR technique was more effective than isolation for the A.suis detection. The AFLP with a single enzyme was able to characterize all isolates and relate the data obtained with the strains origin and resistance profile. Until present, there are no reports of genotypic characterization of A. suis strains through AFLP or agent detection by PCR.
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Perfil de resistência aos antimicrobianos de cocos gram-positivos e bacilos gram-negativos isolados do ambiente e sítio cirúrgico superficial de cães /

Menezes, Mareliza Possa de. January 2020 (has links)
Orientador: Paola Castro Moraes / Resumo: As infecções causadas por organismos resistentes a múltiplos fármacos (multi-drug resistance – MDR) estão associadas à maior morbidade, mortalidade e aumento significativos nos custos com cuidados da saúde. Cocos Gram-positivos e bastonetes Gram-negativos são os grupos de bactérias mais frequentemente relacionadas a infecção do sítio cirúrgico em cães. Dentro do contexto de saúde única, é imperativo o aprimoramento contínuo de métodos de avaliação de contaminação e infecção bacteriana no ambiente hospitalar veterinário. O presente estudo objetivou avaliar o perfil de resistência de cocos Gram-positivos e bastonetes Gram-negativos isolados nas mãos do cirurgião, antes e após a desinquinação, no ambiente e sítio cirúrgico, durante o transoperatório de cirurgias limpas/limpas-contaminadas (G1;n=20) e cirurgias contaminadas (G2;n=10). Das 150 amostras coletadas, as do ambiente (n=30) foram obtidas pela exposição de placa com ágar Brain Heart Infusion na sala cirúrgica durante o procedimento, enquanto as do sítio cirúrgico (n=60) e as das mãos do cirurgião (n=60) foram coletadas por cotonete estéril e semeadas em ágar sangue e MacConkey. Todas as placas foram incubadas a 37ºC por 24h em estufa bacteriológica sob condições anaeróbias. Colônias sugestivas de cocos Grampositivos e bastonetes Gram-negativos foram submetidas a testes bioquímicos para identificação dos gêneros. Por fim, foi realizado o teste de susceptibilidade aos antimicrobianos por disco difusão em ágar Müller-Hinton... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Infections caused by multidrug-resistant (MDR) organisms are associated with increased morbidity, mortality and health care spending. Gram-positive cocci and Gram-negative bacilli are bacterial species frenquently related with surgical site infections in dogs. In the context of one health, become necessary the continuous improvement of evaluation methods of bacterial infection and contamination in the veterinary hospital environment. The present project aims to evaluate the antimicrobial profile of Gram-positive cocci and Gram-negative bacilli isolated of the surgical site and room during the intraoperative period and of the surgeon’s hands, before and after antisepsis. All samples were obtained during intraoperative of clean/cleancontaminated (G1) and contaminated surgery (G2). A total of 153 samples were collected, of which the environmental samples were obtained by exposure of Brain Heart Infusion agar plate in the surgical room during the procedure and samples from the surgical site and surgeon’s hands were collected by swabs and seeded on blood and Macconkey agar. The plates were incubated at 37ºC for 24h. Suggestive bacterial colonies for Gram-positive cocci and Gram-negative bacilli were submitted to biochemical test for genus differentiation. Finally, antimicrobial susceptibility testing was performed by disk diffusion method. Forty-three isolates with morphological and biochemical characteristics of Staphylococcus spp. and 13 of Gram-negative bacilli were obtained. W... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Isolamento de bactérias com potencial para biodegradação de plásticos / Isolation of bacteria with potencial for biodegradation of plastics

Bardají, Danae Kala Rodríguez 04 September 2018 (has links)
