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Sertão e sertanejos: antinomias narradas entre o pensado no Brasil e o vivido no norte de Minas GeraisOliveira Filho, Otaviano de 10 May 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-07-18T11:45:38Z
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Previous issue date: 2018-05-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This thesis tries to contrast the categories "sertão" and "sertanejo" from the contents constructed between the Brazilian social thought and the experiences of northern miners. Starting from the assumption that these categories constitute a complex semantic ballast that evidences a historical-social matter crossed by diverse places of enunciation, I propose the confrontation of this theme from its narrative envelope, considering it as also resulting from a discursive construction which is a significant, strategic part of the narratives of the Brazilian nation that took shape precisely at the end of the eighteenth century. The delimitation of a territory - the northern sertão of Minas Gerais - and the consequent classification of its inhabitant - the sertanejo - occurs here from the rationalization of a range of verbal texts accessed during the research process in one part and another of the enunciation on the sertão and the sertão that builds Brazil or lived locally. If, on the one hand, these categories are structuring of Brazilian social thought and apprehensible in its contents in reports of European travelers, historiographical, memorialistic and academic texts, chronicles, essays, popular songs, etc., on the other hand, I consider that the northern miners disseminate content that, at times, replicates the thought and also the constructed interpretations having lived as the foundation to think the world in which they live. The sertaneja narrative, in its various formats and supports, which has been a recurrent source of systematic research in the last four decades, is taken here from a relational perspective, as a counterpart of the historical experience experienced by the living in their communities dispersed by the great call backwoods / Esta tese procura contrapor as categorias “sertão” e “sertanejo” a partir dos conteúdos construídos entre o pensamento social brasileiro e as vivências de norte mineiros. Partindo do pressuposto de que essas categorias constituem um lastro semântico complexo que evidencia uma matéria histórico-social atravessada por lugares de enunciação diversos, proponho o enfrentamento deste tema a partir do seu invólucro narrativo, considerando-o como resultante, também, de uma construção discursiva que é parte significativa, estratégica, das narrativas da nação brasileira que se configuraram precisamente a partir de fins do século XVIII. A delimitação de um território – o sertão norte mineiro – e a consequente classificação do seu habitante – o sertanejo – dá-se aqui a partir da racionalização de uma gama de textos verbais acessados durante o processo de pesquisa numa vertente e outra da enunciação sobre o sertão e o sertanejo que constrói o Brasil ou o vivido localmente. Se, por um lado, tais categorias são estruturantes do pensamento social brasileiro e apreensível em seus conteúdos em relatos de viajantes europeus, textos historiográficos, memorialísticos e acadêmicos, crônicas, ensaios, canções populares etc., por outro lado, considero que os norte mineiros disseminam conteúdos que, às vezes, replicam o pensado e, também, pelas interpretações construídas tendo o vivido como o alicerce para pensar o mundo em que vivem. A narrativa sertaneja, em seus vários formatos e suportes, que tem sido fonte recorrente de pesquisa sistemática nas últimas quatro décadas, é tomada aqui a partir de uma perspectiva relacional, como contraparte da experiência histórica do experienciado pelos viventes em suas comunidades dispersas pelo chamado grande sertão mineiro
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