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Técnica de vibração de língua: aspectos do aprendizado, dos efeitos acústicos e das imagens do trato vocal e da faceBueno, Thais da Costa 31 March 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-03-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Voice therapy techniques are used by voice clinics so as to soothe or eliminate vocal
complaints. The voiced tongue vibration technique is one of the most used techniques in
the voice clinic. Therefore, it is considered a universal technique. However this technique
can be not so accurately applied and/or performed by the patient at times. The purpose
of this study was to analyze the voiced tongue vibration technique of 20 female speech
pathologist with a minimum 5 year voice clinic practice with no vocal complaint or voice
disorder. The following parameters were analyzed: (1) clinical practice; (2) vocal tract
visual image (postural, facial, and vocal tract structures images during 1minute and half
of voiced tongue vibration technique); (3) acoustics outcomes (perceptual and acoustic
analysis). The subjects answered 2 different protocols, one regarding professional
experience and the other one about specific learning on the voiced tongue vibration
technique. Digital recording was performed on the subjects prior to and following 1
minute and half of voiced tongue vibration technique in the speaking fundamental
frequency during the fiber optic videolaringoscopy recording. The recording material
consisted of: date, sustained vowel /a/ and /e/, days of the week and a sentence from
CAPE-V translated phonetically into Portuguese - Minha mãe namorou um anjo . In the
same time it was videotaped the posture and faces of the subjects during the technique
performance. The study data was analyzed by trained listeners. The data underwent
statistic analyses. The results showed that SLP specialized in the voice area tend to
have a continuous improvement on the voiced tongue vibration technique through
specialization courses, masters, and PhDs. The results also indicated that the SLP first
learn the technique in college and that they only affirm to have absolute control on the
technique when the patients start to show voice improvement. Most of the SLP believe
that the main goal of the technique is to enhance mucosal wave and improve glotic
closure. Most SLP select the technique for nodule treatment which can show that the
technique selection is still based on the ENT diagnosis and not on the vocal features.
The use of voiced tongue vibration technique in speaking fundamental frequency
presented no impact on pitch. Results also showed that after the technique performance
hard glottal attack was milder and voice quality got worse in some cases, maybe due to
mucus enhance caused by the fiber optic laryngoscopy examination. The vocal tract
presented anterior-posterior pharyngeal constriction during technique. There was no
amplification of the pharynx nor vestibular vocal folds medialization or vibration.
Nevertheless, results indicated a whole vibration of the larynx box and lowering of the
larynx in some of the subjects, maybe due to a subtle change on the fundamental
frequency during the technique. Vocal folds were rarely visualized during the technique
due to supraglottic constriction. However 11 subjects presented incomplete vocal fold
closure. There is no relation between head/neck/face posture change and the vocal tract
behavior. The acoustic analysis showed no change in the fundamental frequency after
the technique performance (11 subjects). Data showed that there was enhancement of
harmonics and significant improvement on the spectrographic trace. Regarding vocal
tract behavior, more specifically to glottic closure, the study concluded that the findings of
this research differ from the literature. However the perceptual and acoustic analysis
indicated similar results with the literature specially related to noise-to-harmonic ratio / As técnicas vocais são recursos utilizados pelo fonoaudiólogo em sua prática clínica, a
fim de eliminar ou amenizar uma queixa vocal. A vibração de língua é uma das técnicas
mais utilizadas na clínica da voz e por ser dita universal, o emprego da técnica pode
ocorrer de forma indiscriminada, ou seja, nem sempre bem aplicada pelo profissional ou
devidamente executada pelo paciente. O objetivo da pesquisa é analisar a técnica de
vibração de língua, sob os aspectos do seu aprendizado, da imagem do trato vocal, dos
efeitos acústicos por meio da avaliação perceptivo-auditiva e da análise acústica e
da imagem postural e da face do fonoaudiólogo durante a realização da técnica. No
método foram selecionados 20 fonoaudiólogos do sexo feminino, atuantes na área de
voz, com no mínimo cinco anos de experiência clínica, sem queixas ou alterações
vocais que se dispuseram a participar dessa pesquisa. A participação constou do
preenchimento de dois protocolos, sendo um sobre sua formação profissional e outro
sobre o aprendizado da técnica de vibração de língua. Após essa etapa, os sujeitos
tiveram suas vozes gravadas antes e depois de realizar um minuto e meio da técnica em
tom habitual de fala. Essa gravação constou da emissão da data de realização do
exame, duas vogais sustentadas /a/ e /é/, dias da semana e frase do protocolo CAPE-V
Minha mãe namorou um anjo . Em seguida foram encaminhados para a realização de
exame nasofibrolaringoscópico no qual as estruturas do trato vocal foram visualizadas
enquanto a técnica foi realizada durante um minuto e meio. Ao mesmo tempo em que as
estruturas do trato eram filmadas, uma câmera de vídeo foi posicionada na frente dos
sujeitos a fim de observar a face e a postura de cabeça dos mesmos. As gravações de
áudio e das imagens foram analisadas por juízes e foi feita a análise estatística. Os
resultados apontaram que o fonoaudiólogo que atua na área de voz mantém um
aprendizado continuado, ou seja, realiza cursos de aprimoramento, especialização,
mestrado e doutorado. Sobre o aprendizado da técnica, verificamos que o fonoaudiólogo
aprende a realizar a técnica na Faculdade e afirma possuir domínio sobre a mesma
quando os pacientes começam a apresentar resultados positivos. A maioria dos
fonoaudiólogos acredita que a mobilização da onda mucosa e a melhora da coaptação
glótica representam a finalidade da técnica. O fonoaudiólogo aplica a técnica
principalmente quando há nódulos vocais, demonstrando que a aplicação da técnica
ainda se dá pelo diagnóstico médico e não pelas características vocais do paciente.
Sobre os achados da avaliação perceptivo-auditiva verificamos que a vibração de
língua, quando realizada no tom habitual da fala não altera o pitch. O ataque vocal
apresentou maior suavidade e a qualidade vocal piorou em alguns casos, em função do
aumento do muco causado pela introdução do fibroscópio flexível. O trato vocal
comportou-se, durante a técnica, com constrição de faringe, principalmente no sentido
ântero-posterior. Não houve ampliação da faringe, medialização das pregas vestibulares
ou vibração das mesmas. No entanto houve vibração de todo arcabouço laríngeo, com
abaixamento da laringe em alguns sujeitos, devido à variação discreta do tom utilizado
durante a realização da técnica. As pregas vocais nem sempre foram visualizadas
devido à constrição supraglótica. Porém, na maioria dos sujeitos (11), foi possível
visualizar fechamento glótico incompleto. Não houve, neste estudo, interferência da
mudança da postura de cabeça e das modificações da face nas estruturas do trato
vocal. A análise acústica mostrou que a freqüência fundamental não se modificou após
a realização da técnica de vibração de língua, em 11 sujeitos. Houve aumento dos
harmônicos e melhora significativa do traçado espectrográfico. Concluímos que os
achados dessa pesquisa diferem dos achados de literatura no que se refere ao
comportamento do trato vocal durante a realização da técnica, principalmente no que se
refere ao fechamento glótico. No entanto, os achados da avaliação perceptivo-auditiva e
da análise acústica indicam resultados semelhantes, principalmente na melhora da
relação harmônico-ruído
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