Os plásticos são moléculas poliméricas de cadeia longa. O plástico é versátil, leve, flexível, resistente à umidade, forte e economicamente viavel. Essas qualidades atraentes levam a um consumo excessivo de bens plásticos. No entanto, eles são duráveis e muito dificeis de degradar pelo que os materiais plásticos que são usados na fabricação de tantos produtos se tornam resíduos com poder de permanência. Nossa tremenda atração pelo plástico, juntamente com uma propensão inegável de consumir cada vez mais, descartar, jogar lixo e, assim, poluir, tornou-se uma combinação de natureza letal. A produção anual de plásticos duplicou nos últimos 15 anos, alcançando 245 milhões de toneladas, portanto, uma grande quantidade de plásticos é acumulada no meio ambiente gerando problemas ecológicos. O objetivo do presente estudo foi isolar bactérias de um aterro sanitário e de uma amostra de água contaminada com diesel com potencial para degradar o polietileno e outros plásticos, como o polivinil e o poliuretano. Essas bactérias foram isoladas em Ribeirão Preto, SP, utilizando filmes dos três tipos de plástico como fonte de carbono e meio mínimo de sais (MMS). Após a extração do DNA genômico foi utilizada a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) para detectar o gene alkB e as bactérias que apresentaram esse gene foram identificadas e incubadas com os filmes dos plásticos (polietileno, poliuretano e policloreto de vinil) e o meio MMS (90mL) por 6 meses. Após a incubação foram realizadas as análises de perda de peso, dos espectros obtidos por Espectroscopia de Infravermelho com Transformada Fourier (EIVTF) e das micrografias obtidas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) para avaliar a capacidade de biodegradação dos isolados. Foram realizados também testes de suscetibilidade antimicrobiana para conhecer o perfil de resistência dos isolados. Dois isolados bacterianos apresentaram o gene alkB e foram identificados como Paenibacillus sp. S5 e Bacillus cereus A1, respectivamente, utilizando o sequenciamento do gene 16S rDNA. Após o período de incubação foi detectada uma diferença significativa no peso final em relação ao peso inicial para os 3 tipos de plástico e também foram observadas alterações químicas pela EIVTF, como o aparecimento de novos grupos funcionais e rupturas de ligações, sendo essas alterações mais evidentes para os filmes de polietileno. Através da MEV foram visualizadas mudanças físicas, como formação de poros e fissuras, e colonização bacteriana na superfície plástica em todos os casos, especialmente nos filmes de polietileno. Os resultados mais promissores foram obtidos com o isolado Paenibacillus sp. S5, na biodegradação dos três plásticos testados. Esse isolado apresentou suscetibilidade a todos os antibióticos testados, exceto para amicacina e B. cereus A1 foi resistente a 7 dos 12 antibióticos testados. Portanto, as bactérias do presente estudo, especialmente o Paenibacillus sp. S5 podem ser utilizadas em processos de biodegradação para a eliminação de plásticos do meio ambiente. / Plastics are man-made long chain polymeric molecules. Plastic is versatile, lightweight, flexible, moisture resistant, strong, and relatively inexpensive. Those are the attractive qualities that lead us, around the world, to such a voracious appetite and over-consumption of plastic goods. However, durable and very slow to degrade, plastic materials that are used in the production of so many products all, ultimately, become waste with staying power. Our tremendous attraction to plastic, coupled with an undeniable behavioral propensity of increasingly over-consuming, discarding, littering and thus polluting, has become a combination of lethal nature. The annual production of plastics has doubled over the past 15 years to 245 million tons due to their great physical and chemical properties, thus a large amount of plastic gets accumulated in the environment generating plastic waste ecological problems. The purpose of this study was to isolate bacteria from a waste disposal area and also from diesel contaminated water with potential to degrade polyethylene and other plastics as polyvinyl and polyurethane. These bacteria were isolated in Ribeirão Preto, SP, Brazil using plastic discs as a carbon source and a minimal salt medium (MSM). After genomic DNA