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Padrão de aleitamento materno durante os seis primeiros meses de vida : comparação de duas coortes

Kummer, Suzane Cerutti January 1998 (has links)
A importância do aleitamento materno na saúde das crianças está bem estabelecida, sendo que especialistas do mundo inteiro reconhecem a superioridade do leite humano como alimento para a criança pequena. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que todas as crianças sejam alimentadas exclusivamente com leite humano por 4-6 meses e continuem a recebê-lo complementado por outros alimentos por 2 anos ou mais. Os esforços feitos internacionalmente e em nosso país têm determinado incremento nos índices de aleitamento materno nas duas últimas décadas, ainda que permaneçam abaixo dos padrões recomendados em todas as regiões pesquisadas. A escassez de informações sobre a tendência do padrão de aleitamento materno em nosso meio estimulou a realização deste estudo. Duas coortes de crianças nascidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), uma no ano de 1987 e outra em 1994, foram comparadas em relação aos padrões de aleitamento materno durante os seis primeiros meses de vida. Os dois estudos foram prospectivos, tendo sido acompanhadas 202 crianças em 1987 e 187 crianças em 1994, durante os seis primeiros meses de vida ou até que houvesse a interrupção da amamentação. O acompanhamento foi realizado através de correspondência no estudo de 1987 e através de visitas domiciliares no estudo de 1994. Foram incluídas na amostra somente crianças com peso de nascimento igual ou superior a 2500 g, saudáveis, que tinham iniciado o aleitamento materno e cujos pais morassem juntos. O padrão de aleitamento materno das duas coortes foi comparado utilizando-se a análise de sobrevivência. Os dados encontrados revelaram que o percentual de crianças amamentadas foi semelhante nas duas coortes. Em 1987, 63,9% das crianças recebiam leite materno ao completar 4 meses de vida; aos seis meses, 48,5% ainda eram amamentadas. Na coorte estudada em 1994, a prevalência do aleitamento materno foi de 61,0% aos 4 meses e de 48,2% aos 6 meses. A prevalência do aleitamento materno exclusivo nas duas coortes, apesar de baixa, foi superior na população de 1994: no primeiro mês de acompanhamento, 17% das crianças estavam recebendo leite materno como único alimento no estudo de 1987 e 27% no estudo de 1994. O aumento na prevalência do aleitamento materno exclusivo foi mais acentuado nas mulheres com maior escolaridade e nas famílias com renda per capita intermediária, em consonância com a tendência observada em outros estudos. Os principais achados deste estudo são as baixas prevalências de aleitamento materno encontradas nas duas coortes estudadas, com índices bastante semelhantes nas duas populações. Apenas no índice de aleitamento materno exclusivo observou-se pequeno incremento. / The importance of breastfeeding for the children's health has been well established, acknowledged by experts all over the world as the best way of feeding the infant. The World Health Organization (WHO) recommends that every child should be exclusively breastfed up to 4-6 months, and should keep on it complemented by other foods for 2 years or more. The efforts internationally made as well as in our country have determined an increase in the breastfeeding rates in the last decades, even though these rates remain below the recommended patterns in the areas surveyed. The shortage of information about the breastfeeding pattern tendency in our region stimulated the development of the present study. Two cohorts of children, born at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), one in 1987 and the other in 1994 were compared according to the breastfeeding patterns during the first six months after birth. The two studies were prospective, following 202 children in 1987, and 187 in 1994, during the six first months of life, or until interruption of breastfeeding. The follow-up was done through correspondence in the 1987 study and through home visits in the 1994 study. Only healthy children with birth weight equal or above 2500 g, who had started breastfeeding and whose parents lived together were included in the sample. The breastfeeding pattern of the two cohorts was compared by means of the survival analysis. The data collected revealed that the percentage of breastfed children was similar in the two cohorts. In 1987, 63.9% of the children were being breastfed when they reached 4 months; at six months, 48.5% were still being breastfed. In the cohort studied in 1994, the breastfeeding frequency was of 61.0% at 4 months, and 48.2% at six months. The exclusive breastfeeding frequency in the two cohorts, however low, was superior in the 1994 population: in the first month of follow-up, 17% of the 1987 study children were being exclusively breastfed, and 27% in the 1994 study. The frequency increase of the exclusive breastfeeding was higher among women with higher education and in the families with intermediate per capita income, in accordance with the tendency reported by other studies. The main findings of the present study are the low breastfeeding frequencies found in the two cohorts analyzed, with similar rates in the two populations. Only the exclusive breastfeeding rate has demonstrated a small increase.
