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Estudo da deglutição em pacientes com distonia laríngea antes e após o tratamento com toxina botulínica / Study of swallowing in patients with laryngeal dystonia before and after treatment with botulinum toxin.Leda Maria Tavares Alves 18 November 2013 (has links)
A distonia é uma síndrome que consiste de contrações musculares involuntárias que resultam em movimentos distorcidos e repetitivos e/ou posturas anormais. O tratamento pode ser por farmacoterapia, com drogas anticolinérgicas ou com a injeção de toxina botulínica no grupo de músculos afetados. O objetivo do trabalho foi avaliar a deglutição nos pacientes com distonia laríngea, antes e após o tratamento com a toxina botulínica. Nossa hipótese foi que a toxina botulínica modificaria a deglutição dos pacientes com distonia laríngea. Foram avaliados 17 indivíduos adultos, acima de 18 anos de idade, com diagnóstico clínico de distonia laríngea antes e após o tratamento com o uso de toxina botulínica do tipo A, e 20 indivíduos adultos saudáveis como controles. Os participantes foram submetidos à anamnese fonoaudiológica e avaliação videofluoroscópica da deglutição. Os pacientes com distonia foram avaliados antes e 30 dias após a injeção de toxina botulínica, guiada por eletromiografia. Na videofluoroscopia foram avaliadas 6 deglutições de 5mL, sendo 3 na consistência líquida (sulfato de bário 100%, e 3 na consistência pastosa (3g do espessante alimentar ThickenUp Clear, em 50 mL de sulfato de bário (100%) oferecidas em uma colher. A ordem das deglutições foi aleatória. Foram estudadas as fases oral e faríngea da deglutição, com registro de 30 quadros por segundo. Os pacientes com distonia laríngea apresentaram aumento de resíduos na região oral e em valécula e maior número de deglutições. Os pacientes apresentaram tempo de trânsito faríngeo (TTF) menor do que os controles (p<0,01), para os bolos nas consistências líquida e pastosa. O TTF foi menor após aplicação do que antes da aplicação da toxina botulínica, quando da deglutição do bolo pastoso. Portanto, concluiu-se que os pacientes com distonia laríngea, comparado a controles, têm trânsito mais rápido pela faringe, aumento de resíduos na região oral e em valécula e maior número de deglutições para o mesmo volume.Trinta dias após a aplicação da toxina botulínica foi observado diminuição da duração do trânsito pela faringe, com o bolo pastoso, e resposta tardia do movimento do osso hióide em relação à chegada do bolo na faringe. / Dystonia is a syndrome consisting of involuntary muscle contractions that result in distorted and repetitive movements and/or abnormal postures. Treatment may be by pharmacotherapy with anticholinergic drugs or with the injection of botulinum toxin in the affected muscle group. The aim of this study was to evaluate swallowing in patients with dystonia before and after treatment with botulinum toxin. Our hypothesis was that botulinum toxin modify the swallowing of patients with spastic dystonia. Seventeen adult subjects over the age of 18 years with clinically diagnosed dystonia were evaluated before and after treatment with botulinum toxin type A and compared to 20 healthy adults as controls. Participants underwent phonologic anamnesis and videofluoroscopy assessment of swallowing. Patients with dystonia were assessed before and 30 days after injection of botulinum toxin, guided by electromyography. In fluoroscopy, 6 swallows were evaluated of 5ml: 3 in a liquid consistency (100% barium sulfate) and 3 in a pasty consistency (3g of food thickener, ThickenUp Clear) in 50 mL of 100% barium sulfate, offered on a spoon. The oral and pharyngeal phases of swallowing were studied from swallows of random order, with registration of 30 frames per second. Patients with dystonia showed an increase of residue in the oral region and vallecula and greater number of multiple swallows. Patients had less pharyngeal transit time (PTT) than controls (p<0.01) for boluses of liquid and pasty consistencies. PTT was lower after the application of botulinum toxin than before with the swallowing of a pasty bolus. It was concluded that patients with dystonia, compared to controls, have more rapid transit through the pharynx, increased residues in the oral region and vallecula and a greater number of swallows for the same volume. Thirty days after the botulinum toxin, it was observed a shorter pharyngeal transit time with paste bolus, and delayed hyoid movement response to bolus presence in pharynx.
