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Tipo de aleitamento materno em crianças de 3 a 11 meses e 29 dias de idade: crescimento e morbidade infantil / Type of breast feeding in children with ages from 3 months to 11 months and 29 days: child growth and morbidity.Silva, Cláudia Aparecida Arcari 20 October 2008 (has links)
Este estudo é um recorte de uma pesquisa multicêntrica, financiado pela FAPESP, intitulado Deficiência de ferro em crianças de três a doze meses: determinantes biológicos, sociais, e suas implicações para o incentivo ao Aleitamento Materno Exclusivo(AME). A temática deste recorte focalizou o crescimento, morbidade infantil e Aleitamento Materno (AM) e teve como objetivo geral analisar o crescimento, segundo os índices antropométricos e o estado de saúde, a partir da morbidade referida pela mãe, das crianças de 3 a 11 meses e 29 dias de idade, e suas relações com o tipo de AM, atendidas em dois serviços de saúde de cidades do Estado de São Paulo, no período de julho de 2005 a julho de 2006. Trata-se de um estudo transversal. Participaram do estudo 254 crianças de 3 a 11 meses e 29 dias de idade, atendidas em consulta de puericultura previamente agendada, nos serviços de saúde selecionados. Para coleta de dados, elaborou-se um formulário específico a partir do utilizado no estudo multicêntrico. As análises foram realizadas com auxílio do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS, versão 11,5 for Windows). O valor dos índices peso/altura, altura/idade e peso/idade, para cada uma das referências utilizadas, foi calculado em programas disponibilizados nos sites do CDC e OMS, respectivamente. Foram estabelecidas comparações entre o tipo de aleitamento materno e os índices antropométricos (peso/comprimento e comprimento/idade), segundo os referenciais CDC e OMS. Para identificação da associação ou não entre doença, uso de medicamentos antiinfecciosos e causa de internação referida pelas mães e o tipo de AM, foram utilizados os Testes Qui-Quadrado e Exato de Fisher. Os resultados revelaram uma prevalência maior de mães adolescentes na amostra, comparando-se com índices dos dois municípios. A prevalência de AM, no total da amostra, foi de 71,7% e AME de 11,8%. Tanto pelo referencial CDC como pela OMS, as crianças apresentaram maior freqüência de peso elevado para altura, consideradas obesas, dentre as crianças desmamadas, comparando-se com as que estavam em AM. A comparação entre os dois referenciais de crescimento foi realizada pelo teste de concordância estatística Kappa, mostrando maiores discordâncias nas crianças de 3 a 6 meses, principalmente no que se refere ao índice peso por comprimento. Nas crianças de 3 a 6 meses, encontramos resultados estatisticamente significantes, com valor de p=0,048, para associação entre AME e doenças respiratórias, sugerindo efeito protetor do AME para essas doenças. Os resultados encontrados neste estudo revelam achados motivadores para futuras investigações. / This study is part of a larger, FAPESP-funded, multicentric research study: Deficiência de ferro em crianças de três a doze meses: determinantes biológicos, sociais, e suas implicações para o incentivo ao Aleitamento Materno Exclusivo(AME) Iron deficiency in children three to twelve months old: biological and social determinants and their implications on exclusive breast feeding (EBF). This part of the study focused on child growth and morbidity, and breast feeding (BF). The study population consisted of 254 children with ages from three months to eleven months and 29 days, users of two health services in cities in the state of Sao Paulo. The main objective was to analyze the growth of those children according to anthropometric indexes and their health condition based on the morbidity reported by their mothers, and the relationships with the type of breast feeding. This is a cross-sectional study. The studied children were seen in previously scheduled puericulture appointments at the selected health services, from July 2005 to July 2006. Data collection was performed using a specific form, developed from the one used in the multicentric study. The analyses were carried out using the Statistical Package for Social Sciences (SPSS, 11.5 for Windows). The weight/height, height/age, and weight/age index values for each of the references used were calculated using the software available on the CDC and WHO websites, respectively. Comparisons were established between the type of breast feeding and the anthropometric indexes (weight/height and height/age) according to the CDC and WHO references. The Chi- Square and Exact Fisher Tests were used to identify if there was an association or not between the disease, the use of anti-infection drugs, cause of hospitalization reported by the mothers, and the type of BF. Results showed a greater prevalence of teenage mothers in the sample, compared to rates in both municipalities. The BF prevalence in the whole sample was 71.7%, and 11.8% for EBF. According to the CDC reference as well as the WHO, weaned children presented a greater frequency of high weight for their height, and were considered obese compared to those being breastfed. The comparison between both growth references was performed using Kappa statistical concordance test, revealing greater discordances in children with 3 to 6 months of age, mainly regarding weight/height indexes. For children with the age of 3 to 6 months, statistically significant results were found, with p=0.048 for the association between EBF and respiratory diseases. This suggests EBF has a protective effect for these diseases. The results found in this study reveal motivating findings for further studies.
