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Infecção por hemoplasmas em felinos domésticos na região de Porto Alegre, RS, Brasil. / Haemoplasma infection in domestic cats from Porto Alegre, RS, Brazil

Santos, Andrea Pires dos January 2008 (has links)
O termo hemoplasma refere-se ao grupo de micoplasmas que parasitam os eritrócitos do hospedeiro e podem causar anemia. O uso das técnicas baseadas na reação em cadeia da polimerase (PCR) tem sido utilizadas para a melhor compreensão da doença. No Brasil os hemoplasmas Mycoplasma. haemofelis e ‘Candidatus Mycoplasma. haemonminutum já foram identificados, porém dados de prevalência e fatores de risco não foram avaliados até o momento. A espécie ‘Candidatus Mycoplasma turicensis’ já foi descrita em diferentes países, porém a técnica de diagnóstico utilizando PCR em tempo real limita seu estudo no Brasil devido ao custo e necessidade de pessoal especializado. O presente trabalho desenvolveu uma técnica por PCR convencional para a detecção da espécie ‘Candidatus M. turicensis’ e descreve pela primeira vez sua presença infectando gatos domésticos no Brasil e a prevalência, fatores de risco e achados hematológicos da infecção por hemoplasmas foi avaliada. No total de 371 gatos, 79 (21.3%) foram positivos para pelo menos uma espécie de hemoplasma. A infecção por ‘Candidatus M. haemominutum’ foi detectada em 50 (13,48%) dos animais, ‘Candidatus M. turicensis’ e M. haemofelis foram detectados em 10/371 (2.69%) e 8/371 (2.16%) dos animais respectivamente. Coinfecção com M. haemofelis- ‘Candidatus-M. haemominutum’ foi detectada em 4/371 (1.08%), ‘Candidatus M. haemominutum’-‘Candidatus M. turicensis’ em 5/371 (1.35%) e infecção tripla em 2/371 (0.54%). Gatos machos, jovens e com acesso a rua são mais susceptíveis a infecção por hemoplasmas. Anemia é associada à infecção por M. haemofelis e ‘Candidatus M. haemominutum’. O presente trabalho também descreve a infecção por micoplasma hemotrófico similar ao M. haemofelis em um paciente humano HIV positivo e alerta para seu potencial zoonótico. Em conclusão, espécies de hemoplasmas são comuns e importantes agentes de infecções em gatos domésticos no sul do Brasil. Estudos futuros devem ser conduzidos para melhor entender seu impacto em animais de companhia e determinar o seu papel como agentes zoonóticos, particularmente em pessoas imunocomprometidas. / The term haemoplasma refers to the mycoplasmas that parasitize the red blood cells of the host and can cause anemia. Molecular approaches based on the polymerase chain reaction (PCR) have been used to better understand the disease. In Brazil, The species Mycoplasma haemofelis and ‘Candidatus Mycoplasma haemominutum’ were identified, whereas prevalence and risk factor were not evaluated to date. The specie ‘Candidatus Mycoplasma turicensis’ was described in many countries, however the use of real time-PCR for the diagnostic of the infection had limited its use in Brazil and other countries since it is expensive and requires specialized technicians. The current study developed a conventional PCR assay to the diagnosis of ‘Candidatus M. turicensis’ and report for the first time the infection in domestic cats in Brazil. We also evaluated the prevalence, risk factors and hematological findings for the hemoplasma infections. In a total of 371 cat samples, 79 (21.3%) were PCR-positive for at least one species of haemoplasma. ‘Candidatus M. haemominutum’ infection was found in 50 out of 371 (13.48%) positive cats, ‘Candidatus M. turicensis’ and M. haemofelis DNA were found in 10/371 (2.69%) and 8/371 (2.16%) of the cats respectively. Coinfection with M. haemofelis-‘Candidatus M. haemominutum’ was found in 4/371 (1.08%), ‘Candidatus M. haemominutum’-‘Candidatus M. turicensis’ in 5/371 (1.35%) and infection with all 3 haemoplasmas in 2/371 (0.54%). Male cats, younger age and outdoor access were risk factors for haemoplasma infection. Anemia was associated with M. haemofelis and ‘Candidatus M. haemominutum’ infection. The present study also reports a case of a Mycoplasma haemofelis-like organism infection in a HIV positive patient and warns the zoonotic potential of the haemoplasmas. In conclusion, the haemoplasmas are common infectious agent in domestic cats in southern Brazil. Further studies are needed to better understand their impact on companion animals, as well as their role as zoonotic agents, particularly in immunocompromised people.