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Efeito dos diferentes modos e tempos de estocagem sobre a acidez e o valor calórico do leite humano ordenhado cru de mães com recém-nascidos internados numa unidade de neonatologia

Grazziotin, Maria Celestina Bonzanini January 2014 (has links)
Orientadora: Profª. Drª. Regina Paula Guimarães Vieira Cavalcanti da Silva / Co-orientadora: Profª. Drª. Marcia Helena de Souza Freire / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Defesa: Curitiba, 18/12/2014 / Inclui bibliografia / Área de concentração: Neonatologia e terapia intensiva neonatal - enfermagem / Resumo: O leite humano (LH) é naturalmente o alimento inigualável, ideal ao crescimento e ao desenvolvimento de todos os recém-nascidos prematuros e de termo, pela sua composição espécie-específica. Nas situações em que a criança está impossibilitada de sugar, o leite da própria mãe pode ser ofertado exclusivo e cru. Objetivo: analisar os efeitos de diferentes modos e tempos de estocagem sobre a acidez (AD) e o valor calórico (VC) do LH ordenhado cru (LHOC) de mães com crianças internadas no Serviço de Neonatologia. Métodos: Estudo de coorte, prospectivo, observacional e analítico. Foram analisadas 100 amostras de LH, de 100 mães, coletadas no período da manhã, em ambiente específico em um BLH. Após a coleta de um mínimo de 30 mL, as amostras foram divididas em três porções, em frascos separados. Uma amostra foi analisada imediatamente a fresco, na temperatura ambiente (LHF); outra após refrigeração (< 5ºC) por 12 horas (LHR) e a outra após congelamento (-18 e -26ºC) por 15 dias (LHC). O grau de AD foi determinado pela técnica de titulação Dornic, e para o VC foi realizada a técnica de crematócrito, ambas técnicas padronizadas pela Rede Brasileira de BLH. Resultados: O grupo de doadoras apresentou média de 28+5 (16 a 43) anos e de 35,5+3,5 (24 a 41) semanas de idade gestacional (IG). Quarenta e nove doadoras tiveram parto a termo e 51 parto prematuro, e tempo de lactação no momento da coleta com mediana de 4 dias (2 a 17) dias. A análise de AD apresentou médias de 2,8+0,9oD para o LHF e de 3,1+0,9oD para o LHR e LHC. Os menores valores de AD foram de 1,3oD no LHF e de 1,6oD no LHR e LHC e os valores máximos 4,4; 5,6 e 4,7oD,respectivamente. Houve diferença estatisticamente significativa na AD do LHF em relação ao LHR e LHC, entretanto o mesmo não ocorreu entre estes dois modos de estocagem. Na análise do crematócrito, o VC médio encontrado em Kcal/100mL foi de 56,5+15,8 para LHF, de 55,8+14,1 para LHR e de 55,9 +14.2 para o LHC. Os VC mínimos e máximos encontrados foram de 39 a 124,1 para LHF, de 39 a 116,6 para LHR e de 39,2 a 116,1 para LHC. Quando as amostras foram agrupadas de acordo com idade gestacional da doadora (termo e prematuro), observou-se média mais elevada para AD, e média menor para o VC do grupo prematuro, com significância estatística somente para AD no LHF em relação ao LHR, entre estes dois grupos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre todos grupos para as médias de VC no LHF, LHR e LHC. Todas correlações foram positivas e significativas, embora fracas, entre a variação de AD e VC em todos grupos (global, termo e prematuro) e todos modos e tempos de estocagem. Conclusão: O LHOC sofreu alteração nos valores de AD e VC, após submetido à refrigeração por 12 horas e ao congelamento por 15 dias. Entretanto, todos valores foram mantidos próximos aos valores originais do LHF, na forma de coleta e estocagem proposta nesta pesquisa, não comprometendo a sua administração ao RN. Esta pesquisa com 100 amostras de LHOC, pode ser considerada uma fonte viável como apoio