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Nasalância e nasalidade da voz traqueoesofágica de laringectomizados totais / Nasalance and nasality of tracheoesophageal speech in total laryngectomee.

Defina-Iqueda, Adriana Pereira 16 May 2013 (has links)
A laringectomia total que resulta em perda da fonte sonora e na reabilitação por meio da voz traqueoesofágica, com a prótese fonatória, tem sido amplamente empregada por apresentar resultados satisfatórios e pela rápida reabilitação. Para a produção sonora traqueoesofágica, participam o esôfago, a transição faringoeosofágica e a faringe. A orofaringe e a rinofaringe mantêm-se preservadas após a laringectomia total e fazem parte do mecanismo de ressonância vocal. Porém, nada se sabe a respeito da interferência da rinofaringe para a produção da voz traqueoesofágica. Por este motivo, o objetivo deste estudo foi determinar os valores da nasalância e a nasalidade da voz traqueoesofágica em laringectomizados totais, usuários de prótese (grupo estudo), falantes do português brasileiro e comparar com falantes laríngeos (grupo controle). O estudo contou com a participação de 25 laringectomizados totais, usuários de prótese traqueoesofágica, destes, 20 homens e cinco mulheres, com idade entre 45 e 82 anos e média de 61 anos e cinco meses. O grupo controle foi composto de 40 voluntários, 28 homens e 12 mulheres, com idade entre 44 e 80 anos e média de 61 anos e nove meses. Todos os participantes foram submetidos ao exame nasovideoendoscópico para avaliação anatomofuncional da rinofaringe e do mecanismo velofaríngeo, à avaliação objetiva da nasalância, realizada por meio de um nasômetro, e à avaliação perceptivo-auditiva da nasalidade. A amostra da fala foi composta por frases orais e nasais padronizadas para o português brasileiro. A avaliação perceptivo-auditiva da nasalidade foi realizada por dois juízes fonoaudiólogos, com experiência na área de voz. Os resultados revelaram que, durante a emissão de frases orais, não houve diferença (p=0,13) entre os grupos, com relação à nasalância. Porém, para as frases nasais, os laringectomizados demonstraram maior nasalância (p=0,001). A sensibilidade da nasalância em identificar o laringectomizado total, durante a emissão das frases nasais, foi de 80% e a especificidade de 72,5%, estipulando-se o valor de corte em 54,5%. Para as frases orais, para o valor de corte de 19,5%, a sensibilidade foi de 36% e a especificidade de 80%. Para a nasalidade, notou-se confiabilidade intrajuiz perfeita ou quase perfeita (Kappa=1,0), em todas as análises. A concordância interjuízes variou de substancial a perfeita ou quase perfeita (Kappa entre 0,715 e 1,0). Comparando-se os achados da avaliação perceptivo-auditiva entre os grupos, eles se mostraram iguais, tanto para as frases orais (p=0,39) quanto para as frases nasais (p=1,00). A sensibilidade da análise perceptivo-auditiva para identificar presença ou ausência da nasalidade nos laringectomizados foi de 100%, tanto para as frases nasais quanto para as orais, a especificidade foi de 0 a 11,1%, e a acurácia, de 80% a 68%, respectivamente para as frases nasais e para as frases orais. Concluiu-se que os laringectomizados totais apresentam maior nasalância nas frases nasais que falantes laríngeos, reforçando que a impedância do trato vocal remanescente, após a laringectomia, não impede a presença de energia acústica nasal para a produção dos respectivos sons percebidos na avaliação perceptivo-auditiva. / Total laryngectomy results in the loss of of the sound source, and rehabilitation with a tracheoesophageal voice prosthesis has been widely used because of its satisfactory and rapid results. The esophagus, pharyngoesophageal transition and pharynx participate in tracheoesophageal sound production. After total laryngectomy, the oropharynx and rhinopharinx continue to be preserved and are part of the mechanism of voice resonance. However, there is no information about the interference of the rhinopharynx for the production of tracheoesophageal voice. Thus, the objective of the present study was to determine the nasalance and nasality values of tracheoesophageal voice in total laryngectomees speaking Brazilian Portuguese wearing a prosthesis (study groups) and to compare them to those of laryngeal speakers (control group). The study was conducted on 25 total laryngectomees