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Historia natural da ictiofauna de corredeiras do Rio Xingu, na região de Altamira, Para

Zuanon, Jansen Alfredo Sampaio 30 April 1999 (has links)
Orientador: Ivan Sazima / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-25T13:59:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Zuanon_JansenAlfredoSampaio_D.pdf: 10735066 bytes, checksum: 875eb65b8761c9fb63ba80935e73270b (MD5) Previous issue date: 1999 / Doutorado / Ecologia / Doutor em Ciências Biológicas
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Demografia e identidade do povo xipaya no médio Rio Xingu, PA / Demography and identity of the xipaya people in the middle Xingu River, PA

Simoni, Alessandra Traldi, 1985- 03 April 2013 (has links)
Orientador: Marta Maria do Amaral Azevedo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-22T15:17:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Simoni_AlessandraTraldi_M.pdf: 4319187 bytes, checksum: e41322479246b36c784049abb2c9f3f4 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: O principal objetivo deste trabalho é analisar a relação entre identidade e demografia do povo xipaya que vive no médio curso do rio Xingu. Para proceder tal movimento analítico utiliza-se tanto a bibliografia sobre os grupos indígenas da região quanto à produção de dados sobre os mesmos, a fim de resgatar as descrições e os mecanismos dessa produção que a acompanha. Destaca-se que o povo xipaya, que compartilha com outros povos no Médio Xingu semelhante história bibliográfica, está presente nos primeiros relatos sobre a ocupação da área acima da Volta Grande do Xingu (trecho do rio que separa seu médio e baixo curso), e que por uma determinada leitura sobre a relação entre a sociedade indígena e não-indígena, particularmente a partir da expansão da ocupação da área decorrente do comércio da borracha, foi descrito como extinto por ser considerado "integrado" à sociedade regional. O que significava que este grupo foi percebido como um povo indígena que não mantinha uma ordem econômica, religiosa ou linguística independente do restante da população. No entanto, a partir da década de 1970, deu-se início a um movimento de ressurgimento étnico, por meio do qual houve o reconhecimento da etnia por parte do Estado e de seu direito a terra através da demarcação e homologação da Terra Indígena Xipaya. Atualmente a população xipaya encontra-se em três localidades no Pará: na cidade de Altamira, na Terra Indígena Xipaya e em comunidades ribeirinhas às margens dos rios Xingu e rio Iriri, sendo reconhecidos respectivamente como indígenas citadinos, aldeados e ribeirinhos. A fim de compreender os processos históricos e descritivos pelos quais a população xipaya passou, passa e como ela foi descrita e contabilizada no contexto das fontes históricas e demográficas sobre a região do Médio Xingu, traça-se no primeiro capítulo um panorama histórico e bibliográfico, acompanhando a ocupação da área desde as primeiras tentativas em ali estabelecer um aldeamento missionário até os recentes ciclos de expansão desenvolvimentista, dos quais a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte surge como importante marco. O segundo capítulo traz uma discussão sobre os dados populacionais mostrando-os em todas as suas fases (concepção, execução e recepção) enquanto produtos de disputas políticas e sociais para então apresentar de forma mais detida às dinâmicas da descrição do suposto desaparecimento do povo xipaya enquanto grupo indígena, seguido das dinâmicas descritivas de seu ressurgimento étnico, no contexto dos anos 1970 até a história recente. Por fim analisam-se especificamente os dados produzidos sobre a população xipaya e demais povos indígenas no Médio Xingu, apresentando as diferentes fontes e seus modos de produção / Abstract: The main objective of this work is to analyze the relationship between identity and demography of the xipaya people living in the middle course of the river Xingu. To carry out such analytical movement both the bibliography on the indigenous groups of the region and the production of data that accompanies it are used, in order to unveil the descriptions and the mechanisms of such production. It is worth noting that the xipaya people, who share with other indigenous peoples in the Middle Xingu a similar bibliographical trajectory, is present in the first reports on the occupation of the area above the