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Formas de transmissão de conhecimentos entre os Tariano da região do Rio Uaupés AmazonasFernandes Fontoura, Ivo January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Esta dissertação versa sobre as formas de transmissão de conhecimentos entre os
Tariano da região do rio Uaupés. Nas últimas décadas ocorre, na região, um processo de
revalorização dos conhecimentos tradicionais. Esse trabalho busca identificar, analisar e
discutir a importância dos mesmos no contexto atual, trazendo informações dos diferentes
processos de trocas de conhecimentos que os povos indígenas adotavam antes da implantação
da educação escolar na região. Os Talyáseri, assim, como outros povos indígenas da região do
alto rio Negro, conforme habitam as margens dos rios Uaupés e Papuri (este último afluente
do primeiro) e a sua ocupação é cheia de episódios guerreiros, de lutas com os Tukano .
Atualmente os Talyáseri estão presentes em vinte e cinco povoados, três deles no rio Papuri e
o restante nas margens: direita e esquerda do rio Uaupés. Cada um desses povoados
representa um clã patrilinear, posto que reconhecem uma origem comum. As relações de
parentesco vinculadas aos traços agnáticos e de afinidade no meio cultural constituem o
essencial na identidade dos Talyáseri. Os conhecimentos tradicionais indígenas estão
vinculados ao contexto social, político, econômico e cultural vivenciado pelos Talyáseri,
razão pela qual a construção do conhecimento se deve àquele ambiente específico onde se
encontra inserido um determinado povo, seja ele, indígena ou não, com seus costumes,
crenças e tradições. As visões de mundo, os mitos, a história, a noção da hierarquia dos clãs,
das relações de parentesco, da territorialidade, a compreensão da fauna, da flora, o emprego
das técnicas nas atividades de pesca, da caça, no cultivo, na construção de uma habitação, o
uso de plantas medicinais, o emprego das substâncias analgésicas, a orientação nas
constelações, nas cheias e vazantes dos rios, a implementação e uso dos instrumentos de
danças, dos objetos ritualísticos, a fabricação de objetos de uso doméstico, das indumentárias,
à culinária, às crenças ao mundo sobrenatural entre outros, são alguns dos conhecimentos que
os Talyáseri portam. Se fossemos analisar cada um deles poderíamos identificar vários outros
conhecimentos que se encontram interligados a eles. Os conhecimentos para poderem ser
adotados tiveram que passar por um longo processo de observação, experimentação e a sua
validade comprovada pelas formas de como cada um deles era aplicado pelos seus detentores.
E compreendem desde àqueles relacionados à ecologia (etnoecologia), onde, o objeto de
estudo se volta na relação do homem com o seu ambiente, que, por sua vez, abrange às
técnicas de cultivo (manejo do solo), seleção genéticas de plantas, utilização de plantas
estimulantes, medicinais e industriais entre outros, a eles a autora denomina do saber
etnobotânico . Além do mais, compõem o quadro do saber etnozoológico : a captura de
proteína animal, estratégias de caças, captura de proteína vegetal, os tabus alimentares e o
conservadorismo. A partir desses pressupostos vários pesquisadores afirmam que o
conhecimento do ambiente ecológico, o tipo de adaptação e percepção da relação existente
entre a vida animal e vegetal, e a humana é um dos principais legados dos povos indígenas
para a sociedade contemporânea. Através de uma pesquisa de campo realizada em Iauareté
concluiu-se que o conjunto de saberes adotados e desenvolvidos pelos Talyáseri desde os seus
ancestrais e continuamente renovados a cada geração constitui na percepção deles ao que
chamamos aqui de payekanipe. Para mostrar-se portador deste conhecimento a pessoa deve
aprender todos os saberes relacionados ao seu clã como também para a sua subsistência,
assim, um Talyáseri deve conhecer toda a diversidade de conhecimento que esteja vinculado à
sabedoria dos seus antepassados para se manter a sua sobrevivência física, que dependendo do
momento e do ambiente, eles traçam novas estratégias que graças ao senso de observação
