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Gênero e ciência : um estudo sobre as mulheres na física / Gender and Science : a study of women in PhysicsCartaxo, Sandra Maria Carlos, 1981- 21 August 2018 (has links)
Orientador: Léa Maria Strini Velho / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-21T18:14:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: A Física é uma área predominantemente masculina e, por muito tempo, os chamados naturalistas justificavam os motivos do afastamento das mulheres da área como sendo de ordem biológica. Entretanto, as mulheres, embora sejam muito poucas na área, apresentam em média um rendimento maior que o dos homens na física. Em vistas disso, o presente estudo tem como objetivo compreender como se dão as relações sociais de gênero nessa área, além dos motivos que justificariam a baixa participação das mulheres na Física e as dificuldades de ascensão na carreira enfrentada por elas, apesar da alta produtividade científica. Para tanto, foram considerados os pontos de vista de homens e mulheres sobre a realidade das mulheres na Física, em particular, no contexto do Instituto de Física "Gleb Wataghin" (IFGW) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Foi analisado o modo com que homens e mulheres descrevem o cotidiano e a rotina de trabalho, de ensino e pesquisa em que estão envolvidos. Para entendimento dessas relações de gênero no IFGW, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com mulheres e homens do IFGW. Estas entrevistas, analisadas à luz da literatura sobre Gênero e Ciência, revelaram que as dificuldades de acesso e ascensão da carreira de Física para as mulheres vão além da opção destas pela maternidade ou da priorização do cuidado da família em detrimento da carreira. Foram apontadas questões associadas ao processo de socialização das mulheres na carreira que podem desfavorecer o acesso, a progressão e a atuação destas na Física. Foram também identificadas áreas e oportunidades dentro da física que são negadas às mulheres, assim como outras que se apresentam como "permitidas" a elas. Esse processo de regulação ao acesso das mulheres é alimentado por uma visão estereotipada das suas "qualidades femininas" que fazem com que elas sejam aptas ou não para exercer a atividade. Dessa forma, para conseguirem acesso a determinadas áreas, as mulheres precisam se destacar muito mais que os homens, a fim de demonstrar que são capazes. Por outro lado, embora essas alunas e professoras demonstrem estar, em muitos casos, acima da média de rendimento em comparação aos colegas homens, elas frequentemente encontram um "teto de vidro" que as impossibilitam de progredir na carreira. Diante disso, espera-se que o entendimento das relações de gênero presentes no IFGW, conforme revelado neste estudo, possa estimular novos comportamentos e contribuir para as relações entre homens e mulheres na área, bem como, proporcionar uma reflexão sobre o tema pela comunidade da área / Abstract: Physics is a predominantly male area, and for a long time, the so-called naturalists have justified the reasons for the rejection of women from the area as being of a biological order. Women, however, even though they are few and far between in the area, have on average a higher productivity in physics than men. In this light, the present study aims to understand how the social gender relations are set in this field, in addition to the reasons that justify the low participation of women in physics and the difficulties they encounter to advance their careers, despite their high scientific productivity. To achieve this, the perspectives of men and women on the reality of women in physics were considered, particularly in the context of the "Gleb Wataghin" Physics Institute (IFGW) of the Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). We analyzed the way that men and women describe the daily life and routines of the work, education and research in which they are involved. To understand these gender relations in the IFGW, semi-structured interviews with women and men of the IFGW were conducted. These interviews, analyzed from the perspective of the literature on Gender and Science, revealed that the difficulties women encounter to access and advance their careers in physics go beyond their choice for maternity or the prioritization of family life over their careers. Issues associated with the socialization process of women in their careers, which can discourage their access, progress and performance in physics, were pointed out. Areas and opportunities within physics that are denied to women were also identified, as well as other areas to which their access is "allowed". This process regulating the access of women is fed by a stereotypical view of their "feminine qualities", which would determine whether or not they are able to perform the activity. To gain access to certain areas, therefore, women need to stand out much more than men in order to demonstrate what they are capable of. On the other hand, despite the fact that these female students and teachers demonstrate to have, in many cases, an above average productivity compared to their male colleagues, they often encounter a "glass ceiling" that prevents them from progressing in their careers. In view of this, we hope that an understanding of the gender relations present in the IFGW, as revealed in this study, may stimulate new behaviors and contribute to the relations between men and women in the area, in addition to encouraging a reflection on the subject by the area's scientific community / Mestrado / Politica Cientifica e Tecnologica / Mestra em Política Científica e Tecnológica
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Diferenças e semelhanças entre graduandos em física com respeito ao gênero : uma análise das interações discursivas sob a perspectiva socioculturalLima Júnior, Paulo January 2009 (has links)