Volta Grande do Xingu (stretch of the river that separates its middle and lower course), and that due to a particular reading on the relationship between indigenous and non-indigenous societies, specially caused by the expansion of the occupation of the area resulting from the rubber trade, has been described as extinct for being "integrated" to the regional society. Which meant that this group was perceived as an indigenous people who were not economically, religiously or linguistically independent of the regional population? However, from the late 1970, through an ethnic resurgence movement, the Brazilian State recognized the Xipaya as an indigenous group and its right to land through the demarcation of the Xipaya indigenous land. The xipaya population currently lives in three localities in Pará: in the city of Altamira, on their indigenous land and on riverside communities on the banks of the rivers Xingu and Iriri. They are thus recognized as indigenous groups who live in the city (citadinos), indigenous groups that live in communities in their land (aldeados) and indigenous groups that live alongside the rivers (ribeirinhos). Therefore, to understand the historical and descriptive processes by which the xipaya population passed, passes, and how it was described and accounted for in the context of demographic and historical sources on the Xingu region, a historical and bibliographical view is presented in the first chapter, following the occupation of the area from the first attempts to establish a missionary village up to recent expansion development cycles, of which the construction of the Belo Monte hydroelectric power plant emerges as an important milestone. In the second chapter, population data are presented in all its phases (design, implementation and reception) as political and social disputes, and from that discussion the description dynamics of the alleged disappearance of xipaya indigenous group is analyzed, followed by the study of the descriptive dynamics of their ethnic resurgence, in the context of the 1970's and of recent history. Finally, in the third chapter, the data produced on the population xipaya and other indigenous peoples in the Middle Xingu is specifically studied, showing the different sources and their production / Mestrado / Demografia / Mestra em Demografia
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Avaliação energética e emergética de usina hidrelétrica - estudo de caso = complexo hidrelétrico de Belo Monte - Rio Xingu / Energy and emergy evaluation of hydroelectric power plant - a case study : Belo Monte hydroelectric complex - Xingu River

Morelli, Mariana Marques 17 August 2018 (has links)
Orientador: José Tomaz Vieira Pereira / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Mecânica / Made available in DSpace on 2018-08-17T16:42:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Morelli_MarianaMarques_M.pdf: 2990993 bytes, checksum: 213be4a8f053870f4ec07fb6a9f9a927 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: A região Amazônica é bastante conhecida por sua riqueza em termos de biodiversidade e de potencial energético advindo de sua extensa rede hidrográfica. Após um vasto histórico de tentativas de barramento de um de seus importantes afluentes -o rio Xingu-, fez-se um projeto para a construção do chamado Complexo Hidrelétrico de Belo Monte (CHE). O principal objetivo deste estudo é apresentar uma metodologia para avaliar um empreendimento hidrelétrico sob os aspectos Energéticos e Ambientais, valendo-se da Análise Energética, que inclui uma avaliação dos fluxos de energia e de emergia. Nesta dissertação o CHE de Belo Monte foi analisado energeticamente, a partir de duas linhas conceituais: a termodinâmica e a emergia. Primeiramente buscou-se dados referentes ao investimento energético no sistema de produção de eletricidade. Em seguida, converteu-se os dados energéticos em exergia e multiplicou-se os resultados obtidos pelas respectivas transformidades: fontes de energia renovável "gratuita" (7,29E+05 sej/ano), fonte de energia renovável comprada (3,12E+03 sej/ano), fontes de energia não renovável comprada (1,39E+05), fontes de energia não renovável "gratuita" (9,40E+06 sej/ano), fontes de energia não renováveis comprada (1,39E+05 sej/ano), energia referente aos impactos ambientais (biomassa perdida, 4,04E+05 sej/ano), energia referente aos investimentos de R$19, 25 e 30 bilhões (5,7E+20, 7,5E+20 