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Volatilização dos compostos BTEX em ambientes subsuperficiais contaminados com gosolina e etanolChiaranda, Helen Simone January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental / Made available in DSpace on 2012-10-22T10:38:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1
229186.pdf: 4187881 bytes, checksum: b4b39f95a3ee3c7e2647a0121d174e90 (MD5) / A contaminação de solos e águas subterrâneas com hidrocarbonetos do petróleo tende a liberar vapores que migram da subsuperfície para o ar, expondo, principalmente, o ser humano à inalação de compostos que podem oferecer riscos a sua saúde. Na tentativa de prever estes riscos, as agências de proteção ambiental, como a EPA (Environmental Protection Agency), nos Estados Unidos, e os órgãos ambientais no Brasil, têm exigido a simulação desta rota de exposição durante os processos de avaliação de riscos. Os modelos matemáticos comumente utilizados neste tipo de avaliação, porém, costumam apresentar, para esta rota de exposição, valores com ordens de grandeza de 10 a 1000 vezes superiores aos valores medidos. Isso acontece porque os modelos não consideram processos que geralmente são difíceis de quantificar, como o transporte pela franja capilar e a biodegradação, e não levam em conta a presença de vapores na zona vadosa de outras fontes ou mesmo através do transporte lateral de vapor (i.e., nuvens de vapor). Sabendo-se ainda que, no Brasil, a gasolina comercializada possui 20 a 25% de etanol em sua constituição e que este fator favorece a volatilização dos principais hidrocarbonetos voláteis deste produto, este trabalho teve como objetivo avaliar as diferenças entre valores simulados e valores reais medidos em campo. Desta forma, em abril de 2005, foram construídos poços para o monitoramento dos vapores através da zona não saturada do solo provenientes de um derramamento controlado de gasolina comercial brasileira em uma área experimental de propriedade da Universidade Federal de Santa Catarina. Esses poços foram alocados junto à fonte de contaminação e amostrados/analisados segundo o método TO-17 da USEPA. Para a simulação de vapores a partir de dados da fonte foi utilizado o modelo matemático RISC 4.0. As comparações realizadas para os pontos junto à fonte revelaram diferenças de até seis ordens de grandeza maior para os valores simulados. Estas discrepâncias sugerem que valores medidos devem ser preferidos a valores simulados para vapores quando se pretende avaliar o risco que a rota de exposição inalação pode causar à saúde humana e ao meio ambiente.
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Maximização do uso da uréia em lavoura de Coffea canephora / Maximizing the use of urea in crop Coffea canephoraRodrigues, José de Oliveira 27 February 2013 (has links)
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Jose de Oliveira Rodrigues.pdf: 1575282 bytes, checksum: f1c9af5b324c06a39ba6f0d651764394 (MD5)
Previous issue date: 2013-02-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Objetivou-se determinar as perdas de nitrogênio por volatilização de amônia, de uréias com eficiências aumentadas bem como o desenvolvimento e a produtividade do cafeeiro Conilon manejadas com tais uréias. O experimento foi instalado em outubro de 2010 na cidade de Nova Venécia - ES em uma lavoura de café Conilon cultivar / Vitória INCAPER 8142/ . Foram avaliadas cinco fontes de adubos nitrogenados: T1= uréia perolada comum (45% N); T2= Uréia (45% N) + NBPT - (Super N®); T3= uréia (44,6% N) + 0,15% de Cu2+ + 0,4% de B (Nitro Mais®); T4= uréia (37% N) + enxofre (17%) (Nitro Gold®); e T5= nitrato de amônio (34% N). Os tratamentos T2, T3 e T4 são considerados com eficiência aumentada e os tratamentos T1 e T5 foram utilizados como testemunhas negativa e positiva respectivamente. Os coletores de amônia foram instalados, em cada parcela experimental, imediatamente após a aplicação do fertilizante em três épocas distintas, sendo em outubro, dezembro de 2011 e março de 2012. As esponjas coletoras de amônia (NH3) foram trocadas aos 5, 10 e 15 dias. Foram avaliadas características associadas à fluorescência da clorofila a. Essas avaliações foram realizadas em outubro antes da adubação e em janeiro e março 20 dias após as adubações. O crescimento de ramos foi avaliado mensalmente por medição do comprimento dos ramos através da marcação de três grupos de ramos em crescimento escolhido ao acaso. Foram marcados quatro ramos plagiotrópicos por parcela. O primeiro grupo de ramos foi marcado e avaliado a partir de 05 de agosto de 2011 e o segundo grupo a partir de 09 de dezembro de 2011 e o terceiro grupo a partir de 12 de abril de 2012. O nitrato de amônio foi à fonte de nitrogênio que obteve menor perda de N-NH3 por volatilização entre as demais fontes nitrogenadas. A uréia + enxofre e a uréia perolada comum foram às fontes de nitrogênio que apresentaram maior perda de nitrogênio por volatilização na segunda avaliação. Dessa forma, pressupõe-se que a precipitação não foi suficiente para dissolver e incorporar os adubos, permanecendo o solo úmido, aumentando assim a atividade da enzima urease sobre os fertilizantes. Em geral a uréia + NBPT e a uréia + Cu2+ e B apresentaram as menores perdas por volatilização dentre os adubos com eficiência aumentada . As diferentes fontes de nitrogênio não promoveram diferenças significativas nas produções das safras de 2011 e 2012. Os valores de (Fv/Fm) não diferiram em nenhuma das épocas analisadas, o que sugere que as fontes nitrogenadas não alteraram a eficiência do fotossistema II. Os valores de Índice Relativo de Clorofila (IRC) alternaram suas significâncias com relação aos tratamentos ao longo das datas de avaliação. As fontes de nitrogênio não influenciaram significativamente o crescimento dos três grupos de ramos, em todas as avaliações realizadas / The objective was to determine nitrogen losses by ammonia volatilization from ureas with increased efficiencies as well as the development and productivity of coffee Conilon handled with such ureas. The experiment was installed in October 2010 in the city of Nova Venezia - ES on a coffee plantation Conilon cultivar Victoria INCAPER 8142. We evaluated five sources of nitrogen fertilizers: T1 = urea pearly common (45% N), T2 = urea (45% N) + NBPT - (Super N®), T3 = urea (44.6% N) + 0.15 % of Cu2+ and 0.4% B - (More Nitro®); T4 = urea (37% N) + sulfur (17%) - (Nitro Gold®) and T5 = ammonium nitrate (34% N). The treatments T2, T3 and T4 are considered to "increased efficiency" and the T1 and T5 were used as control negative and positive respectively. The ammonia collectors were installed in each plot immediately after fertilizer application in three different seasons, and in October, December 2011 and March 2012. The sponges collecting ammonia (NH3) were exchanged at 5, 10 and 15 days. Were evaluated characteristics associated with the chlorophyll fluorescence. These evaluations were performed prior to fertilization in October and in January and March 20 days after fertilization. The branch growth was evaluated monthly for measuring the length of the branches by dialing three groups of branches growing randomly selected. Were scored four primary branches per plot. The first group of branches was evaluated and scored from 5 August 2011 and the second group from December 9, 2011 and the third group from April 12, 2012. The ammonium nitrate was the nitrogen source that had lower NH3-N loss through volatilization among the other nitrogen sources. The urea and urea + sulfur pearly were common sources of nitrogen that showed greater loss of nitrogen through volatilization in the second evaluation. Thus, it is assumed that precipitation was not sufficient to dissolve and incorporate the fertilizer, the soil remains moist, thereby increasing the activity of the enzyme urease on fertilizers. In general, urea and urea + NBPT + Cu2+ and B had the lowest volatilization losses from fertilizers with "increased efficiency". The different nitrogen sources did not cause significant differences in crop yields of 2011 and 2012. Values (Fv / Fm) did not differ in any of the times examined, suggesting that the nitrogen sources did not alter the efficiency of photosystem II. Relative values of Chlorophyll Index (CRI) alternated their significance with respect to treatments throughout the evaluation dates. The nitrogen sources did not significantly influence the growth of three groups of branches in all assessments
