Spelling suggestions: "subject:"turvo state park"" "subject:"turvo state mark""
1 |
Interações ente Bromelia balansae Mez e espécies lenhosas em áreas de ecótono floresta-afloramento rochosoCamargo, Talita January 2011 (has links)
Interações positivas entre plantas têm sido demonstradas em várias comunidades em todo mundo, as quais desempenham papéis importantes na coexistência de espécies, produtividade e diversidade específica. Nesse estudo, avaliamos a influência de Bromelia balansae Mez sobre a riqueza específica, composição, abundância e diversidade de espécies lenhosas nos sub-bosques florestais e nas bordas externas de três afloramentos rochosos com cobertura herbácea presentes no Parque Estadual do Turvo, sul do Brasil. Estabelecemos 15 pares de unidades amostrais (u.a.) em cada afloramento rochoso e igual número na floresta, totalizando 180 u.a.. Consideramos as rosetas das bromélias como u.a. circulares e, como controle, instalamos u.a. correspondentes em áreas sem bromélias. Cada u.a. foi descrita pela abundância de indivíduos juvenis de espécies lenhosas. Para analisar o efeito de B. balansae sobre a riqueza, utilizamos curvas de rarefação baseados nas u.a.. Avaliamos também o efeito sobre a abundância de espécies no afloramento e na floresta utilizando ANOVAs com permutação. As curvas de rarefação revelaram uma diferença significativa da riqueza específica entre as u.a. nos afloramentos onde B. balansae está presente daquelas onde não está. Porém, na floresta, a riqueza de espécies entre u.a. com e sem B. balansae não apresentou diferença significativa. Nos campos rupestres, a presença de B. balansae influenciou positivamente a abundância de espécies em comparação às áreas controle. Na floresta, porém, não encontramos diferenças entre u.a. com e sem B. balansae. / Positive interactions among plants have been demonstrated in several communities around the world and play important roles in maintaining species coexistence, productivity and species diversity. In this study we evaluated the influence of Bromelia balansae Mez on species richness, composition, abundance and diversity of trees and shrubs in the forest understory and on the outer edge of rock outcrops present on Turvo State Park, Rio Grande do Sul, Brazil. The sampling was done in three outcrop areas, which constituted replicas, to evaluate the influence of the presence of B. balansae on woody species. To analyze the effect on the richness of bromeliads, we used rarefaction curves based on sampling units (s.u.). We also evaluated the effect on the abundance of species in outcrop and forest with ANOVAs using permutation. Rarefaction curves showed a significant difference in species richness between s.u. of the outcrops where B. balansae was present and the those without the species. However, the s.u. in the forest, species richness between s.u. with and without B. balansae showed no significant difference. In rocky fields, the presence of B. balansae has positively influenced the abundance of species in comparison to the control areas. In the forest, however, no differences between s.u. with and without B. balansae.
|
2 |
Interações ente Bromelia balansae Mez e espécies lenhosas em áreas de ecótono floresta-afloramento rochosoCamargo, Talita January 2011 (has links)
Interações positivas entre plantas têm sido demonstradas em várias comunidades em todo mundo, as quais desempenham papéis importantes na coexistência de espécies, produtividade e diversidade específica. Nesse estudo, avaliamos a influência de Bromelia balansae Mez sobre a riqueza específica, composição, abundância e diversidade de espécies lenhosas nos sub-bosques florestais e nas bordas externas de três afloramentos rochosos com cobertura herbácea presentes no Parque Estadual do Turvo, sul do Brasil. Estabelecemos 15 pares de unidades amostrais (u.a.) em cada afloramento rochoso e igual número na floresta, totalizando 180 u.a.. Consideramos as rosetas das bromélias como u.a. circulares e, como controle, instalamos u.a. correspondentes em áreas sem bromélias. Cada u.a. foi descrita pela abundância de indivíduos juvenis de espécies lenhosas. Para analisar o efeito de B. balansae sobre a riqueza, utilizamos curvas de rarefação baseados nas u.a.. Avaliamos também o efeito sobre a abundância de espécies no afloramento e na floresta utilizando ANOVAs com permutação. As curvas de rarefação revelaram uma diferença significativa da riqueza específica entre as u.a. nos afloramentos onde B. balansae está presente daquelas onde não está. Porém, na floresta, a riqueza de espécies entre u.a. com e sem B. balansae não apresentou diferença significativa. Nos campos rupestres, a presença de B. balansae influenciou positivamente a abundância de espécies em comparação às áreas controle. Na floresta, porém, não encontramos diferenças entre u.a. com e sem B. balansae. / Positive interactions among plants have been demonstrated in several communities around the world and play important roles in maintaining species coexistence, productivity and species diversity. In this study we evaluated the influence of Bromelia balansae Mez on species richness, composition, abundance and diversity of trees and shrubs in the forest understory and on the outer edge of rock outcrops present on Turvo State Park, Rio Grande do Sul, Brazil. The sampling was done in three outcrop areas, which constituted replicas, to evaluate the influence of the presence of B. balansae on woody species. To analyze the effect on the richness of bromeliads, we used rarefaction curves based on sampling units (s.u.). We also evaluated the effect on the abundance of species in outcrop and forest with ANOVAs using permutation. Rarefaction curves showed a significant difference in species richness between s.u. of the outcrops where B. balansae was present and the those without the species. However, the s.u. in the forest, species richness between s.u. with and without B. balansae showed no significant difference. In rocky fields, the presence of B. balansae has positively influenced the abundance of species in comparison to the control areas. In the forest, however, no differences between s.u. with and without B. balansae.