e 9E+20 sej/ano). Optou-se por incluir análises considerando estes investimentos financeiros, os quais contemplam os dados do Investimento Físico pesquisados bem como aqueles que não foram possíveis de se quantificar fisicamente, tais como custos ambientais, sociais, alguns materiais e maquinários. A partir destes dados, foram calculados índices emergéticos (EIR, EYR, ELR, ESI e Tr). O CHE de Belo Monte relativamente eficiente mesmo em seu cenário de R$30 bilhões, apresentando valor de Tr igual a 1,35E+04 sej/J. Foi calculado ainda o Índice de Retorno Energético Sobre o Investimento, em duas situações: incluindo ou não a energia não-renovável gratuita (N). Como o EROI depende de todas as entradas energéticas e não particularmente de N, não houve grande diferença entre as duas situações analisadas / Abstract: This region is well known for its wealth of biodiversity and potential energy that comes from its extensive river system. After a long history of attempts barring one of its major tributaries - Xingu River - , it was conceived a project for building Belo Monte Hydroelectric Complex (CHE). The main goal of this study is to present a methodology for evaluating a hydroelectric project under the Energy and Environmental aspects, using Energy Analysis, which includes an evaluation about energy and emergy flows. In this dissertation CHE Belo Monte was analyzed energetically from two conceptual lines: thermodynamics and emergy. First data on the energy investment in the electricity production system were sought. Then data were converted from energy to exergy multiplied the results by their transformities, obtaining the following: "free" renewable energy sources (7.29 E +05 sej / year), renewable source of energy purchased (3.12 E +03 sej / year), non-renewable sources of energy purchased (1.39 E +05), "free" non-renewable energy sources "(9.40 + E 06 sej / year), non-renewable sources of energy purchased (1.39 E +05 sej / year), energy related environmental impacts (biomass lost 4.04 E +05 sej / year), energy related investments of $ 19, 25 and 30 billion (5.7 E +20 7.5 E +20 sej a nd 9E +20 / year). It was include these investments, which contains data from the Investment Physical searched and those who were not physically possible to quantify, such as environmental costs, social, some materials and equipaments. From these data, emergy indices (EIR, EYR, ELR, ESI and Tr) were calculated. Belo Monte CHE is relatively efficient even in your scenario of $ 30 billion, with Tr equal to 1.35 E +04 sej / J. Energy Rate of Return on Investment was calculated for two situations: with or without the non-renewable energy free (N). As the EROI depends on all the energy inputs and not particularly of N, there was no significant difference between the two situations analyzed / Mestrado / Mestre em Planejamento de Sistemas Energéticos
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Os nexos de re-estruturação da cidade e da rede urbana : o papel da Usina Belo Monte nas transformações espaciais de Altamira-PA e em sua região de influência /

Miranda Neto, José Queiroz de. January 2016 (has links)
Orientador: Eliseu Savério Sposito / Banca: Everaldo Santos Melazzo / Banca: Arthur Magon Whitacker / Banca: Saint-Clair Cordeiro da Trindade Júnior / Banca: Sandra Lencioni / Resumo: As implicações espaciais da instalação de grandes projetos na Amazônia, como estradas, usinas hidrelétricas e indústrias de mineração, têm sido objeto de várias frentes de análise em Geografia no intuito de debater a respeito do papel transformador desses empreendimentos em contextos urbanos particulares. A partir de 2010, quando é liberada a licença de instalação da usina hidrelétrica de Belo Monte, percebe-se uma dinâmica social diferenciada, sobretudo marcada pela produção de novas formas espaciais e novas relações que envolvem a cidade e a rede urbana. Considerando essa realidade, a presente pesquisa resolveu articular o processo de construção da usina de Belo Monte ao tema das cidades médias, tendo como como base a seguinte questão: em que medida as transformações espaciais desencadeadas a partir da instalação da usina hidrelétrica de Belo Monte produzem uma reestruturação da cidade e uma reestruturação urbana? A área efetiva de estudos abrange, portanto, duas escalas de análise articuladas: a cidade de Altamira-PA, situada às margens do rio Xingu, a 54 km² de distância da área de construção da usina de Belo Monte, e a Região de Influência de Altamira (RIA). Esta última é baseada em dois estudos complementares do IBGE (REGIC de 2007 e Divisão Urbano-regional, de 2013) e corresponde aos centros urbanos situados no interfluxo entre o rio Xingu (Vitória do Xingu, Senador José Porfírio e Porto de Moz) e a rodovia Transamazônica (Altamira, Anapu, Pacajá, Medicilândia Uruará e... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / The spatial implications of large projects installation in the Amazon, such as roads, hydroelectric plants and mining industries have been the subject of several fronts of analysis in geography in order to demonstrate the transformative role of these enterprises in particular urban contexts. Starting in 2010, when the license installation of the hydroelectric plant of Belo Monte is released, it is clear a different social dynamic, particularly marked by the production of new spatial forms and new relationships involving the city and the urban network. Given this reality, this study decided to articulate the process of construction of the Belo Monte plant to the issue of medium-sized cities, based on the following question: how far the spatial transformations triggered from the installation of the hydroelectric plant of Belo Monte produce a city reorganization and an urban reorganization? The effective area of study covers, therefore, two articulated scales of analysis: the city of Altamira (Pará), situated at the margins of the Xingu river - 54km² away from the area of construction of the Belo Monte plant -, and the Region of Influence in Altamira (RIA). This latter is based on two complementary studies of IBGE (REGIC of 2007 and Division Urban-Regional, of 2013) and corresponds to the urban centers in the interflow between the Xingu river (Vitória do Xingu, Senador José Porfírio and Porto de Moz) and the Trans-Amazonian highway (Altamira, Anapu, Pacajá, Medicilândia, Uruará and Brasil Novo). With regard to Altamira, it is started from the idea that this city serves as a medium-sized city, since it functions as an intermediary between the big cities and local centers, allowing to enter authors who work in this field of study... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Conflito ambiental e cosmopolíticas na amazônia brasileira : a construção da Usina hidrelétrica de Belo Monte em perspectiva

Fleury, Lorena Cândido January 2013 (has links)
Esta pesquisa analisa o conflito ambiental em torno da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, Amazônia brasileira. Tal conflito iniciou-se em meados da década de 1980, quando, a partir do inventário de bacias hidrográficas realizado visando o planejamento energético brasileiro, foi apontado no Plano Nacional de Energia Elétrica 1987/2010 que o aproveitamento energético do rio Xingu constituiria o maior projeto nacional daquele século e início do próximo. Desde então, uma ampla rede, conectando grupos sociais diversos – indígenas, ribeirinhos, agricultores, autoridades políticas, ambientalistas, socioambientalistas, celebridades –, relatórios e pareceres técnicos, instituições governamentais, organizações da sociedade civil, a floresta amazônica e a bacia do Rio Xingu, é associada, de forma instável e controversa, disputando-se a realização ou não deste projeto. Ancorando-se nas abordagens teórico-epistemológicas propostas por Bhabha (2007), Latour (1994), De la Cadena (2010), Stengers (2007), Viveiros de Castro (2002) e Boltanski (2009), é elaborada uma proposição do conceito de conflito ambiental, o interpretando como uma categoria híbrida, com o objetivo de reforçar a sua carga cosmopolítica. Além disso, considera-se que os conflitos são parte crucial do encontro de perspectivas e estão no centro das relações sociais, isto é, o mundo é um espaço de conflitos, que depende de agenciamentos e do encontro entre pontos de vista. A partir de pesquisa de campo realizada em Belém, Santarém, Brasília, Altamira e Volta Grande do Xingu, no período de novembro de 2010 a agosto de 2011, utilizando-se de registros etnográficos, entrevistas, observações, diário de campo, fotografias e análise de documentos, discutem-se os movimentos de entrecaptura (STENGERS, 2003) em torno da obra, adotando-se a noção de rede sociotécnica tal qual definida por Bruno Latour (LATOUR, 2003). Apresenta-se assim uma cartografia dos agentes envolvidos, visando-se demonstrar como o natural e o social são