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Infecção por hemoplasmas em felinos domésticos na região de Porto Alegre, RS, Brasil. / Haemoplasma infection in domestic cats from Porto Alegre, RS, Brazil

Santos, Andrea Pires dos January 2008 (has links)
O termo hemoplasma refere-se ao grupo de micoplasmas que parasitam os eritrócitos do hospedeiro e podem causar anemia. O uso das técnicas baseadas na reação em cadeia da polimerase (PCR) tem sido utilizadas para a melhor compreensão da doença. No Brasil os hemoplasmas Mycoplasma. haemofelis e ‘Candidatus Mycoplasma. haemonminutum já foram identificados, porém dados de prevalência e fatores de risco não foram avaliados até o momento. A espécie ‘Candidatus Mycoplasma turicensis’ já foi descrita em diferentes países, porém a técnica de diagnóstico utilizando PCR em tempo real limita seu estudo no Brasil devido ao custo e necessidade de pessoal especializado. O presente trabalho desenvolveu uma técnica por PCR convencional para a detecção da espécie ‘Candidatus M. turicensis’ e descreve pela primeira vez sua presença infectando gatos domésticos no Brasil e a prevalência, fatores de risco e achados hematológicos da infecção por hemoplasmas foi avaliada. No total de 371 gatos, 79 (21.3%) foram positivos para pelo menos uma espécie de hemoplasma. A infecção por ‘Candidatus M. haemominutum’ foi detectada em 50 (13,48%) dos animais, ‘Candidatus M. turicensis’ e M. haemofelis foram detectados em 10/371 (2.69%) e 8/371 (2.16%) dos animais respectivamente. Coinfecção com M. haemofelis- ‘Candidatus-M. haemominutum’ foi detectada em 4/371 (1.08%), ‘Candidatus M. haemominutum’-‘Candidatus M. turicensis’ em 5/371 (1.35%) e infecção tripla em 2/371 (0.54%). Gatos machos, jovens e com acesso a rua são mais susceptíveis a infecção por hemoplasmas. Anemia é associada à infecção por M. haemofelis e ‘Candidatus M. haemominutum’. O presente trabalho também descreve a infecção por micoplasma hemotrófico similar ao M. haemofelis em um paciente humano HIV positivo e alerta para seu potencial zoonótico. Em conclusão, espécies de hemoplasmas são comuns e importantes agentes de infecções em gatos domésticos no sul do Brasil. Estudos futuros devem ser conduzidos para melhor entender seu impacto em animais de companhia e determinar o seu papel como agentes zoonóticos, particularmente em pessoas imunocomprometidas. / The term haemoplasma refers to the mycoplasmas that parasitize the red blood cells of the host and can cause anemia. Molecular approaches based on the polymerase chain reaction (PCR) have been used to better understand the disease. In Brazil, The species Mycoplasma haemofelis and ‘Candidatus Mycoplasma haemominutum’ were identified, whereas prevalence and risk factor were not evaluated to date. The specie ‘Candidatus Mycoplasma turicensis’ was described in many countries, however the use of real time-PCR for the diagnostic of the infection had limited its use in Brazil and other countries since it is expensive and requires specialized technicians. The current study developed a conventional PCR assay to the diagnosis of ‘Candidatus M. turicensis’ and report for the first time the infection in domestic cats in Brazil. We also evaluated the prevalence, risk factors and hematological findings for the hemoplasma infections. In a total of 371 cat samples, 79 (21.3%) were PCR-positive for at least one species of haemoplasma. ‘Candidatus M. haemominutum’ infection was found in 50 out of 371 (13.48%) positive cats, ‘Candidatus M. turicensis’ and M. haemofelis DNA were found in 10/371 (2.69%) and 8/371 (2.16%) of the cats respectively. Coinfection with M. haemofelis-‘Candidatus M. haemominutum’ was found in 4/371 (1.08%), ‘Candidatus M. haemominutum’-‘Candidatus M. turicensis’ in 5/371 (1.35%) and infection with all 3 haemoplasmas in 2/371 (0.54%). Male cats, younger age and outdoor access were risk factors for haemoplasma infection. Anemia was associated with M. haemofelis and ‘Candidatus M. haemominutum’ infection. The present study also reports a case of a Mycoplasma haemofelis-like organism infection in a HIV positive patient and warns the zoonotic potential of the haemoplasmas. In conclusion, the haemoplasmas are common infectious agent in domestic cats in southern Brazil. Further studies are needed to better understand their impact on companion animals, as well as their role as zoonotic agents, particularly in immunocompromised people.
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Infecção por hemoplasmas em felinos domésticos na região de Porto Alegre, RS, Brasil. / Haemoplasma infection in domestic cats from Porto Alegre, RS, Brazil

Santos, Andrea Pires dos January 2008 (has links)
O termo hemoplasma refere-se ao grupo de micoplasmas que parasitam os eritrócitos do hospedeiro e podem causar anemia. O uso das técnicas baseadas na reação em cadeia da polimerase (PCR) tem sido utilizadas para a melhor compreensão da doença. No Brasil os hemoplasmas Mycoplasma. haemofelis e ‘Candidatus Mycoplasma. haemonminutum já foram identificados, porém dados de prevalência e fatores de risco não foram avaliados até o momento. A espécie ‘Candidatus Mycoplasma turicensis’ já foi descrita em diferentes países, porém a técnica de diagnóstico utilizando PCR em tempo real limita seu estudo no Brasil devido ao custo e necessidade de pessoal especializado. O presente trabalho desenvolveu uma técnica por PCR convencional para a detecção da espécie ‘Candidatus M. turicensis’ e descreve pela primeira vez sua presença infectando gatos domésticos no Brasil e a prevalência, fatores de risco e achados hematológicos da infecção por hemoplasmas foi avaliada. No total de 371 gatos, 79 (21.3%) foram positivos para pelo menos uma espécie de hemoplasma. A infecção por ‘Candidatus M. haemominutum’ foi detectada em 50 (13,48%) dos animais, ‘Candidatus M. turicensis’ e M. haemofelis foram detectados em 10/371 (2.69%) e 8/371 (2.16%) dos animais respectivamente. Coinfecção com M. haemofelis- ‘Candidatus-M. haemominutum’ foi detectada em 4/371 (1.08%), ‘Candidatus M. haemominutum’-‘Candidatus M. turicensis’ em 5/371 (1.35%) e infecção tripla em 2/371 (0.54%). Gatos machos, jovens e com acesso a rua são mais susceptíveis a infecção por hemoplasmas. Anemia é associada à infecção por M. haemofelis e ‘Candidatus M. haemominutum’. O presente trabalho também descreve a infecção por micoplasma hemotrófico similar ao M. haemofelis em um paciente humano HIV positivo e alerta para seu potencial zoonótico. Em conclusão, espécies de hemoplasmas são comuns e importantes agentes de infecções em gatos domésticos no sul do Brasil. Estudos futuros devem ser conduzidos para melhor entender seu impacto em animais de companhia e determinar o seu papel como agentes zoonóticos, particularmente em pessoas imunocomprometidas. / The term haemoplasma refers to the mycoplasmas that parasitize the red blood cells of the host and can cause anemia. Molecular approaches based on the polymerase chain reaction (PCR) have been used to better understand the disease. In Brazil, The species Mycoplasma haemofelis and ‘Candidatus Mycoplasma haemominutum’ were