Na pesquisa brasileira em educação científica, há uma lacuna no que diz respeito ao interesse e à participação das mulheres na ciência. Recentemente, a pesquisa internacional tem apontado que diferenças no processo de socialização podem produzir nos homens e nas mulheres diferentes maneiras de conhecer o mundo. O presente trabalho busca investigar algumas diferenças e semelhanças entre estudantes de graduação em Física com respeito ao gênero. A fundamentação teórico-metodológica desta pesquisa está na teoria da mediação de Vigotski e na filosofia da linguagem do círculo de Bakhtin. A pesquisa contou com a participação de 22 estudantes de graduação em Física. Foi proposto a esses estudantes que debatessem sobre um tema da Física tão bem como suas visões de ciência. O uso que os estudantes fizeram da linguagem científica permitiu responder às seguintes questões: (1) Existe algum indício de que, quando discutem um tema de Física, homens e mulheres estão propensos a pensar de maneira diferente? (2) Existe alguma diferença entre homens e mulheres quanto às visões de ciência que carregam? (3) Existe alguma tendência entre os homens de dominar a situação do debate? Os resultados de pesquisa, ao mesmo tempo em que denunciam a dominação masculina, ilustram como as mulheres podem resistir a essa dominação. Enfim, a partir dessa pesquisa é possível defender a inclusão das mulheres na ciência não somente como uma questão de justiça social, mas como a saída mais vantajosa para a própria ciência, que poderá ganhar novas epistemologias e estilos de linguagem baseados nas maneiras tipicamente femininas de conhecer. / There is a particular gap between Brazilian and international research in science education concerning women’s attitudes toward and participation in the fields of science. Recently, international research has asserted that gender differences in socialization may produce different ways of understanding the world amid men and women. This study aims to investigate some differences and similarities between Physics’ undergraduate students concerning gender. The theoretical framework that supports this inquiry is Vigotski’s theory of mediation and Bakhtin’s linguistic philosophy. This research was made on 22 Physics’ undergraduate students. It was suggested that these students had a debate on some topic in Physics as well as their views of science. Students’ use of scientific language let us respond the following questions: (1) Is there any sign that, while discussing physics, men and women are more likely to think in different ways? (2) Is there any difference between men and women concerning the views of science they support? (3) Are men more likely then women to dominate the debate? As well as stressing male domination, research results illustrate how women may resist to this domination. At last, from this research, it is possible to argue that an increase in women’s participation in the fields of science and science education may result in new epistemologies and styles of language based on women’s ways of knowing.
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Diferenças e semelhanças entre graduandos em física com respeito ao gênero : uma análise das interações discursivas sob a perspectiva socioculturalLima Júnior, Paulo January 2009 (has links)
Na pesquisa brasileira em educação científica, há uma lacuna no que diz respeito ao interesse e à participação das mulheres na ciência. Recentemente, a pesquisa internacional tem apontado que diferenças no processo de socialização podem produzir nos homens e nas mulheres diferentes maneiras de conhecer o mundo. O presente trabalho busca investigar algumas diferenças e semelhanças entre estudantes de graduação em Física com respeito ao gênero. A fundamentação teórico-metodológica desta pesquisa está na teoria da mediação de Vigotski e na filosofia da linguagem do círculo de Bakhtin. A pesquisa contou com a participação de 22 estudantes de graduação em Física. Foi proposto a esses estudantes que debatessem sobre um tema da Física tão bem como suas visões de ciência. O uso que os estudantes fizeram da linguagem científica permitiu responder às seguintes questões: (1) Existe algum indício de que, quando discutem um tema de Física, homens e mulheres estão propensos a pensar de maneira diferente? (2) Existe alguma diferença entre homens e mulheres quanto às visões de ciência que carregam? (3) Existe alguma tendência entre os homens de dominar a situação do debate? Os resultados de pesquisa, ao mesmo tempo em que denunciam a dominação masculina, ilustram como as mulheres podem resistir a essa dominação. Enfim, a partir dessa pesquisa é possível defender a inclusão das mulheres na ciência não somente como uma questão de justiça social, mas como a saída mais vantajosa para a própria ciência, que poderá ganhar novas epistemologias e estilos de linguagem baseados nas maneiras tipicamente femininas de conhecer. / There is a particular gap between Brazilian and international research in science education concerning women’s attitudes toward and participation in the fields of science. Recently, international research has asserted that gender differences in socialization may produce different ways of understanding the world amid men and women. This study aims to investigate some differences and similarities between Physics’ undergraduate students concerning gender. The theoretical framework that supports this inquiry is Vigotski’s theory of mediation and Bakhtin’s linguistic philosophy. This research was made on 22 Physics’ undergraduate students. It was suggested that these students had a debate on some topic in Physics as well as their views of science. Students’ use of scientific language let us respond the following questions: (1) Is there any sign that, while discussing physics, men and women are more likely to think in different ways? (2) Is there any difference between men and women concerning the views of science they support? (3) Are men more likely then women to dominate the debate? As well as stressing male domination, research results illustrate how women may resist to this domination. At last, from this research, it is possible to argue that an increase in women’s participation in the fields of science and science education may result in new epistemologies and styles of language based on women’s ways of knowing.
