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A Comunidade do Mangue do bairro Vila Velha, Fortaleza/CE: O territÃrio e o cotidiano vivido a partir da perspectiva dos moradores e dos profissionais do Programa SaÃde da FamÃlia (PSF) / A Mangrove Community of the Vila Velha neighborhood, in The city of Fortaleza/CE: Territory and daily life experiences from the point of view of dwellers and professionals of the Family Health Program (fhp).Alexandre de Lima Santos 12 September 2008 (has links)
Este trabalho objetivou estudar a comunidade do mangue do bairro Vila Velha,
localizada no extremo oeste da cidade de Fortaleza/CE, a partir do ponto de
vista dos moradores da comunidade selecionados como informantes-chave e
dos profissionais do Programa de SaÃde da FamÃlia (PSF) do Centro de SaÃde
da FamÃlia JoÃo Medeiros, responsÃveis pela assistÃncia à saÃde da
comunidade em questÃo. Intentamos focar a comunidade do mangue do bairro
Vila Velha a partir de trÃs âlentesâ principais: primeiramente, situando a mesma
como estando localizada em uma vasta extensÃo de terra da Ãrea de ProteÃÃo
Ambiental (APA) do EstuÃrio do Rio CearÃ, mais precisamente, na margem
direita da planÃcie flÃvio-marinha do Rio CearÃ, recurso hÃdrico este que divide
os municÃpios de Fortaleza e de Caucaia. Desta forma, a comunidade sofre
com o risco de enchentes pelas oscilaÃÃes de marà do Rio CearÃ, sobretudo
durante a estaÃÃo chuvosa, o que a caracteriza como uma das principais Ãreas
de risco do municÃpio de Fortaleza. Em seguida, abordamos a comunidade
como fazendo parte do bairro Vila Velha, um dos bairros mais populosos e
problemÃticos de Fortaleza em virtude da carÃncia de serviÃos urbanos bÃsicos
em importantes porÃÃes do bairro, como a deficiente coleta de lixo,
abastecimento de Ãgua e de rede coletora de esgotos domÃsticos. O bairro Vila
Velha vem experimentando, em anos recentes, intenso processo de ocupaÃÃo
populacional de suas porÃÃes mais prÃximas à planÃcie de inundaÃÃo do Rio
CearÃ, onde se localiza a comunidade que abordamos em nosso estudo. Por
fim, enfocamos a comunidade do mangue do bairro Vila Velha como sendo
formada pelas micro-Ãreas de nÃmeros 068, 069, 070 e 071, micro-Ãreas
classificadas como sendo de risco 1 pela Secretaria Municipal de SaÃde da
Prefeitura Municipal de Fortaleza (SMS/PMF) e, assim sendo, Ãrea prioritÃria
de assistÃncia à saÃde do Centro de SaÃde da FamÃlia JoÃo Medeiros, unidade
bÃsica de saÃde que exerce responsabilidade sanitÃria no bairro Vila Velha.
Desta forma, intentamos evidenciar a comunidade do mangue do bairro Vila
Velha nÃo somente como um territÃrio de atuaÃÃo das equipes de saÃde da
famÃlia, determinado pelo processo de territorializaÃÃo em saÃde para a
operacionalizaÃÃo das aÃÃes programÃticas do Programa de SaÃde da FamÃlia
(PSF), mas principalmente, do ponto de vista do cotidiano vivido localmente, ou
lugar, articulado a outras realidades, tais como o crescimento e urbanizaÃÃo
recentes da cidade de Fortaleza e os conflitos sÃcio-ambientais gerados a
partir da ocupaÃÃo, por famÃlias extremamente carentes, de grande parte da
Ãrea de ProteÃÃo Ambiental (APA) do EstuÃrio do Rio CearÃ. Em nosso
estudo, utilizamos a pesquisa de natureza qualitativa do tipo descritiva para
acessarmos, atravÃs de entrevistas semi-estruturadas, as visÃes dos
moradores acerca das condiÃÃes de vida e de moradia, das condiÃÃes de
saÃde e da moradia em Ãrea de preservaÃÃo ambiental; e as visÃes dos
profissionais acerca das condiÃÃes de vida e de moradia, das condiÃÃes de
saÃde, dos processos de territorializaÃÃo em saÃde e das polÃticas pÃblicas de
saÃde ambiente. / This paper aims to study the mangrove community in the Vila Velha
neighborhood, located in the extreme West of the City of Fortaleza/CE, from the
point-of-view of the community dwellers selected as key-informants and from
the health care professionals from the Family Health Program (FHP) from the
JoÃo Medeiros Family Health Center, who are in charge of providing health care
services to the community. This paper shall focus on the mangrove community
of Vila Velha from three main âlensesâ: firstly, the setting of the community
located in a vast piece of land in an Environmental Protection Area (APA in
Portuguese) amidst an Estuary belonging to the Cearà River, more precisely,
on the right bank of the marine-fluvial embayment of the Cearà River, a body of
water which divides the municipalities of Fortaleza and Caucaia. Thus, the
community suffers with the risk of floods due to the varying tides of the river,
mainly during the rainy season, which characterizes this area of study as one of
the areas of highest risk in the City of Fortaleza. As part of the investigation, the
community is considered to be part of the Vila Velha neighborhood, one of the
most populated and problematic neighborhoods in Fortaleza due to the major
lack of basic urban services throughout the neighborhood, such as solid waste
collection, water supply and sewage disposal. The Vila Velha neighborhood has
experienced, in recent years, an intensive process of people settling close to
the flood plains of the Cearà River, where the community in question is located.