wearing a tracheoesophageal prosthesis, 20 men and five women aged 45 to 82 years (mean: 61 years and five months). The control group consisted of 40 volunteers, 28 men and 12 women aged 44 to 80 years (mean: 61 years and nine months). All participants were submitted to nasovideoendoscopy for anatomofunctional evaluation of the rhinopharynx and of the velopharyngeal mechanism, to objective evaluation of nasalance by means of a nasometer, and to auditory-perceptual evaluation of nasality. The speech sample consisted of oral and nasal sentences standardized for Brazilian Portuguese. Auditory-perceptual evaluation of nasality was performed by two speech therapist raters with experience in the voice area. The results revealed no difference in nasalance between groups (p=0.13) during the emission of oral sentences. However, for the nasal sentences the laryngectomees demonstrated greater nasalance (p=0.001). The sensitivity of nasalance in identifying the total laryngectomees during the emission of nasal sentences was 80% and specificity was 72.5%, with the cut-off value being stipulated at 54.5%. For the oral sentences, for a cut-off value of 19.5%, sensitivity was 36% and specificity 80%. Inter-rater reliability was perfect or almost perfect (Kappa=1.0) for nasality in all analyses. Inter-rater concordance ranged from substantial to perfect or almost perfect (Kappa of 0.715 to 1.0). Comparrison of the findings of auditory-perceptual evaluation showed no difference between groups regarding the oral (p=0.39) and nasal (p=1.00) sentences. The sensitivity of the auditory-perceptual analysis for the identification of the presence or absence of nasality in the laryngectomees was 100% both for the nasal and the oral sentences, specificity was 0 and 11.1%, and accuracye 80% and 68%, respectively, for the nasal and oral phases. We conclude that total laryngectomees show greater nasalance in nasal sentences than laryngeal speakers, supporting the notion that the impedance of the vocal tract remaining after laryngectomy does not prevent the presence of nasal acoustic energy for the production of the respective sounds perceived in auditory-perceptual evaluation.
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Nasalância e nasalidade da voz traqueoesofágica de laringectomizados totais / Nasalance and nasality of tracheoesophageal speech in total laryngectomee.

Adriana Pereira Defina-Iqueda 16 May 2013 (has links)
A laringectomia total que resulta em perda da fonte sonora e na reabilitação por meio da voz traqueoesofágica, com a prótese fonatória, tem sido amplamente empregada por apresentar resultados satisfatórios e pela rápida reabilitação. Para a produção sonora traqueoesofágica, participam o esôfago, a transição faringoeosofágica e a faringe. A orofaringe e a rinofaringe mantêm-se preservadas após a laringectomia total e fazem parte do mecanismo de ressonância vocal. Porém, nada se sabe a respeito da interferência da rinofaringe para a produção da voz traqueoesofágica. Por este motivo, o objetivo deste estudo foi determinar os valores da nasalância e a nasalidade da voz traqueoesofágica em laringectomizados totais, usuários de prótese (grupo estudo), falantes do português brasileiro e comparar com falantes laríngeos (grupo controle). O estudo contou com a participação de 25 laringectomizados totais, usuários de prótese traqueoesofágica, destes, 20 homens e cinco mulheres, com idade entre 45 e 82 anos e média de 61 anos e cinco meses. O grupo controle foi composto de 40 voluntários, 28 homens e 12 mulheres, com idade entre 44 e 80 anos e média de 61 anos e nove meses. Todos os participantes foram submetidos ao exame nasovideoendoscópico para avaliação anatomofuncional da rinofaringe e do mecanismo velofaríngeo, à avaliação objetiva da nasalância, realizada por meio de um nasômetro, e à avaliação perceptivo-auditiva da nasalidade. A amostra da fala foi composta por frases orais e nasais padronizadas para o português brasileiro. A avaliação perceptivo-auditiva da nasalidade foi realizada por dois juízes fonoaudiólogos, com experiência na área de voz. Os resultados revelaram que, durante a emissão de frases orais, não houve diferença (p=0,13) entre os grupos, com relação à nasalância. Porém, para as frases nasais, os laringectomizados demonstraram maior nasalância (p=0,001). A sensibilidade da nasalância