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Liberação de nitrogênio da ureia com diferentes revestimentos / Release of nitrogen from urea with different coatingsCampos, Odirley Rodrigues 07 March 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-03-07 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Urea is the most widely used nitrogen fertilizer in agriculture and its rapid hydrolysis in the soil can lead to significant losses by ammonia volatilization (N-NH3(g)) or by nitrate leaching (N-NO3 -). In order to reduce N losses emerged in the market several products represented by the slow or controlled release fertilizers and stabilized fertilizers. Work developed with traditional fertilizers that use monitoring of N-NH3(g) loss or losses as N-NO3 - do not provide direct information about the release rates and information about the N dynamics in soil. Usual methods of assessment coated fertilizers based on dissolution in water conditions differ greatly from those found in agricultural crops, especially by the influences of humidity, temperature, pH, microbial and enzymatic activity, organic matter and cation adsorption capacity of the soil. The dissolution of fertilizers and chemical reactions after the dissolution can print these changes in chemical characteristics of the soil solution, therefore the evaluation of the liquid phase of the soil can provide information regarding the release of nutrients from fertilizers. To evaluate the release of N in fertilized soil samples with coated ureas, we made two trials. In the first trial adaptations were made to collect soil solution (SS) by centrifugation method, we evaluated doses of N-urea (1 and 2 g kg-1), one treatment without N application and relative centrifugal force ( FCR: 1500, 2000, 2500, 3000 g). Collectors soil solution consisted of PVC pipe 70 mm in diameter, 100 mm high with one end closed. Inside the tube was placed a ring of PVC and this was placed on a perforated plate. The incubators were placed on the plate riddled during centrifugation. The incubators were constituted of recipient with a volume of 250 mL and perforated lid. Soil samples were kept inside incubators of pre-incubation to collect soil solution. The volume of the SS, pH, concentration of total-N and electrical conductivity (CE) were not affected by FCR used in the absence of fertilizer. The presence of fertilizers changed the SS volume collected, the CE and the content of total-N were also changed. The pH varied with FCR applied in treatments with dose 1 g kg-1, but was independent of the FCR with dose 2 g kg-1 (pH = 9,10). The dose 2 g kg-1 promoted the largest increase in the variables pH, N-total and CE. When applied 2 g kg-1 of N-urea the response curves for N-total and CE showed lower slope and higher volume collected with FCR of about 2500 g. In the second trial, the release of N from coated fertilizers and its dynamics in the soil solution and soil samples were evaluated in a soil of sandy loam texture, which received 2 g kg-1 of N-urea. After applying the fertilizer in the soil was incubated times ranging from 1 to 1296 h. To collect the SS used the component described above and FCR of 2500g. Additional treatments were maintained until 1530 h of incubation in them was collected weekly NH3 volatilization, used to estimate gaseous losses of N in the other treatments (1 to 1296 h). Also in these treatments was collected and the SS was evaluated soil where the concentration of different forms of N. The analysis procedures included the determination of N-urea, N-NH4 +, N-total and pH of the SS and soil. In the soil was determined concentrations of N-urea, N-NH4 + and N-total. The sum (N-total SS + Ntotal soil + N-NH3(g)) was assumed to be N released. The treatments were arranged in a factorial (7 + 1) x 9), seven fertilizer (U, UP1, UNBPT, USP2, USP3, USP4 and USP5), a control without nitrogen applied and nine incubation times ranging from 1 to 1296 h. Treatments were arranged in randomized blocks with four replications. The fertilizers were classified into three groups of different release patterns: G1 (U, UP1, UNBPT, averaging 94% of the N released until 64 h), G2 (USP2 and USP3, averaging 54% of N released up to 382 h) and G3 (USP4 and USP5, averaging 33% of the N released until 779 h). The dynamics of N in SS and soil was different between the groups, there were major transformations of urea-N to N-NH4 +, greater increases in pH and losses of N-NH3(g) for fertilizers G1 followed by those of G2 and G3. The maximum loss by volatilization (NVol) were on average 23% (G1, average time of 717 h), 15% (G2, average time of 1174 h) and 3% (G3, average time of 1296 h). The UNBPT was not effective in reducing losses NVol, but slowed in about three days the peak volatilization in relation to urea pearly. The UP1 was not effective in reducing N release and reduced losses of N-NH3(g). The soil solution analysis could differentiate fertilizers in relation to their ability to release N. / A ureia é o fertilizante nitrogenado mais utilizado na agricultura, e sua rápida hidrólise no solo pode levar a perdas expressivas de N por volatilização de amônia (N-NH3(g)) ou por lixiviação de nitrato (N-NO3 -). Com o objetivo de reduzir perdas de N, têm surgido no mercado produtos diferenciados, representados pelos fertilizantes revestidos de liberação controlada ou lenta, e fertilizantes estabilizados. Trabalhos desenvolvidos com os fertilizantes tradicionais que se utilizam do monitoramento das perdas de N-NH3(g) ou das perdas na forma de N-NO3 -, não oferecem informações diretas a respeito das taxas de liberação, ou mesmo informações sobre a dinâmica do N no solo. Métodos usuais de avaliação de fertilizantes revestidos baseados na dissolução em água diferem muito daquelas condições encontradas nos cultivos agrícolas, sobretudo pela influência da umidade, temperatura, pH, atividade microbiana e enzimática, matéria orgânica e CTC do solo. Processos de dissolução dos fertilizantes e reações químicas decorrentes podem imprimir mudanças nas características químicas da solução do solo, razão pela qual a avaliação da fase líquida deste pode oferecer informações da liberação de nutrientes dos fertilizantes. Para avaliar a liberação de N em amostras de solo fertilizadas com ureias revestidas foram realizados dois ensaios. No primeiro, adaptações para coleta de solução do solo (SS) pelo método de centrifugação foram feitas avaliando-se doses de N-ureia (1 e 2 g kg-1), além de um tratamento sem aplicação de N e força centrífuga relativa (FCR: 1500, 2000, 2500 e 3000 g). Os coletores de solução do solo foram constituídos de tubos de PVC de 70 mm de diâmetro e 100 mm de altura, com uma das extremidades fechada. Internamente, foi posicionado um anel de PVC, onde ficou apoiada uma placa crivada. Sobre a placa crivada, foi colocado durante a centrifugação, o incubador. Os incubadores foram constituídos de recipientes de plástico de 250 mL, com tampa crivada e cerca de 50 perfurações de 3,0 mm de diâmetro. Dentro dos incubadores foi acomodado o solo desde a fase de pré-incubação até a coleta da solução do solo. O volume da SS, o pH, a concentração de N-total e a condutividade elétrica (CE) não foram afetados pela FCR utilizada na ausência do fertilizante. A presença dos fertilizantes alterou o volume de SS coletado, bem como a CE e o teor de N-total. O pH variou com a FCR aplicada nos tratamentos