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Desenvolvimento da linguagem em crianças que permanecem no aleitamento maternoDias, Natália da Costa 09 December 2014 (has links)
Submitted by Cristiane Chim (cristiane.chim@ucpel.edu.br) on 2016-07-27T17:56:01Z
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Previous issue date: 2014-12-09 / The Language Development in the first two years of life is intense and can be directly influenced by various genetic and environmental factors for a healthy learning process. The influence of breastfeeding for more than two years is still little known, but also recommended by the World Health Organization (WHO), in child development. Some studies indicate that exclusive breastfeeding (EBF) for at least six months beneficially influences on child development.
This study aimed to investigate the association between the language development and breastfeeding at the 30thmonth in toddlers from Pelotas, Brazil. It is a nested cross-sectional design in a cohort of Child Development with a sample of 500 dyads.
The data collection was in two stages, first with questionnaires on socio-demographic, perinatal and breastfeeding practices. And second, the babies were assessed by trained psychologists with the Bayley Scale of Infant and Toddler Development (3rd ed.)
In order to assess the associations between the outcome, language development, and the variables of interest, it was used Poisson regression with robust adjustment for variance, expressing the results in prevalence ratio (PR) and confidence intervals of 95% (95 %).
Regarding the mothers, 89.3% (444) were between 16 and 19 years, 70.2% (335) belonged to economy class c, 63.4% (315) did not currently work and 38.7% (192) have completed elementary school. 50.3% of the studied toddlers (251) were male and 15.9% (79) were breastfed at the 30th month. The prevalence of normal development of language was 30.2% for expressive language and 30.7% for receptive language.
The variable to be currently breastfeeding was significantly related with both language subscales (expressive and receptive), however there are breastfeeding prevalence of 34.2% to be more adequately developed in receptive language compared to expressive language development, 32.3% of them are less developed in this subscale.
The results are preliminary and it is fundamental further studying of this cohort. It is necessary further longitudinal studies which may complement this study. / O Desenvolvimento da Linguagem ocorre intensamente nos dois primeiros anos de vida e vários fatores genéticos e ambientais podem influenciar diretamente no processo de aprendizagem da linguagem de maneira sadia. Pouco se sabe sobe a influência do aleitamento materno por mais de dois anos, recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), no desenvolvimento infantil. Alguns estudos apontam que a amamentação exclusiva (AM) por no mínimo seis meses influencia beneficamente no desenvolvimento infantil.
Este estudo teve o objetivo de verificar a associação entre o desenvolvimento da linguagem e o aleitamento materno aos 30 meses de idade em crianças da cidade de Pelotas, RS. Sendo seu desenho do tipo transversal aninhado a uma coorte de Desenvolvimento Infantil com uma amostra de 500 díades.
A coleta de dados ocorreu em duas etapas, primeiramente com aplicação de questionários sobre dados sociodemográficos, dados maternos, dados perinatais e amamentação. Logo após, os bebês passaram por uma avaliação do desenvolvimento através da aplicação da Bayley Scale of Infant and Toddler Development (3°ed.) por Psicólogos treinados.
Para testar as associações entre o desfecho, desenvolvimento da linguagem, e as variáveis de interesse utilizou-se a regressão de Poisson, com ajuste robusto para variância, expressando os resultados em razão de prevalências (RP) e intervalos de confiança de 95% (IC95%).
