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Experiência de vinte anos do Serviço de Cirurgia Oncológica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre em adrenalectomia videolaparoscópicaGatelli, Renata Bruna Garcia dos Santos January 2016 (has links)
Introdução: As operações sobre a glândula adrenal são realizadas para determinados cânceres, todas as massas biologicamente ativas, metástases, massas com mais de 4-5 cm encontradas incidentalmente e hiperplasia adrenal primária. Justificativa: Comparar os dados de um hospital terciário de referência com os descritos na literatura, já que é desconhecida em nosso meio a evolução desses pacientes. Objetivo: Avaliar a casuística e epidemiologia da adrenalectomia videolaparoscópica do serviço de cirurgia oncológica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Materiais e Métodos: Estudo transversal, descritivo. Foram analisados os prontuários dos pacientes submetidos a adrenalectomia videolaparoscópica entre o período de agosto de 1994 a novembro de 2014. Resultados: Foram realizadas 146 adrenalectomias por videolaparoscopia. Em 134 casos, a adrenalectomia videolaparoscópica foi realizada com sucesso, mas em 12 casos (8,2%) o procedimento laparoscópico foi convertido. Foram 97 pacientes do sexo feminino e 49 do sexo masculino, com idade variando de 09 a 81 anos (média de 46,7 anos). Foram removidas 56 adrenais direitas, 75 esquerdas e em 15 pacientes foram retiradas ambas as adrenais. O tamanho médio das adrenais foi de 5,7 cm, variando de 0,9 a 15 cm. A mediana do tempo de internação hospitalar pós-operatória foi de 4,5 dias, variando de 1 a 55 dias. A mediana do tempo de cirurgia foi de 144 minutos, variando de 80 a 350 minutos. Tivemos 22,5% de complicações (maiores-casos em que foi necessária a conversão para cirurgia aberta, necessidade de reinternação hospitalar e óbito- e menores), sendo 10,9% complicações intra-operatórias e 11,6% pós-operatórias. Foi considerado como complicações maiores apenas 7 (4,7%) pacientes. Conclusão: A cirurgia realizada em nosso serviço está de acordo com o descrito na literatura, com taxas aceitáveis de complicações, com motivos de conversão compatíveis e com as indicações totalmente aceitáveis e condizentes, sendo a adrenalectomia videolaparoscópica a cirurgia de escolha para doenças cirúrgicas da glândula adrenal, exceto em casos de carcinoma adrenal localmente invasivo, com comprometimento de outras estruturas.
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Experiência de vinte anos do Serviço de Cirurgia Oncológica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre em adrenalectomia videolaparoscópicaGatelli, Renata Bruna Garcia dos Santos January 2016 (has links)
Introdução: As operações sobre a glândula adrenal são realizadas para determinados cânceres, todas as massas biologicamente ativas, metástases, massas com mais de 4-5 cm encontradas incidentalmente e hiperplasia adrenal primária. Justificativa: Comparar os dados de um hospital terciário de referência com os descritos na literatura, já que é desconhecida em nosso meio a evolução desses pacientes. Objetivo: Avaliar a casuística e epidemiologia da adrenalectomia videolaparoscópica do serviço de cirurgia oncológica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Materiais e Métodos: Estudo transversal, descritivo. Foram analisados os prontuários dos pacientes submetidos a adrenalectomia videolaparoscópica entre o período de agosto de 1994 a novembro de 2014. Resultados: Foram realizadas 146 adrenalectomias por videolaparoscopia. Em 134 casos, a adrenalectomia videolaparoscópica foi realizada com sucesso, mas em 12 casos (8,2%) o procedimento laparoscópico foi convertido. Foram 97 pacientes do sexo feminino e 49 do sexo masculino, com idade variando de 09 a 81 anos (média de 46,7 anos). Foram removidas 56 adrenais direitas, 75 esquerdas e em 15 pacientes foram retiradas ambas as adrenais. O tamanho médio das adrenais foi de 5,7 cm, variando de 0,9 a 15 cm. A mediana do tempo de internação hospitalar pós-operatória foi de 4,5 dias, variando de 1 a 55 dias. A mediana do tempo de cirurgia foi de 144 minutos, variando de 80 a 350 minutos. Tivemos 22,5% de complicações (maiores-casos em que foi necessária a conversão para cirurgia aberta, necessidade de reinternação hospitalar e óbito- e menores), sendo 10,9% complicações intra-operatórias e 11,6% pós-operatórias. Foi considerado como complicações maiores apenas 7 (4,7%) pacientes. Conclusão: A cirurgia realizada em nosso serviço está de acordo com o descrito na literatura, com taxas aceitáveis de complicações, com motivos de conversão compatíveis e com as indicações totalmente aceitáveis e condizentes, sendo a adrenalectomia videolaparoscópica a cirurgia de escolha para doenças cirúrgicas da glândula adrenal, exceto em casos de carcinoma adrenal localmente invasivo, com comprometimento de outras estruturas.