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CONCORDÂNCIA ENTRE A AVALIAÇÃO CLÍNICA E VIDEOFLUOROSCÓPICA EM PACIENTES DISFÁGICOS / AGREEMENT BETWEEN CLINICAL EVALUATION IN PATIENTS AND VIDEOFLUOROSCOPIC DYSPHAGIACosta, Cintia da Conceição 31 March 2014 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The current conception of speech therapy in dysphagia requires the use of a clinical assesment protocol that can provide sensitive and specific answers as to the degree of swallowing disorders. Objective: The objective of this research was to establish the correlation between the Dysphagia Risk Evaluation Protocol (DREP) and videofluoroscopy in patients with swallowing disorders as well as checking the level of oral intake after their assessment. Method: This research is exploratory, quantitative, longitudinal and retrospective in database. The sample consisted of 91 patients, 55 men and 36 women, aged between 18 and 89 years old. It was performed the clinical evaluation of dysphagia with the use of the Dysphagia Risk Evaluation Protocol - DREP (PADOVANI et al, 2007), use of the Functional Oral Intake Scale for Dysphagia in Stroke Patients - FOIS (CRARY et al, 2005), videofluoroscopic swallowing exam (VFSE) and use of the penetration/aspiration scale (ROSENBECK et al., 1996). The VFSE images were evaluated individually by three judges with expertise in dysphagia Results: The analysis of concordance of objective evaluation diagnosis between the judges according to the ICC was substantial and second Kappa index was considered moderate. The correlation between clinical (DREP) and objective assessment was moderate, it was found that the VFSE detected specific features of swallowing not identified in the clinical evaluation. The agreement between FOIS / DREP and FOIS / VFSE calculated by Kappa test was moderate, but the overall correlation was strong. Out of the 24 patients who received indication for total alternative feeding, that means, nothing orally, 13 (54%) received indication of at least one feeding consistency after completion of the VFSE. Furthermore, according to the clinical evaluation, 35 patients also needed an alternative feeding means and after the VFSE 25 patients still had indication for alternative feeding means. Conclusion: The DREP proved to be a satisfactory tool for establishing the presence of dysphagia in patients with different pathologies, but does not identify characteristics that are subject to analysis only with videofluoroscopy, confirming the necessary support of an objective method of assesment for a complete evaluation of the cases of dysphagia. There was strong correlation between the FOIS after clinical assessment by the DREP protocol and the videofluoroscopy of swallowing, the latter providing more accurate indication for the use of alternative feeding and liberation of oral feeding. Besides that, it was observed that the FOIS is an effective marker for determining the level of oral intake in dysphagia cases which were originated from neoplasms, diseases of the circulatory and respiratory systems. / Introdução: A concepção atual de atuação fonoaudiológica na disfagia exige o uso de protocolo de avaliação clínica que possa fornecer respostas sensíveis e específicas quanto ao grau da alteração da deglutição. Objetivo: O objetivo desta pesquisa foi estabelecer a concordância entre o protocolo clínico de avaliação de disfagia (PARD) e avaliação objetiva através da videofluoroscopia em pacientes com distúrbio da deglutição assim como verificar o nível de ingestão oral após as respectivas avaliações em diferentes patologias. Método: Esta pesquisa tem caráter exploratório, quantitativo, transversal e retrospectivo em banco de dados. A amostra foi constituída por 91 pacientes, 55 homens e 36 mulheres com idades entre 18 e 89 anos. Foi realizada a avaliação clínica da disfagia com o uso do Protocolo de Avaliação do Risco para a Disfagia - PARD (PADOVANI et al, 2007), aplicação da escala Functional Oral Intake Scale for Dysphagia in Stroke Patients FOIS (CRARY et al, 2005), avaliação videofluoroscópica da deglutição e aplicação da escala de penetração/aspiração (ROSENBECK et al., 1996). Para atingir os objetivos desta pesquisa e garantir a confiabilidade do diagnóstico de disfagia todos os exames de VFD foram reanalisados por três juízas a fim de se estabelecer a concordância entre elas. Resultados: A análise da concordância do diagnóstico na avaliação objetiva entre as juízas segundo o ICC foi substancial e segundo índice Kappa foi considerada moderada. A concordância entre avaliação clínica (PARD) e objetiva foi moderada e verificou-se que a VFD detectou características específicas da deglutição não identificadas na avaliação clínica. A concordância entre FOIS/PARD e FOIS/VFD calculada através do teste de Kappa foi moderada, já a correlação geral foi forte. Dos 24 pacientes que receberam indicação de via alternativa total de alimentação, ou seja, nada por via oral, 13 (54%) receberam indicação de pelo menos uma consistência de alimentação após a realização da VFD. Pode-se constatar que segundo a avaliação clínica 35 pacientes necessitavam de via alternativa de alimentação enquanto que após a VFD 25 pacientes ainda tinham indicação de via alternativa de alimentação. Conclusão: O PARD demonstrou ser uma ferramenta capaz de estabelecer a presença de disfagia em pacientes portadores de diferentes patologias, porém não identifica características que são passíveis de análise somente com a videofluoroscopia, ratificando a necessidade de um método de avaliação objetiva para complementar o diagnóstico de disfagia. Houve concordância forte entre a FOIS após avaliação clínica por meio do protocolo PARD e a videofluroscopia da deglutição. A VFD conferiu maior precisão na indicação do uso de vias alternativas de alimentação e liberação da via oral. Além disso, observou-se que a FOIS é um marcador eficaz para determinação do nível de ingestão oral para os casos de disfagia cuja origem foi as neoplasias, as doenças do aparelho circulatório e do aparelho respiratório.