coproduzidos no conflito, discutindo-se os processos pelos quais o conflito e sua dinâmica em torno de pontos de vista divergentes têm se configurado. Contudo, para além da cartografia dos sujeitos, considera-se que há no processo entrecapturas distintas, caracterizadas por restrições lógicas e sintáticas diferentes. Essas distinções ficam claras no que se refere ao controle do tempo. Portanto, é associada à discussão da rede sociotécnica a análise das disputas cosmopolíticas pela definição de “ambiente” e “desenvolvimento”, conceitos centrais nas contestações entre os grupos confrontantes. Em suma, a partir dessa análise pode-se concluir que o conflito em torno de Belo Monte é um conflito no qual fica evidente que há diferenças maiores entre os pontos de vista dos diferentes sujeitos do que os estudos de impacto ambiental e as políticas de desenvolvimento podem abarcar. Ao explicitar demandas que alargam as noções convencionais de ambiente e política, pode-se afirmar que é em termos cosmopolíticos que o conflito se expressa, criando a abertura para uma nova circunscrição do tolerável. / This research analyzes the environmental conflict regarding the construction of the Belo Monte Hydroelectric Power Plant in the Pará State, Brazilian Amazon. This conflict started in the mid-eighties, when the watersheds were inventoried with the intention of establishing energy plans for the country; the Plano Nacional de Energia Elétrica 1987/2010 (National Electrical Energy Plan 1987/2010) established that the energetic leveraging of the Xingu river would be the largest national project of that century and the beginning of the next one. Since then, a network spanning diverse social groups – indigenous groups, ribeirinho populations, agriculturists, political authorities, environmentalists, socio-environmentalists, celebrities –, reports and technical opinions, governmental institutions, civil society organizations, the Amazon rainforest and the Xingu river basin has been associated in an unstable and controversial manner, contesting whether or not this project should be implemented. Based on the theoretical and epistemological approaches proposed by Bhabha (2007), Latour (1994), De la Cadena (2010), Stengers (2007), Viveiros de Castro (2002) and Boltanski (2009), this thesis elaborates a proposition of the related environmental conflict concept, interpreting this conflict as a hybrid category with the intention of stressing its cosmopolitical importance. In addition, we consider that these conflicts are a critical part of the observed clash of perspectives and are at the center of social relationships; i. e., the world is a stage for conflicts that depend on the negotiation and on the confrontation of points of view. Based on field researches carried out in Belém, Santarém, Brasília, Altamira and Volta Grande do Xingu, from November 2010 to August 2011, using ethnographical records, interviews, observations, field diaries, pictures and document analysis, we discuss intercapturing dynamics (STENGERS, 2003) around the project, adopting the notion of sociotechnical network as defined by Bruno Latour (LATOUR, 2003). Thus, this work presents a mapping of the involved agents with the intention of demonstrating how natural and social factors are co-produced in this conflict, also discussing the processes through which the conflict and its dynamics concerning diverging points of view have been arranging themselves. However, beyond the mapping of the subjects, we consider that the process presents distinct intercapturing forces, characterized by different logical and syntactical constraints. These distinctions are very clear in regards to time control. Therefore, the analysis of cosmopolitical disputes is associated to the discussion of the sociotechnical network through the definition of “environment” and “development”, which are core concepts in the arguments between confronting groups. In summary, this analysis allows us to conclude that the conflicts surrounding Belo Monte evidence that the differences between the points of view of the different subjects are greater than those encompassed by environmental impact studies and development policies. By identifying and revealing demands that expand the conventional notions of environment and politics, we are able to assert that this conflict expresses itself in cosmopolitical terms, opening space for a new delimitation for what is tolerable.
