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Mediadores inflamatórios e associação com o espessamento carotídeo em pessoas com HIV/AIDS, em uso de antirretrovirais e com baixo risco cardiovascularLEITE, Kaliene Maria Estevão 22 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-22 / CNPq / Os indivíduos com infecção pelo HIV estão em risco aumentado de desenvolver doença cardiovascular quando comparado com a população geral. Isso se deve a inflamação provocada pelo HIV, uso da terapia antirretroviral e fatores de risco tradicionais. Contudo poucos estudos observaram a ocorrência desses distúrbios na população de HIV positivos, considerada baixo risco cardiovascular e com carga viral indetectável. Deste modo o objetivo foi avaliar a associação entre os níveis dos mediadores inflamatórios com o espessamento carotídeo em pessoas vivendo com HIV, em tratamento com antirretrovirais (ITRN e ITRNN) e com baixo risco cardiovascular, além de comparar espessura mediointimal da carótida e níveis de mediadores inflamatórios entre pessoas com e sem o HIV. Para determinação do baixo risco cardiovascular, em ambos os grupos, HIV e não HIV foi utilizado cálculo através do escore de risco de Framingham. Foi realizada dosagem de marcadores inflamatórios (IFN-γ, IL-1β, IL-6, TNF-α, PCR-us, sVCAM-1 e sICAM-1) através da técnica de citometria de fluxo, assim como medidas de espessura mediointimal de carótida através de ultrassom Doppler. Entre os grupos houve diferença quando comparados os marcadores inflamatórios IFN-γ, IL-1 e TNF-α. Observa-se um maior nível desses marcadores no grupo sem HIV. No grupo HIV, os fatores associados à alteração da medida da espessura do complexo médio intimal de carótida foi idade e tabagismo. No grupo sem o HIV a idade, maior nível de colesterol total e LDL se mostraram associados ao aumento da espessura da carótida.A partir do cálculo de P75, na análise multivariada nos pacientes HIV, houve associação significativa entre níveis de TNF-α e IL1-βà uma maior chance de aterosclerose. Dessa forma, conclui-se que ambos os grupos apresentam risco semelhante de desenvolver doença cardiovascular. Alerta-se a importância do controle da carga viral nos pacientes HIV positivos somado à manutenção de parâmetros de risco cardiovascular sob controle, tais como tabagismo, diabetes, hipertensão e dislipidemia, assim como realização de exame de imagem na população HIV positiva com idade≥ 40. / Individuals with HIV infection are at increased risk of developing cardiovascular disease when compared to the general population. This is due to the inflammation caused by HIV, the use of antiretroviral therapy and traditional risk factors. However, few studies have observed the occurrence of these disorders in the HIV-positive population, considered low cardiovascular risk and with undetectable viral load. The objective was to evaluate the association between the levels of inflammatory mediators with carotid thickening in people living with HIV, in treatment with antiretrovirals (NRTIs and NNRTIs) and with low cardiovascular risk, in addition to comparing, in addition to comparing íntima-média thicknessof carotidand mediator levels Inflammation among people with and without HIV. To determine the low cardiovascular risk, in both groups, HIV and non-HIV was calculated using the Framingham risk score. Inflammatory markers (IFN-γ, IL-1β, IL-6, TNF-α, ss-CRP, sVCAM-1 and sICAM-1) were measured by flow cytometry as well as Carotid artery by Doppler ultrasound. Among the groups, there were differences when comparing the inflammatory markers IFN-γ, IL-1 and TNF-α. A higher level of these markers is observed in the non-HIV group. In the HIV group, the factors associated with the change in the thickness of the mean intimal carotid complex were age and smoking. In the group without HIV age, higher total cholesterol and LDL levels were associated with increased carotid thickness. From the calculation of P75, in the multivariate analysis in HIV patients, there was a significant association between levels of TNF-α and IL1-β at a higher chance of atherosclerosis. Thus, it is concluded that both groups present a similar risk of developing cardiovascular disease. The importance of viral load control in HIV-positive patients is added together with the maintenance of cardiovascular risk parameters under control, such as smoking, diabetes, hypertension and dyslipidemia, as well as image examination in the HIV positive population aged ≥ 40.