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Deglutição em crianças com refluxo gastroesofágico: avaliação clínica fonoaudiológica e análise videofluoroscópica / Swallowing in infants with Gastroesophageal reflux (GER). Speech pathologist and videofluoroscopic evalutionsDuca, Ana Paula 14 December 2004 (has links)
O refluxo gastro-esofágico é considerado fator responsável pela dificuldade alimentar na infância. A ocorrência de experiências negativas como vômitos, regurgitações, muitas vezes associadas a engasgos, esofagite, disfagia, odinofagia, pirose e dor retroesternal geram comportamentos de aversão ou recusa alimentar e desorganizam o processo de deglutição e alimentação. O presente estudo teve por objetivo avaliar a deglutição em crianças com diagnóstico clínico de refluxo gastroesofágico (RGE). Foram selecionadas 37 crianças, com diagnóstico clínico de refluxo gastro-esofágico e refluxo gastro-esofágico associado a queixas de dificuldades alimentares, com idades variando de 7 meses a 3 anos e 1 mês, idade média de 15,35 meses, sendo 25 (67,6%) do gênero masculino e 12 (32,4%) do gênero feminino. Participaram do grupo controle 15 crianças, saudáveis (estado geral e nutricional), que foram cuidadosamente triadas para assegurar adequado desenvolvimento neuropsicomotor e ausência de sintomas de refluxo gastro-esofágico e problemas respiratórios de repetição, na faixa etária de 6 meses a 3 anos e 2 meses, idade média de 20,5 meses; 9 (60,0%) do gênero feminino e 6 (40,0%) do gênero masculino. Para a avaliação funcional da deglutição foram utilizadas dietas de consistências líquida, pastosa e sólida em volume inicialmente de 5 ml e após em volume livre, habitualmente utilizado pela criança. Na avaliação videofluoroscópica, utilizou-se das dietas de consistências líquida e pastosa, em volume livre para o leite e 5 ml para a dieta pastosa, adicionadas ao contraste de bário. As crianças com refluxo gastro-esofágico apresentaram alterações na avaliação clínica com ingestão menos freqüente de consistência sólida, presença de náusea, recusa alimentar, engasgos e irritabilidade alimentar. Na avaliação objetiva para o alimento de consistência líquida houve penetração laríngea e movimento compensatório de cabeça em extensão, sendo este último também observado para o alimento de consistência pastosa. Entretanto, não houve diferença entre os tempos das fases da deglutição. O estudo permitiu concluir que crianças com RGE apresentam dificuldades relacionadas à aceitação alimentar, porém os tempos da dinâmica orofaríngea da deglutição não se alteram. / Gastroesophageal reflux is considered cause of infants feeding disorder. Negative experience such as vomiting, regurgitation; several times may be associated to choking, dysphagia and painfull swallowing produce aversion or feed refusal and causes a break up in the swallowing and feeding processes. This study evaluated the swallowing process in children with gastroesophageal reflux (GER), confirmed clinically and radiographically. We selected 37 children, with GER and GER complaints of feeding disorders, ages range from 7 months to 37 months, mean age of 15,4 months, consisted 25 males (67,6%) and 12 females (32,4%). The control group (GC) consisted of 15 healthy children (general and nourishing states), carefully chosen for not having any symptoms of GER, repetitive breathing disorders or developmental delays. The ages varied form 6 to 38 months, with mean age of 20,5 months, being 6 males (40%) and 9 females (60%). Swallowing evaluation (functional) considered three diets consistency: liquid, semi-solid and solid, beginning with 5 ml followed by free volume taken habitually by children. Free volume of milk and 5 ml of semi-solid, mixed with barium, were used during the videofluoroscopy. Children with GER presented alteration in clinical evaluations on 64,9% (n=24) and the control group on 13,3% (n=2), swallowing less diet solid diet, presents nausea, feeding refusal, choking and irritation. Videofluoroscopy evaluation for liquids, showed laryngeal penetration on 61,8 % (n =21) , GC 33,3% (n=5), and backward compensatory movement in 64,7% (n=22) e GC 0%, it was similar for the semi-solid diet 41,2% (n=14) e GC (n=0). There was no difference in time of the swallowing phases. This study shows that children with GER present difficulties to accepting feeding although no alteration on the oropharyngeal dynamics timing of swallowing was founded.