identified, whereas prevalence and risk factor were not evaluated to date. The specie ‘Candidatus Mycoplasma turicensis’ was described in many countries, however the use of real time-PCR for the diagnostic of the infection had limited its use in Brazil and other countries since it is expensive and requires specialized technicians. The current study developed a conventional PCR assay to the diagnosis of ‘Candidatus M. turicensis’ and report for the first time the infection in domestic cats in Brazil. We also evaluated the prevalence, risk factors and hematological findings for the hemoplasma infections. In a total of 371 cat samples, 79 (21.3%) were PCR-positive for at least one species of haemoplasma. ‘Candidatus M. haemominutum’ infection was found in 50 out of 371 (13.48%) positive cats, ‘Candidatus M. turicensis’ and M. haemofelis DNA were found in 10/371 (2.69%) and 8/371 (2.16%) of the cats respectively. Coinfection with M. haemofelis-‘Candidatus M. haemominutum’ was found in 4/371 (1.08%), ‘Candidatus M. haemominutum’-‘Candidatus M. turicensis’ in 5/371 (1.35%) and infection with all 3 haemoplasmas in 2/371 (0.54%). Male cats, younger age and outdoor access were risk factors for haemoplasma infection. Anemia was associated with M. haemofelis and ‘Candidatus M. haemominutum’ infection. The present study also reports a case of a Mycoplasma haemofelis-like organism infection in a HIV positive patient and warns the zoonotic potential of the haemoplasmas. In conclusion, the haemoplasmas are common infectious agent in domestic cats in southern Brazil. Further studies are needed to better understand their impact on companion animals, as well as their role as zoonotic agents, particularly in immunocompromised people.
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Gatos portadores de dermatófitos na região metropolitana de Porto Alegre - RS, Brasil

Roehe, Carlos January 2014 (has links)
A dermatofitose é a zoonose micótica mais difundida mundialmente e os animais domésticos são os principais reservatórios dos dermatófitos zoofílicos que, em alguns países, são causadores mais frequentes da doença em humanos do que as espécies antropofílicas. Especificamente em relação ao Microsporum canis, principal espécie zoofílica nas zonas urbanas, pouco sucesso foi obtido com a produção de vacinas para seu controle. Os objetivos dessa pesquisa foram verificar a ocorrência gatos clinicamente sadios portadores de dermatófitos na região metropolitana de Porto Alegre e, também, analisar estatisticamente a influência de fatores como idade, sexo, raça e acesso à rua. Amostras foram obtidas do pelame de 191 gatos sem sinais clínicos de dermatoses após fricção dos pelos (face, região pré-auricular, dorso, cauda e membros) que foram semeadas em ágar Sabouraud acrescido de cloranfenicol e ciclohexamida e incubadas a 27°C por até 21 dias. A possibilidade da associação entre as variáveis preditoras e a variável resposta foi avaliada através de um modelo de regressão logística univariado. Somente espécies de Microsporum (8,4%) foram isoladas de amostras positivas: M. canis (5,8%) e M. gypseum (2,6%). Em 15 (7,8%) das amostras não ocorreu crescimento fúngico. Nos restantes 160 (83,8%) cultivos foram isolados diversos fungos saprotróficos: filamentosos hialinos (Penicillium sp., Aspergillus sp., Acremonium sp., Chrysosporium sp., Paecilomyces sp., Fusarium sp. e Scopulariopsis sp.); filamentosos dematiáceos ( Cladosporium sp., Alternaria sp. e Curvularia sp.); zigomicetos (Rhizopus sp. e Mucor sp.) e leveduras (Malassezia sp. e Candida sp.). Foi observado um maior risco relativo para o isolamento de dermatófito quando o animal era do sexo masculino e teve acesso à rua em uma magnitude de 3,43 e 3,52, respectivamente. Não foi identificado nenhum fator protetivo na análise multivariada. O modelo final teve poder discriminatório de 72%. Ainda são poucas as informações sobre o complexo mecanismo de infecção e a susceptibilidade dos animais, mas o isolamento fúngico de gatos sadios aliado a dados epidemiológicos são importantes ferramentas para o diagnóstico e tratamento desta micose. Os resultados obtidos corroboram estudos similares realizados em regiões metropolitanas de outros países. É enfatizada a possibilidade de contágio humano a partir de gatos assintomáticos e a necessidade da adoção de medidas profiláticas para reduzir a disseminação dos dermatófitos. / Dermatophytoses are in the list of the most frequent skin diseases of pets and livestock all over the world. Contagiousness among animal communities, difficulty in implementing control measures, and the eventual transmition of animal ringworm to people explain its great importance. A wide variety of dermatophytes have been isolated from animals, but a few zoophilic species are responsible for the majority of the cases. Microsporum canis is one of these and in some countries seems to cause a high proportion of human infections, outnumbering classical ringworm anthropophilic dermatophytes. So far, a safe and efficient vaccine is not available for protecting cats and dogs exposed to M. canis. The objective of this study is to survey dermatophytes in clinically normal cats in the metropolitan area of Porto Alegre, south of Brazil, and weight the possible influence of age, sex, breed and living conditions in the presence of these fungi. Samples were obtained from 191 cats with no skin disease after brushing the body (head, neck, dorsum, limbs and tail) and incubated on Sabouraud dextrose agar with chloramphenicol and cyclohexamide at 27°C for up to 21 days. The possibility of association between predictors variables and a variable answer was evaluated by an univariate logistic regression model. Only Microsporum species, (8,4%) were isolated from positive specimens: M. canis (5,8%) and M. gypseum (2,6%). On 15 samples (7,8%) there was no fungal growth. Of the remaining 160 samples (83,8%), several saprotrophic fungi were isolated: hyaline filamentous fungi (Penicillium sp., Aspergillus sp., Acremonium sp., Chrysosporium sp., Paecilomyces sp., Fusarium sp. and Scopulariopsis sp.); dematiaceous filamentous fungi (Cladosporium sp., Alternaria sp. and Curvularia sp.); Zygomycetes (Rhizopus sp. and Mucor sp.) and yeasts (Malassezia sp. and Candida sp.). It was observed an higher relative risk for the isolation of dermatophyte when the cat was male and was allowed to walk outdoors in a magnitude of 3.43 and 3.52, respectively. The multivariate analysis did not identify any protective factor against dermatophytosis. The final model had a discriminatory power of 72%. There are few informations about the complex mechanisms of infection and susceptibility of the animals, but fungal isolation from healthy cats associated with epidemiological features are important tools in the diagnosis and management of the problem. Results of this research are similar to others conducted around urban areas of different countries across the world. It is emphasized that human beings can be contaminated from apparently healthy cats and the author stresses the necessity of prophylactic measures in order to reduce the spread of dermatophytosis.