extraction, PCR reactions were performed to detect the alkB gene and bacteria that showed this gene were identified and incubated with plastic discs (polyethylene, polyurethane and polyvinyl chloride 5cm discs) and MSM (90mL) for 6 months. After incubation, lose weight measurement analysis, Fourier Transforms Infra-red (FT-IR) analysis, Scanning Electron Microscopy (SEM) analysis and antimicrobial susceptibility tests were performed to evaluate the biodegradation capacity and the resistance profile of the isolates. Five bacteria were isolated from soil however, only one showed the alkB gene. From water just one bacterium was isolated which presented the alkB gene. These bacteria were identified as Paenibacillus sp. S5 and Bacillus cereus A1 respectively using the 16S rDNA gene sequencing. A significant difference in final weight compared to initial weight was assessed for the 3 types of plastic in both cases. Chemical changes were observed by FTIR. The appearance of new functional groups and bond scissions were more evident for polyethylene films. SEM visualized physical changes, such as formation of pits and cracks, and bacterial colonization on the plastic surface in all cases especially for polyethylene films. Biodegradation experiments demonstrated the best results for Paenibacillus sp. S5 for the three plastics tested. Paenibacillus sp. S5 showed susceptibility to all antibiotics tested except to amikacin and B. cereus A1 was resistance to seven from 12 antibiotics tested. Hence these bacteria, especially Paenibacillus sp. S5 can be used for biodegradation process as a promising tool for the elimination of plastic from the environment
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Prevalência e Susceptibilidade Antimicrobiana de Patógenos Causadores de Mastite em Rebanhos Leiteiros / Prevalence and antimicrobial susceptibility of pathogens causing mastitis in dairy herds

Beuron, Daniele Cristine 31 October 2012 (has links)
Os objetivos do presente estudo foram: a) avaliar a frequência de isolamentos de patógenos causadores de mastite em rebanhos leiteiros comerciais; b) determinar a susceptibilidade antimicrobiana de Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. isolados de casos de mastite subclínica c) avaliar o perfil de multirresistência de Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. d) Detectar o gene mecA em Staphylococcus spp. resistentes a oxacilina/meticilina; e) avaliar a associação entre as práticas de manejo e tratamento de mastite e a susceptibilidade antimicrobiana de Staphylococcus aureus isolados de rebanhos leiteiros. Foram selecionados para o presente estudo 13 rebanhos leiteiros a partir de um total de 60 rebanhos vinculados a um laticínio da região de Pirassununga/SP. Questionários previamente formulados foram respondidos pelos responsáveis do rebanho para avaliar a associação entre as práticas de manejo e tratamento de mastite e a susceptibilidade antimicrobiana de S. aureus. Após a seleção dos rebanhos e aplicação dos questionários, 1069 amostras de leite compostas foram coletadas durante 24 meses, em quatro períodos para realização de cultura e identificação dos patógenos, testes de susceptibilidade antimicrobiana e detecção do gene mecA. Os testes de susceptibilidade foram realizados em todos os isolados de Staphylococcus spp. e em 50% de Streptococcus spp. selecionados aleatoriamente. Os antimicrobianos testados foram: ampicilina 10 mg; clindamicina 2 &micro;g, penicilina 1 mg; ceftiofour 30 &micro;g; gentamicina 10 mg; sulfatrimetropin 25 &micro;g, enrofloxacina 5 &micro;g; sulfonamida 300 &micro;g, tetraciclina 30 &micro;g; oxacilina 1 mg; cefalotina 30 &micro;g e eritromicina 5 &micro;g. Todos os isolados de Staphylococcus spp. que apresentaram resistência a oxacilina/meticilina foram avaliados quanto à presença do gene mecA. Entre os isolados, Staphylococcus coagulase negativa foi o mais prevalente (28,6%), seguido por S. aureus (27,8%) e Corynebacterium spp. (10,9%). A susceptibilidade antimicrobiana dos isolados de S. aureus foi de 95,23% (eritromicina), 93,33% (cefalotina) e 65,71% (ampicilina). A susceptibilidade