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Efeito da fibra solúvel sobre a hipertrigliceridemia e perfil imunológico de indivíduos HIV positivo em uso de terapia anti-retroviral de alta atividadeGeraix, Juliana [UNESP] 25 February 2008 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2008-02-25Bitstream added on 2014-06-13T20:02:02Z : No. of bitstreams: 1
geraix_j_dr_botfm.pdf: 538830 bytes, checksum: a76b460005466efa7d2941012c34da2d (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Universidade Estadual Paulista (UNESP) / O advento da utilização da terapia antiretroviral de alta atividade (HAART), a partir de 1996, representou um profundo impacto na história natural da infecção pelo HIV, promovendo uma importante e sustentada supressão na replicação viral, elevando a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes soropositivos. No entanto, gradualmente, foi se observando que a terapia antiretroviral é acompanhada de alterações metabólicas, como dislipidemia, principalmente hipertrigliceridemia, resistência insulínica, hiperglicemia e lipodistrofia, isto é, redistribuição da gordura corporal. Ensaios epidemiológicos demonstram correlação entre os níveis elevados de triglicerídeos (TG) e maior incidência de doença arterial coronariana (DAC). Autores sugerem a intervenção dietética como parte do tratamento da hiperlipidemia, incluindo aumento da ingestão de fibra solúvel (10g-25g/dia). Há estudos demonstrando que tanto o colesterol quanto os triglicerídeos séricos diminuem com a utilização de fibra alimentar. Alguns observaram redução apenas nos níveis séricos de triglicerídeos, enquanto que outros não verificaram alteração no metabolismo lipídico. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da fibra solúvel (goma guar parcialmente hidrolisada) suplementar sobre a hipertrigliceridemia e o perfil imunológico de indivíduos HIV positivo em tratamento com HAART. Foram estudados 19 pacientes HIV positivo com hipertrigliceridemia (níveis séricos ³ 150 a < 500mg/dL), sendo 63,16% do sexo masculino e 36,84% feminino, com média de idade de 43,52 ± 9,22 anos. Esses indivíduos utilizavam o mesmo esquema HAART há pelo menos seis meses, sem mudança da terapia durante o estudo e receberam 20g de fibra solúvel por dia, durante quatro meses... / The advent of highly active antiretroviral therapy (HAART), since 1996, represented a profound impact on the natural history of HIV-infection by promoting important and sustainable viral replication suppression and increasing survival and quality of life among seropositive patients. Nonetheless, antiretroviral therapy has been observed to be accompanied by metabolic alterations such as dyslipidemia, especially hypertriglyceridemia, insulin resistance, hyperglycemia and lipodystrophy (body fat redistribution). Epidemiological studies have demonstrated a correlation between high triglyceride (TG) levels and higher incidence of coronary artery disease (CAD). Some investigators suggest dietary intervention as part of hyperlipidemia treatment, including an increase in soluble fiber intake (10-25g/day). Whereas some studies have demonstrated that both cholesterol and serum triglyceride levels decrease with the use of food fiber, others have shown just a serum triglyceride decrease, and others failed to observe any alteration in lipid metabolism. The purpose of this study was to assess the effect of soluble fiber® (partially hydrolyzed guar gum) supplementation on hypertriglyceridemia and immune profile in HIV-positive individuals on HAART. Nineteen HIV-positive individuals with hypertriglyceridemia (serum levels 150 to < 500 mg/dL) were studied. Of these individuals, 63,16% were males and 36,84% females, with mean age of 43,52 ± 9,22 years. These individuals had been on the same HAART regimen for at least 6 months, had no change in therapy during the study and received 20g/day of soluble fiber for four months at pre-established times. Clinical-nutritional, biochemical (total proteins, albumin, globulin, total cholesterol, LDL-c, HDL-c, TG, TG/HDL-c and LDL-c/HDL-c)... (Complete abstract click electronic access below)