científico e base de informação aos profissionais de saúde, na estratégia para nutrição dos RNPT e aos RN de risco e na otimização do uso do LHOC exclusivo de mãe ao filho. Palavras-chave: Aleitamento materno. Prematuridade. Recém-nascido prematuro. Banco de Leite Humano. Controle de qualidade em BLH. Estocagem de Leite humano / Abstract: The human milk is the natural and ideal food for premature and term newborns growth and development due its species-especific composition. Therefore, even in cases in which the newborn is unable to be naturally breastfed, the raw milk of newborn's mother may be collected and administered to the new born. Aim: to analyze the effects of distinct ways and times of milk storage on dornic acidity and energy content for raw human milk from neonatal care inpatient newborn's mothers. Methods: This is a prospective observational study and Cohort model was adopted for analytic purpose. A hundred human milk samples from 100 distinct donors were collected in the dependencies of the human milk bank in the mornings. Samples with at least 30 ml were separated in 3 equal portions after milk collection. The first fresh sample called fresh human milk (FHM) was immediately analyzed at room temperature, the second sample (refrigerated human milk - RHM) was analyzed after 12 hours of refrigeration (?5ºC) and the third, frozen human milk (FroHM), after 15 days of freeze (between -18ºC and -26ºC). Milk acidity was determined by Dornic titration and milk energy content by the creamatocrit technique. Results: the donors group showed 28±5 (from 16 up to 43) years old in average and 35,5±3,5 (24 to 41) weeks of gestational age. Forty-nine donors had term parturition while 51 had preterm parturition. Lactation period at the time of milk collection varied between 2 up to 17 (average 6±4) days. acidity analysis showed 2.8±0,9ºd in average for FHM and 3.1±0,9ºd for RHM and FroHM. The minimum values for acidity were 1.3ºd for FHM, 1.6ºd for RHM and FroHM, while maximum values were 4.4ºd, 5.6ºd and 4.7ºd, respectively. The Dornic acidity measurements from FHM were statistically different from RHM and FroHM, but no differences were found between RHM and FroHM. For energy content determination, the average of 56.5±15,8 Kcal/100 mL 55.8±4,1 Kcal/100 mL and 55.9±14,2 Kcal/100 mL were found for FHM, RHM and FroHM, respectively. The minimum values ranged from 39 to 124.1 Kcal/100 mL for FHM, from 39 to 116.6 Kcal/100 mL for RHM and from 39.2 to 116.1 Kcal/100 mL for FroHM. Significant difference was found between term and preterm groups for FHM (p<0.003) when samples were grouped according to donor's gestational age. No significant difference was found for energy content among FHM, RHM and FroHM. Also, all correlations between DA and EC were positive, weak and statistically significant between tested groups within all evaluated conditions. Conclusion: The fresh human milk showed DA and EC variation when under 12 hours refrigeration and 15 days of freeze. Despite this variation, acidity and energy content values were close to the original values of FHM and within the acceptable range of values for milk administration to the newborns. Therefore, our work showed these methods of milk storage are safe and raw milk quality is maintained. Finally, these results may be an useful scientific resource for health professionals, supporting their decisions concerning to nutritional management of the raw human milk offered to the newborns and prematures and its exclusive use between mother and her newborn. keywords: Breastfeeding. Prematurity. Preterm newborn. Human milk bank. Milk quality control. Human milk storage.