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Estudo da deglutição em pacientes com miopatia mitocondrial do tipo oftalmoplegia externa crônica progressiva: avaliação clínica, manométrica e videofluoroscópica / Study of swallowing in patients with mitochondrial myopathy chronic progressive external ophthalmoplegia: clinical, manometric and videofluoroscopic evaluation.Danielle Ramos Domenis 27 May 2008 (has links)
As miopatias mitocondriais formam um grupo de desordens clinicamente heterogêneas que podem afetar múltiplos sistemas além do músculo esquelético. A oftalmoplegia externa crônica progressiva (CPEO) é um tipo de miopatia mitocondrial que tem como características alterações nos movimentos oculares, ptose, podendo ter acometimento da musculatura facial, além de atrofia muscular de membros. A fatigabilidade precoce pode ser a queixa principal e claramente desproporcional ao grau de fraqueza e atrofia muscular detectada. A disfagia na doença é uma manifestação descrita por muitos autores, porém pouco estudada ou caracterizada. O presente estudo teve como objetivo avaliar a deglutição de pacientes com miopatia mitocondrial do tipo CPEO através de avaliação clínica, manométrica e videofluoroscópica. Para tanto, foram selecionados 14 pacientes com diagnóstico de miopatia mitocondrial do tipo CPEO, em acompanhamento no Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, independente de apresentarem queixas ou não quanto à alimentação. A idade variou de 15 a 62 anos, com idade média de 35,3 anos sendo 5 (35,7%) do gênero masculino e 9 (64,3%) do feminino. O grupo controle foi formado por 16 indivíduos saudáveis (sem doenças neurológicas ou queixas quanto à alimentação) com idade variando de 21 a 44 anos, idade média de 27,5 anos, sendo 6 (37,5%) do gênero masculino e 10 (62,5%) do feminino. Na avaliação clínica, além da anamnese, foi realizada avaliação estrutural e funcional da deglutição. Para isso foram utilizadas as consistências pastosa, líquida e sólida, em volume livre, conforme hábito do paciente. Na avaliação manométrica, as medidas foram feitas durante a deglutição líquida, para avaliar as pressões intraluminares no corpo do esôfago. Foram realizadas 10 deglutições com intervalo de 30 segundos entre elas e após cinco minutos de repouso mais 10 deglutições com intervalo de 10 segundos entre elas. Foram consideradas as medidas da pressão intraluminal, sua duração, área sob a curva e tempos parciais e totais de deslocamento da onda. Na avaliação videofluoroscópica utilizaram-se as dietas pastosa, líquida e sólida, sendo as duas primeiras em volume controlado de 5ml. Para todas as consistências foram realizadas três ofertas, sendo que para o pastoso e sólido esse processo foi repetido. Além da dinâmica da deglutição na fase orofaríngea foram analisados os tempos de fase oral (TFO), depuração faríngea (DF), trânsito faríngeo (TF), trânsito pela transição faringoesofágica (TTFE) e tempo de movimentação hióidea (TMH). Em anamnese observamos que 9 (64,3%) pacientes tinham queixas quanto a alimentação mas apenas 7 (50%) apresentaram alterações na avaliação clínica, sendo essas alterações principalmente para as consistências pastosa (57,1%) e sólida (100%). As principais alterações foram fase oral prolongada, mastigação inadequada, deglutições múltiplas e fadiga. Na avaliação manométrica foi observado redução da motilidade esofágica sendo essa principalmente no esôfago proximal, com amplitude, duração e área sob a curva reduzidas. Quando comparado o desempenho do esôfago nos diferentes intervalos de deglutição, não houve relação com a presença da doença, pois a diferença foi significante tanto para os pacientes como para os controles. Na videofluoroscopia da deglutição, assim como na avaliação clínica, as principais alterações encontradas foram para as consistências pastosa e sólida, sendo elas tanto em fase oral como faríngea. Apesar disso não foi encontrado nenhum episódio de aspiração laringotraqueal. Quanto aos tempos de deglutição, apenas o TFO foi significantemente maior nos pacientes, sendo menor nos outros parâmetros como TF e TTFE. Ao compararmos as primeiras com as últimas deglutições para as consistências pastosa e sólida, verificamos que os pacientes apresentaram um aumento dos tempos de DF, TF, TTFE e TMH para a consistência sólida, sendo significante