Das mães investigadas, 89,3% (n=444) tem faixa etária entre 16 e 19 anos, 70,2% (n=335) pertencem a classe econômica C, 63,4% (n=315) não trabalham atualmente e 38,7% (n=192) possuem o primário completo. Com relação às crianças 50,3% (n=251) delas são do sexo masculino e 15,9% (n=79) recebem leite materno aos 30 meses de idade. O desenvolvimento normal da linguagem expressiva esteve presente em 30,2% das crianças avaliadas, enquanto que para a linguagem receptiva em 30,7% da amostra.
A variável estar mamando atualmente teve associação significativa com as duas subescalas de linguagem (expressiva e receptiva). Nas crianças que seguem amamentadas atualmente têm prevalência de 34,2% de serem mais desenvolvidas adequadamente na linguagem receptiva, com relação ao desenvolvimento da linguagem
expressiva a relação é inversa, as crianças apresentam 32,3% de serem menos desenvolvidas nesta subescala.
Após o ajuste para os fatores de confusão, o desempenho na escala da linguagem expressiva do bebê se manteve associado à escolaridade materna (p=0,002), à sexo do bebê (p=0,01), estado civil materno (p=0,04) e à estar mamando atualmente (p=0,04 ). Na escala de linguagem receptiva o bom desempenho manteve-se associado à baixo peso ao nascer (p=0,001), à mãe estar trabalhando (p=0,014) e à estar mamando atualmente (p=0,018).
Os resultados deste estudo são preliminares, sendo fundamental o acompanhamento da continuação dessa coorte. Também se faz necessário outras pesquisas longitudinais que avaliem os fatores ao longo prazo, visto que este ainda é um assunto pouco estudado.
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Perfil da amamentação e alimentação complementar no município de Registro - SP / A. Breastfeeding and complementary feeding patterns in the city of Registro SPGislene dos Anjos Tamasia 05 August 2013 (has links)
Introdução. O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil. Para a continuidade da nutrição adequada e do desenvolvimento saudável de crianças, é fundamental que a introdução de alimentos seguros, acessíveis e culturalmente aceitos na dieta da criança ocorra em época oportuna e de forma adequada. Objetivo. Analisar a situação da amamentação e alimentação complementar no município de Registro-SP, em 2011. Métodos. Foram coletadas informações sobre alimentação infantil, características das crianças menores de um ano de idade e de suas mães, seguindo a metodologia proposta no projeto Amamentação e Municípios, do Instituto de Saúde. Os dados foram digitados no aplicativo AMAMUNIC 1.0 e transportados para o programa SPSS 13.0. Realizou-se a análise dos indicadores de aleitamento materno e alimentação complementar, propostos pela Organização Mundial de Saúde. A associação entre os desfechos (aleitamento materno exclusivo e alimentação complementar) e as variáveis explanatórias (características maternas e das crianças), realizou-se por meio do modelo de Poisson, por se tratar de um estudo transversal e desfechos não raros. As variáveis que, na análise bivariada apresentaram p<0.20 foram introduzidas no modelo múltiplo. Resultados. Foram incluídas no estudo 713 crianças menores de um ano. A prevalência de aleitamento materno exclusivo (AME) em menores de seis meses foi de 50 por cento e a probabilidade de AME aos 180 dias de vida foi 13,1 por cento . As crianças que estavam em AME no primeiro dia em casa e não usavam chupeta foram as que apresentaram maior chance de AME. Verificou-se que apenas dois terços das crianças estavam recebendo a AC de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde e 70 por cento recebiam alimentos não saudáveis. Não utilizar mamadeira foi a única variável que mostrou influência positiva sobre as práticas de alimentação complementar. Conclusões. A situação encontrada nesse estudo está aquém das recomendações propostas pela OMS, entretanto esses resultados poderão contribuir para o desenho de intervenções no local / Introduction. Breastfeeding is the best natural strategy of bonding, affection, protection and nutrition for children and is the most sensitive, cost-effective intervention to reduce infant morbidity and mortality. For the continuity of proper nutrition and healthy development of children, it is essential that the introduction of safe, affordable and culturally acceptable food in the diet of the child occurs in timing and appropriately. Objective. To analyze the situation of breastfeeding and complementary feeding in the city of Registro, SP, Brazil, in 2011. Methods. Information about infant feeding, characteristics of children under one year of age and their mothers were collected following the methodology of Breastfeeding