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Gatos portadores de dermatófitos na região metropolitana de Porto Alegre - RS, Brasil

Roehe, Carlos January 2014 (has links)
A dermatofitose é a zoonose micótica mais difundida mundialmente e os animais domésticos são os principais reservatórios dos dermatófitos zoofílicos que, em alguns países, são causadores mais frequentes da doença em humanos do que as espécies antropofílicas. Especificamente em relação ao Microsporum canis, principal espécie zoofílica nas zonas urbanas, pouco sucesso foi obtido com a produção de vacinas para seu controle. Os objetivos dessa pesquisa foram verificar a ocorrência gatos clinicamente sadios portadores de dermatófitos na região metropolitana de Porto Alegre e, também, analisar estatisticamente a influência de fatores como idade, sexo, raça e acesso à rua. Amostras foram obtidas do pelame de 191 gatos sem sinais clínicos de dermatoses após fricção dos pelos (face, região pré-auricular, dorso, cauda e membros) que foram semeadas em ágar Sabouraud acrescido de cloranfenicol e ciclohexamida e incubadas a 27°C por até 21 dias. A possibilidade da associação entre as variáveis preditoras e a variável resposta foi avaliada através de um modelo de regressão logística univariado. Somente espécies de Microsporum (8,4%) foram isoladas de amostras positivas: M. canis (5,8%) e M. gypseum (2,6%). Em 15 (7,8%) das amostras não ocorreu crescimento fúngico. Nos restantes 160 (83,8%) cultivos foram isolados diversos fungos saprotróficos: filamentosos hialinos (Penicillium sp., Aspergillus sp., Acremonium sp., Chrysosporium sp., Paecilomyces sp., Fusarium sp. e Scopulariopsis sp.); filamentosos dematiáceos ( Cladosporium sp., Alternaria sp. e Curvularia sp.); zigomicetos (Rhizopus sp. e Mucor sp.) e leveduras (Malassezia sp. e Candida sp.). Foi observado um maior risco relativo para o isolamento de dermatófito quando o animal era do sexo masculino e teve acesso à rua em uma magnitude de 3,43 e 3,52, respectivamente. Não foi identificado nenhum fator protetivo na análise multivariada. O modelo final teve poder discriminatório de 72%. Ainda são poucas as informações sobre o complexo mecanismo de infecção e a susceptibilidade dos animais, mas o isolamento fúngico de gatos sadios aliado a dados epidemiológicos são importantes ferramentas para o diagnóstico e tratamento desta micose. Os resultados obtidos corroboram estudos similares realizados em regiões metropolitanas de outros países. É enfatizada a possibilidade de contágio humano a partir de gatos assintomáticos e a necessidade da adoção de medidas profiláticas para reduzir a disseminação dos dermatófitos. / Dermatophytoses are in the list of the most frequent skin diseases of pets and livestock all over the world. Contagiousness among animal communities, difficulty in implementing control measures, and the eventual transmition of animal ringworm to people explain its great importance. A wide variety of dermatophytes have been isolated from animals, but a few zoophilic species are responsible for the majority of the cases. Microsporum canis is one of these and in some countries seems to cause a high proportion of human infections, outnumbering classical ringworm anthropophilic dermatophytes. So far, a safe and efficient vaccine is not available for protecting cats and dogs exposed to M. canis. The objective of this study is to survey dermatophytes in clinically normal cats in the metropolitan area of Porto Alegre, south of Brazil, and weight the possible influence of age, sex, breed and living conditions in the presence of these fungi. Samples were obtained from 191 cats with no skin disease after brushing the body (head, neck, dorsum, limbs and tail) and incubated on Sabouraud dextrose agar with chloramphenicol and cyclohexamide at 27°C for up to 21 days. The possibility of association between predictors variables and a variable answer was evaluated by an univariate logistic regression model. Only Microsporum species, (8,4%) were isolated from positive specimens: M. canis (5,8%) and M. gypseum (2,6%). On 15 samples (7,8%) there was no fungal growth. Of the remaining 160 samples (83,8%), several saprotrophic fungi were isolated: hyaline filamentous fungi (Penicillium sp., Aspergillus sp., Acremonium sp., Chrysosporium sp., Paecilomyces sp., Fusarium sp. and Scopulariopsis sp.); dematiaceous filamentous fungi (Cladosporium sp., Alternaria sp. and Curvularia sp.); Zygomycetes (Rhizopus sp. and Mucor sp.) and yeasts (Malassezia sp. and Candida sp.). It was observed an higher relative risk for the isolation of dermatophyte when the cat was male and was allowed to walk outdoors in a magnitude of 3.43 and 3.52, respectively. The multivariate analysis did not identify any protective factor against dermatophytosis. The final model had a discriminatory power of 72%. There are few informations about the complex mechanisms of infection and susceptibility of the animals, but fungal isolation from healthy cats associated with epidemiological features are important tools in the diagnosis and management of the problem. Results of this research are similar to others conducted around urban areas of different countries across the world. It is emphasized that human beings can be contaminated from apparently healthy cats and the author stresses the necessity of prophylactic measures in order to reduce the spread of dermatophytosis.