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Exerc?cios anaer?bicos, padr?o morfofuncional e os marcadores hematol?gicos em pessoas vivendo com hiv e aidsSouza, Hunaway Albuquerque Galv?o de 04 March 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-03-04 / Estudos que relacionam a atividade f?sica e HIV/AIDS enfatizam a perspectiva biol?gica, demonstrando a sua relev?ncia, apontam a preocupa??o em estabelecer um tipo de atividade e intensidade que n?o comprometa o sistema imunol?gico, enfatizando as melhorias do exerc?cio sobre os par?metros antropom?tricos, na aptid?o f?sica bem como um grande aumento da capacidade funcional para o grupo testado. Objetivo: O presente estudo se caracteriza como quase-experimental e objetivou analisar o padr?o morfofuncional, marcadores hematol?gicos em pessoas vivendo com HIV/AIDS, atrav?s da oferta interven??o com exerc?cios ana?robicos (exerc?cios resistidos em sala de muscula??o) para pacientes portadores de HIV/AIDS. M?todos: A
amostra foi composta por 11 indiv?duos do g?nero masculino, com m?dia de idade de 43,2 anos, participantes do Programa Pro-Sa?de e Atividade F?sica da Universidade Federal do Rio grande do Norte e atendimento cl?nico no Hospital Giselda Trigueiro da Secretaria de Estado de Sa?de P?blica/RN. A coleta de dados foi composta de exames laboratoriais para medir TCD4 e Carga Viral, medidas antropom?tricas: ?ndice de Massa Corporal - IMC, Rela??o Cintura Quadril- RCQ, e uma annamenese
sociodemogr?fica. Para an?lise dos dados utilizou-se no presente estudo a estatistica descritiva com os valores de tendecia central e seus derivados. Para as vari?veis de cunho discreto utilizou-se a an?lise de frequencia atav?s de valores percentuais de aparecimento. Resultados: Os resultados entre os Pr? e o P?s teste das vari?veis estudadas foram assim apresentadas: para o IMC (pr? m?dia de 24,0 Kg/m2 e p?s 24,2 Kg/m2), RCQ (pr? m?dia de 0,97cm e p?s 0,95 cm), Somat?rio de Dobras cut?neas
(Pr? 117,1 e P?s 102,0), Somat?rio da Perimetria(Pr? 310,5 e P?s 313,3), For?a Escapular(Pr? 30,9 Kgf e P?s 30,3 Kgf), For?a Press?o Manual Direita(Pre 41,2 e P?s 42,1), For?a Press?o Manual esquerda(Pr? 39,4 e Pos 39,9), TCD4( Pr? 579 e P?s 509
c?ls/mm3) e Carga Viral(pr? e p?s <50 c?pias). Esses resultados apontam para uma melhora importante das vari?veis antropom?tricas estudadas, principalmente em rela??o a RCQ, na contagem dos linf?citos TCD4 e manuten??o da Carga Viral em
n?veis abaixo do limite m?nimo(<50 c?pias/ml) Conclus?o:O Programa de Exerc?cios resistidos com caracter?sticas anaer?bicas promove melhorias no padr?o morfofuncional, manuten??o das c?lulas TCD4 em n?veis considerados seguros para esta popula??o e estabiliza??o da carga viral, n?o apresentando riscos ? sa?de dos participantes
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Exerc?cio f?sico, sa?de e qualidade de vida em pessoas com HIV/AIDS em Natal/Rio Grande do NorteGuerra, Lu?s Marcos de Medeiros 21 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-05-21 / A sobrevida das pessoas com AIDS tem aumentado com o uso das terapias com antiretrovirais (TARV), esses, entretanto, possuem efeitos colaterais que interferem no padr?o morfofuncional e hematol?gico, o que pode levar a altera??es na qualidade de vida (QV). Este estudo quase-experimental objetivou avaliar par?metros antropom?tricos, funcionais, hematol?gicos e de QV em pessoas com HIV/AIDS submetidas a um programa de exerc?cios de 16 semanas. Os participantes tinham idade entre 35 e 51 anos (n=15), eram registrados no N?cleo de atendimento do Hospital Giselda Trigueiro em Natal/Rio Grande do Norte e apresentaram CD4350cel/mm3, lipodistrofia e estavam em TARV. Foram avaliados o ?ndice de massa corp?rea (IMC), a rela??o cintura-quadril (RCQ), o percentual de gordura (%G), a for?a escapular e manual, a contagem de CD4, carga viral e QV, antes e ap?s a interven??o. Essa foi realizada com exerc?cios de aquecimento e utilizou como base os exerc?cios resistidos, realizados 3x/semana, com 1h e intensidade de 60 a 75% de 1RM. Observaram-se modifica??es significativas no %G (p=0,031), for?a escapular (p=0,007) e preens?o manual (p=0,039). Houve aumento no CD4 e a carga viral manteve-se indetect?vel. Nos dom?nios da QV, houve mudan?a significativa no do meio ambiente (p=0,021), espiritualidade, religiosidade e cren?as pessoais (p=0,032) e na percep??o da qualidade de vida e sa?de geral (p=0,005). Os resultados sugerem que os exerc?cios resistidos para essa popula??o constituem agente terap?utico coadjuvante no controle dos efeitos colaterais advindos da TARV, promovendo modifica??es na composi??o corporal, aumento da capacidade funcional e dos n?veis de CD4, mantendo est?vel a carga viral e melhorando a QV. Sugerimos novos estudos com maior tempo de interven??o e com o acompanhamento de equipes multidisciplinares, o que poder? promover melhorias mais significativas na qualidade de vida e efetuar maior controle nas vari?veis intervenientes