com dose 1 g kg-1, porém foi independente de FCR na dose 2 g kg-1 (pH = 9,10). A dose 2 g kg-1 promoveu o maior incremento nas variáveis pH, N-total e CE da SS. Quando aplicados 2 g kg-1 de N-ureia as curvas de resposta para N-total e CE mostraram menor declividade e maior volume coletado próximo a 2500 g. No segundo ensaio, a liberação de N de fertilizantes revestidos e sua dinâmica na solução do solo e no solo foram avaliadas em amostras de um solo de textura franco-arenosa que recebeu 2 g kg-1 de N-ureia. Após a aplicação dos fertilizantes, o solo foi incubado em tempos que variaram de 1 até 1296 h. Para coleta da SS, utilizou-se o componente descrito anteriormente e FCR de 2500g. Tratamentos adicionais foram mantidos até 1530 h de incubação, neles foi coletada semanalmente a NH3 volatilizada, utilizada para estimar as perdas gasosas de N nos tempos de coleta da SS de 1 até 1296 h. Também nestes tratamentos coletou-se a SS e solo, onde avaliou-se a concentração das diferentes formas de N. Os procedimentos de análise incluíram a determinação de N-ureia, N-NH4 + e N-total na SS e no solo, bem como o pH da SS. O somatório (N-total da SS + Ntotal do solo + N-NH3(g)) foi assumido como N liberado. Os tratamentos foram arranjados em um fatorial (7+1) x 9), sendo sete fertilizantes (U, UP1, UNBPT, USP2, USP3, USP4 e USP5), um controle sem aplicação de N e nove tempos de incubação que variaram de 1 a 1296 h. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados com quatro repetições. Diante dos resultados, os fertilizantes foram classificados em três grupos de padrões de liberação distintos: G1 (U, UP1, UNBPT, com média de 94 % do N liberado até 64 h), G2 (USP2 e USP3, com média de 54 % do N liberado até 382 h) e G3 (USP4 e USP5, com média de 33 % do N liberado até 779 h). A dinâmica do N na SS e no solo foi diferente entre os grupos, observaram-se maiores transformações de N-ureia para N-NH4 +, maiores incrementos no pH e nas perdas de N-NH3(g) para fertilizantes do G1 seguidos daqueles do G2 e G3. As perdas máximas por volatilização N-NH3(g) foram em média de 23 % para o G1, 15 % para o G2 e 3 % para o G3. O fertilizante UP1 apresentou liberação de N e volatilização de NH3 similar a ureia perolada, mostrando a ineficiência do revestimento com o polímero. Os fertilizantes apresentaram padrões diferenciados de liberação de N, sendo possível avaliar essas diferenças por meio da análise química da solução do solo.
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Destino do nitrogênio (15N) do fertilizante em uma cultura de café / The fate of fertilizer nitrogen (15N) in a coffee cropTatiele Anete Bergamo Fenilli 20 June 2006 (has links)
A cultura do café é um dos mais importantes agronegócios do Brasil e, apesar de suas práticas de manejo já estarem bem definidas, muitos aspectos da cultura ainda carecem esclarecimentos, destacando-se entre eles a nutrição nitrogenada do cafeeiro. Para isso foram conduzidos vários experimentos na cultura do café com adubação nitrogenada para se determinar o balanço do N no sistema solo-café-atmosfera, e melhor compreender a dinâmica do N dentro da planta. Os tratamentos constituíram de 5 sub-parcelas (repetições) com 9 plantas, as três centrais recebendo 280 kg ha-1 de N no 1º ano de experimento e 350 kg ha-1 de N no 2º ano, na forma de sulfato de amônio enriquecido no 15N, com concentração isotópica igual a 2,072% de átomos de 15N. A massa de matéria seca da parte aérea foi determinada à cada 60 dias, sacrificando uma planta de cada parcela, fora das sub-parcelas de 9 plantas. Nas plantas marcadas isotopicamente amostrou-se, também à cada 60 dias, um ramo contendo todas as partes da planta e nestas foram determinadas as concentrações de 15N e N-total por espectrometria de massa. Raiz e solo também foram amostrados nas camadas 0-0,2, 0,2-0,4, 0,4-0,6, 0,6-0,8, 0,8-1,0 m apenas no final de cada um dos 2 anos estudados. Nestas amostras também foi determinada a abundância de 15N e N-total por espectrometria de massa. Para quantificar a volatilização de amônia do solo proveniente do fertilizante, foi utilizado o método do coletor de N-NH3 semi-aberto estático. Para estimar a lixiviação do N para fora do elemento de volume de solo considerado para o balanço de N (0 - 1,0 m) em períodos úmidos, foram instalados extratores de solução do solo à vácuo (três a 100 cm por parcela) para determinação da concentração de N e da abundância isotópica de 15N por espectrometria de massa. A planta chegou a absorver no primeiro ano de experimento até 71,3% do N do fertilizante, diminuindo seu conteúdo antes da colheita para 42,9% devido à translocação de N para raízes, queda de folhas e frutos, e perdas de N pela parte aérea, mostrando a alta eficiência do sulfato de amônio. No final dos 2 anos estudados, a recuperação do N do sulfato de amônio pela parte aérea das plantas foi de 19,1%. A raiz acumulou 9,4%. No solo o N remanescente foi de 12,6%.A serrapilheira acumulou 11,2% do N aplicado, e portanto, servirá como fonte orgânica de N. A exportação pelos grãos foi relativamente pequena, 26,3%, devido ao cafezal ainda estar em formação. As perdas por lixiviação e volatilização foram pequenas, em torno de 2,3 e 1,6%, respectivamente, sendo que a reabsorção foliar da amônia volatilizada foi de 43,3%. Apenas 18,2% do N aplicado não foram recuperados, tendo sido considerado como N não estimado (perda de N pela parte aérea, raízes abaixo de 1,0 m, erros de amostragem, etc.) / The coffee is one of the most important agribusiness products of Brazil and, although its management practices are already well defined, several cropping aspects still need a deeper understanding. Among these the nutrition of the coffee plant in respect to nitrogen is one of the main subjects needing more clarification. To contribute to this aspect, several experiments were carried out involving fertilizer application to a coffee crop, aiming for the establishment of a N balance in the soil-coffee-atmosphere system and better understand the N dynamics within the plant. Treatments consisted of 5 sub-plots (replicates) of 9 plants, the central three receiving 280 kg ha-1 N during the 1st year and 350 kg ha-1 N in the second. The fertilizer was 15N enriched ammonium sulphate, at a concentration of 2.072% 15N atom excess. Shoot dry matter was monitored every 60 days scarifying one whole plant of each treatment, collected outside the isotopic sub-plots of 9 plants. Isotopically labeled plants were sampled cutting one branch containing all desired plant parts, in roler to measure 15N enrichment and total N concentration. Root and soil were sampled only at the end of each year, in the 0-0.2, 0.2-0.4, 0.4-0.6, 0.6-0.8, 0.8-1.0 m layers. To quantify soil volatilization from fertilizer N a semi-open N-NH3 static collector was used. To estimate N leaching below the root zone, considering the 0-1.0 m soil layer, soil solution N concentration and 15N enrichment were obtained from soil solution extractors data. Shoot fertilizer N absorbtion reached 71.3% during the first year, with a reduction to 42.9% just before harvest, due to N translocation to roots, leaf and fruit drop, and N losses to the atmosphere, indicating the high efficiency of the application of the ammonium sulphate. At the end of both yearly experimental periods, the recovery of the fertilizer N by the shoot was 19.1%. Roots accumulated 9.4% and in the soil 12.6% of the fertilizer N were still present. Litter accumulated 11.2% and continues to be an important N source. Bean export was relatively low, well explained for a coffee crop under formation. Leaching and volatilization losses were of the order of 2.3 and 1.6%, respectively, however, reabsorption of volatilized ammonia reached 43.3% of the applied amount. To close the balance after two years, 18.2% of the fertilizer N were not recovered, considered to consist of non evaluated forms of N (shoot losses of NH3, roots below 1 m, sampling errors, etc.)