|
3 |
Interações ente Bromelia balansae Mez e espécies lenhosas em áreas de ecótono floresta-afloramento rochosoCamargo, Talita January 2011 (has links)
Interações positivas entre plantas têm sido demonstradas em várias comunidades em todo mundo, as quais desempenham papéis importantes na coexistência de espécies, produtividade e diversidade específica. Nesse estudo, avaliamos a influência de Bromelia balansae Mez sobre a riqueza específica, composição, abundância e diversidade de espécies lenhosas nos sub-bosques florestais e nas bordas externas de três afloramentos rochosos com cobertura herbácea presentes no Parque Estadual do Turvo, sul do Brasil. Estabelecemos 15 pares de unidades amostrais (u.a.) em cada afloramento rochoso e igual número na floresta, totalizando 180 u.a.. Consideramos as rosetas das bromélias como u.a. circulares e, como controle, instalamos u.a. correspondentes em áreas sem bromélias. Cada u.a. foi descrita pela abundância de indivíduos juvenis de espécies lenhosas. Para analisar o efeito de B. balansae sobre a riqueza, utilizamos curvas de rarefação baseados nas u.a.. Avaliamos também o efeito sobre a abundância de espécies no afloramento e na floresta utilizando ANOVAs com permutação. As curvas de rarefação revelaram uma diferença significativa da riqueza específica entre as u.a. nos afloramentos onde B. balansae está presente daquelas onde não está. Porém, na floresta, a riqueza de espécies entre u.a. com e sem B. balansae não apresentou diferença significativa. Nos campos rupestres, a presença de B. balansae influenciou positivamente a abundância de espécies em comparação às áreas controle. Na floresta, porém, não encontramos diferenças entre u.a. com e sem B. balansae. / Positive interactions among plants have been demonstrated in several communities around the world and play important roles in maintaining species coexistence, productivity and species diversity. In this study we evaluated the influence of Bromelia balansae Mez on species richness, composition, abundance and diversity of trees and shrubs in the forest understory and on the outer edge of rock outcrops present on Turvo State Park, Rio Grande do Sul, Brazil. The sampling was done in three outcrop areas, which constituted replicas, to evaluate the influence of the presence of B. balansae on woody species. To analyze the effect on the richness of bromeliads, we used rarefaction curves based on sampling units (s.u.). We also evaluated the effect on the abundance of species in outcrop and forest with ANOVAs using permutation. Rarefaction curves showed a significant difference in species richness between s.u. of the outcrops where B. balansae was present and the those without the species. However, the s.u. in the forest, species richness between s.u. with and without B. balansae showed no significant difference. In rocky fields, the presence of B. balansae has positively influenced the abundance of species in comparison to the control areas. In the forest, however, no differences between s.u. with and without B. balansae.