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Gatos portadores de dermatófitos na região metropolitana de Porto Alegre - RS, Brasil

Roehe, Carlos January 2014 (has links)
A dermatofitose é a zoonose micótica mais difundida mundialmente e os animais domésticos são os principais reservatórios dos dermatófitos zoofílicos que, em alguns países, são causadores mais frequentes da doença em humanos do que as espécies antropofílicas. Especificamente em relação ao Microsporum canis, principal espécie zoofílica nas zonas urbanas, pouco sucesso foi obtido com a produção de vacinas para seu controle. Os objetivos dessa pesquisa foram verificar a ocorrência gatos clinicamente sadios portadores de dermatófitos na região metropolitana de Porto Alegre e, também, analisar estatisticamente a influência de fatores como idade, sexo, raça e acesso à rua. Amostras foram obtidas do pelame de 191 gatos sem sinais clínicos de dermatoses após fricção dos pelos (face, região pré-auricular, dorso, cauda e membros) que foram semeadas em ágar Sabouraud acrescido de cloranfenicol e ciclohexamida e incubadas a 27°C por até 21 dias. A possibilidade da associação entre as variáveis preditoras e a variável resposta foi avaliada através de um modelo de regressão logística univariado. Somente espécies de Microsporum (8,4%) foram isoladas de amostras positivas: M. canis (5,8%) e M. gypseum (2,6%). Em 15 (7,8%) das amostras não ocorreu crescimento fúngico. Nos restantes 160 (83,8%) cultivos foram isolados diversos fungos saprotróficos: filamentosos hialinos (Penicillium sp., Aspergillus sp., Acremonium sp., Chrysosporium sp., Paecilomyces sp., Fusarium sp. e Scopulariopsis sp.); filamentosos dematiáceos ( Cladosporium sp., Alternaria sp. e Curvularia sp.); zigomicetos (Rhizopus sp. e Mucor sp.) e leveduras (Malassezia sp. e Candida sp.). Foi observado um maior risco relativo para o isolamento de dermatófito quando o animal era do sexo masculino e teve acesso à rua em uma magnitude de 3,43 e 3,52, respectivamente. Não foi identificado nenhum fator protetivo na análise multivariada. O modelo final teve poder discriminatório de 72%. Ainda são poucas as informações sobre o complexo mecanismo de infecção e a susceptibilidade dos animais, mas o isolamento fúngico de gatos sadios aliado a dados epidemiológicos são importantes ferramentas para o diagnóstico e tratamento desta micose. Os resultados obtidos corroboram estudos similares realizados em regiões metropolitanas de outros países. É enfatizada a possibilidade de contágio humano a partir de gatos assintomáticos e a necessidade da adoção de medidas profiláticas para reduzir a disseminação dos dermatófitos. / Dermatophytoses are in the list of the most frequent skin diseases of pets and livestock all over the world. Contagiousness among animal communities, difficulty in implementing control measures, and the eventual transmition of animal ringworm to people explain its great importance. A wide variety of dermatophytes have been isolated from animals, but a few zoophilic species are responsible for the majority of the cases. Microsporum canis is one of these and in some countries seems to cause a high proportion of human infections, outnumbering classical ringworm anthropophilic dermatophytes. So far, a safe and efficient vaccine is not available for protecting cats and dogs exposed to M. canis. The objective of this study is to survey dermatophytes in clinically normal cats in the metropolitan area of Porto Alegre, south of Brazil, and weight the possible influence of age, sex, breed and living conditions in the presence of these fungi. Samples were obtained from 191 cats with no skin disease after brushing the body (head, neck, dorsum, limbs and tail) and incubated on Sabouraud dextrose agar with chloramphenicol and cyclohexamide at 27°C for up to 21 days. The possibility of association between predictors variables and a variable answer was evaluated by an univariate logistic regression model. Only Microsporum species, (8,4%) were isolated from positive specimens: M. canis (5,8%) and M. gypseum (2,6%). On 15 samples (7,8%) there was no fungal growth. Of the remaining 160 samples (83,8%), several saprotrophic fungi were isolated: hyaline filamentous fungi (Penicillium sp., Aspergillus sp., Acremonium sp., Chrysosporium sp., Paecilomyces sp., Fusarium sp. and Scopulariopsis sp.); dematiaceous filamentous fungi (Cladosporium sp., Alternaria sp. and Curvularia sp.); Zygomycetes (Rhizopus sp. and Mucor sp.) and yeasts (Malassezia sp. and Candida sp.). It was observed an higher relative risk for the isolation of dermatophyte when the cat was male and was allowed to walk outdoors in a magnitude of 3.43 and 3.52, respectively. The multivariate analysis did not identify any protective factor against dermatophytosis. The final model had a discriminatory power of 72%. There are few informations about the complex mechanisms of infection and susceptibility of the animals, but fungal isolation from healthy cats associated with epidemiological features are important tools in the diagnosis and management of the problem. Results of this research are similar to others conducted around urban areas of different countries across the world. It is emphasized that human beings can be contaminated from apparently healthy cats and the author stresses the necessity of prophylactic measures in order to reduce the spread of dermatophytosis.