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Aleitamento materno em lactentes prematuros com internação em unidade de terapia intensiva neonatal : da alta hospitalar aos seis meses de idade corrigida

Coldibeli, Dayane January 2016 (has links)
Orientadora: Profª. Drª. Ana Lúcia Figueiredo Sarquis / Coorientadora: Profª. Drª.Marizilda Martins / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Defesa: Curitiba, 16/12/2016 / Inclui referências : f.82-90 / Resumo: O leite materno é o alimento ideal para o recém-nascido, seja ele nascido a termo ou não. Para o recém-nascido prematuro, estar em aleitamento materno no momento e após a alta hospitalar é um desafio, tendo em vista a necessidade de manutenção da lactação em um período em que não pode realizar a sucção direta ao seio materno. Nesse sentido, esse estudo teve por objetivo verificar a prevalência do aleitamento materno no momento da alta hospitalar e até os seis meses de idade corrigida, entre recém-nascidos prematuros que permaneceram internados em unidade neonatal. Trata-se de um estudo observacional, analítico, transversal, prospectivo, realizado na Unidade de Neonatologia e Ambulatório de Pediatria Preventiva do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. O estudo envolveu 47 lactentes prematuros nascidos com idade gestacional menor que 32 semanas e peso menor que 1.500 gramas. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas com as mães, as quais aconteceram no período próximo a alta hospitalar e no momento das consultas no Ambulatório de Pediatria Preventiva até os seis meses de idade corrigida, além da coleta de informações nos prontuários dos lactentes. Como resultados, foi encontrada prevalência de aleitamento materno de 61,7% no momento da alta hospitalar e 40,4%, 25,5% e 13,0%, com um, aos três e seis meses de idade corrigida, respectivamente. A duração mediana do aleitamento materno após a alta hospitalar, entre os lactentes que deixaram de ser amamentados no período de acompanhamento, foi de 53,5 dias (1 - 184). A partir da análise de regressão logística multivariada foram identificados como fatores de proteção ao aleitamento materno no momento da alta hospitalar a classificação de Apgar no primeiro minuto de vida maior ou igual a oito (OR = 0,10; IC 95% = 0,01 - 0,95); não usar fórmula infantil para lactente durante a internação (OR = 0,12; IC 95% = 0,02 - 0,76); não usar mamadeira durante a internação (OR = 0,10; IC 95% = 0,02 - 0,53); e a menor idade corrigida no momento da alta hospitalar (OR = 0,70; IC 95% = 0,54 - 0,92). Com um mês de idade corrigida, apresentaram-se como fatores de proteção ao aleitamento materno a introdução da nutrição enteral em período menor que 48 horas após o parto (OR = 0,13; IC 95% = 0,01 - 0,87); a presença da mãe na unidade em mais de 90% dos dias de internação (OR = 0,11; IC 95% = 0,01 - 0,65); e o não uso de mamadeira durante a internação (OR = 0,02; IC 95% = 0,00 - 0,33). A maior duração do aleitamento materno após a alta hospitalar esteve associada à experiência anterior em aleitamento materno, não usar mamadeira durante a internação e não usar mamadeira com um mês de idade corrigida. Conclui-se que são necessários avanços na prevalência do aleitamento materno entre recém-nascidos prematuros e que diferentes fatores podem estar associados à sua prática nessa população. Palavras-chave: Aleitamento materno. Recém-nascido prematuro. Leite humano. Estudos transversais. / Abstract: Breast milk is the ideal food for a newborn, whether it is a full-term or a premature baby. Breastfeeding a preterm baby during his or her hospitalization and after discharge is challenging, since it is necessary to maintain lactation going on in a period when the infant cannot nurse directly at the breast. Therefore, this study had as its objective to verify the prevalence of maternal breastfeeding at the moment of hospital discharge and until the corrected age of six months, among premature newborn babies that had been kept in a neonatal unit. This is an observational, analytic, transversal, prospective study that took place at the Neonatology Unit and Pediatrics Preventive Clinic from Hospital de Clínicas Complex from the Federal University of Parana. This study involved 47 infants born prematurely at less than 32 weeks gestational age and weighing less than 1.500 grams. Data were collected through interviews with mothers, which were conducted in the period that preceded hospital discharge and during the appointments at the Pediatrics Preventive Clinic up to six months corrected age; additional information was taken from the infants' medical records. The results showed a prevalence of 61.7% of maternal breastfeeding at the moment of hospital discharge and 40.4%, 25.5% e 13.0% at the corrected ages of one, three, and six months, respectively. The median duration of maternal breastfeeding after hospital discharge among infants who stopped being breastfed during follow-up period was 53.5 days (1 - 184). With the use of multiple logistic regression analysis, it was possible to identify as factors that positively influenced the continuation of maternal breastfeeding at the moment of hospital discharge an Apgar score of 8 (OR = 0.10; CI 95% = 0.01 - 0.95), not receiving baby formula during hospitalization (OR = 0.12; CI 95% = 0.02 - 0.76), not using a baby bottle during hospitalization (OR = 0.10; CI 95% = 0.02 - 0.53) and a younger corrected age at the moment of hospital discharge (OR = 0.70; CI 95% = 0.54 - 0.92). At one month corrected age, factors that positively influenced maternal breastfeeding were the introduction of enteral nutrition in a period shorter than 48 hours after delivery (OR = 0.13; CI 95% = 0.01 - 0.87), the mother's presence at the neonatal unity in more than 90% of the hospitalization period (OR = 0.11; CI 95% = 0.01 - 0.65), and not using a baby bottle during hospitalization (OR = 0.02; CI 95% = 0.00 - 0.33). A longer duration of maternal breastfeeding after hospital discharge was associated with previous experiences with breastfeeding, not using a baby bottle during hospitalization and not using a baby bottle at one month corrected age. It follows that advances are necessary in order to ensure the prevalence of maternal breastfeeding among premature newborns and that different factors can be associated to the act of breastfeeding in this population. Key-words: Breast feeding. Infant, premature. Milk, human. Cross-sectional studies.