|
4 |
Parque estadual do Rio Turvo : um estudo sobre a percepção e interpretação ambiental da comunidade moradora do entorno da BR 116 /Paixão, Carolina Araujo da. January 2010 (has links)
Orientador: Solange T. de Lima Guimarães / Banca: Maria de Jesus Robim / Banca: Odaleia Telles M. M. Queiroz / Resumo: O estudo das unidades de conservação como um sistema integrado de gestão ambiental e as recentes alterações de categorias nessas reservas para a formação de mosaicos de unidades de conservação nos levam à percepção das transformações na maneira pela qual comunidades que dependem dos recursos naturais que esses espaços oferecem, se relacionam com o seu entorno. Como fazer com que a gestão ambiental seja efetivamente participativa e quais os elementos da relação destas comunidades com o seu entorno são os eixos que nortearam este trabalho. A proposta deste estudo se baseou no estudo da percepção ambiental dos moradores do entorno da BR-116, no trecho que compreende o Parque Estadual do Rio Turvo, no município de São Paulo, a fim de levantar aspectos relevantes na relação desses moradores com o espaço vivido e, consequentemente contribuir para a gestão participativa do Parque e para a busca por valores e comportamentos pró-ambientais / Abstract: The study of protected areas as integrated management systems and the recent changes of categories in these reserves for the formation of mosaics of Conservation Units lead us to the perception of the transformations in the way which communities that depend on natural resources that these spaces provide, relate to its surroundings. How to make sure that the environmental management is effectively participatory and which are the elements of the relationship of these communities to its surroundings are the axles that guided this work. The proposal of this study was based on the study of the environmental perception of neighborhood residents of BR- 116 road, in the stretch where the State Park of Rio Turvo is located, in the city of São Paulo, in order to raise relevant issues in the relationship of these residents with their living space and, consequently, contribute to the participatory management of the Park and to the search for values and pro-environmental behaviors / Mestre
|
5 |
Parque estadual do Rio Turvo: um estudo sobre a percepção e interpretação ambiental da comunidade moradora do entorno da BR 116Paixão, Carolina Araujo da [UNESP] 11 March 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:27:53Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2010-03-11Bitstream added on 2014-06-13T19:07:00Z : No. of bitstreams: 1
paixao_ca_me_rcla.pdf: 1476391 bytes, checksum: 108a12972aeb4ba446dcdea4a2904f2c (MD5) / O estudo das unidades de conservação como um sistema integrado de gestão ambiental e as recentes alterações de categorias nessas reservas para a formação de mosaicos de unidades de conservação nos levam à percepção das transformações na maneira pela qual comunidades que dependem dos recursos naturais que esses espaços oferecem, se relacionam com o seu entorno. Como fazer com que a gestão ambiental seja efetivamente participativa e quais os elementos da relação destas comunidades com o seu entorno são os eixos que nortearam este trabalho. A proposta deste estudo se baseou no estudo da percepção ambiental dos moradores do entorno da BR-116, no trecho que compreende o Parque Estadual do Rio Turvo, no município de São Paulo, a fim de levantar aspectos relevantes na relação desses moradores com o espaço vivido e, consequentemente contribuir para a gestão participativa do Parque e para a busca por valores e comportamentos pró-ambientais / The study of protected areas as integrated management systems and the recent changes of categories in these reserves for the formation of mosaics of Conservation Units lead us to the perception of the transformations in the way which communities that depend on natural resources that these spaces provide, relate to its surroundings. How to make sure that the environmental management is effectively participatory and which are the elements of the relationship of these communities to its surroundings are the axles that guided this work. The proposal of this study was based on the study of the environmental perception of neighborhood residents of BR- 116 road, in the stretch where the State Park of Rio Turvo is located, in the city of São Paulo, in order to raise relevant issues in the relationship of these residents with their living space and, consequently, contribute to the participatory management of the Park and to the search for values and pro-environmental behaviors
|
6 |
Vegetação rupestre associada á floresta estacional no sul do BrasilRocha, Fernando Souza January 2009 (has links)
Formações rupestres representam centros de diversidade taxonômica e funcional associadas a condições ambientais extremas. São também sítios para colonização por espécies florestais, normalmente associada a mecanismos de facilitação. A distribuição das espécies, determinada por seu nicho e por mecanismos neutros, resulta na variação da composição entre comunidades (diversidade beta). Neste trabalho pretendemos avaliar se a vegetação rupestre apresenta-se, taxonômica e funcionalmente, distinta da matriz florestal regional, analisar possíveis interações positivas entre espécies associadas ao avanço da floresta sobre a vegetação rupestre e determinar como a composição de espécies arbóreas no gradiente floresta-afloramento rochoso é limitada por dinâmicas neutras, de nicho ou ambas ao longo da ontogenia. Estudamos a vegetação sobre afloramentos basálticos no Parque Estadual do Turvo, sul do Brasil. A flora das comunidades rupestres foi estudada a campo