antimicrobiana dos isolados de Staphylococcus coagulase negativa (SCN) foi de 93,33% (cefalotina), 89,91% (eritromicina) e 62,03% (ceftiofur). Entre os isolados de Staphylococcus coagulase positiva (SCP), a susceptibilidade antimicrobiana foi de 93,33% (eritromicina), 91,11% (clindamicina e sulfonamida). A susceptibilidade antimicrobiana dos isolados de Streptococcus agalactiae foi de 38,46% (ampicilina) e 50% (sulfatrimetropin) e os isolados de S. dysgalactiae apresentaram susceptibilidade à tetraciclina de 19,44% e a clindamicina de 47,22%. A multirresistência foi maior entre os isolados de SCN (20,3%) e S.aureus (15,7%). Não foi detectado o gene mecA em nenhum dos isolados de Staphylococcus spp. Houve associação entre as variáveis para os seguintes antimicrobianos: a) tratamento de mastite clínica: ampicilina (P = 0,0055), ceftiofur (P = 0,0481), sulfatrimetropin (P= 0,0293), sulfonamida (P = 0,0043) e tetraciclina (P = 0,0058); e envio de amostras para cultura e antibiograma: ampicilina (P=0,0032), tetraciclina (P=<0,0001). Os principais fatores de risco para susceptibilidade antimicrobiana de S. aureus foram o não envio de amostras para cultura e antibiograma para tetraciclina (OR=6.012), penicilina (OR=4.687), eritromicina (OR=3.059) e ampicilina (OR=2.571), tratamento de mastite clínica para ampicilina (OR=2.178), ceftiofur (OR=1.956), gentamicina (OR=1.668), oxacilina (OR= 1.132) e penicilina (OR= 1.261) e tratamento de vaca seca para enrofloxacina (OR=2.111) e tetraciclina (OR=2.075). Os microrganismos mais frequentemente isolados foram Staphylococcus coagulase negativa e S. aureus. Os testes de susceptibilidade realizados para as espécies de Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. apresentaram alta susceptibilidade para a maioria dos antimicrobianos testados. Com exceção de Streptococcus agalactiae para ampicilina e sulfatrimetropin e os isolados de S. dysgalactiae para tetraciclina e clindamicina. A maioria dos Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. não apresentaram perfil de multirresistência. Nenhum dos isolados de Staphylococcus spp. fenotipicamente resistentes a oxacilina/meticilina apresentaram o gene mecA. O maior fator de risco associado à susceptibilidade de S. aureus foi em relação à tetraciclina, penicilina, eritromicina e ampicilina para o não envio de amostras para cultura e antibiograma. Dois fatores de risco importantes identificados foram relacionados à ampicilina, ceftiofur, gentamicina, oxacilina e penicilina para o tratamento de mastite clínica e à enrofloxacina e tetraciclina para o tratamento de vaca seca. / The aims of this study were: a) to evaluate the frequency of mastitis pathogens in commercial dairy herds, b) to determine the antimicrobial susceptibility of Staphylococcus spp. and Streptococcus spp. isolated from subclinical mastitis c) to evaluate the profile of multidrug resistance of Staphylococcus spp. and Streptococcus spp. d) to detect the mecA gene in Staphylococcus spp. resistant to oxacillin / methicillin, e) to evaluate the association between management practices and treatment of mastitis, and antimicrobial susceptibility of Staphylococcus aureus isolates from dairy herds. Thirteen dairy herds were selected from a total of 60 dairy farms in the region of Pirassununga / SP. Questionnaires formulated previously were answered by dairy farmers to evaluate the association between mastitis treatment practices and antimicrobial susceptibility. A total of 1,069 composite samples of milk from all herds were collected for culture and identification of pathogens, susceptibility testing and mecA gene detection, over 24 months in four periods. The susceptibility tests were performed in all isolates of Staphylococcus spp. and in 50% of Streptococcus spp. randomly selected. The antimicrobials tested were ampicillin 10mg; 2&micro;g clindamycin, penicillin 1mg; ceftiofour 30&micro;g; gentamicin 10mg; sulfatrimetropin 25&micro;g, 5&micro;g enrofloxacin; 300&micro;g sulfonamide, tetracycline 30&micro;g; oxacillin 1mg; 30&micro;g cephalothin and erythromycin 5&micro;g. All Staphylococcus spp. that were resistant to