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Experiência de vinte anos do Serviço de Cirurgia Oncológica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre em adrenalectomia videolaparoscópicaGatelli, Renata Bruna Garcia dos Santos January 2016 (has links)
Introdução: As operações sobre a glândula adrenal são realizadas para determinados cânceres, todas as massas biologicamente ativas, metástases, massas com mais de 4-5 cm encontradas incidentalmente e hiperplasia adrenal primária. Justificativa: Comparar os dados de um hospital terciário de referência com os descritos na literatura, já que é desconhecida em nosso meio a evolução desses pacientes. Objetivo: Avaliar a casuística e epidemiologia da adrenalectomia videolaparoscópica do serviço de cirurgia oncológica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Materiais e Métodos: Estudo transversal, descritivo. Foram analisados os prontuários dos pacientes submetidos a adrenalectomia videolaparoscópica entre o período de agosto de 1994 a novembro de 2014. Resultados: Foram realizadas 146 adrenalectomias por videolaparoscopia. Em 134 casos, a adrenalectomia videolaparoscópica foi realizada com sucesso, mas em 12 casos (8,2%) o procedimento laparoscópico foi convertido. Foram 97 pacientes do sexo feminino e 49 do sexo masculino, com idade variando de 09 a 81 anos (média de 46,7 anos). Foram removidas 56 adrenais direitas, 75 esquerdas e em 15 pacientes foram retiradas ambas as adrenais. O tamanho médio das adrenais foi de 5,7 cm, variando de 0,9 a 15 cm. A mediana do tempo de internação hospitalar pós-operatória foi de 4,5 dias, variando de 1 a 55 dias. A mediana do tempo de cirurgia foi de 144 minutos, variando de 80 a 350 minutos. Tivemos 22,5% de complicações (maiores-casos em que foi necessária a conversão para cirurgia aberta, necessidade de reinternação hospitalar e óbito- e menores), sendo 10,9% complicações intra-operatórias e 11,6% pós-operatórias. Foi considerado como complicações maiores apenas 7 (4,7%) pacientes. Conclusão: A cirurgia realizada em nosso serviço está de acordo com o descrito na literatura, com taxas aceitáveis de complicações, com motivos de conversão compatíveis e com as indicações totalmente aceitáveis e condizentes, sendo a adrenalectomia videolaparoscópica a cirurgia de escolha para doenças cirúrgicas da glândula adrenal, exceto em casos de carcinoma adrenal localmente invasivo, com comprometimento de outras estruturas.
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Estudo in vivo do efeito agudo da espironolactona e eplerenona em ratos submetidos à isquemia cardíaca.Amancio, Gabriela de Cássia Sousa January 2013 (has links)
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto. / Submitted by Oliveira Flávia (flavia@sisbin.ufop.br) on 2014-12-09T19:50:52Z
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Previous issue date: 2013 / O aumento dos níveis plasmáticos de aldosterona após infarto do miocárdio (IM) está relacionado com a piora do prognóstico da doença e contribui para patogênese da insuficiência cardíaca. O tratamento do IM com antagonistas de receptores mineralocorticoides (MR) da aldosterona, espironolactona e eplerenona, têm reduzido a remodelação do ventrículo esquerdo e a morte súbida. Entretanto, existem evidências clínicas e experimentais de que a cardioproteção promovida por esses antagonista pode ser em parte independente do bloqueio da ação da aldosterona. O objetivo do presente estudo foi avaliar comparativamente os efeitos cardioprotetores da espironolactona e eplerenona em um modelo agudo de isquemia cardíaca em ratos. Ratos machos wistar, submetidos a adrenalectomia lateral ou não foram tratados, via oral, com Espironolactona 20mg/kg ou Eplerenona 10mg/kg, na presença e na ausência de um antagonista de receptor GR (Mifepristona 20mg/kg) e submetidos a isquemia cardíaca. O sinal de ECG em ratos anestesiados foi obtido antes e após a ligadura coronária esquerda, durante 1 hora. A área sob a curva do segmento ST do ECG, um parâmetro que indica isquemia do miocárdio, foi significativamente menor para a espironolactona (53.9.3 ± 13,07) e eplerenona (31,3 ± 10,08) de animais tratados em comparação com os animais de controle (179,4 ± 32,3). Mifepristona (76,6 ± 14,54) não foi capaz de alterar os efeitos de espironolactona. Estes resultados sugerem que doses baixas de espironolactona e eplerenona são cardioprotetoras mesmo quando os níveis de aldosterona não estão aumentados e que este efeito não é dependente da ativação dos receptores GR. ______________________________________________________________________________________________ / ABSTRACT: The increasing plasma levels of aldosterona after myocardial infarction (MI) is related to its prognostic aggravation and contributes to the cardiac failure pathogenesis. The MI treatment with the mineralocorticoid receptors (MR) antagonists, spironolactone and eplerenone, can reduce the left ventricular remodeling and sudden death occurrence. However, clinical and experimental evidences demonstrated that this cardioprotection could be in part independent of the aldosterone inhibition. The mechanisms activated by these two drugs in the heart remain unknown. Spironolactone also presents glucocorticoid receptors (GR) affinity, which also shows cardioprotective properties. The objective of the present work was to evaluate the cardioprotective effects of spironolactone and eplerenone in a model of acute cardiac ischemia in rats. Male Wistar rats were first subjected to adrenalectomy and received by oral route 20mg/kg of spironolactone or 10mg/kg eplerenone in the presence and in the absence of mifepristone (20mg/kg), a GR receptor antagonist. The ECG signal was obtained in anaesthetized rats before and after the left coronary ligature, during 1 hour. The area under the curve of the ST segment of ECG, a parameter that indicates myocardial ischemia, was significantly smaller for the spironolactone (53.9.3±13.07) and eplerenone (31.3±10.08) treated animals compared to the control animals (179.4 ± 32.3). Mifepristone (76.6±14.54) was not able to alter the effects of spironolactone. These results suggest that low doses of spironolactone and eplerenone are cardioprotective even when plasma levels of aldosterone are not augmented and that this effect is not dependent of GR receptors activation.