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Eficiência agronômica de fontes nitrogenadas na cultura da cana-de-açúcar em sistema de colheita sem despalha a fogo. / Agronomic efficiency of nitrogen sources in sugarcane with green harvest system.Mirian Cristina Gomes Costa 25 January 2002 (has links)
O presente trabalho foi desenvolvido a partir de um experimento de campo, conduzido no período de setembro de 2000 a maio de 2001, na região canavieira de Piracicaba (SP), com a terceira soca da variedade SP 80-1842, cultivada em ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO distrófico arenoso e colhida sem queima e mecanicamente. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência agronômica de diferentes fontes nitrogenadas em sistema de colheita de cana crua por meio de: a) medidas das perdas de nitrogênio por volatilização da amônia; b) avaliação do estado nutricional das plantas; c) avaliação de atributos químicos do solo; d) avaliação da produção de colmos e de açúcar; e) ava liação de atributos tecnológicos do caldo. A dose de nitrogênio foi 100 kg ha -1 de N em todos tratamentos, que também receberam 150 kg ha -1 de K2O aplicados como KCl. Utilizou-se o delineamento experimental em blocos completos casualizados, com sete níveis de fator em cinco repetições. Os fatores foram: T0 - testemunha, T1 - uréia, T2 - uran, T3- uréia + sulfato de amônio, T4 - Ajifer, T5 - uréia + gesso aplicados na superfície e T6 - Uréia incorporada. Perdas por volatilização de amônia foram avaliadas em T0, T1, T2, T3 e T4 por meio de coletores semi-aberto estáticos colocados em cada uma das parcelas em que estudou-se a volatilização. Foram colocadas seis bases distintas para cada coletor, onde aplicou-se as fontes nitrogenadas na dose de 100 kg ha -1 de N. O N-NH3 volatilizado foi retido em espumas embebidas em solução ácida e extraído com solução de KCl para posterior quantificação das perdas. Avaliações do estado nutricional das plantas, de atributos químicos do solo, de produtividade e qualidade foram efetuadas em todos tratamentos. A avaliação do estado nutricional foi feita pela análise química dos teores de nutrientes nas folhas que foram amostradas quatro meses após brotação das soqueiras. Atributos químicos do solo foram avaliados por meio de análises laboratoriais de amostras coletadas nas camadas de 0 a 5 e 5 a 10 cm de profundidade, aos três e cinco meses após aplicação dos tratamentos. A produção de colmos por hectare foi avaliada por ocasião da colheita, da mesma forma que atributos tecnológicos do caldo. Analisou-se teores de nutrientes na palha que foi amostrada aleatoriamente fora das parcelas em que aplicou-se a adubação nitrogenada. Os resultados mostraram que os tratamentos T1 e T3 apresentaram perdas por volatilização de aproximadamente 35% do N aplicado e que os tratamentos T2 e T4 apresentaram perdas de aproximadamente 15% e 9% do N aplicado, respectivamente. Teores foliares de N foram inversamente proporcionais às perdas por volatilização. A adubação nitrogenada e presença de palha aumentaram o teor de matéria orgânica nos 10 primeiros centímetros de solo. Sem a influência da adubação nitrogenada, ocorreu redução de 50% na massa seca da palhada. Não houve liberação de N e S mas a redução nas relações C/N e C/S indicou possibilidade de mineralização de nitrogênio e enxofre do resíduo vegetal. As soqueiras responderam em produtividade à adubação nitrogenada e às perdas ocorridas por volatilização de N-NH3. / The present work was advanced by a field experiment that was conducted from September 2000 to May 2001 in Piracicaba cane region with the variety SP 80-1842 in the third sugarcane cut, tilled in Arenic Kanhaplodults and with mechanical harvest without burning. The aim of this study was to evaluate the agronomic efficiency from nitrogen sources in sugarcane harvest system without burning. The efficiency was evaluated through: a) measure of N-NH3 losses, b) plant nutritional condition evaluations, c) soil chemical attribute evaluations, d) stem and sugar productions, e) sugarcane juice technological attribute evaluations. The nitrogen dose was standardized in 100 kg ha -1 in every treatment and in the same way to potassium fertilizer which dose was standardized in 150 kg ha -1 of K2O supplied by KCl. The experimental design was in complete randomized blocks with seven factor levels in five replications. The factors were: T0 Control, T1 Urea, T2 Uan, T3 Urea + ammonia sulfate, T4 Ajifer, T5 Urea + gypsum, T6 Incorporated urea. Losses by ammonia volatilization were evaluated in the treatments T0, T1, T2, T3 and T4 by static semi-open NH3 collectors that were set in each experimental plot where N-NH3 losses were measured. Six different bases were set to each collector, which were applied dose to fit 100 kg ha 1 of nitrogen by different sources. The N-NH3 was collected by foam absorbers soaked in acid solution after that was extracted by KCl solution to be quantified later. Plant nutritional conditions, soil chemical attributes, productivity and quality were evaluated in every treatment. The plant nutritional conditions were evaluated by leaf chemical analysis and the leaves were sampled four months after the sugarcane sprout. Soil chemical attributes were evaluated by samples laboratories analyses and the samples were collected in 0-5 and 5-10 cm of depth four and six months after treatments application. The stem and sugar productivity and juice technological attributes were measured after the harvest. The straw was randomized sampled outside experimental plots and its nutrients content was determinate. The results showed that N-NH3 losses were nearly 35% of the nitroge n applied to T1 and T3 and losses in T2 and T4 were low, nearly 15% and 9%. The leaf diagnosis showed that leaves nitrogen content in treatments with low nitrogen losses was bigger than treatments where nitrogen losses were high. Nitrogen sources applied over the straw resulted in organic matter increase at the soil surface. It didn't happen straw nitrogen and sulfur liberation but the decrease in C/N and C/S relation indicated the possibility to happen nitrogen and sulfur liberation from the vegetal residue. The stalks of sugarcane answered in productivity to nitrogen fertilizer and to nitrogen losses.