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Gênero e educação superior: perspectivas de alunas de físicaAmorim, Valquiria Gila de 23 February 2017 (has links)
Submitted by Leonardo Cavalcante (leo.ocavalcante@gmail.com) on 2018-05-16T13:57:05Z
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Previous issue date: 2017-02-23 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Physics is a predominantly male field, and the reasons for this absence of women in the field are not sufficiently recognized or investigated, especially in Brazil. This dissertation aimed to analyze the experiences of inclusion and exclusion undergone by female students acquiring an undergraduate degree in Physics at Federal University of Paraíba (UFPB), Brazil. The theoretical approach was based on feminist and gender studies and cultural studies of science, which are interdisciplinary. The methodological approach was qualitative and two strategies of data collection were used in order to analyze the influence of family members and teachers in the choice of Physics, and their formative trajectory at the university: face-to-face and online structured interviews. However, male students’ perspectives were included to analyze the context of gender relations in the field of Physics, and how these relations may disadvantage women in contrast to men. Women's testimonies revealed embarrassing, debilitating and challenging experiences, as well as gender barriers, such as the chilly climate from the beginning, the male image of the Physicist, the lack of credibility of women in the field, and sexism and sexual harassment from male colleagues and professors. In conclusion, the data indicated that in order to remain in the Physics field, female students face gender stereotypes, prejudices, discrimination, sexism and sexual harassment, which remained invisible and naturalized in many situations. / A Física é um campo majoritariamente masculino, e as razões para essa ausência de mulheres não são suficientemente reconhecidas nem investigadas, principalmente no Brasil. Esta dissertação teve como objetivo analisar as experiências vivenciadas pelas alunas no curso de graduação de Física da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o que as inclui e as exclui, como mulheres, em suas trajetórias. Os aportes teóricos utilizados provêm dos estudos feministas e de gênero e dos estudos culturais da ciência, que são interdisciplinares. A metodologia utilizada foi qualitativa, sendo utilizadas duas estratégias de coleta de dados: entrevista estruturada presencial e online para analisar desde a influência dos familiares e professores/as na escolha do curso de Física até o percurso formativo na universidade. No entanto, foram incluídas vozes masculinas para colaborar a pensar sobre o contexto das relações de gênero no campo da Física e como essas relações podem desfavorecer as mulheres em contraste com os homens. As falas femininas revelaram experiências constrangedoras, debilitantes e desafiantes, bem como barreiras de gênero, entre elas: o clima frio na chegada ao curso, a imagem masculina do Físico, a falta de credibilidade das mulheres no campo, e a presença do sexismo e assédio sexual entre colegas e professores. Os dados apontam, em conclusão, que para permanecer no curso de Física as alunas enfrentam estereótipos de gênero, preconceitos, discriminações, sexismo e assédio sexual, que se apresentaram invisibilizados e naturalizados em muitas situações.
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Diferenças e semelhanças entre graduandos em física com respeito ao gênero : uma análise das interações discursivas sob a perspectiva socioculturalLima Júnior, Paulo January 2009 (has links)
Na pesquisa brasileira em educação científica, há uma lacuna no que diz respeito ao interesse e à participação das mulheres na ciência. Recentemente, a pesquisa internacional tem apontado que diferenças no processo de socialização podem produzir nos homens e nas mulheres diferentes maneiras de conhecer o mundo. O presente trabalho busca investigar algumas diferenças e semelhanças entre estudantes de graduação em Física com respeito ao gênero. A fundamentação teórico-metodológica desta pesquisa está na teoria da mediação de Vigotski e na filosofia da linguagem do círculo de Bakhtin. A pesquisa contou com a participação de 22 estudantes de graduação em Física. Foi proposto a esses estudantes que debatessem sobre um tema da Física tão bem como suas visões de ciência. O uso que os estudantes fizeram da linguagem científica permitiu responder às seguintes questões: (1) Existe algum indício de que, quando discutem um tema de Física, homens e mulheres estão propensos a pensar de maneira diferente? (2) Existe alguma diferença entre homens e mulheres quanto às visões de ciência que carregam? (3) Existe alguma tendência entre os homens de dominar a situação do debate? Os resultados de pesquisa, ao mesmo tempo em que denunciam a dominação masculina, ilustram como as mulheres podem resistir a essa dominação. Enfim, a partir dessa pesquisa é possível defender a inclusão das mulheres na ciência não somente como uma questão de justiça social, mas como a saída mais vantajosa para a própria ciência, que poderá ganhar novas epistemologias e estilos de linguagem baseados nas maneiras tipicamente femininas de conhecer. / There is a particular gap between Brazilian and international research in science education concerning women’s attitudes toward and participation in the fields of science. Recently, international research has asserted that gender differences in socialization may produce different ways of understanding the world amid men and women. This study aims to investigate some differences and similarities between Physics’ undergraduate students concerning gender. The theoretical framework that supports this inquiry is Vigotski’s theory of mediation and Bakhtin’s linguistic philosophy. This research was made on 22 Physics’ undergraduate students. It was suggested that these students had a debate on some topic in Physics as well as their views of science. Students’ use of scientific language let us respond the following questions: (1) Is there any sign that, while discussing physics, men and women are more likely to think in different ways? (2) Is there any difference between men and women concerning the views of science they support? (3) Are men more likely then women to dominate the debate? As well as stressing male domination, research results illustrate how women may resist to this domination. At last, from this research, it is possible to argue that an increase in women’s participation in the fields of science and science education may result in new epistemologies and styles of language based on women’s ways of knowing.
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