durante dois anos. As espécies foram classificadas em formas de vida com base na literatura e observação no campo. Para avaliarmos a ocorrência de facilitação e os padrões de diversidade beta arbórea amostramos comunidades de espécies arbóreas em três ecótonos de floresta/afloramento rochoso. Em cada sítio estabelecemos 60 parcelas de 1.5 x 1.5 m ao longo do gradiente. As parcelas foram descritas pela cobertura de Bromelia balansae Mez e pela composição de espécies, separadas em quatro classes de tamanho, representando as diferentes fases ontogenéticas dos indivíduos. Avaliamos diferenças taxonômicas e funcionais entre a vegetação rupestre e a flora regional através de testes de qui-quadrado e os efeitos dos diferentes fatores através de testes de aleatorização uni e multivariados. Registramos 111 espécies, das quais 43 de ocorrência restrita aos afloramentos, distribuídas em 54 famílias botânicas. O espectro de formas de vida teve grande frequência de caméfitos (29.7%), nanofanerófitos (17.1%) e geófitos (15.3%). Entre as espécies de ocorrência restrita, geófitos (32.6%), caméfitos (25.6%) e nanofanerófitos (20.9%) como foram as mais frequentes. Testes de 2 indicaram diferenças significativas nas frequências de famílias e de formas de vida entre os ambientes. Nossos resultados indicaram uma associação positiva entre a cobertura de bromélias e a riqueza e a abundância de plântulas de espécies arbóreas. Aparentemente, maiores coberturas por B. balansae fornecem proteção contra a herbivoria, indistintamente, e amenização das severas condições ambientais, favorecendo o estabelecimento de espécies pioneiras da floresta. Os testes multivariados indicaram efeito significativo do fator sítio sobre a diversidade beta, em todas as classes de tamanho, e do fator gradiente somente para duas classes de tamanho analisadas. A vegetação rupestre apresentou uma flora distinta, florística e funcionalmente, com uma grande similaridade a outras formações rupestres neotropicais, mas com expressivo número de espécies arbóreas. Plântulas destas espécies, aparentemente, beneficiam-se da presença de B. balansae, o que pode levar à redução gradual da vegetação rupestre neste mosaico floresta/afloramentos. Entender como as comunidades arbóreas têm sua distribuição determinada por limitações de dispersão e de nicho pode levar a uma melhor compreensão dos processos que geram e mantêm a diversidade. / Rocky outcrops are centers of taxonomic and functional diversity with extreme environmental conditions. They also are sites for colonization by forestry species, usually related to facilitation mechanisms. The species distribution set by niche and neutrals mechanisms results in the variation of composition among communities (beta diversity). The goals of this work are evaluate if rocky outcrops are taxonomically and functionally different from the surrounding forest, study the possible positive interactions among species related to the advance of the forest over the rupestrian vegetation and determine how the composition of arboreal species in the interface forest/rocky outcrop is limited by neutral, niche or both dynamics along the ontogeny. We studied the vegetation of basaltic rocky outcrops at the Turvo State Park, south Brazil. The flora from rupestrian communities was analyzed at field during two years. Species were classified into life forms based on literature and field observations. To evaluate the patterns of arboreal beta diversity and the occurrence of facilitation between plants we sampled arboreal species in three forest/rocky outcrop ecotones. In each rocky outcrop we established 60 plots of 1.5 x 1.5 m along the forest-rocky outcrop ecotone. We described each plot in terms of Bromelia balansae Mez cover and the composition of tree species, separated into four size classes, representing different ontogenetic stages of individuals. The taxonomic and functional differences between the rupestrian vegetation and regional flora were analyzed with the chi-square test and the effects of different factors were analyzed with randomization tests uni-and multivariate. We registered 111 species, 43 of which restricted to the rocky outcrops, distributed in 54 botanic families. The life form spectrum showed a high proportion of chamaephytes (29.7%), nanophanerophytes (17.1%) and geophytes (15.3%). The flora restricted to rocky outcrops showed more frequently geophytes (32.6%), chamaephytes (25.6%) and nanophanerophytes (20.9%). Chi-square tests indicated significant differences in frequencies among environments, for both families and life forms. Our results showed that the coverage of bromeliads is positively correlated to the richness and abundance of seedlings of arboreal species. It seems that higher cover by B. balansae gives protection against herbivory indistinctively, and also reduces the effects of severe environmental conditions, allowing the settlement of forest pioneers species. Multivariate tests showed significant effect of the site factor on the beta diversity in all classes of size and significant effect of the gradient factor only on two size classes evaluated. The rupestrian vegetation is distinct floristically and functionally, showing high floristic similarity with other neotropical rupestrian formations, but has high number of arboreal species. Seedlings of arboreal species seem to have benefit from the presence of B. balansae, which can cause a gradual reduction of the rupestrian vegetation in the forest and rocky outcrop mosaic. Understanding how the distribution of arboreal communities is determined by limitations of dispersal and niche can improve the comprehension of the dynamics that generate and maintain diversity.