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Escape transitório da viremia plasmática de HIV-1 e falência virológica em indivíduos sob terapêutica anti-retroviral: incidência e fatores associados / Intermittent HIV-1 viremia (blips) and virologic failure in patients under antiretroviral therapy: incidence and associated factorsIbrahim, Karim Yaqub 20 September 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: Pacientes em terapia anti-retroviral podem apresentar escapes transitórios de viremia plasmática (blip), porém os preditores desse evento e seu impacto sobre a incidência de falência virológica são ainda controversos na literatura. Neste estudo de coorte estimou-se a incidência de blip e de falência virológica e investigaram-se possíveis preditores de tais desfechos. Blip foi definido como carga viral superior a 50 cópias/mL com subseqüente supressão da viremia plasmática e falência virológica como duas medidas consecutivas de carga viral plasmática superiores a 50 cópias/mL. Adicionalmente, pesquisou-se, por ocasião desses eventos, a presença de mutações genotípicas de HIV capazes de conferir resistência aos anti-retrovirais e as concentrações plasmáticas de inibidores não nucleosídicos da transcriptase reversa e inibidores da protease, comparando-as com o relato dos participantes sobre adesão à medicação. MÉTODOS: 350 participantes infectados pelo HIV (250 homens e 100 mulheres) foram selecionados no Serviço de Extensão ao Atendimento de Pacientes com HIV/Aids Casa da Aids do Hospital das Clínicas da FMUSP, São Paulo, Brasil. Na admissão ao estudo e trimestralmente, ao longo de 78 semanas, foram coletadas informações sobre dados sóciodemográficos, forma presumida de aquisição do vírus, uso de e adesão a medicações anti-retrovirais, ocorrência de outras comorbidades, bem como uso de álcool e de drogas ilícitas. Investigaram-se fatores potencialmente associados à incidência dos desfechos de interesse, tais como ocorrência de outras doenças, exposição a imunizações e falha na adesão a práticas de sexo mais seguro. Amostras de sangue periférico foram coletadas a cada visita para determinação de carga viral plasmática por RT-PCR ultrassensível, e contagem de linfócitos T CD4+ por citometria de fluxo. Nos indivíduos que apresentaram os desfechos de interesse do estudo, procedeu-se ao seqüenciamento dos genes da transcriptase reversa e da protease de HIV e à dosagem plasmática dos anti-retrovirais por método de Cromatografia Líquida de Alta Performance. As incidências de blip e falência virológica foram estimadas e os fatores associados a ambos investigados em modelo de regressão logística múltipla. RESULTADOS: As incidências de blip e falência virológica foram 9,4 e 4,2/100 pessoas-ano, respectivamente. Três indivíduos apresentaram falência virológica precedidos por blip. À análise multivariada, a não adesão às praticas de sexo mais seguro no mês precedente se mostrou independentemente associada à ocorrência de blip (OR 24,64, IC 95% 4,40 137,88, p<0,001) e de falência virológica (OR 24,69, IC 95% 4,20 145,18, p<0,001). Adicionalmente, observou-se que a exposição prévia a maior número de esquemas anti-retrovirais foi preditora dos eventos blip (OR 1,82, IC 95% 1,41 2,36, p<0,001) e falência virológica (OR 1,67, IC 95% 1,19 2,35, p=0,003). A ocorrência de blip não se associou ao desenvolvimento posterior de falência virológica. Um maior número de mutações conferidoras de resistência medicamentosa foi identificado no momento de falência virológica, quando comparado ao momento de blip, com predomínio de mutações no gene da transcriptase reversa, refletindo o maior uso desses fármacos. Das 122 concentrações plasmáticas de anti-retrovirais analisadas em 120 amostras, 84 estavam em níveis terapêuticos adequados. Porém, tais resultados