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Adrenalectomies in children and adolescents in Germany – a diagnose related groups based analysis from 2009-2017Uttinger, Konstantin L., Riedmeier, Maria, Reibetanz, Joachim, Meyer, Thomas, Germer, Christoph Thomas, Fassnacht, Martin, Wiegering, Armin, Wiegering, Verena 13 November 2023 (has links)
Background: Adrenalectomies are rare procedures especially in childhood. So
far, no large cohort study on this topic has been published with data on to age
distribution, operative procedures, hospital volume and operative outcome.
Methods: This is a retrospective analysis of anonymized nationwide hospital
billing data (DRG data, 2009-2017). All adrenal surgeries (defined by OPS codes)
of patients between the age 0 and 21 years in Germany were included.
Results: A total of 523 patient records were identified. The mean age was 8.6 ±
7.7 years and 262 patients were female (50.1%). The majority of patients were
between 0 and 5 years old (52% overall), while 11.1% were between 6 and 11 and
38.8% older than 12 years. The most common diagnoses were malignant
neoplasms of the adrenal gland (56%, mostly neuroblastoma) with the
majority being younger than 5 years. Benign neoplasms in the adrenal gland
(D350) account for 29% of all cases with the majority of affected patients being
12 years or older. 15% were not defined regarding tumor behavior. Overall
complication rate was 27% with a clear higher complication rate in resection for
malignant neoplasia of the adrenal gland. Bleeding occurrence and
transfusions are the main complications, followed by the necessary of
relaparotomy. There was an uneven patient distribution between hospital
tertiles (low volume, medium and high volume tertile). While 164 patients
received surgery in 85 different “low volume” hospitals (0.2 cases per hospital
per year), 205 patients received surgery in 8 different “high volume” hospitals
(2.8 cases per hospital per year; p<0.001). Patients in high volume centers were
significant younger, had more extended resections and more often malignant
neoplasia. In multivariable analysis younger age, extended resections and open
procedures were independent predictors for occurrence of postoperative
complications.
Conclusion: Overall complication rate of adrenalectomies in the pediatric population
in Germany is low, demonstrating good therapeutic quality. Our analysis revealed a
very uneven distribution of patient volume among hospitals.
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"Diagnóstico e tratamento das massas adrenais clinicamente silenciosas: revisão de literatura" / Diagnostic and therapeutic approach in adrenal masses clinically silent: review of the literatureSette, Marcelo José 02 September 2005 (has links)
Massas adrenais clinicamente silenciosas, diagnosticadas ao acaso ("incidentalomas"), são frequentemente encontradas em avaliações radiológicas devido ao constante progresso dos métodos de imagem. Na revisão das principais fontes científicas até 2004, analisado o grau de evidência concluiu-se: a maioria dos "incidentalomas" são não hipersecretores, mas a avaliação endócrina demonstrou que é comum o achado de hiperfunção hormonal discreto; "incidentaloma" acima de 6cm sugerem malignidade e entre 4-6cm devem ser analisadas por suas características de imagem; adrenalectomia deve ser indicada em massas adrenais funcionantes; massas adrenais não operadas devem ser acompanhadas pelo prazo de 2 anos / Introduction: Clinically silent adrenal masses, incidentally diagnosed during imaging methods performed for other clinical conditions (incidentalomas") have been more frequently detected due to the constant improvement in imaging methods. There are several causes, diagnoses and treatments for these masses. Thus, whenever a physician comes across such lesion, it is necessary to define whether this mass is hormonally active and whether there is a risk of being malignant. Nevertheless, the methods for clarifying these issues have yet to be defined. Objective: To evaluate the best diagnosis, treatment and follow up of the incidental adrenal lesion. Methods: The main scientific literature available until October 2004 was reviewed, taking evidence into account. Results: Two studies which selected and reviewed articles until September 2003 were found. Fourty-three other studies included in a systematic review until October 2004 were added to this study. Conclusions: In general, incidentalomas" are non-functioning, but endocrinological evaluation has shown that subclinical hormonal hyperfunction is not unusual, thus stressing the need for measuring substances such as with metanephrine assay, dexamethasone suppression test in low dosage and establishing the upright plasma aldosterone/plasma renin activity ratio. Non-functioning incidentalomas" smaller than 4 cm should be followed carefully; those between 4 and 6 cm should be analyzed for its imaging characteristics; for those greater than 6 cm adrenalectomy is indicated. Functioning incidentalomas" must undergo adrenalectomy. Nonoperated adrenal masses must be followed for two years through imaging and function testing.