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Eficiência de fontes de nitrogênio e enxofre na composição químico-bromatológica e algumas características agronômicas da cultura de milho (Zea mays L.) em sistema de plantio direto / Efficiency of sources nitrogen and sulfur in chemical-bromatologic composition and some characteristics of de corn (Zea mays L.) culture in no-tillage systemAgostinho Domingos Miguel Francisco 24 September 2008 (has links)
O presente trabalho foi desenvolvido no Departamento de Zootecnia da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo FZEA/USP localizada em Pirassununga-SP no período de 16/12/2006 a 10/05/2007 em condições de campo com o cultivo do híbrido do milho super precoce GNZ-2005 em Latossolo Vermelho Amarelo distrófico férrico. O experimento teve como objetivo avaliar a eficiência de fertilizante nitrogenado FASN (Fusion Amonium Sulfate Nitrate) comparado na composição químico-bromatológica e algumas características agronomicas da cultura de milho (Zea mays L.) à fontes tradicionais de nitrogênio como nitrato de amônio, uréia e sulfato de amônio, implantado no sistema plantio direto. Foram avaliadas as perdas de nitrogênio por volatilização da amônia, os atributos químicos e físicos do solo, rendimento de grãos (kg ha-1), matéria seca total (%) e análise bromatológica e foliar. A dose de nitrogênio foi 100 kg ha-1 de N em todos os tratamentos, exceto nas testemunhas (T1 e T2), que também receberam 450 kg ha-1 de 8:28:16 + 0,5% de Zn. O delineamento experimental foi em blocos completos casualizados, com dez tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram: T1: Testemunha +Gesso (-N+S), T2: Testemunha absoluta (-N-S), T3: Uréia - 45% N, T4: Uréia + Gesso 14%S, T5: Uréia + sulfato de amônio - 21%N /24%S-(33:00:00+12%S), T6: Nitrato de amônio - 30%N, T7: Nitrato de amônio - 30%N + gesso, T8: Nitrato de amônio + Sulfato de Amônio - 21% N/ 24%S - (27,8:00:00+6%S), T9: Sulfato de amônio, T10: FASN 26%N/14%S. Perdas por volatilização de amônia foram avaliadas em todos os tratamentos de T1 a T10 por meio de coletores semi-abertos estáticos colocados em cada parcela em que se estudou a volatilização. Foram colocadas cinco bases para cada coletor, onde se aplicou as fontes nitrogenadas na dose de 100 kg ha-1 de N. O N-NH3 volatilizado foi retido em espumas embebidas em solução ácida e extraída com solução ácido clorídrico para posterior quantificação das perdas. A avaliação do estado nutricional das plantas, de atributos químicos e físicos do solo, volatilização de amônia, características bromatológicas e a produtividade foram efetuadas em todos os tratamentos. A avaliação do estado nutricional foi feita pela análise química dos teores de nutrientes nas folhas coletadas no florescimento. Atributos químicos do solo foram avaliados por meio de análises laboratoriais de amostras coletadas nas camadas de 0 a 20 e de 20 a 40 cm de profundidade, após a colheita do milho. Dentre das fontes nitrogenadas avaliadas, a uréia implicou em maiores perdas de nitrogênio N-NH3 aos seis dias após aplicação. Com relação ao desempenho geral das fontes de nitrogênio, pode-se constatar que o FASN teve comportamento similar ao do sulfato de amônio e do nitrato de amônio. / O presente trabalho foi desenvolvido no Departamento de Zootecnia da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo FZEA/USP localizada em Pirassununga-SP no período de 16/12/2006 a 10/05/2007 em condições de campo com o cultivo do híbrido do milho super precoce GNZ-2005 em Latossolo Vermelho Amarelo distrófico férrico. O experimento teve como objetivo avaliar a eficiência de fertilizante nitrogenado FASN (Fusion Amonium Sulfate Nitrate) comparado na composição químico-bromatológica e algumas características agronomicas da cultura de milho (Zea mays L.) à fontes tradicionais de nitrogênio como nitrato de amônio, uréia e sulfato de amônio, implantado no sistema plantio direto. Foram avaliadas as perdas de nitrogênio por volatilização da amônia, os atributos químicos e físicos do solo, rendimento de grãos (kg ha-1), matéria seca total (%) e análise bromatológica e foliar. A dose de nitrogênio foi 100 kg ha-1 de N em todos os tratamentos, exceto nas testemunhas (T1 e T2), que também receberam 450 kg ha-1 de 8:28:16 + 0,5% de Zn. O delineamento experimental foi em blocos completos casualizados, com dez tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram: T1: Testemunha +Gesso (-N+S), T2: Testemunha absoluta (-N-S), T3: Uréia - 45% N, T4: Uréia + Gesso 14%S, T5: Uréia + sulfato de amônio - 21%N /24%S-(33:00:00+12%S), T6: Nitrato de amônio - 30%N, T7: Nitrato de amônio - 30%N + gesso, T8: Nitrato de amônio + Sulfato de Amônio - 21% N/ 24%S - (27,8:00:00+6%S), T9: Sulfato de amônio, T10: FASN 26%N/14%S. Perdas por volatilização de amônia foram avaliadas em todos os tratamentos de T1 a T10 por meio de coletores semi-abertos estáticos colocados em cada parcela em que se estudou a volatilização. Foram colocadas cinco bases para cada coletor, onde se aplicou as fontes nitrogenadas na dose de 100 kg ha-1 de N. O N-NH3 volatilizado foi retido em espumas embebidas em solução ácida e extraída com solução ácido clorídrico para posterior quantificação das perdas. A avaliação do estado nutricional das plantas, de atributos químicos e físicos do solo, volatilização de amônia, características bromatológicas e a produtividade foram efetuadas em todos os tratamentos. A avaliação do estado nutricional foi feita pela análise química dos teores de nutrientes nas folhas coletadas no florescimento. Atributos químicos do solo foram avaliados por meio de análises laboratoriais de amostras coletadas nas camadas de 0 a 20 e de 20 a 40 cm de profundidade, após a colheita do milho. Dentre das fontes nitrogenadas avaliadas, a uréia implicou em maiores perdas de nitrogênio N-NH3 aos seis dias após aplicação. Com relação ao desempenho geral das fontes de nitrogênio, pode-se constatar que o FASN teve comportamento similar ao do sulfato de amônio e do nitrato de amônio.
