Made available in DSpace on 2014-07-29T16:10:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 LUCIANA SANTOS.pdf: 803374 bytes, checksum: 62fd9a72710788a0a073f868a3905539 (MD5) Previous issue date: 2009-08-21 / This study proposes a reflection on symbolic transmission, in an attempt to discuss how one can speak of symbolic transmission in contemporaneousness. On considering that there is a split-subject structure in the very construction of the subject, since the subject is structured on lack, this study initially presents what the subject of psychoanalysis is. It then deals with a subject that does not coincide with person, period or development; the subject is a lack of being. Using the testimony of adults who have undergone traumas, the study discusses how transmission is undertaken in the contemporary world. In this cross section, the educational crisis is brought into question, because if the subject is structured on lack, it is not a question of overcoming this by abolishing the symbolic, but rather of a subjective constitution which allows the subject to get involved with what surrounds it. Using Lacan s Seminar XI studies, one can discuss how the idealization of the subject and its development through science leads to the impotence of education and of the professor. This discourse involves a discourse which emphasizes the failure of schooling, the decline of the symbolic authority of the professor, etc. Based on psychoanalytic theory, this study discusses the link between Felman s operation of testimony and symbolic transmission, thereby aligning (Felman s term, 2000) the position of those who testify with that of the professor, the one who teaches. Symbolic transmission involves an operation which convokes the subject who must get involved; this involves work proper to the unconscious itself, that of alienating and separating, this is movement of the language itself. By getting involved, there is a possibility that the subject may witness a symbolic transmission. The professor in his/her teaching function can present a lack in an educational act. His/her position as a subject of the unconscious may or may not sustain his/her teaching position, that is, his/her authority as people who teach, thereby being able to hand on a cultural inheritance. / O presente trabalho propõe uma reflexão sobre a transmissão simbólica, procurando discutir como é possível falar de transmissão simbólica na contemporaneidade. Ao considerar que na própria constituição do sujeito há uma estrutura de hiância, por ser o sujeito estruturado em falta, o trabalho inicialmente explicita o que é o sujeito da psicanálise. Trata-se então de um sujeito que não coincide com pessoa, período ou desenvolvimento; o sujeito é uma falta-a-ser. Ao abordar testemunhos de adultos que passaram por traumas, o trabalho discute como se dá a transmissão no mundo contemporâneo. Nesse recorte a crise na educação é posta em questão, pois se o sujeito é estruturado em falta não se trata de superá-la abolindo o simbólico, mas de uma constituição subjetiva que permita ao sujeito se implicar com o que está a sua volta. A partir dos estudos de Lacan no seminário XI é possível discutir como a idealização do sujeito e de seu desenvolvimento pela ciência promove a impotência da educação e do professor por meio de um discurso que ressalta o fracasso escolar, a queda de autoridade simbólica do professor, etc.. Considerando a teoria da psicanálise, este trabalho discute o vínculo entre a operação do testemunho em Felman e a transmissão simbólica, possibilitando um alinhamento (termo usado por Felman, 2000) da posição de quem testemunha à do professor, aquele que ensina. A transmissão simbólica envolve uma operação que convoca o sujeito, é necessário que ele se implique, e isso envolve um trabalho próprio do inconsciente, que é o de se alienar e separar, ou seja, movimento próprio da linguagem. Ao se implicar existe a possibilidade de o sujeito testemunhar uma transmissão simbólica. O professor em sua função de ensino também pode se haver com a falta em um ato educativo, sua postura como sujeito do inconsciente poderá sustentar ou não seu lugar de ensino, ou seja, sua autoridade como aquele que ensina, podendo transmitir uma herança cultural.