em identificar o laringectomizado total, durante a emissão das frases nasais, foi de 80% e a especificidade de 72,5%, estipulando-se o valor de corte em 54,5%. Para as frases orais, para o valor de corte de 19,5%, a sensibilidade foi de 36% e a especificidade de 80%. Para a nasalidade, notou-se confiabilidade intrajuiz perfeita ou quase perfeita (Kappa=1,0), em todas as análises. A concordância interjuízes variou de substancial a perfeita ou quase perfeita (Kappa entre 0,715 e 1,0). Comparando-se os achados da avaliação perceptivo-auditiva entre os grupos, eles se mostraram iguais, tanto para as frases orais (p=0,39) quanto para as frases nasais (p=1,00). A sensibilidade da análise perceptivo-auditiva para identificar presença ou ausência da nasalidade nos laringectomizados foi de 100%, tanto para as frases nasais quanto para as orais, a especificidade foi de 0 a 11,1%, e a acurácia, de 80% a 68%, respectivamente para as frases nasais e para as frases orais. Concluiu-se que os laringectomizados totais apresentam maior nasalância nas frases nasais que falantes laríngeos, reforçando que a impedância do trato vocal remanescente, após a laringectomia, não impede a presença de energia acústica nasal para a produção dos respectivos sons percebidos na avaliação perceptivo-auditiva. / Total laryngectomy results in the loss of of the sound source, and rehabilitation with a tracheoesophageal voice prosthesis has been widely used because of its satisfactory and rapid results. The esophagus, pharyngoesophageal transition and pharynx participate in tracheoesophageal sound production. After total laryngectomy, the oropharynx and rhinopharinx continue to be preserved and are part of the mechanism of voice resonance. However, there is no information about the interference of the rhinopharynx for the production of tracheoesophageal voice. Thus, the objective of the present study was to determine the nasalance and nasality values of tracheoesophageal voice in total laryngectomees speaking Brazilian Portuguese wearing a prosthesis (study groups) and to compare them to those of laryngeal speakers (control group). The study was conducted on 25 total laryngectomees wearing a tracheoesophageal prosthesis, 20 men and five women aged 45 to 82 years (mean: 61 years and five months). The control group consisted of 40 volunteers, 28 men and 12 women aged 44 to 80 years (mean: 61 years and nine months). All participants were submitted to nasovideoendoscopy for anatomofunctional evaluation of the rhinopharynx and of the velopharyngeal mechanism, to objective evaluation of nasalance by means of a nasometer, and to auditory-perceptual evaluation of nasality. The speech sample consisted of oral and nasal sentences standardized for Brazilian Portuguese. Auditory-perceptual evaluation of nasality was performed by two speech therapist raters with experience in the voice area. The results revealed no difference in nasalance between groups (p=0.13) during the emission of oral sentences. However, for the nasal sentences the laryngectomees demonstrated greater nasalance (p=0.001). The sensitivity of nasalance in identifying the total laryngectomees during the emission of nasal sentences was 80% and specificity was 72.5%, with the cut-off value being stipulated at 54.5%. For the oral sentences, for a cut-off value of 19.5%, sensitivity was 36% and specificity 80%. Inter-rater reliability was perfect or almost perfect (Kappa=1.0) for nasality in all analyses. Inter-rater concordance ranged from substantial to perfect or almost perfect (Kappa of 0.715 to 1.0). Comparrison of the findings of auditory-perceptual evaluation showed no difference between groups regarding the oral (p=0.39) and nasal (p=1.00) sentences. The sensitivity of the auditory-perceptual analysis for the identification of the presence or absence of nasality in the laryngectomees was 100% both for the nasal and the oral sentences, specificity was 0 and 11.1%, and accuracye 80% and 68%, respectively, for the nasal and oral phases. We conclude that total laryngectomees show greater nasalance in nasal sentences than laryngeal speakers, supporting the notion that the impedance of the vocal tract remaining after laryngectomy does not prevent the presence of nasal acoustic energy for the production of the respective sounds perceived in auditory-perceptual evaluation.