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O efeito da mamaplastia redutora na prática do aleitamento materno

Souto, Glaucia de Corrêa January 2001 (has links)
Métodos: 49 mulheres submetidas à cirurgia de redução mamária (técnicas de transposição do mamilo) e que tiveram filhos normais, com peso de nascimento ::: 2500g, nos últimos 5 anos, foram entrevistadas em suas casas quanto à prática da amamentação. Para cada mulher com cirurgia foram selecionadas 2 vizinhas, sem cirurgia mamária prévia e com filhos com idade semelhante (± 6 meses), para formar o grupo controle. A comparação da prevalência e da duração do aleitamento materno, e do aleitamento materno exclusivo, entre os dois grupos, foi feita através da análise de sobrevivência e regressão logística, levando-se em consideração variáveis que pudessem interferir na amamentação. Resultados: Quase 30% das mulheres que haviam se submetido à cirurgia nunca amamentaram exclusivamente seus filhos, enquanto esse índice foi de 7% para as mulheres do grupo controle. As prevalências de aleitamento materno exclusivo com 1 e 4 meses foram 21% e 4% para as mulheres com cirurgia e 70% e 22% para as mulheres sem cirurgia, respectivamente. Com relação à amamentação, as prevalências com 1, 6 e 12 meses foram 58%, 16% e 10% para o grupo com mamaplastia e 94%, 58% e 42% para o grupo não exposto à cirurgia. Após controle para possíveis variáveis de confusão, as mulheres com mamaplastia redutora apresentaram um risco 9 vezes maior de não praticar a amamentação exclusiva ao final do primeiro mês pós-parto e 10 vezes maior de terem interrompido o aleitamento materno aos 4 meses. A duração mediana do aleitamento matemo e do aleitamento matemo exclusivo foi de 2 meses e 0, 16 meses (5 dias), respectivamente, para as mulheres que se submeteram à cirurgia mamária, e de 6 meses e 3 meses para as do grupo controle. Conclusão: A mamaplastia redutora pode ser um obstáculo à amamentação plena nas mulheres submetidas à redução mamária (técnicas de transposição do mamilo). / Objective: Study the effects of reduction mammoplasty on breasrfeeding practice. Methods: 49 women who underwent breast reduction surgery using the transposition techniques, and who del ivered normal children with birth weight 2: 2500g after surgery, in the 5 years before the study, were interviewed in theír homes conceming breastfeeding. For each woman wüh surgery, 2 neighbors without breast surgery and with children of similar age (± 6 months) were select to forrn a control group. Prevalence and duration of breastfeeding and exclusive breastfeeding in the t\vo groups were compared through the survival analysis and logisric regression, taking into considerarion variables that could interfere on breastfeeding. Results: Almost 30% of women with previous breast reduction surgery never breastfed their children exclusively, vs. 7% for the women in the control group. The prevalence of exclusive breastfeeding at 1 and 4 months was 2 1% and 4%, respectively, for women with surgery, and 70% and 22%, respectively, for women without surgery. Conceming any breastfeeding, the prevalence at l, 6 and 12 months was 58%, I 6% and 10% for the group with mammoplasty and 94%, 58% and 42% for the group wühout surgery. After controlling for possible confounders, the risk for not being able to breasrfeed exclusively at the end of the first month postdelivery was 9 times higher for women with reduction mammoplasty; the risk for interrupting beastfeeding at 4 months was 1 O times higher in the same group. The median duration of breastfeeding and exclusively breastefeeding were 2 months and 0,16 months (5 days), respectively, for women with surgery, and 6 months and 3 months for the control group. Conclusion: The reduction mammoplasty (transposition techniques) was an important obstacle to successful breastfeeding for a significant part of exposed group women in this study.