and Municipalities Project. Data were typed into the software AMAMUNIC 1.0 and transported to SPSS 13.0. The analysis of breastfeeding and complementary feeding indicators were performed based on World Health Organization recommendations. The association between outcomes (exclusive breastfeeding and complementary feeding indicators) and the explanatory variables (characteristics of mothers and children), was performed by the Poisson model, because it is a cross-sectional study of not rare outcomes. The variables in the bivariate analysis with p <0.20 were included in the multivariable model. Results. The study included 713 children under one year. The prevalence of exclusive breastfeeding (EBF) was 50 per cent and the probability of EBF up to 180 days of life was only 13,1 per cent . The analysis of the determinants of EBF showed that children who were exclusively breastfed in the first day at home and not using pacifiers showed the greatest chance of EBF. When analyzed indicators of complementary feeding (CF), it was found that only two thirds were receiving the CF in accordance with the recommendations of the Ministry of Health and 70 per cent had unhealthy foods. Children not using bottles showed positive influence on complementary feeding practices. Conclusions. The situation found in this study is far from recommendations by WHO, however these results may contribute to the design of interventions in place
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Excesso de peso e sua relação com a duração do aleitamento materno em pré-escolares de um município de Minas Gerais, MG / Overweight and its relation to the duration of breastfeeding among preschool children in a municipality of Minas Gerais, MGCaldeira, Karen Marianne Soares 07 March 2013 (has links)
Introdução - A obesidade vem aumentando de forma expressiva, inclusive em crianças e adolescentes, e traz consigo comorbidades graves. O aleitamento materno tem sido relacionado como fator preventivo de muitas doenças e, nos últimos anos, tem sido verificado o papel de proteção do aleitamento contra a obesidade na infância. Objetivo - Verificar a prevalência de excesso de peso e sua relação com a duração do aleitamento materno em crianças de 48 a 60 meses. Métodos - Estudo transversal, no qual foram coletados dados antropométricos (peso e estatura) de crianças de 48 a 60 meses, de escolas públicas do município de Capitólio, MG, para cálculo de índice de massa corpórea (IMC) e sua classificação nutricional. Foram coletados, também, por meio de questionário respondido pela mãe da criança, dados sobre a duração do aleitamento materno, introdução de chá, de outros leites e alimentação atual da criança, além de variáveis demográficas e socioeconômicas. Excesso de peso foi considerado variável desfecho. A variável explanatória principal foi o aleitamento materno e as variáveis de controle foram a alimentação atual e as variáveis demográficas e socioeconômicas. A relação entre o desfecho e as variáveis explanatórias foi verificada por meio de regressão logística. Resultados A prevalência de crianças com excesso de peso foi de 9,59 por cento . O aleitamento materno exclusivo (AME) até os 6 meses ou mais foi oferecido a 32,11 por cento das crianças, sendo que 18,81 por cento das população pesquisada nunca recebeu AME. O presente estudo sugere uma relação positiva entre a presença de AME e a prevenção do excesso de peso em crianças de 48 a 60 meses para a categoria de AME por 6 meses ou mais (OR=0,15; IC95 por cento 0,03-0,77; p=0,023). Relação semelhante não foi encontrada para o aleitamento materno total. Considerações Finais: O AME, além dos benefícios já comprovados em literatura, apresentou no presente estudo efeito protetor contra a obesidade infantil, mesmo após análise logística multivariável que incluía variáveis controle. O investimento em políticas de promoção, proteção e incentivo ao aleitamento materno tornam-se cada vez mais relevantes / Introduction - Obesity is increasing significantly, including in children and adolescents, and brings with it severe comorbidities. Breastfeeding has been linked as a prevention of many diseases and, in recent years, it has been observed the protective role of breastfeeding against childhood obesity. Objective - To investigate the prevalence of overweight and its relationship with duration of breastfeeding in children 48 to 60 months. Methods - Cross-sectional study in which anthropometric data (weight and height) of children 48-60 months of public schools of CapitólioMG, for calculation of body mass index (BMI) and their nutritional classification. Were also collected, through a questionnaire