apenas para TF. O estudo permitiu concluir que pacientes com miopatia mitocondrial do tipo CPEO apresentam dificuldades de deglutição, com alterações orofaríngeas e esofágicas, sendo maiores para as consistências pastosa e sólida. / Mitochondrial myopathies constitute a group of clinically heterogenous disorders which can affect multiple systems besides the skeletal muscle. The chronic progressive external ophthalmoplegia (CPEO) is a type of mitochondrial myopathy charactherized by eye movements alterations, ptosis, which may attack the facial musculature, as well as atrophy the muscles of members. The early fatigability may be the main complaint and clearly disproportional to the degree of weakness and muscular atrophy detected. The dysphagia in the disease is a manifestation described by several authors, however very little studied and characterized. The present study aimed at evaluating the swallowing of patients with chronic progressive external ophthalmoplegia (CPEO) mitochondrial myopathy, followed at the Neuromuscular Diseases Clinic at Hospital das Clínicas of Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto of Universidade de São Paulo, independently whether or not they presented complaints about alimentation. The age varied from 15 to 62 years old, with average age of 35,3, which were 5 (35,7%) males and 9 (64,3%) females. The control group was constituted by 16 healthy individuals (without neurological diseases or complaints about alimentation) with age varying from 21 to 44 years old, average age of 27,5, which were 6 (7,5%) males and 10 (62,5%) females. In the clinical evaluation, anamnesis, structural and functional assessment of swallowing were carried out. According to the patients habits, pasty, liquid and solid consistency were used. In the manometric evaluation, the measurements were done during liquid swallowing, to assess the intraluminal pressure in the esophagus. It was performed 10 swallowings with intervals of 30 seconds among them, and after five minutes of rest, 10 more swallowings with intervals of 10 seconds among them. The intraluminal pressures measurement, its duration, area under curve and wave displacements partial and total time were considered. In the videofluoroscopic evaluation, pasty, liquid and solid diets were used, in which the first two with a controled volume of 5ml. For all the consistencies were realized three offer, and for the solid and pasty, these process were repeated. Besides the swallowing dynamic in the oropharyngeal phase, the oral phase time (OPT), the pharyngeal depuration (PD), pharyngeal transit (PT), pharyngoesophageal transition transit (PTT), hyoid movement time (HMT) were analysed. In the anamnesis, we observed that 9 (64,3%) patients had complaints about alimentation, but only 7 (50%) presented alterations in the clinical evaluation, and these alterations were mainly for pasty (57,1%) and solid (100%)consistencies. The main alterations were extended oral phase, inadequate mastication, multiple swallowings and fatigue. In the manometric evaluation, the esophageal motility reduction was observed, which was mainly in the proximal esophagus, with amplitude and area under curve reduced. When compared the esophagus development in the different intervals of swallowing, no relation to presence of the disease was found, because the difference was significant for both patients and control group. In the swallowing videofluoroscopy, as well as the clinical evaluation, the main alterations were found in the pasty and solid consistencies, in both oral and pharyngeal phases. Despite that, no laryngeal - tracheal aspiration episode was found. Regarding the swallowings times, only oral phase time (OPT) was actually longer in patients, which was shorter in other parameters such as pharyngeal transit (PT) and pharyngoesophageal transition transit (PTT). When we compared the first swallowings with the last ones for pasty and solid consistencies, the patients presented a increase that time PD; PT; PTT and HMT for solid consistencies with significant value only for PT. The study allowed us to conclude that patients with chronic progressive external ophthalmoplegia (CPEO) mitochondrial myopathy present swallowing dificulties, with oropharyngeal and esophageal alterations, which were greater for pasty and solid consistences.