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"Diagnóstico e tratamento das massas adrenais clinicamente silenciosas: revisão de literatura" / Diagnostic and therapeutic approach in adrenal masses clinically silent: review of the literatureMarcelo José Sette 02 September 2005 (has links)
Massas adrenais clinicamente silenciosas, diagnosticadas ao acaso ("incidentalomas"), são frequentemente encontradas em avaliações radiológicas devido ao constante progresso dos métodos de imagem. Na revisão das principais fontes científicas até 2004, analisado o grau de evidência concluiu-se: a maioria dos "incidentalomas" são não hipersecretores, mas a avaliação endócrina demonstrou que é comum o achado de hiperfunção hormonal discreto; "incidentaloma" acima de 6cm sugerem malignidade e entre 4-6cm devem ser analisadas por suas características de imagem; adrenalectomia deve ser indicada em massas adrenais funcionantes; massas adrenais não operadas devem ser acompanhadas pelo prazo de 2 anos / Introduction: Clinically silent adrenal masses, incidentally diagnosed during imaging methods performed for other clinical conditions (incidentalomas) have been more frequently detected due to the constant improvement in imaging methods. There are several causes, diagnoses and treatments for these masses. Thus, whenever a physician comes across such lesion, it is necessary to define whether this mass is hormonally active and whether there is a risk of being malignant. Nevertheless, the methods for clarifying these issues have yet to be defined. Objective: To evaluate the best diagnosis, treatment and follow up of the incidental adrenal lesion. Methods: The main scientific literature available until October 2004 was reviewed, taking evidence into account. Results: Two studies which selected and reviewed articles until September 2003 were found. Fourty-three other studies included in a systematic review until October 2004 were added to this study. Conclusions: In general, incidentalomas are non-functioning, but endocrinological evaluation has shown that subclinical hormonal hyperfunction is not unusual, thus stressing the need for measuring substances such as with metanephrine assay, dexamethasone suppression test in low dosage and establishing the upright plasma aldosterone/plasma renin activity ratio. Non-functioning incidentalomas smaller than 4 cm should be followed carefully; those between 4 and 6 cm should be analyzed for its imaging characteristics; for those greater than 6 cm adrenalectomy is indicated. Functioning incidentalomas must undergo adrenalectomy. Nonoperated adrenal masses must be followed for two years through imaging and function testing.
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Participação do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal na Doença Inflamatória Intestinal induzida experimentalmente / Participation of the hypothalamic-pituitary-adrenal axis in experimentally induced inflammatory bowel diseaseSouza, Patrícia Reis de 06 August 2015 (has links)
As doenças inflamatórias intestinais (DII) são causadas por desequilíbrio entre as respostas imunes efetoras e reguladoras na mucosa intestinal e podem ser moduladas pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) por meio de interações neuroimunoendócrinas e secreção de cortisol. Embora os glicocorticóides (GC) sejam utilizados para tratar a DII, o cortisol produzido pelas glândulas supra-renais também está envolvido na resposta ao estresse, que pode levar a doenças inflamatórias descontroladas. Portanto, o objetivo deste trabalho é avaliar a participação do eixo HPA na modulação da resposta imune de mucosa intestinal. Para tal, camundongos C57BL/6 foram submetidos à remoção das glândulas adrenais seguida por indução de colite pela administração de água contendo 3% de dextran sulfato de sódio (DSS). Os resultados demonstraram que a ausência das adrenais levou à maior suscetibilidade à doença e mortalidade precoce, fenômeno que não foi prevenido pela reposição de GC. Os animais adrenalectomizados com colite apresentaram níveis significativamente menores de LPS, concomitantemente ao aumento de IL-6 no soro quando comparados aos camundongos não adrenalectomizados. Além disso, os animais adrenalectomizados apresentaram menor celularidade na lâmina própria (LP), menos áreas de erosão e menor escore histopatológico associado ao aumento de IFN-? e FasL, no intestino, sem produção local compensatória de corticosterona. Houve aumento na atividade das enzimas mieloperoxidase (MPO), N- acetilglicosaminidase (NAG) e eosinófilo-peroxidase (EPO) no intestino dos animais expostos ao DSS quando comparados ao grupo de camundongos controles saudáveis, independentemente da presença do eixo HPA intacto e o tratamento com GC nos animais adrenalectomizados levou à redução significativa da atividade de MPO. Também foi observado na LP dos camundongos adrenalectomizados aumento significativo na frequência de células dendríticas tolerogênicas CD11b+CD11c+CD103+, T auxiliares (CD3+CD4+), T citolíticas (CD3+CD8+) e NKT (CD3+CD49b+), além de redução significativa da população de células dendríticas