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Repercussão da reabilitação da comunicação oral na qualidade de vida e desvantagem vocal em laringectomizados totais

Zagari, Priscila Rodrigues Prado Prado 25 February 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T18:11:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Priscila Rodrigues Prado Prado Zagari.pdf: 1492484 bytes, checksum: 2b44c673b0beaa58cf017f67ea182c25 (MD5) Previous issue date: 2013-02-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Introduction: changes in vocal quality can bring impact on quality of life of an individual undergoing the treatment of advanced larynx cancer. Objective: Analyze the impact of rehabilitation methods of oral communication in laryngectomized, regarding the impact of voice on the quality of life and vocal handicap. Methods: cross-sectional study-exploratory carried out in patients with malignant neoplasms of the larynx, in advanced stages III and IV, and submitted to the major surgeries in the period of six months, after surgical treatment. The selection was performed between the months of May and September 2011, and the final 40 male subjects, which comprised the sample, answered two protocols: Quality of Life in Voice (V-RQOL) and Voice Handicap Index (VHI). The descriptive statistical analysis revealed the absolute and relative frequencies of socio-demographic aspects, and to check adherence to the normal curve of the indices was used the test Kolmogov-Smirnov, for the difference in rates between the different groups of rehabilitation (tracheoesophageal prostheses, electronic larynx and esophageal voice), the Kruskal-Wallis test and for the difference between these groups, post hoc Dum test. For all analyzes was assumed a descriptive level of 5% (p<0.05) for statistical significance. Results: recorded total values higher in answers to the QVV (82.9) and lower in IDV (24.8) of the patients rehabilitated with tracheoesophageal prostheses when compared to those who make use of electronic larynx (V-RQOL= 73.6 and IDV = 32.1) or esophageal voice (V-RQOL= 55.4 and IDV = 46.4). In the comparison between the groups for the indices of the QVV total score and the Socioemotional Domain registered a significant difference (p=0.027 and p=0.006) as well as the total score and the functional of the IDV (respectively, p=0.049 and p=0.012). Conclusion: the rehabilitation of laryngectomees totals with tracheoesophageal prostheses, according to the patients themselves had more positively on the quality of life with smaller vocal disadvantage, when compared to rehabilitation with electronic larynx and finally with esophageal voice / Introdução: mudanças na qualidade vocal podem trazer impacto na qualidade de vida de um indivíduo submetido a tratamento de câncer avançado de laringe. Objetivo: Analisar a repercussão dos métodos de reabilitação de comunicação oral em laringectomizados totais, quanto ao impacto da voz na qualidade de vida e desvantagem vocal. Métodos: estudo transversal-exploratório realizado com pacientes com neoplasias malignas de laringe, em estádios avançados III e IV, submetidos às cirurgias de grande porte no período de seis meses, após tratamento cirúrgico. A seleção foi realizada entre os meses de maio e setembro de 2011, e ao final 40 sujeitos do sexo masculino, que compuseram a amostra, responderam dois questionários: Questionário de Qualidade de Vida em Voz (QVV) e Índice de desvantagem Vocal (IDV). A análise estatística descritiva evidenciou as freqüências absolutas e relativas dos aspectos sócio-demográficos, e para verificar a aderência a curva normal dos índices foi utilizado o teste Kolmogov- Smirnov, para a diferença dos índices entre os diferentes grupos de reabilitação (prótese traqueoesofágica, laringe eletrônica e voz esofágica), o teste Kruskal-Wallis e para diferença entre esses grupos, teste post hoc Dum. Para todas as análises foi assumido um nível descritivo de 5% (p<0,05) para a significância estatística. Resultados: foram registrados valores totais maiores nas respostas ao QVV (82,9) e menores no IDV (24,8) dos pacientes reabilitados com prótese traqueoesofágica, quando comparados aos que fazem uso de laringe eletrônica (QVV= 73,6 e IDV = 32,1) ou voz esofágica (QVV= 55,4 e IDV = 46,4). Na comparação entre os grupos para os índices de QVV o escore Total e o Sócio-Emocional registraram diferença significativa (respectivamente p=0,027 e p=0,006) assim como o escore Total e o Funcional do IDV (respectivamente p=0,049 e p=0,012). Conclusão: a reabilitação do laringectomizados totais com prótese traqueoesofágica, segundo autorreferência dos pacientes repercutiu de forma mais positiva na qualidade de vida, com menor desvantagem vocal quando comparada a reabilitação com laringe eletrônica e por último com voz esofágica

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