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Conflito ambiental e cosmopolíticas na amazônia brasileira : a construção da Usina hidrelétrica de Belo Monte em perspectiva

Fleury, Lorena Cândido January 2013 (has links)
Esta pesquisa analisa o conflito ambiental em torno da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, Amazônia brasileira. Tal conflito iniciou-se em meados da década de 1980, quando, a partir do inventário de bacias hidrográficas realizado visando o planejamento energético brasileiro, foi apontado no Plano Nacional de Energia Elétrica 1987/2010 que o aproveitamento energético do rio Xingu constituiria o maior projeto nacional daquele século e início do próximo. Desde então, uma ampla rede, conectando grupos sociais diversos – indígenas, ribeirinhos, agricultores, autoridades políticas, ambientalistas, socioambientalistas, celebridades –, relatórios e pareceres técnicos, instituições governamentais, organizações da sociedade civil, a floresta amazônica e a bacia do Rio Xingu, é associada, de forma instável e controversa, disputando-se a realização ou não deste projeto. Ancorando-se nas abordagens teórico-epistemológicas propostas por Bhabha (2007), Latour (1994), De la Cadena (2010), Stengers (2007), Viveiros de Castro (2002) e Boltanski (2009), é elaborada uma proposição do conceito de conflito ambiental, o interpretando como uma categoria híbrida, com o objetivo de reforçar a sua carga cosmopolítica. Além disso, considera-se que os conflitos são parte crucial do encontro de perspectivas e estão no centro das relações sociais, isto é, o mundo é um espaço de conflitos, que depende de agenciamentos e do encontro entre pontos de vista. A partir de pesquisa de campo realizada em Belém, Santarém, Brasília, Altamira e Volta Grande do Xingu, no período de novembro de 2010 a agosto de 2011, utilizando-se de registros etnográficos, entrevistas, observações, diário de campo, fotografias e análise de documentos, discutem-se os movimentos de entrecaptura (STENGERS, 2003) em torno da obra, adotando-se a noção de rede sociotécnica tal qual definida por Bruno Latour (LATOUR, 2003). Apresenta-se assim uma cartografia dos agentes envolvidos, visando-se demonstrar como o natural e o social são coproduzidos no conflito, discutindo-se os processos pelos quais o conflito e sua dinâmica em torno de pontos de vista divergentes têm se configurado. Contudo, para além da cartografia dos sujeitos, considera-se que há no processo entrecapturas distintas, caracterizadas por restrições lógicas e sintáticas diferentes. Essas distinções ficam claras no que se refere ao controle do tempo. Portanto, é associada à discussão da rede sociotécnica a análise das disputas cosmopolíticas pela definição de “ambiente” e “desenvolvimento”, conceitos centrais nas contestações entre os grupos confrontantes. Em suma, a partir dessa análise pode-se concluir que o conflito em torno de Belo Monte é um conflito no qual fica evidente que há diferenças maiores entre os pontos de vista dos diferentes sujeitos do que os estudos de impacto ambiental e as políticas de desenvolvimento podem abarcar. Ao explicitar demandas que alargam as noções convencionais de ambiente e política, pode-se afirmar que é em termos cosmopolíticos que o conflito se expressa, criando a abertura para uma nova circunscrição do tolerável. / This research analyzes the environmental conflict regarding the construction of the Belo Monte Hydroelectric Power Plant in the Pará State, Brazilian Amazon. This conflict started in the mid-eighties, when the watersheds were inventoried with the intention of establishing energy plans for the country; the Plano Nacional de Energia Elétrica 1987/2010 (National Electrical Energy Plan 1987/2010) established that the energetic leveraging of the Xingu river would be the largest national project of that century and the beginning of the next one. Since then, a network spanning diverse social groups – indigenous groups, ribeirinho populations, agriculturists, political authorities, environmentalists, socio-environmentalists, celebrities –, reports and technical opinions, governmental institutions, civil society organizations, the Amazon rainforest and the Xingu river basin has been associated in an unstable and controversial manner, contesting whether or not this project should be implemented. Based on the theoretical and epistemological approaches proposed by Bhabha (2007), Latour (1994), De la Cadena (2010), Stengers (2007), Viveiros de Castro (2002) and Boltanski (2009), this thesis elaborates a proposition of the related environmental conflict concept, interpreting this conflict as a hybrid category with the intention of stressing its cosmopolitical importance. In addition, we consider that these conflicts are a critical part of the observed clash of perspectives and are at the center of social relationships; i. e., the world is a stage for conflicts that depend on the negotiation and on the confrontation of points of view. Based on field researches carried out in Belém, Santarém, Brasília, Altamira and Volta Grande do Xingu, from November 2010 to August 2011, using ethnographical records, interviews, observations, field diaries, pictures and document analysis, we discuss intercapturing dynamics (STENGERS, 2003) around the project, adopting the notion of sociotechnical network as defined by Bruno Latour (LATOUR, 2003). Thus, this work presents a mapping of the involved agents with the intention of demonstrating how natural and social factors are co-produced in this conflict, also discussing the processes through which the conflict and its dynamics concerning diverging points of view have been arranging themselves. However, beyond the mapping of the subjects, we consider that the process presents distinct intercapturing forces, characterized by different logical and syntactical constraints. These distinctions are very clear in regards to time control. Therefore, the analysis of cosmopolitical disputes is associated to the discussion of the sociotechnical network through the definition of “environment” and “development”, which are core concepts in the arguments between confronting groups. In summary, this analysis allows us to conclude that the conflicts surrounding Belo Monte evidence that the differences between the points of view of the different subjects are greater than those encompassed by environmental impact studies and development policies. By identifying and revealing demands that expand the conventional notions of environment and politics, we are able to assert that this conflict expresses itself in cosmopolitical terms, opening space for a new delimitation for what is tolerable.
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Conflito ambiental e cosmopolíticas na amazônia brasileira : a construção da Usina hidrelétrica de Belo Monte em perspectiva

Fleury, Lorena Cândido January 2013 (has links)
Esta pesquisa analisa o conflito ambiental em torno da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, Amazônia brasileira. Tal conflito iniciou-se em meados da década de 1980, quando, a partir do inventário de bacias hidrográficas realizado visando o planejamento energético brasileiro, foi apontado no Plano Nacional de Energia Elétrica 1987/2010 que o aproveitamento energético do rio Xingu constituiria o maior projeto nacional daquele século e início do próximo. Desde então, uma ampla rede, conectando grupos sociais diversos – indígenas, ribeirinhos, agricultores, autoridades políticas, ambientalistas, socioambientalistas, celebridades –, relatórios e pareceres técnicos, instituições governamentais, organizações da sociedade civil, a floresta amazônica e a bacia do Rio Xingu, é associada, de forma instável e controversa, disputando-se a realização ou não deste projeto. Ancorando-se nas abordagens teórico-epistemológicas propostas por Bhabha (2007), Latour (1994), De la Cadena (2010), Stengers (2007), Viveiros de Castro (2002) e Boltanski (2009), é elaborada uma proposição do conceito de conflito ambiental, o interpretando como uma categoria híbrida, com o objetivo de reforçar a sua carga cosmopolítica. Além disso, considera-se que os conflitos são parte crucial do encontro de perspectivas e estão no centro das relações sociais, isto é, o mundo é um espaço de conflitos, que depende de agenciamentos e do encontro entre pontos de vista. A partir de pesquisa de campo realizada em Belém, Santarém, Brasília, Altamira e Volta Grande do Xingu, no período de novembro de 2010 a agosto de 2011, utilizando-se de registros etnográficos, entrevistas, observações, diário de campo, fotografias e análise de documentos, discutem-se os movimentos de entrecaptura (STENGERS, 2003) em torno da obra, adotando-se a noção de rede sociotécnica tal qual definida por Bruno Latour (LATOUR, 2003). Apresenta-se assim uma cartografia dos agentes envolvidos, visando-se demonstrar como o natural e o social são coproduzidos no