oxacillin/methicillin in the susceptibility tests were investigated for the presence of mecA gene. Among the isolated bacteria, CNS was the most prevalent (28.6%), followed by S. aureus (27.8%) and Corynebacterium spp. (10.9%). The antimicrobial susceptibility of isolates of S. aureus was 95.23% (erythromycin), 93.33% (cephalothin) and 65.71% (ampicillin). The antimicrobial susceptibility of isolates of coagulase-negative Staphylococcus (CNS) was 93.33% (cephalothin), 89.91% (erythromycin) and 62.03% (ceftiofur). Among strains of coagulase positive Staphylococcus (CPS), the antimicrobial susceptibility was 93.33% (erythromycin), 91.11% (clindamycin and sulfonamide). The antimicrobial susceptibility of the strains of Streptococcus agalactiae was 38.46% (ampicillin) and 50% (sulfatrimetropin) and isolates of S. dysgalactiae were susceptible to tetracycline and clindamycin (19.44% to 47.22%). The multidrug resistance was higher among isolates of CNS (20.3%) and Staphylococcus aureus (15.7%). The mecA gene was not detected in any of Staphylococcus spp isolates. There was an association between variables for the following antimicrobials: a) treatment of clinical mastitis: ampicillin (P = 0.0055), ceftiofur (P = 0.0481), sulfatrimetropin (P = 0.0293), sulfonamide (P = 0.0043) and tetracycline (P = 0.0058); and sending samples for culture and antibiogram: ampicillin (P = 0.0032), tetracycline (P = <0.0001). Major risk factors for antimicrobial susceptibility of S. aureus were not submitting samples for culture and antibiogram for tetracycline (OR = 6.012), penicillin (OR = 4.687), erythromycin (OR = 3.059) and ampicillin (OR = 2.571), treatment of clinical mastitis: ampicillin (OR = 2.178), ceftiofur (OR = 1.956), gentamicin (OR = 1.668), oxacillin (OR = 1.132) and penicillin (OR = 1.261); and dry cow therapy: enrofloxacin (OR = 2.111) and tetracycline (OR = 2.075). The most frequent organisms isolated were coagulase negative Staphylococcus and S. aureus. The susceptibility tests performed for the species of Staphylococcus spp. and Streptococcus spp. showed high susceptibility to most antimicrobials tested. With the exception of Streptococcus agalactiae to ampicillin and sulfatrimetropin and isolates of S. dysgalactiae to tetracycline and clindamycin. Most Staphylococcus spp. and Streptococcus spp. did not show multidrug resistance profile. None of Staphylococcus spp. phenotypically resistant to oxacillin / methicillin showed the mecA gene. The major risk factor associated with susceptibility of S. aureus to tetracycline, penicillin, erythromycin and ampicillin was not sending samples for culture and sensitivity. Two important risk factors have been identified related to ampicillin, ceftiofur, gentamicin, penicillin and oxacillin for treatment of clinical mastitis and enrofloxacin and tetracycline for the treatment of dry cow dry cow therapy.
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Prevalência e Susceptibilidade Antimicrobiana de Patógenos Causadores de Mastite em Rebanhos Leiteiros / Prevalence and antimicrobial susceptibility of pathogens causing mastitis in dairy herds

Daniele Cristine Beuron 31 October 2012 (has links)
Os objetivos do presente estudo foram: a) avaliar a frequência de isolamentos de patógenos causadores de mastite em rebanhos leiteiros comerciais; b) determinar a susceptibilidade antimicrobiana de Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. isolados de casos de mastite subclínica c) avaliar o perfil de multirresistência de Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. d) Detectar o gene mecA em Staphylococcus spp. resistentes a oxacilina/meticilina; e) avaliar a associação entre as práticas de manejo e tratamento de mastite e a susceptibilidade antimicrobiana de Staphylococcus aureus isolados de rebanhos leiteiros. Foram selecionados para o presente estudo 13 rebanhos leiteiros a partir de um total de 60 rebanhos vinculados a um laticínio da região de Pirassununga/SP. Questionários previamente formulados foram respondidos pelos responsáveis do rebanho para avaliar a associação entre as práticas de manejo e tratamento de mastite e a