|
7 |
Vegetação rupestre associada á floresta estacional no sul do BrasilRocha, Fernando Souza January 2009 (has links)
Formações rupestres representam centros de diversidade taxonômica e funcional associadas a condições ambientais extremas. São também sítios para colonização por espécies florestais, normalmente associada a mecanismos de facilitação. A distribuição das espécies, determinada por seu nicho e por mecanismos neutros, resulta na variação da composição entre comunidades (diversidade beta). Neste trabalho pretendemos avaliar se a vegetação rupestre apresenta-se, taxonômica e funcionalmente, distinta da matriz florestal regional, analisar possíveis interações positivas entre espécies associadas ao avanço da floresta sobre a vegetação rupestre e determinar como a composição de espécies arbóreas no gradiente floresta-afloramento rochoso é limitada por dinâmicas neutras, de nicho ou ambas ao longo da ontogenia. Estudamos a vegetação sobre afloramentos basálticos no Parque Estadual do Turvo, sul do Brasil. A flora das comunidades rupestres foi estudada a campo durante dois anos. As espécies foram classificadas em formas de vida com base na literatura e observação no campo. Para avaliarmos a ocorrência de facilitação e os padrões de diversidade beta arbórea amostramos comunidades de espécies arbóreas em três ecótonos de floresta/afloramento rochoso. Em cada sítio estabelecemos 60 parcelas de 1.5 x 1.5 m ao longo do gradiente. As parcelas foram descritas pela cobertura de Bromelia balansae Mez e pela composição de espécies, separadas em quatro classes de tamanho, representando as diferentes fases ontogenéticas dos indivíduos. Avaliamos diferenças taxonômicas e funcionais entre a vegetação rupestre e a flora regional através de testes de qui-quadrado e os efeitos dos diferentes fatores através de testes de aleatorização uni e multivariados. Registramos 111 espécies, das quais 43 de ocorrência restrita aos afloramentos, distribuídas em 54 famílias botânicas. O espectro de formas de vida teve grande frequência de caméfitos (29.7%), nanofanerófitos (17.1%) e geófitos (15.3%). Entre as espécies de ocorrência restrita, geófitos (32.6%), caméfitos (25.6%) e nanofanerófitos (20.9%) como foram as mais frequentes. Testes de 2 indicaram diferenças significativas nas frequências de famílias e de formas de vida entre os ambientes. Nossos resultados indicaram uma associação positiva entre a cobertura de bromélias e a riqueza e a abundância de plântulas de espécies arbóreas. Aparentemente, maiores coberturas por B. balansae fornecem proteção contra a herbivoria, indistintamente, e amenização das severas condições ambientais, favorecendo o estabelecimento de espécies pioneiras da floresta. Os testes multivariados indicaram efeito significativo do fator sítio sobre a diversidade beta, em todas as classes de tamanho, e do fator gradiente somente para duas classes de tamanho analisadas. A vegetação rupestre apresentou uma flora distinta, florística e funcionalmente, com uma grande similaridade a outras formações rupestres neotropicais, mas com expressivo número de espécies arbóreas. Plântulas destas espécies, aparentemente, beneficiam-se da presença de B. balansae, o que pode levar à redução gradual da vegetação rupestre neste mosaico floresta/afloramentos. Entender como as comunidades arbóreas têm sua distribuição determinada por limitações de dispersão e de nicho pode levar a uma melhor compreensão dos processos que geram e mantêm a diversidade. / Rocky outcrops are centers of taxonomic and functional diversity with extreme environmental conditions. They also are sites for colonization by forestry species, usually related to facilitation mechanisms. The species distribution set by niche and neutrals mechanisms results in the variation of composition among communities (beta diversity). The goals of this work are evaluate if rocky outcrops are taxonomically and functionally different from the surrounding forest, study the possible positive interactions among species related to the advance of the forest over the rupestrian vegetation and determine how the composition of arboreal species in the interface forest/rocky outcrop is limited by neutral, niche or both dynamics along the ontogeny. We studied the vegetation of basaltic rocky outcrops at the Turvo State Park, south Brazil. The flora from rupestrian communities was analyzed at field during two years. Species were classified into life forms based on literature and field observations. To evaluate the patterns of arboreal beta