conflito, discutindo-se os processos pelos quais o conflito e sua dinâmica em torno de pontos de vista divergentes têm se configurado. Contudo, para além da cartografia dos sujeitos, considera-se que há no processo entrecapturas distintas, caracterizadas por restrições lógicas e sintáticas diferentes. Essas distinções ficam claras no que se refere ao controle do tempo. Portanto, é associada à discussão da rede sociotécnica a análise das disputas cosmopolíticas pela definição de “ambiente” e “desenvolvimento”, conceitos centrais nas contestações entre os grupos confrontantes. Em suma, a partir dessa análise pode-se concluir que o conflito em torno de Belo Monte é um conflito no qual fica evidente que há diferenças maiores entre os pontos de vista dos diferentes sujeitos do que os estudos de impacto ambiental e as políticas de desenvolvimento podem abarcar. Ao explicitar demandas que alargam as noções convencionais de ambiente e política, pode-se afirmar que é em termos cosmopolíticos que o conflito se expressa, criando a abertura para uma nova circunscrição do tolerável. / This research analyzes the environmental conflict regarding the construction of the Belo Monte Hydroelectric Power Plant in the Pará State, Brazilian Amazon. This conflict started in the mid-eighties, when the watersheds were inventoried with the intention of establishing energy plans for the country; the Plano Nacional de Energia Elétrica 1987/2010 (National Electrical Energy Plan 1987/2010) established that the energetic leveraging of the Xingu river would be the largest national project of that century and the beginning of the next one. Since then, a network spanning diverse social groups – indigenous groups, ribeirinho populations, agriculturists, political authorities, environmentalists, socio-environmentalists, celebrities –, reports and technical opinions, governmental institutions, civil society organizations, the Amazon rainforest and the Xingu river basin has been associated in an unstable and controversial manner, contesting whether or not this project should be implemented. Based on the theoretical and epistemological approaches proposed by Bhabha (2007), Latour (1994), De la Cadena (2010), Stengers (2007), Viveiros de Castro (2002) and Boltanski (2009), this thesis elaborates a proposition of the related environmental conflict concept, interpreting this conflict as a hybrid category with the intention of stressing its cosmopolitical importance. In addition, we consider that these conflicts are a critical part of the observed clash of perspectives and are at the center of social relationships; i. e., the world is a stage for conflicts that depend on the negotiation and on the confrontation of points of view. Based on field researches carried out in Belém, Santarém, Brasília, Altamira and Volta Grande do Xingu, from November 2010 to August 2011, using ethnographical records, interviews, observations, field diaries, pictures and document analysis, we discuss intercapturing dynamics (STENGERS, 2003) around the project, adopting the notion of sociotechnical network as defined by Bruno Latour (LATOUR, 2003). Thus, this work presents a mapping of the involved agents with the intention of demonstrating how natural and social factors are co-produced in this conflict, also discussing the processes through which the conflict and its dynamics concerning diverging points of view have been arranging themselves. However, beyond the mapping of the subjects, we consider that the process presents distinct intercapturing forces, characterized by different logical and syntactical constraints. These distinctions are very clear in regards to time control. Therefore, the analysis of cosmopolitical disputes is associated to the discussion of the sociotechnical network through the definition of “environment” and “development”, which are core concepts in the arguments between confronting groups. In summary, this analysis allows us to conclude that the conflicts surrounding Belo Monte evidence that the differences between the points of view of the different subjects are greater than those encompassed by environmental impact studies and development policies. By identifying and revealing demands that expand the conventional notions of environment and politics, we are able to assert that this conflict expresses itself in cosmopolitical terms, opening space for a new delimitation for what is tolerable.

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