pró-inflamatórias CD11b+CD11c+CD103-, leucócitos CD11b+ e linfócitos intra-epiteliais, de maneira dependente de GC. A ausência do eixo HPA intacto levou à diminuição de leucócitos totais no baço quando comparados ao grupo com colite, relacionada principalmente à redução significativa na frequência de células NKT (CD3+CD49b+), as quais foram restauradas nos camundongos tratados com GC exógenos. Durante a exposição ao DSS houve aumento de células Th2 e Th1 no baço dos camundongos não adrenalectomizados, enquanto que a remoção das adrenais levou a notável redução na população de células T CD4 produtoras de IL-4, IL-10, IFN-? ou IL-17, com aumento de células Th17 e diminuição significativa de células Th1 no baço dos camundongos adrenalectomizados e tratados com GC. De forma interessante, houve menor acúmulo de células T reguladoras juntamente à redução na intensidade média de fluorescência (MFI) de FOXP3 em células T CD4+CD25+ do baço dos camundongos adrenalectomizados expostos ao DSS, de maneira geral dependente de GC. Por fim, esta diminuição de mecanismos reguladores foi acompanhada de menor índice de proliferação e aumento de IL-10 no sobrenadante de cultura de esplenócitos de camundongos com o eixo HPA não ii funcional, indicando que a ausência de GC endógenos pode alterar significativamente a homeostase do sistema imunológico. Juntos, nossos resultados demonstram que o eixo HPA é importante na modulação da resposta imunológica durante a colite induzida experimentalmente / Inflammatory bowel diseases (IBD) are caused by imbalance between regulatory and effector immune responses in the intestinal mucosa and can be modulated by the hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axis via neuroimmune endocrine interactions and secretion of cortisol. Although glucocorticoids (GC) are used to treat IBD, cortisol produced by the adrenals glands is also involved in the stress response, which can lead to uncontrolled inflammatory diseases. Therefore, the aim of this study was to evaluate the HPA axis in the modulation of the immune response of intestinal mucosa. C57BL/6 mice were subjected to removal of the adrenal glands followed by induction of colitis by administration of water containing 3% dextran sulfate sodium (DSS). The results showed that the absence of adrenals led to increased susceptibility to disease and early mortality, a phenomenon that was not prevented by GC replacement. Adrenalectomized animals exposed to DSS had significantly lower levels of LPS, concomitantly to increased IL-6 in the serum when compared to non-adrenalectomized mice. In addition, adrenalectomized animals had lower cellularity in the lamina propria (LP), less erosion areas and less histopathologic score associated with increased IFN-? and FasL in the intestine, without compensatory local production of corticosterone. There was an increase in the activity of the myeloperoxidase (MPO) enzyme, N- acetilglicosaminidase (NAG) and eosinophil-peroxidase (EPO) in the intestines of DSS-exposed animals when compared to the healthy control group of mice, regardless of the presence of intact HPA axis, while treatment with GC led to significantly reduced MPO activity. It was also observed in the LP of adrenalectomized mice significant increase in the frequency of tolerogenic dendritic cells CD11b+CD11c+CD103+, helper T (CD3+ CD4+), cytolytic T (CD3+ CD8+) and NKT (CD3+ CD49b+) besides significant reduction in the population of pro-inflammatory dendritic cells CD11c+ CD11b+ CD103-, leukocyte CD11b+ and intraepithelial lymphocytes, GC-dependent manner. The absence HPA intact carried decrease in total leukocytes in spleen when compared to the group with colitis, related mainly to significant reduction in the frequency of NKT cells (CD3+CD49b+), which were restored in the GC treated mice. During exposure to DSS there was increased Th2 and Th1 cells in the spleen of non-adrenalectomized mice, while the removal of the adrenals was associated to a marked reduction in the population of CD4 T cells producing IL-4, IL-10, IFN-? or IL-17 with increased Th17 cells and significant decrease in Th1 cells in the spleen of adrenalectomized mice treated with GC. Interestingly there was less accumulation of regulatory T cells together to a reduction in mean fluorescence intensity (MFI) of FOXP3 in CD4+CD25+ T cells in the spleen of mice exposed to DSS after adrenalectomy, most dependent on GC. Finally, the decline of regulatory mechanisms was accompanied by lower rates of proliferation and increased IL-10 in the supernatant culture of splenocytes of mice with disrupted HPA axis, indicating that the absence of endogenous GC altered significantly the homeostasis of the immune system. Together, our results demonstrate that the HPA axis is important in modulating the immune response during experimentally induced colitis
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Participação do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal na Doença Inflamatória Intestinal induzida experimentalmente / Participation of the hypothalamic-pituitary-adrenal axis in experimentally induced inflammatory bowel diseasePatrícia Reis de Souza 06 August 2015 (has links)