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Conhecimento das mães e dos pais sobre aleitamento materno antes e após orientação pós-natal e sua relação com a prevalência de amamentação nos primeiros seis meses

Susin, Lulie Rosane Odeh January 1997 (has links)
Resumo não disponível
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"Práticas alimentares de crianças menores de 1 ano que compareceram na segunda etapa da campanha nacional de vacinação nos postos de saúde fixos na cidade de Guarapuava - PR, em 2004" / Feeding practices in infants under one year old who participaded in the Second Phase of the National Vaccnination Campaign at Fixed Health Centers in Guarapuava-PR, in 2004.

Priscila Tsupal Tenório Gomes 17 October 2005 (has links)
A alimentação da criança no primeiro ano de vida é essencial para o crescimento e desenvolvimento adequados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o aleitamento materno seja exclusivo até os seis meses de vida e que os alimentos complementares sejam introduzidos a partir desta idade. Os objetivos desta pesquisa foram estimar a prevalência do aleitamento materno em crianças menores de 1 ano de idade e descrever a alimentação complementar entre as crianças estudadas. O estudo transversal, descritivo abrangeu 821 crianças menores de um ano de idade vacinadas na Segunda Etapa da Campanha Nacional de Vacinação nos Postos de Saúde da cidade de Guarapuava-PR. A coleta dos dados foi realizada com as mães e/ou responsáveis por crianças menores de 1 ano de idade que compareceram aos Postos de Saúde naquela data. O instrumento utilizado nesta pesquisa foi o questionário elaborado e validado pelo Instituto de Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo-SP e parcerias. A análise dos dados deu-se através da análise das freqüências simples de todas as variáveis coletadas. Com relação aos indicadores de aleitamento materno, 68,9% das crianças estavam em aleitamento materno, sendo 86,2% e 39,8% entre crianças menores de 4 e 6 meses, respectivamente. Considerando os indicadores de aleitamento materno exclusivo e predominante, verificou-se que entre as crianças menores de 4 meses foi de 46,4% e 41,4%, respectivamente. Para as crianças menores de 6 meses, verificou-se os seguintes percentuais: 37,3% e 18,9%, respectivamente. Entre as crianças menores de quatro e seis meses, 31,9% e 45,3% estavam recebendo outro tipo de leite que não o humano. Entre as crianças menores ou iguais a 4 meses, 5,1% estavam em alimentação complementar, e entre as menores ou iguais a 6 meses 14% , recebendo chá, água, suco, fruta, sopa de legumes e comida de panela nas últimas 24 horas. Este estudo mostrou que os indicadores de Aleitamento Materno – Aleitamento Materno e Aleitamento Materno Exclusivo estão muito aquém do preconizado pela OMS e que a introdução da alimentação complementar é precoce tanto entre crianças amamentadas como em crianças não amamentadas. / What children eat in the first year of life is essential with a view to adequate growth and development. The World Health Organization (WHO) recommends exclusive breastfeeding up to six months of age and that complementary foods be introduced from that age onwards. This study aimed to examine the prevalence of breastfeeding among children under 1 year old, as well as to describe the introduction of complementary foods among the children in this study. A cross-sectional and descriptive study was realized among 821 infants under 1 year old who were vaccinated in the Second Phase of the National Vaccination Campaign at Health Centers in Guarapuava-PR, Brazil. Data collection involved the mothers and/or responsibles for infants under 1 year old who came to the Health Centers on that day, using the questionnaire elaborated and validated by the Health Institute of the São Paulo State Health Secretary and its partners. The collected data were subject to simple frequency analysis of all variables. As to breastfeeding indicators, 68.9% of the infants received breastfeeding, with 86.2% and 39.8% of children under 4 and 6 months, respectively. Exclusive and predominant breastfeeding indicators corresponded to 46.4% and 41.4%, respectively, among children under 4 months old, against 37.3% and 18.9% for children under 6 months of age. 31.9% and 45.3% of children under 4 and 6 months old were receiving nonhuman milk. 5.1% of children aged 4 months or older and 14% of those aged 6 months or older received complementary feeding, having consumed tea, water, juice, fruit, vegetable soup and homemade food during the last 24 hours. This study has shown that Breastfeeding – Breastfeeding and Exclusive Breastfeeding indicators remain much below the levels set by the WHO and that complementary foods are introduced at an early stage for children who are breastfed or not.