apresentaram apenas 69% de concordância com a adesão auto-referida à medicação. Este estudo mostra que apresentar blip em uma medida isolada pode ser um evento benigno; por outro lado, falência virológica pode ser conseqüente a acúmulo de mutações conferidoras de resistência a pelo menos um dos anti-retrovirais em uso, podendo comprometer a eficácia do esquema terapêutico utilizado. Ambos os desfechos mostraram-se mais incidentes na população multiexperimentada à terapêutica, que, portanto, merece atenção particular. Uma importante contribuição deste estudo foi a avaliação da dosagem plasmática dos antiretrovirais, método simples e de baixo custo, que, implantado na rotina laboratorial, pode contribuir para o monitoramento da adesão aos antiretrovirais e reduzir a demanda por testes genotípicos / BACKGROUND: HIV-1-infected patients under antiretroviral therapy may present intermittent viremia (blip); however, predictors of this outcome and its influence on the incidence of virologic failure remain controversial in the literature. The aim of this study is to estimate the incidence of blip and virologic failure in a cohort of patients under stable antiretroviral therapy and to investigate their associated factors. Blip was defined as a plasma HIVRNA load above 50 copies/mL followed by a subsequent value below 50 copies/mL. Virologic failure was defined as two consecutives measures of viral load above 50 copies/mL. Moreover, at time of occurrence of these outcomes, HIV genotyping assays were performed in search of drug resistance-associated mutations, and plasma concentrations of nonnucleoside reverse transcriptase and protease inhibitors assessed and compared with self-reported adhrence to therapy. METHODS: 350 subjects (250 male and 100 female) were enrolled at the HIV Clinic, School of Medicine, University of São Paulo, Brazil and followed for 78 weeks. At baseline and in 3-month interval follow-up visits we collected sociodemographic data and information on presumed mode of HIV acquisition, use of and adherence to antiretrovirals, comorbidities and use of alcohol and illicit drugs. Additionally, patients were questioned about potential predictors of the outcomes, including occurrence of other diseases, immunizations and risky sexual behavior. Blood samples were drawn for assessment of HIV plasma viral loads, using ultrasensitive RT-PCR, and T CD4+ cell counts by flow cytometry. Individuals who presented blip and/or virologic failure were submitted to HIV genotyping assays and assessment of antiretroviral plasma concentrations by high-performance liquid chromatography. Incidences of blip and virological failure were estimated and associated factors investigated, using a multiple logistic regression model. RESULTS: The incidence of blip and of virologic failure were 9.4/100 and 4.2/100 person-years, respectively. Three individuals presented virologic failure after blip episodes. On multivariate analysis, non-adherence to safer sex measures in the previous month was shown independently associated with the occurrence of blip (OR 24.64, 95%CI 4.40 137.88, p<0.001) and virologic failure (OR 24.69, 95%CI 4.20 145.18, p<0.001). In addition, history of multiple exposures to antiretroviral regimens was also a predictor of blip (OR 1.82, 95%CI 1.41 2.36, p<0.001) and virologic failure (OR 1.67, 95%CI 1.19 2.35, p<0.001). Blips were not predictive of virologic failure. A larger number of HIV mutations were identified at time of virologic failure, as compared to blip episodes, with mutations detected predominantly in the reverse transcriptase (RT) gene, probably due to larger exposure to RT inhibitors. Eighty-four out of 122 assessments of antiretroviral plasma concentrations analyzed in 120 samples resulted in the therapeutic range. However, these results were concordant with self-reported adherence to therapy in 69% of cases only. This study shows that a single blip episode may be considered benign, whereas virologic failure could result from accumulation of HIV drug resistance-associated mutations that may impair the efficacy of therapy. Both study outcomes occurred more frequently among patients with larger exposure to antiretrovirals, and therefore they should be monitored in this regard. An important contribution of this study concerns the assessment of antiretroviral plasma concentrations, a simple and low cost laboratory tool. Incorporated routinely in patient follow-up, it would help monitoring adherence to therapy and reduce the need for HIV genotyping assays