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Estudo da deglutição em pacientes com miopatia mitocondrial do tipo oftalmoplegia externa crônica progressiva: avaliação clínica, manométrica e videofluoroscópica / Study of swallowing in patients with mitochondrial myopathy chronic progressive external ophthalmoplegia: clinical, manometric and videofluoroscopic evaluation.Domenis, Danielle Ramos 27 May 2008 (has links)
As miopatias mitocondriais formam um grupo de desordens clinicamente heterogêneas que podem afetar múltiplos sistemas além do músculo esquelético. A oftalmoplegia externa crônica progressiva (CPEO) é um tipo de miopatia mitocondrial que tem como características alterações nos movimentos oculares, ptose, podendo ter acometimento da musculatura facial, além de atrofia muscular de membros. A fatigabilidade precoce pode ser a queixa principal e claramente desproporcional ao grau de fraqueza e atrofia muscular detectada. A disfagia na doença é uma manifestação descrita por muitos autores, porém pouco estudada ou caracterizada. O presente estudo teve como objetivo avaliar a deglutição de pacientes com miopatia mitocondrial do tipo CPEO através de avaliação clínica, manométrica e videofluoroscópica. Para tanto, foram selecionados 14 pacientes com diagnóstico de miopatia mitocondrial do tipo CPEO, em acompanhamento no Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, independente de apresentarem queixas ou não quanto à alimentação. A idade variou de 15 a 62 anos, com idade média de 35,3 anos sendo 5 (35,7%) do gênero masculino e 9 (64,3%) do feminino. O grupo controle foi formado por 16 indivíduos saudáveis (sem doenças neurológicas ou queixas quanto à alimentação) com idade variando de 21 a 44 anos, idade média de 27,5 anos, sendo 6 (37,5%) do gênero masculino e 10 (62,5%) do feminino. Na avaliação clínica, além da anamnese, foi realizada avaliação estrutural e funcional da deglutição. Para isso foram utilizadas as consistências pastosa, líquida e sólida, em volume livre, conforme hábito do paciente. Na avaliação manométrica, as medidas foram feitas durante a deglutição líquida, para avaliar as pressões intraluminares no corpo do esôfago. Foram realizadas 10 deglutições com intervalo de 30 segundos entre elas e após cinco minutos de repouso mais 10 deglutições com intervalo de 10 segundos entre elas. Foram consideradas as medidas da pressão intraluminal, sua duração, área sob a curva e tempos parciais e totais de deslocamento da onda. Na avaliação videofluoroscópica utilizaram-se as dietas pastosa, líquida e sólida, sendo as duas primeiras em volume controlado de 5ml. Para todas as consistências foram realizadas três ofertas, sendo que para o pastoso e sólido esse processo foi repetido. Além da dinâmica da deglutição na fase orofaríngea foram analisados os tempos de fase oral (TFO), depuração faríngea (DF), trânsito faríngeo (TF), trânsito pela transição faringoesofágica (TTFE) e tempo de movimentação hióidea (TMH). Em anamnese observamos que 9 (64,3%) pacientes tinham queixas quanto a alimentação mas apenas 7 (50%) apresentaram alterações na avaliação clínica, sendo essas alterações principalmente para as consistências pastosa (57,1%) e sólida (100%). As principais alterações foram fase oral prolongada, mastigação inadequada, deglutições múltiplas e fadiga. Na avaliação manométrica foi observado redução da motilidade esofágica sendo essa principalmente no esôfago proximal, com amplitude, duração e área sob a curva reduzidas. Quando comparado o desempenho do esôfago nos diferentes intervalos de deglutição, não houve relação com a presença da doença, pois a diferença foi significante tanto para os pacientes como para os controles. Na videofluoroscopia da deglutição, assim como na avaliação clínica, as principais alterações encontradas foram para as consistências pastosa e sólida, sendo elas tanto em fase oral como faríngea. Apesar disso não foi encontrado nenhum episódio de aspiração laringotraqueal. Quanto aos tempos de deglutição, apenas o TFO foi significantemente maior nos pacientes, sendo menor nos outros parâmetros como TF e TTFE. Ao compararmos as primeiras com as últimas deglutições para as consistências pastosa e sólida, verificamos que os pacientes apresentaram um aumento dos tempos de DF, TF, TTFE e TMH para a consistência sólida, sendo significante apenas para TF. O estudo permitiu concluir que pacientes com miopatia mitocondrial do tipo CPEO apresentam dificuldades de deglutição, com alterações orofaríngeas e esofágicas, sendo maiores para as consistências pastosa e sólida. / Mitochondrial myopathies constitute a group of clinically heterogenous disorders which can affect multiple systems besides the skeletal muscle. The chronic progressive external ophthalmoplegia (CPEO) is a type of mitochondrial myopathy charactherized by eye movements alterations, ptosis, which may attack the facial musculature, as well as atrophy the muscles of members. The early fatigability may be the main complaint and clearly disproportional to the degree of weakness and muscular atrophy detected. The dysphagia in the disease is a manifestation described by several authors, however very little studied and characterized. The present study aimed at evaluating the swallowing of patients with chronic progressive external ophthalmoplegia (CPEO) mitochondrial myopathy, followed at the Neuromuscular Diseases