levantam hipóteses para em seguida serem testadas e se for comprovado o adotarão
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Zöomo\'ri: a construção da pessoa e a produção de gênero na concepção Xavante. Wederã, Pimentel Barbosa, Etenhiritipá / Zöomo\'ri: person construction and gender\'s production in Xavante\'s conception. Wederã, Pimentel Barbosa, EtenhiritipáCerqueira, Camila Gauditano de 05 March 2010 (has links)
A pesquisa contou com o trabalho de campo nas aldeias Wederã, Pimentel Barbosa e Etenhiritipá, localizadas na Terra Indígena Pimentel Barbosa, Mato Grosso, Brasil, e seu mote principal foi o ponto de vista feminino sobre a construção do corpo e a produção de gênero Xavante. Foram realizadas entrevistas com mulheres e homens mais velhos das três comunidades e a linha mestra das conversas foram as categorias de idade xavante, descritas nessa dissertação. Um tema recorrente foi a participação no zöomori, expedição familiar e coletiva de caça e coleta que aconteceu intensamente até o começo da década de 1980. O zöomori era um momento chave para mulheres e homens colocarem em prática seus conhecimentos e transmiti-los para os mais novos e crucial para a produção cultural dos corpos Xavante. / This paper is based on the field work developed in the villages of Wederã, Pimentel Barbosa and Etenhiritipá, located at Terra Indígena Pimentel Barbosa, Mato Grosso, Brasil, and its main theme is the feminine point of view regarding practices of body and gender construction to the Xavante people. Interviews with some elderly men and women were conducted in the three communities, and the main guidelines to those were the Xavante age categories, described in this dissertation. One recurring aspect was the participation in the zöomori, which is a family and collective hunt expedition that used to take place up until the beginning of the 1980s. The zöomori was a key moment to men and women to put to practice their knowledge and transmit it to the younger generation. That was a crucial process to the Xavante cultural production of the body.
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Zöomo\'ri: a construção da pessoa e a produção de gênero na concepção Xavante. Wederã, Pimentel Barbosa, Etenhiritipá / Zöomo\'ri: person construction and gender\'s production in Xavante\'s conception. Wederã, Pimentel Barbosa, EtenhiritipáCamila Gauditano de Cerqueira 05 March 2010 (has links)
A pesquisa contou com o trabalho de campo nas aldeias Wederã, Pimentel Barbosa e Etenhiritipá, localizadas na Terra Indígena Pimentel Barbosa, Mato Grosso, Brasil, e seu mote principal foi o ponto de vista feminino sobre a construção do corpo e a produção de gênero Xavante. Foram realizadas entrevistas com mulheres e homens mais velhos das três comunidades e a linha mestra das conversas foram as categorias de idade xavante, descritas nessa dissertação. Um tema recorrente foi a participação no zöomori, expedição familiar e coletiva de caça e coleta que aconteceu intensamente até o começo da década de 1980. O zöomori era um momento chave para mulheres e homens colocarem em prática seus conhecimentos e transmiti-los para os mais novos e crucial para a produção cultural dos corpos Xavante. / This paper is based on the field work developed in the villages of Wederã, Pimentel Barbosa and Etenhiritipá, located at Terra Indígena Pimentel Barbosa, Mato Grosso, Brasil, and its main theme is the feminine point of view regarding practices of body and gender construction to the Xavante people. Interviews with some elderly men and women were conducted in the three communities, and the main guidelines to those were the Xavante age categories, described in this dissertation. One recurring aspect was the participation in the zöomori, which is a family and collective hunt expedition that used to take place up until the beginning of the 1980s. The zöomori was a key moment to men and women to put to practice their knowledge and transmit it to the younger generation. That was a crucial process to the Xavante cultural production of the body.
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