susceptibilidade antimicrobiana de S. aureus. Após a seleção dos rebanhos e aplicação dos questionários, 1069 amostras de leite compostas foram coletadas durante 24 meses, em quatro períodos para realização de cultura e identificação dos patógenos, testes de susceptibilidade antimicrobiana e detecção do gene mecA. Os testes de susceptibilidade foram realizados em todos os isolados de Staphylococcus spp. e em 50% de Streptococcus spp. selecionados aleatoriamente. Os antimicrobianos testados foram: ampicilina 10 mg; clindamicina 2 &micro;g, penicilina 1 mg; ceftiofour 30 &micro;g; gentamicina 10 mg; sulfatrimetropin 25 &micro;g, enrofloxacina 5 &micro;g; sulfonamida 300 &micro;g, tetraciclina 30 &micro;g; oxacilina 1 mg; cefalotina 30 &micro;g e eritromicina 5 &micro;g. Todos os isolados de Staphylococcus spp. que apresentaram resistência a oxacilina/meticilina foram avaliados quanto à presença do gene mecA. Entre os isolados, Staphylococcus coagulase negativa foi o mais prevalente (28,6%), seguido por S. aureus (27,8%) e Corynebacterium spp. (10,9%). A susceptibilidade antimicrobiana dos isolados de S. aureus foi de 95,23% (eritromicina), 93,33% (cefalotina) e 65,71% (ampicilina). A susceptibilidade antimicrobiana dos isolados de Staphylococcus coagulase negativa (SCN) foi de 93,33% (cefalotina), 89,91% (eritromicina) e 62,03% (ceftiofur). Entre os isolados de Staphylococcus coagulase positiva (SCP), a susceptibilidade antimicrobiana foi de 93,33% (eritromicina), 91,11% (clindamicina e sulfonamida). A susceptibilidade antimicrobiana dos isolados de Streptococcus agalactiae foi de 38,46% (ampicilina) e 50% (sulfatrimetropin) e os isolados de S. dysgalactiae apresentaram susceptibilidade à tetraciclina de 19,44% e a clindamicina de 47,22%. A multirresistência foi maior entre os isolados de SCN (20,3%) e S.aureus (15,7%). Não foi detectado o gene mecA em nenhum dos isolados de Staphylococcus spp. Houve associação entre as variáveis para os seguintes antimicrobianos: a) tratamento de mastite clínica: ampicilina (P = 0,0055), ceftiofur (P = 0,0481), sulfatrimetropin (P= 0,0293), sulfonamida (P = 0,0043) e tetraciclina (P = 0,0058); e envio de amostras para cultura e antibiograma: ampicilina (P=0,0032), tetraciclina (P=<0,0001). Os principais fatores de risco para susceptibilidade antimicrobiana de S. aureus foram o não envio de amostras para cultura e antibiograma para tetraciclina (OR=6.012), penicilina (OR=4.687), eritromicina (OR=3.059) e ampicilina (OR=2.571), tratamento de mastite clínica para ampicilina (OR=2.178), ceftiofur (OR=1.956), gentamicina (OR=1.668), oxacilina (OR= 1.132) e penicilina (OR= 1.261) e tratamento de vaca seca para enrofloxacina (OR=2.111) e tetraciclina (OR=2.075). Os microrganismos mais frequentemente isolados foram Staphylococcus coagulase negativa e S. aureus. Os testes de susceptibilidade realizados para as espécies de Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. apresentaram alta susceptibilidade para a maioria dos antimicrobianos testados. Com exceção de Streptococcus agalactiae para ampicilina e sulfatrimetropin e os isolados de S. dysgalactiae para tetraciclina e clindamicina. A maioria dos Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. não apresentaram perfil de multirresistência. Nenhum dos isolados de Staphylococcus spp. fenotipicamente resistentes a oxacilina/meticilina apresentaram o gene mecA. O maior fator de risco associado à susceptibilidade de S. aureus foi em relação à tetraciclina, penicilina, eritromicina e ampicilina para o não envio de amostras para cultura e antibiograma. Dois fatores de risco importantes identificados foram relacionados à ampicilina, ceftiofur, gentamicina, oxacilina e penicilina para o tratamento de mastite clínica e à enrofloxacina e tetraciclina para o tratamento de vaca seca. / The aims of this study were: a) to evaluate the frequency of mastitis pathogens in commercial dairy herds, b) to determine the antimicrobial susceptibility of Staphylococcus spp. and Streptococcus spp. isolated from subclinical mastitis c) to evaluate the profile of multidrug resistance of Staphylococcus spp. and Streptococcus