Finally, a special focus is given to the mangrove community of Vila Velha which
is comprised of micro-areas 068, 069, 070 and 071, micro-areas classified as
having risk level 1 according to the Municipal Health Department of Fortaleza
(SMS/PMF) therefore, considered to be a health care priority area belonging to
the JoÃo Medeiros Family Health Center, a primary health care center which is
responsible for the public health of Vila Velha. Thus, the mangrove community
of Vila Velha is not only a territory where the family health teams operate,
determined by the health territorialization process involved in the pragmatic
action of the Family Health Program (PSF), but more so, from daily life
experiences, locally, or as a place, connected to other realities such as the
recent growth and urbanization of the City of Fortaleza and the socialenvironmental
conflicts stemming from the occupation of extremely poor
families, of a major part of the Environmental Protection Area (APA) in the
Estuary of the Cearà River. In this paper, qualitative research methodology has
been used, through the use of semi-structures interviews, in order to tap into the
vision of the community dwellers, regarding their living and housing conditions,
health and living conditions in an area of environmental protection; as well as
the point-of-view of the health care professionals in terms of the living, housing
and health conditions, as well as the territorialization process in health and in
terms of environmental health public policies.
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Entre mobilidades e disputas: o sertÃo do Rio Piranhas, Capitania da ParaÃba do Norte (1670-1750) / Mobility and conflicts: the hinterland of Rio Piranhas, Captaincy North ParaÃba (1670-1750)Ana Paula da Cruz Pereira de Moraes 19 August 2015 (has links)
nÃo hà / ApÃs a expulsÃo dos neerlandeses da AmÃrica Portuguesa, a Coroa retomou os esforÃos pelo desenvolvimento econÃmico e ocupaÃÃo da sua colÃnia no Novo Mundo. Chegara o tempo de expandir seus limites na direÃÃo oeste, voltando-se para os sertÃes ermos, investindo nas guerras e na criaÃÃo do gado, como um propulsor de abertura de estradas e nÃcleos de ocupaÃÃo. Partindo da perspectiva de uma HistÃria Social do SertÃo, esta pesquisa buscou contribuir com o debate em torno da formaÃÃo espacial e social dos sertÃes coloniais, tomando como base o SertÃo do Rio Piranhas, entre 1670 e 1750, localizado na Capitania da ParaÃba do Norte. Nesse contexto de interiorizaÃÃo dos domÃnios lusos, o mencionado sertÃo foi envolvido em um jogo de poder sobre seus espaÃos, articulado por aÃÃes estratÃgicas dos colonizadores, que culminou na reconfiguraÃÃo de territÃrios, por meio da desterritorializaÃÃo das naÃÃes indÃgenas que, por sua vez, empreenderam aÃÃes de resistÃncia de diferentes maneiras, desde o confronto direto, a guerra contra as forÃas coloniais, atà a tessitura de alianÃas com os forasteiros. Utilizando documentos do Arquivo HistÃrico Ultramarino, cartas de sesmarias e material cartogrÃfico, entre outras fontes, buscou-se lanÃar um olhar historiogrÃfico sobre a trama desse sertÃo, que se tornara uma zona de mÃltiplas fronteiras, perpassadas pela capacidade mÃvel dos seus atores sociais, que se articulavam em redes de caminhos e redes sociais que apontam um sertÃo em movimento. / After the expulsion of the Dutch of Portuguese America, the Lusitanian Crown returned to efforts for economic development and occupation of their colony in the New World. The time had come to expand its boundaries westward, turning to the distant hinterlands, investing in wars and raising cattle, as a impeller of the opening of paths and of occupation areas. From the perspective of a Social History of the Hinterland, this research sought to contribute to the debate on the spatial and social formation of the colonial hinterlands, building upon the Hinterland of Rio Piranhas, between 1670 and 1750, located in the Captaincy of North ParaÃba. In this context of internalization of the lusos domains, the aforementioned hinterland was involved in a play of power over their spaces articulated by strategic actions of the colonizers, which resulted in the reconfiguration of territories, through the deterritorialization of indigenous nations, which in turn, they did resistance actions of different ways, from direct confrontation, the war against the colonial forces, to the formation of alliances with outsiders. Using documents of the Overseas Historical Archive, land grants registers and cartographic documents, among other sources, sought to launch a historiographic view at the plot of this hinterland, which had become a zone of multiple frontiers, pervaded by the mobile capability of their social agents, which articulated in paths networks and social networks that points a moving hinterland.
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