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Escritas de si e homossexualidade no Brasil: os diários de Lúcio Cardoso, Walmir Ayala e Harry Laus

Moreira, Daniel da Silva 18 September 2017 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-10-25T16:27:07Z No. of bitstreams: 1 danieldasilvamoreira.pdf: 2323070 bytes, checksum: 9453c709d87da5a6f51a3d468f9124d1 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-11-09T13:52:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 danieldasilvamoreira.pdf: 2323070 bytes, checksum: 9453c709d87da5a6f51a3d468f9124d1 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-11-09T13:52:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 danieldasilvamoreira.pdf: 2323070 bytes, checksum: 9453c709d87da5a6f51a3d468f9124d1 (MD5) Previous issue date: 2017-09-18 / Esta tese tem por objetivo realizar uma leitura dos diários de Lúcio Cardoso, Walmir Ayala e Harry Laus, considerando, especialmente, a forma como os três autores colocam em cena a questão da própria homossexualidade. No Brasil da segunda metade do século XX, esses três diaristas se destacam por terem sido os primeiros a criarem uma escrita na primeira pessoa que abordava, ainda que de um modo por vezes oblíquo, o “amor que não ousa dizer seu nome”, contrapondo-se ao silêncio a que, até então, estava fadado o sujeito homossexual na sociedade brasileira. Esse estudo foi feito através da seleção de algumas linhas de força que atravessam os três conjuntos de diários e que permitem situá-los tanto em seu momento histórico e político, quanto em relação à obra de seus autores, jamais perdendo de vista a grande questão de gênero que esses textos colocam. Entre os temas estudados, destaca-se inicialmente os discursos de detração da prática diarística, as funções que o diário desempenha para aquele que o mantém e o modo como essa escrita se constitui num espaço de auto-hospitalidade que permite a criação de uma determinada imagem de si. A seguir, passa-se a uma tentativa de definição e de história do diário de escritor, que considera, ainda, a importância da emergência, a partir do século XVIII, de uma estética de valorização do rascunhal e do inacabado para o estabelecimento do diário como objeto legítimo de estudo. Trata-se também sobre como o diário permite a seu autor construir uma imagem intelectual a partir da cena da escrita e da cena da leitura. A partir do destaque da cena de leitura no diário, explora-se o modo como as obras de alguns autores franceses, especialmente André Gide, foram de fundamental importância para Cardoso, Ayala e Laus encontrassem um gênero e uma linguagem para escreverem sobre a homossexualidade. Em seguida, trata-se do modo como a escrita diarística se relaciona com os limites entre o íntimo, o privado e o público, sobretudo quando o que está em jogo é a expressão/enunciação da (homos)sexualidade. A publicação do diário, tema abordado posteriormente, potencializa o risco da escrita diarística, principalmente se o texto publicado toca de algum modo na homossexualidade. Por fim, trata-se da forma como esses três diaristas abordam, em sua escrita, a sexualidade, o corpo e o amor. / Cette thèse analyse les journaux intimes de Lúcio Cardoso, Walmir Ayala et Harry Laus, en considérant notamment la façon dont les trois auteurs mettent en scène la question de leur homosexualité. Dans le Brésil de la seconde moitié du XXème siècle, ces trois diaristes se distinguent car ils sont les premiers à créer une écriture à la première personne qui aborde, bien que de manière souvent indirecte, « l’amour qui n’ose pas dire son nom », en s’opposant ainsi au silence auquel, jusqu’alors, était condamné le sujet homosexuel dans la société brésilienne. Cette étude est réalisée à partir de lignes de forces qui caractérisent les trois ensembles de journaux et qui permettent de les situer dans leur moment historique et politique ainsi que dans le cadre plus général de l’œuvre de ces auteurs, en tenant toujours compte du genre de ces récits. Les principales questions abordées dans cette recherche concernent les discours de détraction de la pratique diaristique, les fonctions que le journal intime joue pour qui le tient, la façon dont cette écriture va se constituer en un lieu d’auto-hospitalité qui permet la création d’une certaine image de soi. Un essai de définition et d’histoire du journal d’«écrivant » est ensuite élaboré, en soulignant l’importance de l’émergence, à partir du XVIIIème siècle, d’une esthétique de valorisation du brouillon et de l’inachevé en vue de l’établissement du journal intime comme objet d’étude légitime. On examine aussi la façon dont le journal intime permet à son auteur la construction d’une image d’intellectuel à partir de la scène d’écriture et de la scène de lecture. Cette dernière scène montre notamment l’importance de la lecture des œuvres de certains auteurs français, en particulier celle d’André Gide. Ces lectures permettent à Cardoso, Ayala et Laus de trouver un genre littéraire et un langage aptes à écrire (ou à dire) l’homosexualité. Nous examinons également la façon dont l’écriture diaristique articule l’intime, le privé et le public, notamment quand il s’agit d’exprimer ou d’énoncer l’(homo)sexualité. La publication du journal intime, thème traité ensuite, augmente les risques auxquels s’expose l’écriture diaristique, en particulier si elle aborde l’homosexualité. Finalement, on reviendra sur la manière dont ces trois diaristes évoquent, dans leur écriture, la sexualité, le corps et l’amour.

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