answered by the child\'s mother, data of breastfeeding duration, introduction of tea, other kind of milk and current feeding, as well as demographic and socioeconomic variables. Overweight was considered the outcome variable. The main explanatory variable was breastfeeding and the control variables were current feeding and demographic and socioeconomic variables. The relationship between the outcome and explanatory variables was assessed through logistic regression. Results - The prevalence of overweight children was 9.59 per cent . Exclusive breastfeeding (EBF) until 6 months or more was offered to 32.11 per cent of children, with 18.81 per cent of the surveyed population never received EBF. This study suggests a positive relationship between the presence of EBF and prevention of overweight in children 48 to 60 months for the category of EBF for 6 months or more ( OR = 0.15, 95 per cent CI 0.03 to 0.77, p = 0.023). Similar relationship was not found for total breastfeeding. Final Thoughts: The EBF, and its benefits have been proven in the literature, the present study showed a protective effect against childhood obesity, even after multivariable logistic analysis that included control variables. The investment in promotion, protection and encouragement of breastfeeding policies become increasingly relevant
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Fatores associados à prática do aleitamento materno exclusivo em uma população de Luanda, AngolaDalcastagnê, Susana Valéria January 2016 (has links)
O aleitamento materno exclusivo (AME) até os 6 meses é uma das medidas de maior impacto na prevenção de mortes infantis. Os determinantes das práticas de amamentação são complexos e diferem entre as populações. O objetivo desta pesquisa foi identificar fatores associados à prevalência do AME em uma população de Luanda, Angola. Realizou-se um estudo transversal de base populacional, cujos dados foram coletados em 2010, no município de Cacuaco, periferia de Luanda. Foi selecionada uma amostra incluindo crianças menores de 2 anos e suas mães. Foram estimadas razões de prevalência (RP) por regressão de Poisson utilizando modelo hierarquizado. Foram incluídas 749 crianças menores de 2 anos, sendo 274 menores de 6 meses. A prevalência de AME em menores de 6 meses foi 51,5% (IC 95% 46,3; 56,6%). Quatro variáveis mostraram associação positiva com AME em menores de 6 meses: número de consultas de pré-natal (RP 1,11 [IC95% 1,04; 1,18]), ocupação materna (outras em comparação a autônoma) (RP 1,54 [IC 95%1,05; 2,26]), idade da criança (meses) (RP 0,77 [IC 95% 0,71; 0,84]) e sexo da criança (feminino em comparação a masculino) (RP 1,34 [IC 95% 1,02; 1,76]). Os resultados mostram prevalência satisfatória de AME em menores de 6 meses, de acordo com recomendações internacionais, e permitiram identificar determinantes dessa prática nunca antes pesquisados em Angola. Esses dados são especialmente relevantes em um contexto de altíssima mortalidade infantil e devem ser úteis para planejamento de ações visando melhoria da saúde infantil pela promoção do AME em Angola e outros países. / Exclusive breastfeeding (EB) until 6 months is one of the measures of highest impact in the prevention of infant deaths. The determinants of breastfeeding practices are complex and differ between populations. The objective of this research was to identify which factors are associated with the prevalence of EB in a population of Luanda, Angola. We conducted a cross-sectional, population-based study, with data collected in 2010 in the municipality of Cacuaco, suburban area of Luanda. Children under 2 years and their mothers were included. Prevalence ratios (PR) were estimated using Poisson regression according to a hierarchical model. A sample of 749 children was surveyed, including 274 children under 6 months. The prevalence of EB in children under 6 months was 51.5% (95% CI 46.3; 56.6%). Four variables were positively associated with EB under six months: number of prenatal visits (PR 1.11 [95% CI 1.04; 1.18]), maternal occupation (others compared to autonomous) (PR 1.54 [95% CI 1.05; 2.26]), child's age (months) (PR 0.77 [95% CI 0.71; 0.84]) and child’s sex (female compared to male) (PR 1.34 [95% CI 1.02; 1.76]). Our findings showed satisfactory prevalence of EB under 6 months, according to international recommendations, and enabled the identification of determinants for EB practice never surveyed before in Angola. These data are considered especially relevant in a context of high infant mortality and may be useful for planning actions aimed at improving child health through the promotion of EB in Angola and other countries.