As doenças inflamatórias intestinais (DII) são causadas por desequilíbrio entre as respostas imunes efetoras e reguladoras na mucosa intestinal e podem ser moduladas pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) por meio de interações neuroimunoendócrinas e secreção de cortisol. Embora os glicocorticóides (GC) sejam utilizados para tratar a DII, o cortisol produzido pelas glândulas supra-renais também está envolvido na resposta ao estresse, que pode levar a doenças inflamatórias descontroladas. Portanto, o objetivo deste trabalho é avaliar a participação do eixo HPA na modulação da resposta imune de mucosa intestinal. Para tal, camundongos C57BL/6 foram submetidos à remoção das glândulas adrenais seguida por indução de colite pela administração de água contendo 3% de dextran sulfato de sódio (DSS). Os resultados demonstraram que a ausência das adrenais levou à maior suscetibilidade à doença e mortalidade precoce, fenômeno que não foi prevenido pela reposição de GC. Os animais adrenalectomizados com colite apresentaram níveis significativamente menores de LPS, concomitantemente ao aumento de IL-6 no soro quando comparados aos camundongos não adrenalectomizados. Além disso, os animais adrenalectomizados apresentaram menor celularidade na lâmina própria (LP), menos áreas de erosão e menor escore histopatológico associado ao aumento de IFN-? e FasL, no intestino, sem produção local compensatória de corticosterona. Houve aumento na atividade das enzimas mieloperoxidase (MPO), N- acetilglicosaminidase (NAG) e eosinófilo-peroxidase (EPO) no intestino dos animais expostos ao DSS quando comparados ao grupo de camundongos controles saudáveis, independentemente da presença do eixo HPA intacto e o tratamento com GC nos animais adrenalectomizados levou à redução significativa da atividade de MPO. Também foi observado na LP dos camundongos adrenalectomizados aumento significativo na frequência de células dendríticas tolerogênicas CD11b+CD11c+CD103+, T auxiliares (CD3+CD4+), T citolíticas (CD3+CD8+) e NKT (CD3+CD49b+), além de redução significativa da população de células dendríticas pró-inflamatórias CD11b+CD11c+CD103-, leucócitos CD11b+ e linfócitos intra-epiteliais, de maneira dependente de GC. A ausência do eixo HPA intacto levou à diminuição de leucócitos totais no baço quando comparados ao grupo com colite, relacionada principalmente à redução significativa na frequência de células NKT (CD3+CD49b+), as quais foram restauradas nos camundongos tratados com GC exógenos. Durante a exposição ao DSS houve aumento de células Th2 e Th1 no baço dos camundongos não adrenalectomizados, enquanto que a remoção das adrenais levou a notável redução na população de células T CD4 produtoras de IL-4, IL-10, IFN-? ou IL-17, com aumento de células Th17 e diminuição significativa de células Th1 no baço dos camundongos adrenalectomizados e tratados com GC. De forma interessante, houve menor acúmulo de células T reguladoras juntamente à redução na intensidade média de fluorescência (MFI) de FOXP3 em células T CD4+CD25+ do baço dos camundongos adrenalectomizados expostos ao DSS, de maneira geral dependente de GC. Por fim, esta diminuição de mecanismos reguladores foi acompanhada de menor índice de proliferação e aumento de IL-10 no sobrenadante de cultura de esplenócitos de camundongos com o eixo HPA não ii funcional, indicando que a ausência de GC endógenos pode alterar significativamente a homeostase do sistema imunológico. Juntos, nossos resultados demonstram que o eixo HPA é importante na modulação da resposta imunológica durante a colite induzida experimentalmente / Inflammatory bowel diseases (IBD) are caused by imbalance between regulatory and effector immune responses in the intestinal mucosa and can be modulated by the hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axis via neuroimmune endocrine interactions and secretion of cortisol. Although glucocorticoids (GC) are used to treat IBD, cortisol produced by the adrenals glands is also involved in the stress response, which can lead to uncontrolled inflammatory diseases. Therefore, the aim of this study was to evaluate the HPA axis in the modulation of the immune response of intestinal mucosa. C57BL/6 mice were subjected to removal of the adrenal glands followed by induction of colitis by administration of water containing 3% dextran sulfate sodium (DSS). The results showed that the absence of adrenals led to increased susceptibility to disease and early mortality, a phenomenon that was not prevented by GC replacement. Adrenalectomized animals exposed to DSS had significantly lower levels of LPS, concomitantly to increased IL-6 in the serum when compared to non-adrenalectomized mice. In addition, adrenalectomized animals had lower cellularity in the lamina propria (LP), less erosion areas and less histopathologic score associated with increased IFN-? and FasL in the intestine, without compensatory local production of corticosterone. There was an increase in the activity of the myeloperoxidase (MPO) enzyme, N- acetilglicosaminidase (NAG) and eosinophil-peroxidase (EPO) in the intestines of DSS-exposed animals when compared to the healthy control group of mice, regardless of the presence of intact HPA axis, while treatment with GC led to significantly reduced MPO activity. It was also observed in the LP of adrenalectomized mice significant increase in the frequency of tolerogenic dendritic cells CD11b+CD11c+CD103+, helper T (CD3+ CD4+), cytolytic T (CD3+ CD8+) and NKT (CD3+ CD49b+) besides significant reduction in the population of pro-inflammatory dendritic cells CD11c+ CD11b+ CD103-, leukocyte CD11b+ and intraepithelial lymphocytes, GC-dependent manner. The absence HPA intact carried decrease in total leukocytes in spleen when compared to the group with colitis, related mainly to significant reduction in the frequency of NKT cells (CD3+CD49b+), which were restored in the GC treated mice. During exposure to DSS there was increased Th2 and Th1 cells in the spleen of non-adrenalectomized mice, while the removal of the adrenals was associated to a marked reduction in the population of CD4 T cells producing IL-4, IL-10, IFN-? or IL-17 with increased Th17 cells and significant decrease in Th1 cells in the spleen of adrenalectomized mice treated with GC. Interestingly there was less accumulation of regulatory T cells together to a reduction in mean fluorescence intensity (MFI) of FOXP3 in CD4+CD25+ T cells in the spleen of mice exposed to DSS after adrenalectomy, most dependent on GC. Finally, the decline of regulatory mechanisms was accompanied by lower rates of proliferation and increased IL-10 in the supernatant culture of splenocytes of mice with disrupted HPA axis, indicating that the absence of endogenous GC altered significantly the homeostasis of the immune system. Together, our results demonstrate that the HPA axis is important in modulating the immune response during experimentally induced colitis
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Técnica laparoscópica versus técnica aberta para adrenalectomia experimental em suínos / Laparoscopic techniques versus open technique for swines in experimental adrenalectomyGAMA FILHO, José Belarmino da 22 December 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-12-22 / Adrenalectomy is a highly complex surgical procedure. In order to perform it, surgeons must have a profound knowledge of the anatomophysiologic aspects of the adrenal glands, especially their vascular diversity, as well as full understanding of diagnostic means so as to properly identify their diseases. Open adrenalectomy is the most widely used method in veterinary medicine, while laparoscopic adrenalectomy usually is the method of choice in human medicine. Hyperadrenocorticism, whether hypophysis-dependent or not, is the most the most common adrenal disease. Treatment involves stopping the growth of tumors either surgically or chemically. Treatment of choice will depend on tumor functionality, type and size, as well as on its image. The swine model has proven adequate for surgical procedures, since it possesses standardized experimentation protocols and physiological parameters. Among the main benefits of laparoscopic adrenalectomy versus open adrenalectomy is rapid recovery and diminished hospitalization time. Laparoscopic adrenalectomy is the procedure of choice in human medicine, and it is nowadays considered to be the gold standard. In veterinary medicine more research is needed so as to better establish its advantages over open adrenalectomy. In this study open adrenalectomy was compared to laparoscopic adrenalectomy. 32 swines, divided into four groups of eight animals each, underwent surgery; being it that one group underwent open and the other laparoscopic adrenalectomy, with their respective control groups (sham). Parameters such as surgical time, body temperature, haematocrit, surgical intercurrences and XXXXX, as well as physiological, hormonal and metabolic responses were evaluated in young swines, both in open and laparoscopic adrenalectomy. There were no significant differences in surgical times. Most frequent intercurrences were accidents with intestinal loops, lesions to adrenal vessels and renal haematoma. Blood losses were not significant and, even though there was hypothermia it did not lead to any unfavorable clinical outcome. Deambulation time was longer for the open adrenalectomy group, although the difference was not significant. Significant differences were found in leucometry values of the laparoscopic sham group, which were higher when compared to laparoscopic groups; SpO2 of the G3 group was lower than that of the other groups, and PCR of the laparoscopic groups were lower postoperatively. There were no significant differences in mean blood pressure in all of four groups. Laparoscopy is a reliable technique for experimental adrenalectomy in swines and can be used as a reference for surgical treatment of adrenal diseases in other animal species. Metabolic parameters did not show significant differences. These results indicated that the laparoscopic technique is beneficial over open surgery, and that it can be considered a safe procedure for other species.