diversity and the occurrence of facilitation between plants we sampled arboreal species in three forest/rocky outcrop ecotones. In each rocky outcrop we established 60 plots of 1.5 x 1.5 m along the forest-rocky outcrop ecotone. We described each plot in terms of Bromelia balansae Mez cover and the composition of tree species, separated into four size classes, representing different ontogenetic stages of individuals. The taxonomic and functional differences between the rupestrian vegetation and regional flora were analyzed with the chi-square test and the effects of different factors were analyzed with randomization tests uni-and multivariate. We registered 111 species, 43 of which restricted to the rocky outcrops, distributed in 54 botanic families. The life form spectrum showed a high proportion of chamaephytes (29.7%), nanophanerophytes (17.1%) and geophytes (15.3%). The flora restricted to rocky outcrops showed more frequently geophytes (32.6%), chamaephytes (25.6%) and nanophanerophytes (20.9%). Chi-square tests indicated significant differences in frequencies among environments, for both families and life forms. Our results showed that the coverage of bromeliads is positively correlated to the richness and abundance of seedlings of arboreal species. It seems that higher cover by B. balansae gives protection against herbivory indistinctively, and also reduces the effects of severe environmental conditions, allowing the settlement of forest pioneers species. Multivariate tests showed significant effect of the site factor on the beta diversity in all classes of size and significant effect of the gradient factor only on two size classes evaluated. The rupestrian vegetation is distinct floristically and functionally, showing high floristic similarity with other neotropical rupestrian formations, but has high number of arboreal species. Seedlings of arboreal species seem to have benefit from the presence of B. balansae, which can cause a gradual reduction of the rupestrian vegetation in the forest and rocky outcrop mosaic. Understanding how the distribution of arboreal communities is determined by limitations of dispersal and niche can improve the comprehension of the dynamics that generate and maintain diversity.
|
8 |
Vegetação rupestre associada á floresta estacional no sul do BrasilRocha, Fernando Souza January 2009 (has links)
Formações rupestres representam centros de diversidade taxonômica e funcional associadas a condições ambientais extremas. São também sítios para colonização por espécies florestais, normalmente associada a mecanismos de facilitação. A distribuição das espécies, determinada por seu nicho e por mecanismos neutros, resulta na variação da composição entre comunidades (diversidade beta). Neste trabalho pretendemos avaliar se a vegetação rupestre apresenta-se, taxonômica e funcionalmente, distinta da matriz florestal regional, analisar possíveis interações positivas entre espécies associadas ao avanço da floresta sobre a vegetação rupestre e determinar como a composição de espécies arbóreas no gradiente floresta-afloramento rochoso é limitada por dinâmicas neutras, de nicho ou ambas ao longo da ontogenia. Estudamos a vegetação sobre afloramentos basálticos no Parque Estadual do Turvo, sul do Brasil. A flora das comunidades rupestres foi estudada a campo durante dois anos. As espécies foram classificadas em formas de vida com base na literatura e observação no campo. Para avaliarmos a ocorrência de facilitação e os padrões de diversidade beta arbórea amostramos comunidades de espécies arbóreas em três ecótonos de floresta/afloramento rochoso. Em cada sítio estabelecemos 60 parcelas de 1.5 x 1.5 m ao longo do gradiente. As parcelas foram descritas pela cobertura de Bromelia balansae Mez e pela composição de espécies, separadas em quatro classes de tamanho, representando as diferentes fases ontogenéticas dos indivíduos. Avaliamos diferenças taxonômicas e funcionais entre a vegetação rupestre e a flora regional através de testes de qui-quadrado e os efeitos dos diferentes fatores através de testes de aleatorização uni e multivariados. Registramos 111 espécies, das quais 43 de ocorrência restrita aos afloramentos, distribuídas em 54 famílias botânicas. O espectro de formas de vida teve grande frequência de caméfitos (29.7%), nanofanerófitos (17.1%) e geófitos (15.3%). Entre as espécies de ocorrência restrita, geófitos (32.6%), caméfitos (25.6%) e nanofanerófitos (20.9%) como foram as mais frequentes. Testes de 2 indicaram diferenças significativas