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A noção de linguagem em Descartes: ensaio sobre o conceito de linguagem na filosofia dualista de René Descartes / The notion of language in Descartes: essay on the concept of language in the dualistic philosophy of René Descartes

Cominetti, Geder Paulo Friedrich 06 August 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-10T18:26:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Geder P Friedrich Cominetti.pdf: 1360851 bytes, checksum: f57b49982d341a630b5b9800d36c6e69 (MD5) Previous issue date: 2013-08-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Descartes did not write a philosophy of language. A few quotes about this topic generate many interpretations. Most of the language studies in Descartes produce anachronisms or are originated by comparisons with other conceptions, without being led, primarily, by an analysis of the thought about the Cartesian language concept. However, the topic proved to be productive in speculations about the interaction between the human mind and body, which is very discussed by specialists and aggressively attacked by his opposers. Characterized as a Cartesian dualism essay, this study dares to separate the language in two parts, analyzing singly its material aspect, and then its immaterial aspect. This new approach turns the reader s attention to the importance of the material aspect of the language, substantiating the objectivity of the language in the extended substances. The communication only becomes possible because there is, among two or more men, the extension. This concept is classified as the objective aspect of the language, because it is generally in the area of the sensitive experience, apart from the individual and perceptible thought of the men. Concerning the subjective aspect, each individual has a free will and he can make his own thoughts. Indeed, it is in this way that Descartes conceives the language: having the men as the creator of the words meaning, which are represented and implemented by modification of the extension. In addition, he conceives the linguistics signs as representations of thoughts, as explicitness of the internal events of men. Their speech is the explicitness of their thoughts. Therefore, when looking at a set of graphic symbols that he produced, the individual realizes the movement of his thought. These revelations that the mind uses the body as a help in the searching for the truth, because, in the body, the memory can be used as a notebook of the mind demonstrate that the Cartesian dualistic conception of the language helped Descartes in his work on algebra and in his mathematical and scientific discoveries. In conclusion, it is possible to say that the topic has no end in the next pages, but it opens a new route for researchers devote their efforts to investigate the relations between mind and body. This study dares to be completely original in its approach, in the presented problem, but it does not want to bring the reader more than a deepening, at his limit, interpretation of one of the most commented writers in philosophy in the last three centuries. / Descartes não escreveu uma filosofia da linguagem. Algumas poucas citações acerca do tema dão margem a muitas interpretações. A maioria dos estudos sobre a linguagem em Descartes comete anacronismos ou é gerida por comparações com outras concepções, deixando de proceder primordialmente por uma análise do pensamento cartesiano sobre a noção de linguagem. Contudo, este tema se mostra muito fecundo em especulações sobre a interação entre corpo e alma, que é polemizada por especialistas e atacada com agressividade por seus opositores. Caracterizado como um ensaio sobre o dualismo cartesiano, este trabalho ousa seccionar a linguagem de maneira bifurcada, analisando separadamente o seu aspecto material, por um lado, e seu aspecto imaterial, por outro. Esta abordagem inédita volta a atenção do leitor para a importância do aspecto material da linguagem ao fundamentar a objetividade da linguagem na matéria extensa. A comunicação só se torna possível porque há, entre dois ou mais homens, a extensão. Esta é classificada como sendo o aspecto objetivo da linguagem, pois está comumente no campo da experiência sensível, independentemente do pensamento individual e perceptível do homem. Com relação ao aspecto subjetivo, cada homem possui um livre arbítrio e pode compor seus próprios pensamentos. De fato, é assim que Descartes concebe a linguagem, tendo o homem como autor da significação das palavras, representadas e objetivadas através de modificações da extensão. Ademais, Descartes concebe os sinais linguísticos como representações do pensamento, como explicitação das ocorrências internas do homem. O discurso deste é a explicitação de seu pensamento. Por isto que, ao olhar um conjunto de símbolos gráficos que produziu, o homem percebe o movimento de seu pensamento. Revelações como estas de a mente se utilizar do corpo como um auxílio na busca da verdade, já que no corpo a memória pode servir como um caderno de notas da mente mostram que a concepção cartesiana dualista da linguagem auxiliou Descartes em seus trabalhos de álgebra e em suas descobertas científicas e matemáticas. Em suma, é possível afirmar que o tema não se esgota nas páginas que seguem, mas ele abre uma nova via para que pesquisadores se detenham a investigar as relações entre alma e corpo. Este trabalho tem a ousadia de ser completamente original em sua abordagem, no problema que se coloca, mas não quer trazer ao leitor mais que um aprofundamento, em seus limites, da interpretação de um dos autores mais comentados em filosofia nos últimos três séculos.

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