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O aleitamento materno protege contra infeccao do trato urinario no primeiro ano? : um estudo de casos-controleKripka, Roseli January 1996 (has links)
A infecção do trato urinário é uma doença bastante freqüente em lactentes, podendo causar sérias conseqüências em crianças, principalmente naquelas com alterações do trato urinário. Alguns fatores têm sido associados a uma maior suscetibilidade de crianças pequenas à infecção do trato urinário, entre os quais figura a ausência ou curta duração do aleitamento materno. Esta associação, no entanto, precisa ser mais bem investigada. Com o objetivo de estudar a relação entre aleitamento materno e infecção do trato urinário no primeiro ano de vida, realizou-se um estudo caso-controle com 108 crianças (36 casos e 72 controles) entre 12 e 30 meses de idade, com peso de nascimento acima de 2.000 gramas, residentes no município de Porto Alegre. Os casos compreendiam crianças atendidas nos ambulatórios de Nefrologia Pediátrica da Irmandade Santa Casa de Misericórdia, Hospital da Criança Santo Antônio e Hospital de Clínicas de Porto Alegre com diagnóstico de infecção do trato urinário no primeiro ano de vida, comprovada por cultura realizada em urina colhida por punção suprapúbica. Os controles, emparelhados por idade e sexo, foram selecionados entre os vizinhos dos casos. Os resultados mostraram que as crianças com infecção do trato urinário no primeiro ano de vida não diferiram dos controles quanto à duração do aleitamento materno. O tempo médio de aleitamento materno exclusivo foi de 2,9 meses para os casos e de 3,0 meses para os controles, enquanto que o tempo médio de aleitamento materno total foi de 7,6 e 6,9 meses para casos e controles, respectivamente. As prevalências de aleitamento materno exclusivo e total no primeiro ano de vida também não diferiram entre os doisgrupos, assim como as prevalências de amamentação, exclusiva e total, nos casos na época do diagnóstico da infeção do trato urinário e nos seus controles, na mesma época. A hipótese de que o aleitamento matemo seja um fator de proteção contra infecção do trato urinário em lactentes não pôde ser confirmada por este estudo. Por outro lado, o estudo não permite descartar a possibilidade de o aleitamento matemo ser um fator de proteção contra infecções do trato urinário em lactentes nos primeiros meses de vida e/ou de diminuir a gravidade da doença.
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Fatores associados com a manutenção do aleitamento materno por 6, 12 e 24 meses em uma coorte de mães adolescentesMuelbert, Mariana January 2017 (has links)
O impacto positivo do aleitamento materno (AM) na saúde de mulheres e crianças em curto e longo prazo, tanto em países de média e baixa renda como em países de alta renda, é amplamente reconhecido. Apesar disso, os índices de AM estão longe de ser considerados bons, tanto em nível mundial quanto no Brasil. Com base em alguns estudos, mães adolescentes são consideradas população de risco para não amamentação ou interrupção precoce dessa prática, configurando-se em um grupo prioritário para a promoção, proteção e apoio ao AM. Nesse sentido, estratégias devem levar em consideração as peculiaridades da amamentação em mães adolescentes, bem como os determinantes do abandono precoce ou da manutenção da amamentação por diferentes períodos nesse grupo. No entanto, faltam estudos abordando esse tema, o que justifica a realização do presente estudo, que teve como objetivo identificar os fatores associados à manutenção do AM por 6, 12 e 24 meses em uma coorte de mães adolescentes. Trata-se de um estudo de coorte aninhado em um ensaio clínico randomizado realizado com 323 mães adolescentes residentes no município de Porto Alegre (RS), que deram à luz no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, e cujo recém-nascido era saudável, com peso superior a 2.500 g. Informações sobre vários aspectos da alimentação da criança foram obtidas mensalmente nos primeiros 6 meses e bimestralmente dos 6 aos 12 meses, por contato telefônico ou visita domiciliar. Quando as crianças tinham entre 4 e 7 