nas frequências de famílias e de formas de vida entre os ambientes. Nossos resultados indicaram uma associação positiva entre a cobertura de bromélias e a riqueza e a abundância de plântulas de espécies arbóreas. Aparentemente, maiores coberturas por B. balansae fornecem proteção contra a herbivoria, indistintamente, e amenização das severas condições ambientais, favorecendo o estabelecimento de espécies pioneiras da floresta. Os testes multivariados indicaram efeito significativo do fator sítio sobre a diversidade beta, em todas as classes de tamanho, e do fator gradiente somente para duas classes de tamanho analisadas. A vegetação rupestre apresentou uma flora distinta, florística e funcionalmente, com uma grande similaridade a outras formações rupestres neotropicais, mas com expressivo número de espécies arbóreas. Plântulas destas espécies, aparentemente, beneficiam-se da presença de B. balansae, o que pode levar à redução gradual da vegetação rupestre neste mosaico floresta/afloramentos. Entender como as comunidades arbóreas têm sua distribuição determinada por limitações de dispersão e de nicho pode levar a uma melhor compreensão dos processos que geram e mantêm a diversidade. / Rocky outcrops are centers of taxonomic and functional diversity with extreme environmental conditions. They also are sites for colonization by forestry species, usually related to facilitation mechanisms. The species distribution set by niche and neutrals mechanisms results in the variation of composition among communities (beta diversity). The goals of this work are evaluate if rocky outcrops are taxonomically and functionally different from the surrounding forest, study the possible positive interactions among species related to the advance of the forest over the rupestrian vegetation and determine how the composition of arboreal species in the interface forest/rocky outcrop is limited by neutral, niche or both dynamics along the ontogeny. We studied the vegetation of basaltic rocky outcrops at the Turvo State Park, south Brazil. The flora from rupestrian communities was analyzed at field during two years. Species were classified into life forms based on literature and field observations. To evaluate the patterns of arboreal beta diversity and the occurrence of facilitation between plants we sampled arboreal species in three forest/rocky outcrop ecotones. In each rocky outcrop we established 60 plots of 1.5 x 1.5 m along the forest-rocky outcrop ecotone. We described each plot in terms of Bromelia balansae Mez cover and the composition of tree species, separated into four size classes, representing different ontogenetic stages of individuals. The taxonomic and functional differences between the rupestrian vegetation and regional flora were analyzed with the chi-square test and the effects of different factors were analyzed with randomization tests uni-and multivariate. We registered 111 species, 43 of which restricted to the rocky outcrops, distributed in 54 botanic families. The life form spectrum showed a high proportion of chamaephytes (29.7%), nanophanerophytes (17.1%) and geophytes (15.3%). The flora restricted to rocky outcrops showed more frequently geophytes (32.6%), chamaephytes (25.6%) and nanophanerophytes (20.9%). Chi-square tests indicated significant differences in frequencies among environments, for both families and life forms. Our results showed that the coverage of bromeliads is positively correlated to the richness and abundance of seedlings of arboreal species. It seems that higher cover by B. balansae gives protection against herbivory indistinctively, and also reduces the effects of severe environmental conditions, allowing the settlement of forest pioneers species. Multivariate tests showed significant effect of the site factor on the beta diversity in all classes of size and significant effect of the gradient factor only on two size classes evaluated. The rupestrian vegetation is distinct floristically and functionally, showing high floristic similarity with other neotropical rupestrian formations, but has high number of arboreal species. Seedlings of arboreal species seem to have benefit from the presence of B. balansae, which can cause a gradual reduction of the rupestrian vegetation in the forest and rocky outcrop mosaic. Understanding how the distribution of arboreal communities is determined by limitations of dispersal and niche can improve the comprehension of the dynamics that generate and maintain diversity.
|
Page generated in 0.0404 seconds