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Características físico-químicas do carvão vegetal oxidado e seu efeito nas perdas e suprimento de nitrogênio em mistura com ureia / Physical chemistry characteristics of oxidized charcoal and its effect on nitrogen supply and loss in mixture with ureaPaiva, Diogo Mendes de 28 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-04-28 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / A dinâmica da ureia no solo resulta na produção de NH3, que quando aplicada superficialmente tem favorecida sua perda para a atmosfera. Este fato tem sido muito explorado no intuito de reduzir tais perdas e consequentemente aumentar a eficiência agronômica e econômica da ureia. A utilização de carvão oxidado com HNO3 ou da fração solúvel em meio alcalino deste composto junto com ureia propiciou redução em torno de 47 % nas perdas de N. Este trabalho teve como objetivo caracterizar diferentes compostos obtidos a partir da oxidação de carvão vegetal com HNO3 (CVox), avaliar sua capacidade de adsorver NH3, de reduzir a volatilização de NH3 e de suprir N a plantas de milho quando misturados à ureia. Para isto, carvão vegetal foi submetido à oxidação com diferentes concentrações de HNO3 e tempo de reação. Também foi obtida a fração solúvel em meio alcalino (ácido húmico (AHCV)) após oxidação do carvão vegetal com HNO3. Os compostos obtidos foram caracterizados quanto sua composição elementar, pH, ponto isoelétrico, acidez total (titulação potenciométrica), pKa, espectro no infravermelho e espectro XPS. Foi quantificada a capacidade de adsorção de NH3 de todos os compostos a partir de sua incubação em ambiente saturado com NH3. Realizaram-se dois experimentos em laboratório para determinar a volatilização de NH3 da ureia com os compostos. Foi avaliado em casa de vegetação, cultivando-se milho, a capacidade de suprir N de misturas de ureia com o AHCV, com dois carvões oxidados com HNO3 em diferentes concentrações e tempo de reação, mais o NH4NO3 e a ureia pura aplicando-se dose equivalente a 0, 90, 180 e 270 mg dm-3 de N de cada fonte. Determinou-se a produção de massa de matéria seca, conteúdo de N e taxa de recuperação de N pelas plantas de milho. Os resultados indicaram que as propriedades dos CVox são em função somente da concentração de HNO3 e que para obter um composto com a maior oxidação, quantidade de grupos carboxílicos e fenólicos, menor pH e com rendimento em torno de 70 % é necessário a utilização de HNO3 a 5,9 mol L-1. Os valores de pKa indicaram grupamentos funcionais dissociáveis em ampla faixa de pH. Os CVox obtidos a partir da reação com HNO3 em maiores concentrações apresentam quantidade similar de grupos carboxílicos e fenólicos comparado ao AHCV. A capacidade de adsorção de NH3 dos CVox pode ser elevada em até 9 vezes comparada com o carvão vegetal, enquanto para o AHCV é de 5,7 vezes. Os resultados evidenciaram que a capacidade de adsorver NH3 dos CVox apresenta maior correlação com a maior quantidade de grupamentos carboxílicos e menor pH. Verificou- se a redução de até 18 % na volatilização de NH3 das misturas de ureia com CVox na proporção de 0,50 g g-1. O AHCV não foi eficiente em reduzir a volatilização de NH3, do mesmo modo que não apresentou maior eficiência em suprir N às plantas de milho quando mistura à ureia. Os CVox misturados a ureia apresentaram maior taxa de recuperação de N pelas plantas de milho. Conclui-se que a obtenção de CVox utilizando HNO3 na concentração de 5,9 mol L-1 propiciará um produto com propriedades físico- químicas que proporcione boa capacidade de adsorver NH3, de reduzir as perdas por volatilização de NH3 e de aumentar a taxa de recuperação de N quando misturados a ureia na proporção de 0,50 g g-1. / The dynamics of urea in the soil results in production of NH3, which when applied superficially has favored their loss to atmosphere. This fact has been exploited in order to reduce losses and consequently increase the efficacy and cost of urea. The use of coal oxidized with HNO3 or the fraction soluble in alkaline along with urea reduction allowed around 47% of losses of N. This work had as objective to characterize different compounds obtained from oxidation of charcoal with HNO3 (CVox), to evaluate their ability to adsorb NH3, to reduce the volatilization of NH3 and supply N the corn plants when mixed with urea. For this, charcoal was subjected to oxidation with different concentrations of HNO3 and reaction time. Was also obtained the fraction soluble in alkaline (humic acid (AHCV)) after oxidation of charcoal with HNO3. The compounds obtained were characterized as their elemental composition, pH, total acidity, isoelectric point (potentiometric titration), pKa, infrared spectrum and XPS spectrum. Was quantified the NH3 adsorption capacity of all compounds from its incubation in an environment saturated with NH3. Two experiments were conducted in the laboratory to determine the volatilization of NH3 from urea with the compounds. Was evaluated in a greenhouse, cultivating corn, the ability to supply N of mixtures of urea with the AHCV, with two oxidized coals with HNO3 in different concentrations and reaction time, plus the NH4NO3 and pure urea applying dose equivalent to 0, 90, 180 and 270 mg dm-3 N for each source. It was determined the mass production of dry matter, content of N and N recovery rate by corn plants. The results indicated that properties of CVox are in function only the concentration of HNO3 and that for a compound with the highest oxidation, amount of carboxylic and phenolic groups, lower pH and with yields around 70% is necessary the use of HNO3 to 5.9 mol L-1. The pKa values indicated are dissociated functional groups in a wide pH range. The CVox obtained from reaction with HNO3 in higher concentrations have similar amount of carboxylic and phenolic groups compared to AHCV. The ability of adsorption of NH3 from CVox can be raised by up to 9 times compared with charcoal, while the AHCV is 5.7 times. The results showed that ability to adsorb NH3 from CVox presents greater correlation with the largest amount of carboxylic groups and lower pH. There has been a reduction of up to 18 % on volatilization of NH3 from urea and CVox mixtures in ratio of 0.50 g g-1. The AHCV was not effective in reducing the volatilization of NH3, likewise not presented greater efficiency in supply N to plants of corn when the mixing urea. The CVox mixed with urea presented a higher recovery rate N the corn plants. It is concluded that obtaining CVox using HNO3 on concentration of 5.9 mol L-1 will provide a product with physical chemistry properties that provide good ability to adsorb NH3, to reduce losses by volatilization of NH3 and to increase the recovery rate of N when urea mixed in the ratio of 0.50 g g-1.
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Perdas de amônia por volatilização em solo tratado com uréia, na presença de resíduos culturais / Ammonia losses by volatilization from urea applied to soil as influenced by plant residuesDuarte, Daily Soraya Aquino 25 January 2008 (has links)
O presente experimento de laboratório foi realizado no Departamento de Ciência do Solo da ESALQ/USP, em Piracicaba, SP, com o objetivo de avaliar o efeito da presença de diferentes resíduos vegetais na superfície do solo sobre as perdas de amônia por volatilização decorrentes da aplicação de uréia em três doses. Foram utilizadas amostras da camada 0-0,20m de um Nitossolo Vermelho Eutroférrico do município de Piracicaba, SP. Os tratamentos constaram de arranjo fatorial com três repetições envolvendo quatro doses de uréia (0, 60, 120 e 180 mg dm-3 de N), aplicadas na superfície da terra, e quatro formas de cobertura da terra: sem cobertura e com cobertura constituída de fragmentos de folhas de plantas de milho, cana-de-açúcar e amendoim forrageiro, igualmente aplicados na superfície na quantidade de 29g de matéria seca por frasco (equivalente a 5 Mg ha-1). A volatilização de amônia foi avaliada em frascos de plástico de 1,6 L de capacidade, fechados, contendo 0,4 kg de terra umedecida e, para captar a amônia volatilizada, um disco de papel de filtro tratado com 1 mL de H2SO4 de concentração variando de 0,05 a 0,5 mol L-1. Esse disco era substituído diariamente, sendo o ácido remanescente no filtro exposto à amônia, titulado com NaOH 0,02 mol L-1 na presença de indicador bromocresol verde. Ao final do período experimental de 40 dias, amostras da camada superficial (0-0,05m) de terra dos frascos foram coletadas com amostrador especial e submetidas à determinação do pH em CaCl2 0,01 mol L-1. Os picos de máxima perda de amônia por volatilização ocorreram no 3º e no 12º dia após a aplicação da uréia, não havendo efeito dos resíduos culturais sobre a distribuição das perdas ao longo do tempo. As perdas de amônia aumentaram com o aumento da dose de uréia aplicada. Nas terras sem cobertura e naquelas contendo resíduos de milho e de amendoim forrageiro os aumentos foram mais expressivos para as doses menores (60 e 120 mg dm-3 de N-uréia), enquanto nas terras com restos de cana-de-açúcar os maiores aumentos ocorreram para a dose mais alta (180 mg dm-3 de N-uréia). A presença de restos de cultura de amendoim forrageiro na superfície do solo aumentou a quantidade de amônia volatilizada das terras tratadas ou não com uréia, enquanto a de restos de cultura de cana-de-açúcar reduziu a quantidade volatilizada. Os restos de cultura de milho exerceram pouca influência nas perdas de NH3 por volatilização. O pH da camada superficial das terras aumentou em mais de duas unidades com a aplicação de uréia e dos resíduos vegetais. / A laboratory experiment was carried out at the University of São Paulo, Piracicaba campus, Brazil, in order to evaluate how the presence of different plant residues on soil surface will affect ammonia volatilization losses from urea fertilizer applied on soil surface in three rates. Samples from 0-0.2m layer of a ferric Red Latosol located in Piracicaba, State of São Paulo, Brazil, were used in the study. Treatments consisted of a factorial arrangement with three replicates involving four rates of urea (0, 60, 120 and 180 mg dm-1 of N), applied at soil surface and four forms of soil cover: with no cover and with cover consisted of leaf fragments of corn, sugar-cane and peanut plants also applied on the surface at the rate of 29 g of dryed material per flask (equivalent to 5 Mg per hectare). Ammonia volatilization was measured in closed 1.6 L flasks containing 0.4 kg of moistened soil sample and, to capture NH3, a filter paper disk treated with 1 mL of H2SO4 of concentration varying from 0.05 to 0.5 mol L-1. The paper filter was substituted every day and the remaining acid in the exposed filter was titrated with NaOH 0.02 mol L-1 in the presence of bromocresol green. At the end of the experimental period of 40 days, samples of the surface layer (0-0.05 m) of the soil in the flasks were collected using a special sampler and subjected to determination of the pH in CaCl2 0.01 mol L-1. Maximum volatilization occurred at the 3rd and the 12th day of urea application and no influence was observed of the plant residues on the distribution of the losses during the experimental period. Ammonia losses increased with the rate of urea application. For the bare soil samples and for samples covered with corn and peanut residues, these increases were more evident when urea was applied at the smaller rates (60 and 120 mg dm-1 of urea-N), whereas for samples covered with sugar-cane residues, increases were higher when the higher rate (180 mg dm-1 of urea-N) was used. Covering the soil with peanut residues increased the amount of volatilized ammonia in the samples treated and not treated with urea, while covering with sugar-cane residues reduced the volatilization losses. Corn residues showed to have only small influence on ammonia loss. The pH at the surface of the soil samples increased more than two units as the result of urea and plant residues application.