Clinic at Hospital das Clínicas of Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto of Universidade de São Paulo, independently whether or not they presented complaints about alimentation. The age varied from 15 to 62 years old, with average age of 35,3, which were 5 (35,7%) males and 9 (64,3%) females. The control group was constituted by 16 healthy individuals (without neurological diseases or complaints about alimentation) with age varying from 21 to 44 years old, average age of 27,5, which were 6 (7,5%) males and 10 (62,5%) females. In the clinical evaluation, anamnesis, structural and functional assessment of swallowing were carried out. According to the patients habits, pasty, liquid and solid consistency were used. In the manometric evaluation, the measurements were done during liquid swallowing, to assess the intraluminal pressure in the esophagus. It was performed 10 swallowings with intervals of 30 seconds among them, and after five minutes of rest, 10 more swallowings with intervals of 10 seconds among them. The intraluminal pressures measurement, its duration, area under curve and wave displacements partial and total time were considered. In the videofluoroscopic evaluation, pasty, liquid and solid diets were used, in which the first two with a controled volume of 5ml. For all the consistencies were realized three offer, and for the solid and pasty, these process were repeated. Besides the swallowing dynamic in the oropharyngeal phase, the oral phase time (OPT), the pharyngeal depuration (PD), pharyngeal transit (PT), pharyngoesophageal transition transit (PTT), hyoid movement time (HMT) were analysed. In the anamnesis, we observed that 9 (64,3%) patients had complaints about alimentation, but only 7 (50%) presented alterations in the clinical evaluation, and these alterations were mainly for pasty (57,1%) and solid (100%)consistencies. The main alterations were extended oral phase, inadequate mastication, multiple swallowings and fatigue. In the manometric evaluation, the esophageal motility reduction was observed, which was mainly in the proximal esophagus, with amplitude and area under curve reduced. When compared the esophagus development in the different intervals of swallowing, no relation to presence of the disease was found, because the difference was significant for both patients and control group. In the swallowing videofluoroscopy, as well as the clinical evaluation, the main alterations were found in the pasty and solid consistencies, in both oral and pharyngeal phases. Despite that, no laryngeal - tracheal aspiration episode was found. Regarding the swallowings times, only oral phase time (OPT) was actually longer in patients, which was shorter in other parameters such as pharyngeal transit (PT) and pharyngoesophageal transition transit (PTT). When we compared the first swallowings with the last ones for pasty and solid consistencies, the patients presented a increase that time PD; PT; PTT and HMT for solid consistencies with significant value only for PT. The study allowed us to conclude that patients with chronic progressive external ophthalmoplegia (CPEO) mitochondrial myopathy present swallowing dificulties, with oropharyngeal and esophageal alterations, which were greater for pasty and solid consistences.
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Deglutição em crianças com refluxo gastroesofágico: avaliação clínica fonoaudiológica e análise videofluoroscópica / Swallowing in infants with Gastroesophageal reflux (GER). Speech pathologist and videofluoroscopic evalutionsAna Paula Duca 14 December 2004 (has links)
O refluxo gastro-esofágico é considerado fator responsável pela dificuldade alimentar na infância. A ocorrência de experiências negativas como vômitos, regurgitações, muitas vezes associadas a engasgos, esofagite, disfagia, odinofagia, pirose e dor retroesternal geram comportamentos de aversão ou recusa alimentar e desorganizam o processo de deglutição e alimentação. O presente estudo teve por objetivo avaliar a deglutição em crianças com diagnóstico clínico de refluxo gastroesofágico (RGE). Foram selecionadas 37 crianças, com diagnóstico clínico de refluxo gastro-esofágico e refluxo gastro-esofágico associado a queixas de dificuldades alimentares, com idades variando de 7 meses a 3 anos e 1 mês, idade média de 15,35 meses, sendo 25 (67,6%) do gênero masculino e 12 (32,4%) do gênero feminino. Participaram do grupo controle 15 crianças, saudáveis (estado geral e nutricional), que foram cuidadosamente triadas para assegurar adequado desenvolvimento neuropsicomotor e ausência de sintomas de refluxo gastro-esofágico e problemas respiratórios de repetição, na faixa etária de 6 meses a 3 anos e 2 meses, idade média de 20,5 meses; 9 (60,0%) do gênero feminino e 6 (40,0%) do gênero masculino. Para a avaliação funcional da deglutição foram utilizadas dietas de consistências líquida, pastosa e sólida em volume inicialmente de 5 ml e após em volume livre, habitualmente utilizado pela criança. Na avaliação videofluoroscópica, utilizou-se das dietas de consistências líquida e pastosa, em volume livre para o leite e 5 ml para a dieta pastosa, adicionadas ao contraste de bário. As crianças com refluxo gastro-esofágico apresentaram alterações na avaliação clínica com ingestão menos freqüente de consistência sólida, presença de náusea, recusa alimentar, engasgos e