spp. d) to detect the mecA gene in Staphylococcus spp. resistant to oxacillin / methicillin, e) to evaluate the association between management practices and treatment of mastitis, and antimicrobial susceptibility of Staphylococcus aureus isolates from dairy herds. Thirteen dairy herds were selected from a total of 60 dairy farms in the region of Pirassununga / SP. Questionnaires formulated previously were answered by dairy farmers to evaluate the association between mastitis treatment practices and antimicrobial susceptibility. A total of 1,069 composite samples of milk from all herds were collected for culture and identification of pathogens, susceptibility testing and mecA gene detection, over 24 months in four periods. The susceptibility tests were performed in all isolates of Staphylococcus spp. and in 50% of Streptococcus spp. randomly selected. The antimicrobials tested were ampicillin 10mg; 2&micro;g clindamycin, penicillin 1mg; ceftiofour 30&micro;g; gentamicin 10mg; sulfatrimetropin 25&micro;g, 5&micro;g enrofloxacin; 300&micro;g sulfonamide, tetracycline 30&micro;g; oxacillin 1mg; 30&micro;g cephalothin and erythromycin 5&micro;g. All Staphylococcus spp. that were resistant to oxacillin/methicillin in the susceptibility tests were investigated for the presence of mecA gene. Among the isolated bacteria, CNS was the most prevalent (28.6%), followed by S. aureus (27.8%) and Corynebacterium spp. (10.9%). The antimicrobial susceptibility of isolates of S. aureus was 95.23% (erythromycin), 93.33% (cephalothin) and 65.71% (ampicillin). The antimicrobial susceptibility of isolates of coagulase-negative Staphylococcus (CNS) was 93.33% (cephalothin), 89.91% (erythromycin) and 62.03% (ceftiofur). Among strains of coagulase positive Staphylococcus (CPS), the antimicrobial susceptibility was 93.33% (erythromycin), 91.11% (clindamycin and sulfonamide). The antimicrobial susceptibility of the strains of Streptococcus agalactiae was 38.46% (ampicillin) and 50% (sulfatrimetropin) and isolates of S. dysgalactiae were susceptible to tetracycline and clindamycin (19.44% to 47.22%). The multidrug resistance was higher among isolates of CNS (20.3%) and Staphylococcus aureus (15.7%). The mecA gene was not detected in any of Staphylococcus spp isolates. There was an association between variables for the following antimicrobials: a) treatment of clinical mastitis: ampicillin (P = 0.0055), ceftiofur (P = 0.0481), sulfatrimetropin (P = 0.0293), sulfonamide (P = 0.0043) and tetracycline (P = 0.0058); and sending samples for culture and antibiogram: ampicillin (P = 0.0032), tetracycline (P = <0.0001). Major risk factors for antimicrobial susceptibility of S. aureus were not submitting samples for culture and antibiogram for tetracycline (OR = 6.012), penicillin (OR = 4.687), erythromycin (OR = 3.059) and ampicillin (OR = 2.571), treatment of clinical mastitis: ampicillin (OR = 2.178), ceftiofur (OR = 1.956), gentamicin (OR = 1.668), oxacillin (OR = 1.132) and penicillin (OR = 1.261); and dry cow therapy: enrofloxacin (OR = 2.111) and tetracycline (OR = 2.075). The most frequent organisms isolated were coagulase negative Staphylococcus and S. aureus. The susceptibility tests performed for the species of Staphylococcus spp. and Streptococcus spp. showed high susceptibility to most antimicrobials tested. With the exception of Streptococcus agalactiae to ampicillin and sulfatrimetropin and isolates of S. dysgalactiae to tetracycline and clindamycin. Most Staphylococcus spp. and Streptococcus spp. did not show multidrug resistance profile. None of Staphylococcus spp. phenotypically resistant to oxacillin / methicillin showed the mecA gene. The major risk factor associated with susceptibility of S. aureus to tetracycline, penicillin, erythromycin and ampicillin was not sending samples for culture and sensitivity. Two important risk factors have been identified related to ampicillin, ceftiofur, gentamicin, penicillin and oxacillin for treatment of clinical mastitis and enrofloxacin and tetracycline for the treatment of dry cow dry cow therapy.

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