anos de vida, as mães foram novamente entrevistadas. Os fatores associados com a manutenção do AM por 6, 12 e 24 meses foram avaliados por meio de regressão multivariável de Poisson com variância robusta, seguindo uma abordagem hierarquizada. A manutenção do AM por no mínimo 6, 12 ou 24 meses ocorreu em 68,4, 47,3 e 31,9% da amostra, respectivamente. Apenas um fator se associou à manutenção da amamentação nos três períodos estudados: o fato de a criança não usar chupeta aumentou a probabilidade de manutenção do AM por 6, 12 e 24 meses. Apoio da avó materna e duração do AME mostraram-se associados com a manutenção do AM por 6 e 12 meses. Os demais fatores se associaram à manutenção do AM por apenas um dos períodos: por 6 meses ou mais, cor da pele da mãe parda ou negra; por 12 meses ou mais, criança do sexo feminino e apoio do companheiro; e por 24 meses ou mais, maior idade paterna e multiparidade. Conclui-se que os fatores associados com a manutenção do AM podem variar dependendo da duração considerada, com destaque para não uso de chupeta, apoio da avó materna e duração do AME. Os achados deste estudo podem contribuir para o desafio de aumentar a duração do AM em mães adolescentes por meio de estratégias que contemplem os fatores aqui identificados. / The positive impact of breastfeeding (BF) on child and maternal health, in both the short and long terms, and in both developing and developed countries, is widely recognized. Nevertheless, BF practices in international and Brazilian settings are far from reaching optimal levels. Previous studies have demonstrated that adolescent mothers present a higher risk of not BF, or of interrupting BF early, and therefore these mothers should be prioritized in interventions aiming to promote, protect, and support BF. In this sense, interventions should take into consideration the peculiarities of BF among adolescent mothers and also the determining factors of early BF interruption or BF maintenance for different periods of time in this group. However, few studies have addressed this topic, thus justifying the conduction of the present study, whose aim was to identify factors associated with the maintenance of BF for 6, 12, and 24 months in a cohort of adolescent mothers. This cohort study is nested in a randomized clinical trial that involved 323 adolescent mothers residing in the city of Porto Alegre, state of Rio Grande do Sul. Mothers were recruited at the maternity ward of a teaching hospital (Hospital de Clínicas de Porto Alegre) and were included if they gave birth to a healthy infant weighing 2,500 g or more. Data on different aspects of infant feeding were collected monthly in the first 6 months via telephone interviews, and bimonthly between 6 and 12 months via either telephone interviews or home visits. When the children were 4-7 years old, the mothers were interviewed again in person. Factors associated with BF maintenance at 6, 12, and 24 months were assessed using multivariate Poisson regression analysis with a hierarchical approach. BF maintenance for at least 6, 12, and 24 months was observed in 68.4, 47.3, and 31.9% of the sample, respectively. Only one factor was associated with BF maintenance at all three time points assessed: infant not using a pacifier increased the chance of BF maintenance for 6, 12 and 24 months. Support from the infant’s maternal grandmother and exclusive BF duration were associated with maintenance of BF for 6 and 12 months. Other factors evaluated were associated with BF maintenance at only one of the time points assessed: at 6 months, non-white maternal skin color; at 12 months, female infant and partner’s support of BF; and at 24 months, older paternal age and multiparity. In conclusion, the factors associated with BF maintenance may vary according to the time period assessed, with emphasis on not using a pacifier, having the support of the infant’s maternal grandmother, and exclusive BF duration. The present findings can contribute to the challenge of increasing BF duration among adolescent mothers via the implementation of strategies that take into consideration the associated factors here identified.