irritabilidade alimentar. Na avaliação objetiva para o alimento de consistência líquida houve penetração laríngea e movimento compensatório de cabeça em extensão, sendo este último também observado para o alimento de consistência pastosa. Entretanto, não houve diferença entre os tempos das fases da deglutição. O estudo permitiu concluir que crianças com RGE apresentam dificuldades relacionadas à aceitação alimentar, porém os tempos da dinâmica orofaríngea da deglutição não se alteram. / Gastroesophageal reflux is considered cause of infants feeding disorder. Negative experience such as vomiting, regurgitation; several times may be associated to choking, dysphagia and painfull swallowing produce aversion or feed refusal and causes a break up in the swallowing and feeding processes. This study evaluated the swallowing process in children with gastroesophageal reflux (GER), confirmed clinically and radiographically. We selected 37 children, with GER and GER complaints of feeding disorders, ages range from 7 months to 37 months, mean age of 15,4 months, consisted 25 males (67,6%) and 12 females (32,4%). The control group (GC) consisted of 15 healthy children (general and nourishing states), carefully chosen for not having any symptoms of GER, repetitive breathing disorders or developmental delays. The ages varied form 6 to 38 months, with mean age of 20,5 months, being 6 males (40%) and 9 females (60%). Swallowing evaluation (functional) considered three diets consistency: liquid, semi-solid and solid, beginning with 5 ml followed by free volume taken habitually by children. Free volume of milk and 5 ml of semi-solid, mixed with barium, were used during the videofluoroscopy. Children with GER presented alteration in clinical evaluations on 64,9% (n=24) and the control group on 13,3% (n=2), swallowing less diet solid diet, presents nausea, feeding refusal, choking and irritation. Videofluoroscopy evaluation for liquids, showed laryngeal penetration on 61,8 % (n =21) , GC 33,3% (n=5), and backward compensatory movement in 64,7% (n=22) e GC 0%, it was similar for the semi-solid diet 41,2% (n=14) e GC (n=0). There was no difference in time of the swallowing phases. This study shows that children with GER present difficulties to accepting feeding although no alteration on the oropharyngeal dynamics timing of swallowing was founded.
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Aplicações da computação gráfica à engenharia biomédica : ensino em neurociências e ferramenta de apoio ao estudo da deglutiçãoSilva, Silone Ferreira da 26 July 2007 (has links)
This thesis applies computer graphics to two important fields of Biomedical
Engineering. Firstly, in order to provide new software for interdisciplinary education, an
interactive Virtual-based platform was developed, presenting a tridimensional
visualization of the neuron and of its major microestructures. Such platform enables an
overall view of the neural cell, including particular details in a microcellular level.
Several issues regarding the tridimensional reconstruction of neuroanatomical
strucutures based on photos taken from real-life tissues are discussed, leading to the
implementation of a bidimensional atlas, that establishes connections between
neuroanatomy and the clinical practice. Secondly, a system for the efficient and accurate
estimation of the time intervals associated with swallow phases was developed,
supposing videofluoroscopic images as inputs. The system performs pre-processing of
such images by means of file conversions, followed by image analysis, that leads to the
final estimation. A clinical experiment was carried out in order to validate the platform,
yielding (allowing) a preliminar proposition for a normal pattern of swallow , which is
based on the average-estimated swallow times. Results pointed out that the system may
be considered, flexible, requiring simple hardware/software configurations, and also
providing details on fractioning. / Aplica-se nesta dissertação a computação gráfica a duas áreas relevantes da
Engenharia Biomédica. Inicialmente, para propiciar novos instrumentos voltados à
educação interdisciplinar em Neurociências, apresenta-se uma plataforma VRML
(Virtual Reality Modeling Language) interativa que representa tridimensionalmente o
neurônio e suas principais organelas, propiciando enfoques globais da célula e
particulares de suas microestruturas. Discutem-se aspectos ligados à reconstrução
tridimensional de estruturas neuroanatômicas a partir de fotos tomadas de peças reais,
levando à implementação de um atlas bidimensional, que alia a neuroanatomia à prática
clínica. Posteriormente, objetivou-se desenvolver um sistema para a contagem precisa e
rápida dos intervalos de tempos associados às diversas fases da deglutição, baseado em
imagens videofluoroscópicas. O sistema realiza pré-processamento através da conversão
de formato de arquivos, seguido de análise de imagens, o que foi validado através de um
experimento clínico, permitindo assim refletir a definição de um padrão de
normalidade em deglutição , em termos dos valores médios do intervalo de tempo de
deglutição. Tal sistema se mostrou viável, simples, flexível, sem a necessidade de
hardware/software específicos, possibilitando inclusive detalhar o fracionamento ou
não do bolo alimentar. / Mestre em Ciências
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