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Avaliação do estado nutricional, tipo de aleitamento e a evolução de lactentes previamente hígidos com bronquiolite viral aguda

Dornelles, Cristina Toscani Leal January 2005 (has links)
Objetivos: Avaliar associação do estado nutricional e o tipo de aleitamento, na evolução da Bronquiolite Viral Aguda, em lactentes hospitalizados, menores de seis meses, previamente hígidos. Métodos: Estudo transversal prospectivo, realizado com 175 lactentes de zero a seis meses com diagnóstico clínico de bronquiolite viral aguda e primeiro episódio de sibilância, atendidos nas unidades pediátricas de emergência, internação e cuidados intensivos, em um hospital público de atendimento terciário, no sul do Brasil. Foi coletado aspirado nasofaríngeo para detecção de vírus através do teste da imunofluorescência indireta. Após preencherem os critérios de inclusão e assinatura do termo de consentimento informado, foram submetidos a avaliação antropométrica, entrevista com os pais ou responsáveis e acompanhados. Os desfechos clínicos foram tempo de uso de oxigênio, tempo de hospitalização e local de internação. Resultados: Na classificação do estado nutricional, encontramos 72,6% de eutróficos, 6,3% de desnutridos, 8,6% com risco nutricional, 10,9% com sobrepeso e 1,7% de obesos. Foi comparado o estado nutricional em relação ao aleitamento materno exclusivo, observando-se que 81% das crianças desnutridas e com risco nutricional não recebiam aleitamento materno exclusivo, comparadas com 72% das demais. Não se observaram diferenças, quando avaliados o estado nutricional ou tipo de aleitamento com os desfechos avaliados. Conclusões: O estado nutricional e o aleitamento materno não foram fatores de risco defavoráveis na evolução clínica de lactentes previamente hígidos com Bronquiolite Viral Aguda.
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Padrão de aleitamento materno durante os seis primeiros meses de vida : comparação de duas coortes

Kummer, Suzane Cerutti January 1998 (has links)
A importância do aleitamento materno na saúde das crianças está bem estabelecida, sendo que especialistas do mundo inteiro reconhecem a superioridade do leite humano como alimento para a criança pequena. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que todas as crianças sejam alimentadas exclusivamente com leite humano por 4-6 meses e continuem a recebê-lo complementado por outros alimentos por 2 anos ou mais. Os esforços feitos internacionalmente e em nosso país têm determinado incremento nos índices de aleitamento materno nas duas últimas décadas, ainda que permaneçam abaixo dos padrões recomendados em todas as regiões pesquisadas. A escassez de informações sobre a tendência do padrão de aleitamento materno em nosso meio estimulou a realização deste estudo. Duas coortes de crianças nascidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), uma no ano de 1987 e outra em 1994, foram comparadas em relação aos padrões de aleitamento materno durante os seis primeiros meses de vida. Os dois estudos foram prospectivos, tendo sido acompanhadas 202 crianças em 1987 e 187 crianças em 1994, durante os seis primeiros meses de vida ou até que houvesse a interrupção da amamentação. O acompanhamento foi realizado através de correspondência no estudo de 1987 e através de visitas domiciliares no estudo de 1994. Foram incluídas na amostra somente crianças com peso de nascimento igual ou superior a 2500 g, saudáveis, que tinham iniciado o aleitamento materno e cujos pais morassem juntos. O padrão de aleitamento materno das duas coortes foi comparado utilizando-se a análise de sobrevivência. Os dados encontrados revelaram que o percentual de crianças amamentadas foi semelhante nas duas coortes. Em 1987, 63,9% das crianças recebiam leite materno ao completar 4 meses de vida; aos seis meses, 48,5% ainda eram amamentadas. Na coorte estudada em 1994, a prevalência do aleitamento materno foi de 61,0% aos 4 meses e de 48,2% aos 6 meses. A prevalência do aleitamento materno exclusivo nas duas coortes, apesar de baixa, foi superior na população de 1994: no primeiro mês de acompanhamento, 17% das crianças estavam recebendo leite materno como único alimento no estudo de 1987 e 27% no estudo de 1994. O aumento na prevalência do aleitamento materno exclusivo foi mais acentuado nas mulheres com maior escolaridade e nas famílias com renda per capita intermediária, em consonância com a tendência observada em outros estudos. Os principais achados deste estudo são as baixas prevalências de aleitamento materno encontradas nas duas coortes estudadas, com índices bastante semelhantes nas duas populações. Apenas no índice de aleitamento materno exclusivo observou-se pequeno incremento. / The importance of breastfeeding for the children's health has been well established, acknowledged by experts all over the world as the best way