Adrenalectomy is a highly complex surgical procedure. In order to perform it, surgeons must have a profound knowledge of the anatomophysiologic aspects of the adrenal glands, especially their vascular diversity, as well as full understanding of diagnostic means so as to properly identify their diseases. Open adrenalectomy is the most widely used method in veterinary medicine, while laparoscopic adrenalectomy usually is the method of choice in human medicine. Hyperadrenocorticism, whether hypophysis-dependent or not, is the most the most common adrenal disease. Treatment involves stopping the growth of tumors either surgically or chemically. Treatment of choice will depend on tumor functionality, type and size, as well as on its image. The swine model has proven adequate for surgical procedures, since it possesses standardized experimentation protocols and physiological parameters. Among the main benefits of laparoscopic adrenalectomy versus open adrenalectomy is rapid recovery and diminished hospitalization time. Laparoscopic adrenalectomy is the procedure of choice in human medicine, and it is nowadays considered to be the gold standard. In veterinary medicine more research is needed so as to better establish its advantages over open adrenalectomy. In this study open adrenalectomy was compared to laparoscopic adrenalectomy. 32 swines, divided into four groups of eight animals each, underwent surgery; being it that one group underwent open and the other laparoscopic adrenalectomy, with their respective control groups (sham). Parameters such as surgical time, body temperature, haematocrit, surgical intercurrences and XXXXX, as well as physiological, hormonal and metabolic responses were evaluated in young swines, both in open and laparoscopic adrenalectomy. There were no significant differences in surgical times. Most frequent intercurrences were accidents with intestinal loops, lesions to adrenal vessels and renal haematoma. Blood losses were not significant and, even though there was hypothermia it did not lead to any unfavorable clinical outcome. Deambulation time was longer for the open adrenalectomy group, although the difference was not significant. Significant differences were found in leucometry values of the laparoscopic sham group, which were higher when compared to laparoscopic groups; SpO2 of the G3 group was lower than that of the other groups, and PCR of the laparoscopic groups were lower postoperatively. There were no significant differences in mean blood pressure in all of four groups. Laparoscopy is a reliable technique for experimental adrenalectomy in swines and can be used as a reference for surgical treatment of adrenal diseases in other animal species. Metabolic parameters did not show significant differences. These results indicated that the laparoscopic technique is beneficial over open surgery, and that it can be considered a safe procedure for other species. / Adrenalectomia é um procedimento operatório de alto grau de complexidade. Para sua execução o cirurgião deve ter conhecimento dos aspectos anatomofisiológicos das glândulas adrenais, especialmente sua diversidade vascular, deve ainda ter pleno entendimento sobre os recursos diagnósticos necessários para identificação das suas enfermidades. Adrenalectomia aberta é o método mais utilizado em medicina veterinária, enquanto na medicina humana a abordagem laparoscópica é a de eleição. O hiperadrenocorticismo, que pode ser hipófise dependente ou não, é enfermidade adrenal de maior frequência. Seu tratamento consiste na contenção da evolução dos tumores por meio de fármacos ou cirúrgico. A escolha do tratamento depende da funcionalidade, tipo e tamanho do tumor e da caracterização dos estudos de imagem. O modelo suíno mostrou-se adequado para a execução dos procedimentos operatórios, visto possuir protocolo de experimentação e parâmetros fisiológicos padronizados. Dentre os principais benefícios da adrenalectomia laparoscópica (AL) frente à adrenalectomia aberta (AA) destaca-se a rápida recuperação dos pacientes com diminuição do tempo de internação. A adrenalectomia laparoscópica é o procedimento de escolha em medicina humana, sendo caracterizada atualmente como padrão ouro. Em medicina veterinária, ainda há necessidade de melhor caracterização dos seus resultados afim de que seus benefícios em relação à adrenalectomia aberta possam ser conhecidos. Neste estudo foi comparada a AA com a AL. Foram operados 32 suínos, divididos em quatro grupos de oito animais, sendo um grupo submetido à AA e outro grupo à AL, com seus respectivos grupos controle (sham). Foram avaliados parâmetros referentes a tempo operatório, temperatura corporal, hematócrito, intercorrências operatórias e tempo de deambulação. Bem com as respostas fisiológicas, hormonais e metabólicas oriundas da adrenalectomia laparoscópica e aberta em suínos jovens. Não houve diferença significativa entre os tempos operatórios. As intercorrências mais frequentes foram acidentes em alças intestinais, lesões em vasos adrenais e hematoma renal. As perdas sanguíneas não foram significativas e apesar de ter ocorrido hipotermia esta não teve repercussão clínica. O tempo de deambulação foi maior para o grupo AA, mas sem diferença significativa em relação ao AL. As diferenças significativas encontradas se relacionaram aos valores de leucometria, os quais apresentaram elevação no grupo sham laparotômico em relação aos grupos laparoscópicos; a SpO2 do grupo G3 foi inferior aos demais grupos; os valores de PCR dos grupos laparoscópicos foram menores no pós operatório. Não houve diferença significativa na pressão arterial média dos quatro grupos. A laparoscopia para adrenalectomia experimental em suínos é uma técnica confiável podendo servir como referência para o tratamento cirúrgico nas outras espécies animais. Os parâmetros metabólicos analisados não apresentaram diferenças significativas. Estes resultados indicaram benefícios da abordagem laparoscópica em relação à aberta, podendo ser considerado um procedimento seguro para utilização em outras espécies.
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