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Escape transitório da viremia plasmática de HIV-1 e falência virológica em indivíduos sob terapêutica anti-retroviral: incidência e fatores associados / Intermittent HIV-1 viremia (blips) and virologic failure in patients under antiretroviral therapy: incidence and associated factorsKarim Yaqub Ibrahim 20 September 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: Pacientes em terapia anti-retroviral podem apresentar escapes transitórios de viremia plasmática (blip), porém os preditores desse evento e seu impacto sobre a incidência de falência virológica são ainda controversos na literatura. Neste estudo de coorte estimou-se a incidência de blip e de falência virológica e investigaram-se possíveis preditores de tais desfechos. Blip foi definido como carga viral superior a 50 cópias/mL com subseqüente supressão da viremia plasmática e falência virológica como duas medidas consecutivas de carga viral plasmática superiores a 50 cópias/mL. Adicionalmente, pesquisou-se, por ocasião desses eventos, a presença de mutações genotípicas de HIV capazes de conferir resistência aos anti-retrovirais e as concentrações plasmáticas de inibidores não nucleosídicos da transcriptase reversa e inibidores da protease, comparando-as com o relato dos participantes sobre adesão à medicação. MÉTODOS: 350 participantes infectados pelo HIV (250 homens e 100 mulheres) foram selecionados no Serviço de Extensão ao Atendimento de Pacientes com HIV/Aids Casa da Aids do Hospital das Clínicas da FMUSP, São Paulo, Brasil. Na admissão ao estudo e trimestralmente, ao longo de 78 semanas, foram coletadas informações sobre dados sóciodemográficos, forma presumida de aquisição do vírus, uso de e adesão a medicações anti-retrovirais, ocorrência de outras comorbidades, bem como uso de álcool e de drogas ilícitas. Investigaram-se fatores potencialmente associados à incidência dos desfechos de interesse, tais como ocorrência de outras doenças, exposição a imunizações e falha na adesão a práticas de sexo mais seguro. Amostras de sangue periférico foram coletadas a cada visita para determinação de carga viral plasmática por RT-PCR ultrassensível, e contagem de linfócitos T CD4+ por citometria de fluxo. Nos indivíduos que apresentaram os desfechos de interesse do estudo, procedeu-se ao seqüenciamento dos genes da transcriptase reversa e da protease de HIV e à dosagem plasmática dos anti-retrovirais por método de Cromatografia Líquida de Alta Performance. As incidências de blip e falência virológica foram estimadas e os fatores associados a ambos investigados em modelo de regressão logística múltipla. RESULTADOS: As incidências de blip e falência virológica foram 9,4 e 4,2/100 pessoas-ano, respectivamente. Três indivíduos apresentaram falência virológica precedidos por blip. À análise multivariada, a não adesão às praticas de sexo mais seguro no mês precedente se mostrou independentemente associada à ocorrência de blip (OR 24,64, IC 95% 4,40 137,88, p<0,001) e de falência virológica (OR 24,69, IC 95% 4,20 145,18, p<0,001). Adicionalmente, observou-se que a exposição prévia a maior número de esquemas anti-retrovirais foi preditora dos eventos blip (OR 1,82, IC 95% 1,41 2,36, p<0,001) e falência virológica (OR 1,67, IC 95% 1,19 2,35, p=0,003). A ocorrência de blip não se associou ao desenvolvimento posterior de falência virológica. Um maior número de mutações conferidoras de resistência medicamentosa foi identificado no momento de falência virológica, quando comparado ao momento de blip, com predomínio de mutações no gene da transcriptase reversa, refletindo o maior uso desses fármacos. Das 122 concentrações plasmáticas de anti-retrovirais analisadas em 120 amostras, 84 estavam em níveis terapêuticos adequados. Porém, tais resultados apresentaram apenas 69% de concordância com a adesão auto-referida à medicação. Este estudo mostra que apresentar blip em uma medida isolada pode ser um evento benigno; por outro lado, falência virológica pode ser conseqüente a acúmulo de mutações conferidoras de resistência a