of feeding the infant. The World Health Organization (WHO) recommends that every child should be exclusively breastfed up to 4-6 months, and should keep on it complemented by other foods for 2 years or more. The efforts internationally made as well as in our country have determined an increase in the breastfeeding rates in the last decades, even though these rates remain below the recommended patterns in the areas surveyed. The shortage of information about the breastfeeding pattern tendency in our region stimulated the development of the present study. Two cohorts of children, born at the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), one in 1987 and the other in 1994 were compared according to the breastfeeding patterns during the first six months after birth. The two studies were prospective, following 202 children in 1987, and 187 in 1994, during the six first months of life, or until interruption of breastfeeding. The follow-up was done through correspondence in the 1987 study and through home visits in the 1994 study. Only healthy children with birth weight equal or above 2500 g, who had started breastfeeding and whose parents lived together were included in the sample. The breastfeeding pattern of the two cohorts was compared by means of the survival analysis. The data collected revealed that the percentage of breastfed children was similar in the two cohorts. In 1987, 63.9% of the children were being breastfed when they reached 4 months; at six months, 48.5% were still being breastfed. In the cohort studied in 1994, the breastfeeding frequency was of 61.0% at 4 months, and 48.2% at six months. The exclusive breastfeeding frequency in the two cohorts, however low, was superior in the 1994 population: in the first month of follow-up, 17% of the 1987 study children were being exclusively breastfed, and 27% in the 1994 study. The frequency increase of the exclusive breastfeeding was higher among women with higher education and in the families with intermediate per capita income, in accordance with the tendency reported by other studies. The main findings of the present study are the low breastfeeding frequencies found in the two cohorts analyzed, with similar rates in the two populations. Only the exclusive breastfeeding rate has demonstrated a small increase.
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Efeito de intervenção para melhorar a técnica de amamentação nas frequências de aleitamento materno exclusivo e problemas decorrentes da lactação

Oliveira, Luciana Dias de January 2004 (has links)
Resumo não disponível.
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Doença respiratória baixa e aleitamento materno em crianças menores de 5 anos do município de Jaboatão dos Guararapes / PE : um estudo de prevalência

Oliveira, Manuela Correia de 17 May 2012 (has links)
Submitted by Heitor Rapela Medeiros (heitor.rapela@ufpe.br) on 2015-03-06T18:43:13Z No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO_Manuela Correia de Oliveira.pdf: 2326775 bytes, checksum: da6980ab360ffe95cf5c17fb214c19b3 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-06T18:43:13Z (GMT). No. of bitstreams: 2 DISSERTAÇÃO_Manuela Correia de Oliveira.pdf: 2326775 bytes, checksum: da6980ab360ffe95cf5c17fb214c19b3 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012-05-17 / Objetivo: estimar a associação entre doença respiratória baixa e aleitamento materno em crianças de 3 meses até 4 anos, no município de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco. Métodos: estudo de corte transversal. Foram aplicados 2 questionários padronizados às mães ou responsáveis pelas crianças nos domicílios por estagiários treinados. Nesse trabalho foram analisadas informações sobre as mães e as crianças: amamentação, dados demográficos e socioeconômicos, sobre o ambiente domiciliar, tabagismo, e história de asma dos pais. A variável de desfecho foi prevalência no período de 12 meses de Doença Respiratória recidivante com Sibilos (DRS) e pneumonia. Realizou-se exploração dos dados, análise bivariada, estratificada e análise multivariada com regressão logística não condicional, e usou-se a razão de chances como medida de associação. Resultados: Foram analisadas 781 crianças, com uma prevalência de DRS de 25,2% (n=197; IC 95% 22,2-28,3), e 4,9% (n=38; IC 95% 3,4-6,4) de pneumonia. A média de duração total do aleitamento materno (AM) foi 11,4 meses (DP ±11,3), mediana de 6 meses. Para AM exclusivo, a média de duração foi 2,9 meses (DP ±2,2), mediana de 3 meses. Não foi observada associação entre AM e DRS. Foi observada uma associação negativa entre AM total e pneumonia (OR ajustado de 0,30 (IC 95% 0,15-0,61)). Conclusão: o aleitamento materno conferiu proteção à infecção respiratória baixa (pneumonia), mas sem evidência para a doença respiratória recidivante com sibilos.

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