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"Alteração de características do solo para remoção de hexaclorobenzeno de área contaminada". / Changes in soil properties to hexachlorobenzene removal from contaminated areaNakagawa, Lia Emi 18 September 2003 (has links)
A contaminação ambiental provocada pelo despejo de resíduos industriais e pela aplicação de agrotóxicos pode resultar no desequilíbrio dos ecossistemas, além de causar danos diretos à saúde humana. No Brasil, existem várias áreas contaminadas com resíduos industriais, tais como o hexaclorobenzeno (HCB), um composto organoclorado usado no passado como fungicida, mas que atualmente tem seu uso proibido devido a sua alta persistência no ambiente e alta capacidade de bioacumulação. Este estudo verificou a possibilidade de remoção de resíduos de HCB do solo contaminado além da possibilidade de contaminação do ar e da água por este composto. Verificou-se: a) o efeito de adição de matéria orgânica, alteração de pH e alagamento da terra sobre a comunidade microbiana e a degradação do HCB; b) a volatilização do HCB e, c) a lixiviação deste composto. A contaminação inicial da terra foi determinada através de extração das amostras de terra contaminada e análise dos extratos por cromatografia gasosa (CG). Alterações das características da terra foram promovidas pela adição de matéria orgânica (bagaço de cana de açúcar ou vermicomposto), adição de Cal ou alagamento das amostras de terra contaminada, além de combinações destes tratamentos. Cada amostra de terra, colocada em frascos de vidro, recebeu uma solução de HCB radiomarcado (14C-HCB). A mineralização do 14C-HCB foi analisada através da captura do CO2 proveniente das amostras de terra por uma solução de hidróxido de potássio e quantificação do 14CO2 por Espectrometria de Cintilação Líquida (ECL). A volatilização do 14C-HCB foi analisada através da captura dos compostos voláteis por lâmina de poliuretano, extração desta lâmina e análise do extrato por ECL, para quantificação dos 14C-compostos voláteis, e por CG, para quantificação dos compostos voláteis (HCB e metabólitos). A formação de 14C-resíduos ligados e de metabólitos do HCB nas amostras de terra foi analisada através da extração destas amostras e posterior análise da terra extraída por ECL e do extrato por CG. Cada amostra de terra também foi analisada quanto à atividade microbiana, medida através da respiração dos microrganismos, e quanto a densidade microbiana, através da metodologia de contagem de unidades formadoras de colônias (UFC) de bactérias e fungos. A mobilidade e a lixiviação do HCB foram estudadas através de percolação de água em tubos de PVC contendo amostras de terra contaminada tratadas com bagaço de cana de açúcar e/ou cal e solução de 14C-HCB, dispostas sobre amostras de terra não contaminada; os tubos foram seccionados e a terra e a água lixiviada foram analisadas por ECL. O período dos estudos foi de 270 dias. A determinação da contaminação inicial da terra indicou a presença do HCB (3400 mg g-1 terra) e dos metabólitos 1,2,4,5 TCB (24 mg g-1 terra), 1,2,3,4 TCB (6 mg g-1 terra) e PCB (267 mg g-1 terra). A volatilização de 14C-compostos ocorreu em todas as amostras, principalmente nas amostras alagadas e com adição de matéria orgânica (29% a 40 %, após 270 dias). O alagamento favoreceu a volatilização provavelmente devido a baixa hidrossolubilidade do HCB e, a presença de matéria orgânica pode ter favorecido a formação de metabólitos mais voláteis através do estímulo à descloração redutiva, que ocorre sob condições de anaerobiose. Entretanto, a descloração redutiva não foi comprovada pois não houve formação nem aumento na concentração de metabólitos do HCB entre os compostos volatilizados. Houve uma diminuição na quantidade de 14C-compostos extraíveis no decorrer do tempo em todas as amostras, mas a concentração de HCB ou de seus metabólitos permaneceu constante independente do tratamento. A atividade e a densidade microbiana foram maiores nas amostras com bagaço de cana de açúcar mas não tiveram efeito sobre a volatilização ou a degradação do HCB. Não ocorreu mineralização ou mobilidade do 14C-HCB na terra contaminada e nem a formação de 14C-resíduos ligados. Portanto, a adição de matéria orgânica, a alteração de pH e o alagamento da terra não se mostraram eficientes para a remoção do HCB de terra contaminada. Além disso, a ocorrência de formação de 14C-compostos voláteis e a ausência de lixiviação do 14C-HCB indicaram que a presença de resíduos de HCB no solo pode levar à contaminação do ar mas não de água subterrânea. / The environmental contamination by industrial wastes and pesticides can cause harmful effects to ecosystem besides direct human health damages. In Brasil, there are several areas contaminated with industrial wastes like the hexachlorobenzene (HCB), a chlorinated organic compound used in the past as fungicide but that has no longer been produced due to its high persistence in the environment and bioaccumulation potential. This study verified the possibility of HCB residues removal from contaminated soil besides the air and water contamination risk. It was verified: a) the effect of organic matter addition, pH change and flooding of the contaminated soil on the microbial community and HCB degradation; b) HCB volatilization and, c) HCB leaching. The initial soil contamination was determined by extraction of contaminated soil samples and analysis of the extract by Gaseous Chromatography (GC). Soil properties changes were promoted by organic material addition (sugar cane bagasse or earthworm humus), lime addition and flooding of the soil samples besides a combination of these treatments. Each soil sample, placed in glass flasks, was treated with radiolabelled HCB solution (14C-HCB). The 14C-HCB mineralization was analyzed by the entrapment of CO2 originated from the soil samples by potassium hydroxide solution and quantification of the 14CO2 by Liquid Scintillation Spectrometry (LSS). The 14C-HCB volatilization was analyzed by the entrapment of the volatiles compounds by a polyurethane lamina, extraction of this lamina and analysis of the extract by LSS, for 14C-volatile compounds quantification, and by GC, for volatile compounds (HCB and metabolites) quantification. The 14C-bound residues and the HCB metabolites of the soil samples were analyzed by the extraction of these samples and further analysis of the extracted soil by LSS and analysis of the extract by GC. Each soil sample was analyzed with regard to its microbial activity by microbial respiration measure and microbial density by the plate count technique. The mobility and leaching of the HCB were studied by water percolation through PVC tubes containing contaminated soil treated with sugar cane bagasse and/or lime and 14C-HCB placed over no contaminated soil; the tubes were cut in sections and the soil and the leached