pelo menos um dos anti-retrovirais em uso, podendo comprometer a eficácia do esquema terapêutico utilizado. Ambos os desfechos mostraram-se mais incidentes na população multiexperimentada à terapêutica, que, portanto, merece atenção particular. Uma importante contribuição deste estudo foi a avaliação da dosagem plasmática dos antiretrovirais, método simples e de baixo custo, que, implantado na rotina laboratorial, pode contribuir para o monitoramento da adesão aos antiretrovirais e reduzir a demanda por testes genotípicos / BACKGROUND: HIV-1-infected patients under antiretroviral therapy may present intermittent viremia (blip); however, predictors of this outcome and its influence on the incidence of virologic failure remain controversial in the literature. The aim of this study is to estimate the incidence of blip and virologic failure in a cohort of patients under stable antiretroviral therapy and to investigate their associated factors. Blip was defined as a plasma HIVRNA load above 50 copies/mL followed by a subsequent value below 50 copies/mL. Virologic failure was defined as two consecutives measures of viral load above 50 copies/mL. Moreover, at time of occurrence of these outcomes, HIV genotyping assays were performed in search of drug resistance-associated mutations, and plasma concentrations of nonnucleoside reverse transcriptase and protease inhibitors assessed and compared with self-reported adhrence to therapy. METHODS: 350 subjects (250 male and 100 female) were enrolled at the HIV Clinic, School of Medicine, University of São Paulo, Brazil and followed for 78 weeks. At baseline and in 3-month interval follow-up visits we collected sociodemographic data and information on presumed mode of HIV acquisition, use of and adherence to antiretrovirals, comorbidities and use of alcohol and illicit drugs. Additionally, patients were questioned about potential predictors of the outcomes, including occurrence of other diseases, immunizations and risky sexual behavior. Blood samples were drawn for assessment of HIV plasma viral loads, using ultrasensitive RT-PCR, and T CD4+ cell counts by flow cytometry. Individuals who presented blip and/or virologic failure were submitted to HIV genotyping assays and assessment of antiretroviral plasma concentrations by high-performance liquid chromatography. Incidences of blip and virological failure were estimated and associated factors investigated, using a multiple logistic regression model. RESULTS: The incidence of blip and of virologic failure were 9.4/100 and 4.2/100 person-years, respectively. Three individuals presented virologic failure after blip episodes. On multivariate analysis, non-adherence to safer sex measures in the previous month was shown independently associated with the occurrence of blip (OR 24.64, 95%CI 4.40 137.88, p<0.001) and virologic failure (OR 24.69, 95%CI 4.20 145.18, p<0.001). In addition, history of multiple exposures to antiretroviral regimens was also a predictor of blip (OR 1.82, 95%CI 1.41 2.36, p<0.001) and virologic failure (OR 1.67, 95%CI 1.19 2.35, p<0.001). Blips were not predictive of virologic failure. A larger number of HIV mutations were identified at time of virologic failure, as compared to blip episodes, with mutations detected predominantly in the reverse transcriptase (RT) gene, probably due to larger exposure to RT inhibitors. Eighty-four out of 122 assessments of antiretroviral plasma concentrations analyzed in 120 samples resulted in the therapeutic range. However, these results were concordant with self-reported adherence to therapy in 69% of cases only. This study shows that a single blip episode may be considered benign, whereas virologic failure could result from accumulation of HIV drug resistance-associated mutations that may impair the efficacy of therapy. Both study outcomes occurred more frequently among patients with larger exposure to antiretrovirals, and therefore they should be monitored in this regard. An important contribution of this study concerns the assessment of antiretroviral plasma concentrations, a simple and low cost laboratory tool. Incorporated routinely in patient follow-up, it would help monitoring adherence to therapy and reduce the need for HIV genotyping assays
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