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Dermatófitos em gatos sem dermatopatias na região metropolitana de Florianópolis - SC

Fraga, Cibele Floriano January 2017 (has links)
Dermatófitos são denominados os fungos filamentosos queratinofílicos e queratinolíticos responsáveis pela dermatofitose, uma importante zoonose de ocorrência mundial. Gatos são considerados hospedeiros naturais e potenciais carreadores de fungos dermatofíticos, especialmente Microsporum canis, principal agente da dermatofitose em pequenos animais e que frequentemente acomete humanos. A prevalência dos dermatófitos em gatos sem dermatopatias apresenta variações regionais atribuídas aos aspectos climáticos e às características associadas a cada população. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi estimar a frequência de dermatófitos isolados de gatos que não apresentavam sinais clínicos de dermatopatias na região metropolitana de Florianópolis - SC, entre julho de 2015 e outubro de 2016. Características como sexo, idade, comprimento do pelame, sorologia para FIV e FeLV, acesso à rua e contato com outros gatos foram avaliadas em associação ao isolamento de dermatófitos. Amostras do pelame de 198 gatos foram obtidas através da técnica de MacKenzie que consiste na escovação vigorosa dos pelos, por todo corpo do animal, utilizando escova dental estéril. Cento e dez amostras (55,6%) foram colhidas em clínicas veterinárias e 88 (44,4%) em domicílios com numerosos gatos (11 em média). O cultivo micológico foi realizado em Sabouraud Agar Cloranfenicol-Ciclo-hexamida (SCC) e a incubação realizada a 25-27°C, durante 21-28 dias. O diagnóstico foi baseado nas características macro e micromorfológicas do dermatófito isolado. A frequência de dermatófitos correspondeu a 3,0% (6/198), onde apenas o gênero Microsporum foi observado com predomínio de M. canis (66,7%; 4/6), seguido de M. gypseum (33,3%; 2/6). Fungos saprotróficos foram observados em 94,4% das culturas e 5,6% das amostras não tiveram crescimento fúngico. A maior parte dos isolados ocorreu de gatos adultos (66,7%; 4/6), fêmeas (83,3%; 5/6) e de pelame longo (5,4%; 3/55), em comparação às amostras de pelame curto (2,1%; 3/143). Uma parcela dos gatos (30,0%; 59/198) havia sido testada para FIV/FeLV e destes, 27,0% (16/59) eram positivos: 22,0% para FeLV e 5,0% para FIV. Microsporum gypseum foi isolado de um gato FeLV positivo. Dermatófitos foram isolados de gatos em contato com outros gatos (5/165). No entanto, gatos provenientes de domicílios com alta densidade populacional não apresentaram cultura positiva para dermatófitos, fato atribuído à intensa contaminação por espécies saprotróficas. Na ausência de sinais clínicos, há o desafio de detectar fungos dermatofíticos nas criações, o que ressalta a necessidade de controle entre os felinos. O cultivo micológico é um método eficaz, econômico e deve ser indicado pelos médicos veterinários que atuam na clínica médica, tanto no âmbito doméstico, como em abrigos para prevenção e controle da infecção em animais e humanos. / Dermatophytes are the filamentous fungi keratinophilic and keratinolytic responsible for dermatophytosis, an important worldwide zoonosis. Cats are considered natural hosts and potential carriers of dermatophytes especially Microsporum canis, the main agent of dermatophytosis in small animals and frequently affects humans. The prevalence of dermatophytes in cats without dermatopathies presents regional variations attributed to the climatic aspects and the characteristics associated with each population. In this context, the aim of this study was to estimate the frequency of dermatophytes isolated from cats that had no clinical signs of dermatopathies in the Metropolitan Area of Florianópolis - SC between July 2015 and October 2016. Sex, age, length of hair, serology for FIV and FeLV, outdoors access and contact with other cats were evaluated in association with the isolation of dermatophytes. Hair samples of 198 cats were obtained through the MacKenzie brush technique consisting of vigorous brushing of the hairs, throughout the animal's body, using a sterile toothbrush. One hundred and ten samples (55.6%) were collected in veterinary clinics and 88 (44.4%) in multiple household cats (average 11). Mycological culture was performed onto Sabouraud Agar Chloramphenicol- Cyclohexamide (SCC), and incubated at 25-27°C for 21-28 days. The diagnosis was based on the macro and micromorphological characteristics of the isolated dermatophyte. The frequency of dermatophytes corresponded to 3.0% (6/198). Only the genus Microsporum was observed with predominance of M. canis (66.7%; 4/6), followed by M. gypseum (33.3%; 2/6). Saprotrophic fungi were observed in 94.4% of the cultures and 5.6% of the samples did not occurred fungal growth. Most of the isolates occurred in adult (66.7%; 4/6), female (83.3%; 5/6) and long hair cats (5.4%; 3/55) compared to the short hair (2.1%). Part of this cats (30.0%, 59/198) had been tested for FIV / FeLV and, among them, 27.0% were positive (22.0% FeLV and 5.0% FIV). Microsporum gypseum was isolated from one FeLV positive cat. Dermatophytes were isolated from cats in contact with other cats (5/165). However, multiple household cats had no positive cultures and this outcome can be associated to high contamination by saprotrophic fungi. In the absence of clinical signs, the challenge of detecting dermatophytic fungi in the creations, which highlights the needs of control among the felines. Mycological cultivation is an effective, economical method and should be indicated by veterinarians working in the medical clinic, both at home and in shelters for the prevention and control of animal and human infection.