water were analyzed by LSS. All these studies lasted 270 days. The initial soil contamination determination indicated the presence of the HCB (3400 mg g-1 soil) and the metabolites 1,2,4,5 TCB (24 mg g-1 soil), 1,2,3,4 TCB (6 mg g-1 soil) and PCB (267 mg g-1 soil). The volatilization of the 14C-compounds occurred in all the samples, mainly in the flooded samples with organic matter addition (29% to 40% after 270 days). The flooding enhanced the volatilization due the low HCB water-solubility and, the presence of organic material can have favoured the formation of metabolites more volatile than the HCB due to reductive dechlorination that occurs under anaerobic conditions. But the reductive dechlorination occurrence was not proved as there was no formation or increase in metabolite concentration. There was a decrease in 14C-extractable compounds quantity through the time in all the samples but the HCB and metabolites concentrations keep constant independently of the treatment. The microbial activity and density were higher in the samples with sugar cane bagasse but it did not affected the HCB volatilization or degradation. The 14C-HCB mineralization and the 14C-bound residues formation did not occur. The mobility of the 14C-HCB was not observed too. Therefore, the organic material addition, the pH change and the soil flooding were not efficient to HCB removal from the contaminated soil. And, the occurrence of the volatilization of 14C-compounds and the absence of 14C-HCB leaching indicated that the presence of HCB residues in the soil can result in contamination of air but not the ground water.
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Perdas de amônia por volatilização em solo tratado com uréia, na presença de resíduos culturais / Ammonia losses by volatilization from urea applied to soil as influenced by plant residuesDaily Soraya Aquino Duarte 25 January 2008 (has links)
O presente experimento de laboratório foi realizado no Departamento de Ciência do Solo da ESALQ/USP, em Piracicaba, SP, com o objetivo de avaliar o efeito da presença de diferentes resíduos vegetais na superfície do solo sobre as perdas de amônia por volatilização decorrentes da aplicação de uréia em três doses. Foram utilizadas amostras da camada 0-0,20m de um Nitossolo Vermelho Eutroférrico do município de Piracicaba, SP. Os tratamentos constaram de arranjo fatorial com três repetições envolvendo quatro doses de uréia (0, 60, 120 e 180 mg dm-3 de N), aplicadas na superfície da terra, e quatro formas de cobertura da terra: sem cobertura e com cobertura constituída de fragmentos de folhas de plantas de milho, cana-de-açúcar e amendoim forrageiro, igualmente aplicados na superfície na quantidade de 29g de matéria seca por frasco (equivalente a 5 Mg ha-1). A volatilização de amônia foi avaliada em frascos de plástico de 1,6 L de capacidade, fechados, contendo 0,4 kg de terra umedecida e, para captar a amônia volatilizada, um disco de papel de filtro tratado com 1 mL de H2SO4 de concentração variando de 0,05 a 0,5 mol L-1. Esse disco era substituído diariamente, sendo o ácido remanescente no filtro exposto à amônia, titulado com NaOH 0,02 mol L-1 na presença de indicador bromocresol verde. Ao final do período experimental de 40 dias, amostras da camada superficial (0-0,05m) de terra dos frascos foram coletadas com amostrador especial e submetidas à determinação do pH em CaCl2 0,01 mol L-1. Os picos de máxima perda de amônia por volatilização ocorreram no 3º e no 12º dia após a aplicação da uréia, não havendo efeito dos resíduos culturais sobre a distribuição das perdas ao longo do tempo. As perdas de amônia aumentaram com o aumento da dose de uréia aplicada. Nas terras sem cobertura e naquelas contendo resíduos de milho e de amendoim forrageiro os aumentos foram mais expressivos para as doses menores (60 e 120 mg dm-3 de N-uréia), enquanto nas terras com restos de cana-de-açúcar os maiores aumentos ocorreram para a dose mais alta (180 mg dm-3 de N-uréia). A presença de restos de cultura de amendoim forrageiro na superfície do solo aumentou a quantidade de amônia volatilizada das terras tratadas ou não com uréia, enquanto a de restos de cultura de cana-de-açúcar reduziu a quantidade volatilizada. Os restos de cultura de milho exerceram pouca influência nas perdas de NH3 por volatilização. O pH da camada superficial das terras aumentou em mais de duas unidades com a aplicação de uréia e dos resíduos vegetais. / A laboratory experiment was carried out at the University of São Paulo, Piracicaba campus, Brazil, in order to evaluate how the presence of different plant residues on soil surface will affect ammonia volatilization losses from urea fertilizer applied on soil surface in three rates. Samples from 0-0.2m layer of a ferric Red Latosol located in Piracicaba, State of São Paulo, Brazil, were used in the study. Treatments consisted of a factorial arrangement with three replicates involving four rates of urea (0, 60, 120 and 180 mg dm-1 of N), applied at soil surface and four forms of soil cover: with no cover and with cover consisted of leaf fragments of corn, sugar-cane and peanut plants also applied on the surface at the rate of 29 g of dryed material per flask (equivalent to 5 Mg per hectare). Ammonia volatilization was measured in closed 1.6 L flasks containing 0.4 kg of moistened soil sample and, to capture NH3, a filter paper disk treated with 1 mL of H2SO4 of concentration varying from 0.05 to 0.5 mol L-1. The paper filter was substituted every day and the remaining acid in the exposed filter was titrated with NaOH 0.02 mol L-1 in the presence of bromocresol green. At the end of the experimental period of 40 days, samples of the surface layer (0-0.05 m) of the soil in the flasks were collected using a special sampler and subjected to determination of the pH in CaCl2 0.01 mol L-1. Maximum volatilization occurred at the 3rd and the 12th day of urea application and no influence was observed of the plant residues on the distribution of the losses during the experimental period. Ammonia losses increased with the rate of urea application. For the bare soil samples and for samples covered with corn and peanut residues, these increases were more evident when urea was applied at the smaller rates (60 and 120 mg dm-1 of urea-N), whereas for samples covered with sugar-cane residues, increases were higher when the higher rate (180 mg dm-1 of urea-N) was used. Covering the soil with peanut residues increased the amount of volatilized ammonia in the samples treated and not treated with urea, while covering with sugar-cane residues reduced the volatilization losses. Corn residues showed to have only small influence on ammonia loss. The pH at the surface of the soil samples increased more than two units as the result of urea and plant residues application.
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