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Dermatófitos em gatos sem dermatopatias na região metropolitana de Florianópolis - SC

Fraga, Cibele Floriano January 2017 (has links)
Dermatófitos são denominados os fungos filamentosos queratinofílicos e queratinolíticos responsáveis pela dermatofitose, uma importante zoonose de ocorrência mundial. Gatos são considerados hospedeiros naturais e potenciais carreadores de fungos dermatofíticos, especialmente Microsporum canis, principal agente da dermatofitose em pequenos animais e que frequentemente acomete humanos. A prevalência dos dermatófitos em gatos sem dermatopatias apresenta variações regionais atribuídas aos aspectos climáticos e às características associadas a cada população. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi estimar a frequência de dermatófitos isolados de gatos que não apresentavam sinais clínicos de dermatopatias na região metropolitana de Florianópolis - SC, entre julho de 2015 e outubro de 2016. Características como sexo, idade, comprimento do pelame, sorologia para FIV e FeLV, acesso à rua e contato com outros gatos foram avaliadas em associação ao isolamento de dermatófitos. Amostras do pelame de 198 gatos foram obtidas através da técnica de MacKenzie que consiste na escovação vigorosa dos pelos, por todo corpo do animal, utilizando escova dental estéril. Cento e dez amostras (55,6%) foram colhidas em clínicas veterinárias e 88 (44,4%) em domicílios com numerosos gatos (11 em média). O cultivo micológico foi realizado em Sabouraud Agar Cloranfenicol-Ciclo-hexamida (SCC) e a incubação realizada a 25-27°C, durante 21-28 dias. O diagnóstico foi baseado nas características macro e micromorfológicas do dermatófito isolado. A frequência de dermatófitos correspondeu a 3,0% (6/198), onde apenas o gênero Microsporum foi observado com predomínio de M. canis (66,7%; 4/6), seguido de M. gypseum (33,3%; 2/6). Fungos saprotróficos foram observados em 94,4% das culturas e 5,6% das amostras não tiveram crescimento fúngico. A maior parte dos isolados ocorreu de gatos adultos (66,7%; 4/6), fêmeas (83,3%; 5/6) e de pelame longo (5,4%; 3/55), em comparação às amostras de pelame curto (2,1%; 3/143). Uma parcela dos gatos (30,0%; 59/198) havia sido testada para FIV/FeLV e destes, 27,0% (16/59) eram positivos: 22,0% para FeLV e 5,0% para FIV. Microsporum gypseum foi isolado de um gato FeLV positivo. Dermatófitos foram isolados de gatos em contato com outros gatos (5/165). No entanto, gatos provenientes de domicílios com alta densidade populacional não apresentaram cultura positiva para dermatófitos, fato atribuído à intensa contaminação por espécies saprotróficas. Na ausência de sinais clínicos, há o desafio de detectar fungos dermatofíticos nas criações, o que ressalta a necessidade de controle entre os felinos. O cultivo micológico é um método eficaz, econômico e deve ser indicado pelos médicos veterinários que atuam na clínica médica, tanto no âmbito doméstico, como em abrigos para prevenção e controle da infecção em animais e humanos. / Dermatophytes are the filamentous fungi keratinophilic and keratinolytic responsible for dermatophytosis, an important worldwide zoonosis. Cats are considered natural hosts and potential carriers of dermatophytes especially Microsporum canis, the main agent of dermatophytosis in small animals and frequently affects humans. The prevalence of dermatophytes in cats without dermatopathies presents regional variations attributed to the climatic aspects and the characteristics associated with each population. In this context, the aim of this study was to estimate the frequency of dermatophytes isolated from cats that had no clinical signs of dermatopathies in the Metropolitan Area of Florianópolis - SC between July 2015 and October 2016. Sex, age, length of hair, serology for FIV and FeLV, outdoors access and contact with other cats were evaluated in association with the isolation of dermatophytes. Hair samples of 198 cats were obtained through the MacKenzie brush technique consisting of vigorous brushing of the hairs, throughout the animal's body, using a sterile toothbrush. One hundred and ten samples (55.6%) were collected in veterinary clinics and 88 (44.4%) in multiple household cats (average 11). Mycological culture was performed onto Sabouraud Agar Chloramphenicol- Cyclohexamide (SCC), and incubated at 25-27°C for 21-28 days. The diagnosis was based on the macro and micromorphological characteristics of the isolated dermatophyte. The frequency of dermatophytes corresponded to 3.0% (6/198). Only the genus Microsporum was observed with predominance of M. canis (66.7%; 4/6), followed by M. gypseum (33.3%; 2/6). Saprotrophic fungi were observed in 94.4% of the cultures and 5.6% of the samples did not occurred fungal growth. Most of the isolates occurred in adult (66.7%; 4/6), female (83.3%; 5/6) and long hair cats (5.4%; 3/55) compared to the short hair (2.1%). Part of this cats (30.0%, 59/198) had been tested for FIV / FeLV and, among them, 27.0% were positive (22.0% FeLV and 5.0% FIV). Microsporum gypseum was isolated from one FeLV positive cat. Dermatophytes were isolated from cats in contact with other cats (5/165). However, multiple household cats had no positive cultures and this outcome can be associated to high contamination by saprotrophic fungi. In the absence of clinical signs, the challenge of detecting dermatophytic fungi in the creations, which highlights the needs of control among the felines. Mycological cultivation is an effective, economical method and should be indicated by veterinarians working in the medical clinic, both at home and in shelters for the prevention and control of animal and human infection.
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Dermatófitos em gatos sem dermatopatias na região metropolitana de Florianópolis - SC

Fraga, Cibele Floriano January 2017 (has links)
Dermatófitos são denominados os fungos filamentosos queratinofílicos e queratinolíticos responsáveis pela dermatofitose, uma importante zoonose de ocorrência mundial. Gatos são considerados hospedeiros naturais e potenciais carreadores de fungos dermatofíticos, especialmente Microsporum canis, principal agente da dermatofitose em pequenos animais e que frequentemente acomete humanos. A prevalência dos dermatófitos em gatos sem dermatopatias apresenta variações regionais atribuídas aos aspectos climáticos e às características associadas a cada população. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi estimar a frequência de dermatófitos isolados de gatos que não apresentavam sinais clínicos de dermatopatias na região metropolitana de Florianópolis - SC, entre julho de 2015 e outubro de 2016. Características como sexo, idade, comprimento do pelame, sorologia para FIV e FeLV, acesso à rua e contato com outros gatos foram avaliadas em associação ao isolamento de dermatófitos. Amostras do pelame de 198 gatos foram obtidas através da técnica de MacKenzie que consiste na escovação vigorosa dos pelos, por todo corpo do animal, utilizando escova dental estéril. Cento e dez amostras (55,6%) foram colhidas em clínicas veterinárias e 88 (44,4%) em domicílios com numerosos gatos (11 em média). O cultivo micológico foi realizado em Sabouraud Agar Cloranfenicol-Ciclo-hexamida (SCC) e a incubação realizada a 25-27°C, durante 21-28 dias. O diagnóstico foi baseado nas características macro e micromorfológicas do dermatófito isolado. A frequência de dermatófitos correspondeu a 3,0% (6/198), onde apenas o gênero Microsporum foi observado com predomínio de M. canis (66,7%; 4/6), seguido de M. gypseum (33,3%; 2/6). Fungos saprotróficos foram observados em 94,4% das culturas e 5,6% das amostras não tiveram crescimento fúngico. A maior parte dos isolados ocorreu de gatos adultos (66,7%; 4/6), fêmeas (83,3%; 5/6) e de pelame longo (5,4%; 3/55), em comparação às amostras de pelame curto (2,1%; 3/143). Uma parcela dos gatos (30,0%; 59/198) havia sido testada para FIV/FeLV e destes, 27,0% (16/59) eram positivos: 22,0% para FeLV e 5,0% para FIV. Microsporum gypseum foi isolado de um gato FeLV positivo. Dermatófitos foram isolados de gatos em contato com outros gatos (5/165). No entanto, gatos provenientes de domicílios com alta densidade populacional não apresentaram cultura positiva para dermatófitos, fato atribuído à intensa contaminação por espécies saprotróficas. Na ausência de sinais clínicos, há o desafio de detectar fungos dermatofíticos nas criações, o que ressalta a necessidade de controle entre os felinos. O cultivo micológico é um método eficaz, econômico e deve ser indicado pelos médicos veterinários que atuam na clínica médica, tanto no âmbito doméstico, como em abrigos para prevenção e controle da infecção em animais e humanos. / Dermatophytes are the filamentous fungi keratinophilic and keratinolytic responsible for dermatophytosis, an important worldwide zoonosis. Cats are considered natural hosts and potential carriers of dermatophytes especially Microsporum canis, the main agent of dermatophytosis in small animals and frequently affects humans. The prevalence of dermatophytes in cats without dermatopathies presents regional variations attributed to the climatic aspects and the characteristics associated with each population. In this context, the aim of this study was to estimate the frequency of dermatophytes isolated from cats that had no clinical signs of dermatopathies in the Metropolitan Area of Florianópolis - SC between July 2015 and October 2016. Sex, age, length of hair, serology for FIV and FeLV, outdoors access and contact with other cats were evaluated in association with the isolation of dermatophytes. Hair samples of 198 cats were obtained through the MacKenzie brush technique consisting of vigorous brushing of the hairs, throughout the animal's body, using a sterile toothbrush. One hundred and ten samples (55.6%) were collected in veterinary clinics and 88 (44.4%) in multiple household cats (average 11). Mycological culture was performed onto Sabouraud Agar Chloramphenicol- Cyclohexamide (SCC), and incubated at 25-27°C for 21-28 days. The diagnosis was based on the macro and micromorphological characteristics of the isolated dermatophyte. The frequency of dermatophytes corresponded to 3.0% (6/198). Only the genus Microsporum was observed with predominance of M. canis (66.7%; 4/6), followed by M. gypseum (33.3%; 2/6). Saprotrophic fungi were observed in 94.4% of the cultures and 5.6% of the samples did not occurred fungal growth. Most of the isolates occurred in adult (66.7%; 4/6), female (83.3%; 5/6) and long hair cats (5.4%; 3/55) compared to the short hair (2.1%). Part of this cats (30.0%, 59/198) had been tested for FIV / FeLV and, among them, 27.0% were positive (22.0% FeLV and 5.0% FIV). Microsporum gypseum was isolated from one FeLV positive cat. Dermatophytes were isolated from cats in contact with other cats (5/165). However, multiple household cats had no positive cultures and this outcome can be associated to high contamination by saprotrophic fungi. In the absence of clinical signs, the challenge of detecting dermatophytic fungi in the creations, which highlights the needs of control among the felines. Mycological cultivation is an effective, economical method and should be indicated by veterinarians working in the medical clinic, both at home and in shelters for the prevention and control of animal and human infection.

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