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"Vivenciando a amamentação e a sexualidade na maternidade: "Dividindo-se entre ser mãe e mulher" / Vivenciando la imantación y la sexualidad en la maternidad: dividiéndose entre ser madre y mujerAbuchaim, Erika de Sá Vieira 11 October 2005 (has links)
A interface entre a amamentação e a sexualidade feminina é um aspecto de suma importância na vida das Mulheres/ Nutrizes, mas pouco conhecido pelos profissionais que as assistem. Buscou-se, portanto, investigar como essa vivência se dá segundo a ótica dessas mulheres. Este estudo, tomando como princípio norteador o modelo teórico Pesando Riscos e Benefícios (Silva, 1997), teve como objetivos: Compreender o significado consciente da interface da sexualidade e da amamentação para as mulheres que vivenciam este processo e Compreender a maneira como a dimensão atribuída ao significado da interface da sexualidade e da amamentação manifesta-se nas formas de ação para as mulheres em relação à amamentação ou à sexualidade. Utilizou-se como referenciais teórico e metodológico o Interacionismo Simbólico e a Teoria Fundamentada nos Dados, respectivamente para análise dos dados, que foram obtidos por meio de 13 entrevistas realizadas com mulheres, residentes no município de São Paulo, que estavam amamentando ou que já tivessem passado por essa experiência. Dos resultados emergiram três fenômenos: Sentindo que o corpo mudou/ Assumindo novos papéis e Não podendo estar inteira na relação que possibilitaram a identificação do fenômeno central: DIVIDINDO-SE ENTRE SER MÃE E MULHER, representativo do processo investigado. O estudo revelou que para essas mulheres, a experiência de amamentar e sua interface com a sexualidade se dá vivenciando a sexualidade na maternidade, quando por meio de um movimento constante de divisão entre os papéis de Ser Mãe e Mulher busca mediar a amamentação e sua vida sexual, procurando conciliar essas novas funções com os demais papéis por ela desempenhado; deixando claro, no entanto, que para as mulheres deste estudo, nessa fase de suas vidas a prioridade é a criança e seus cuidados. / La interface entre la lactancia materna y la sexualidad femenina es un aspecto de suma importancia en la vida de las Mujeres/Nutrices, sin embargo poco conocido por los profesionales que las asisten. Se buscó entonces investigar cómo se da esa vivencia según la óptica de estas mujeres. El presente estudio, realizado con el principio norteador del modelo teórico Pesando Riesgos y Beneficios (Silva, 1997), tuvo como objetivos: Comprender el significado conciente que tiene la interface de la sexualidad y de la lactancia materna para las mujeres que vivencian este proceso y Comprender la manera cómo la dimensión atribuida al significado de la interface de la sexualidad y de la lactancia materna, se manifiesta en las formas de acción para las mujeres en relación al amamantamiento, o a la sexualidad. Se utilizó como referenciales teórico y metodológico el Interaccionismo Simbólico y la Teoría Fundamentada en los Datos, respectivamente para el análisis de los datos, los cuales fueron obtenidos por medio de trece entrevistas realizadas a mujeres, residentes en el municipio de São Paulo, que estaban amamantando o que ya hayan pasado por esa experiencia. De los resultados emergieron tres fenómenos: Sintiendo que el cuerpo cambió; Asumiendo nuevos papeles y No pudiendo estar entera en la relación, que hicieron posible la identificación del fenómeno central: DIVIDIÉNDOSE ENTRE SER MADRE Y MUJER; representativo del proceso investigado. El estudio reveló que para estas mujeres, la experiencia de amamantar y su interface con la sexualidad, se da vivenciando la sexualidad en la maternidad, cuando por medio de un movimiento constante de división entre los papeles de Ser Madre y Mujer busca mediar la lactancia materna y su vida sexual procurando conciliar las nuevas funciones con los demás papeles que desempeña; dejando claro, entre tanto, que para las mujeres de este estudio, en esta fase de su vida la prioridad es la crianza y sus cuidados.
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Uso de escala de autoeficácia para análise da capacidade de puérperas para a amamentaçãoMachado, Maria Luiza Camuri 12 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-12 / While aspects associated to benefits, duration and problems of
breastfeeding are widespread in the scientific environment, issues related to selfefficacy
in the breastfeeding process are still little addressed. Objective: To describe
the self-efficacy for breastfeeding of postpartum women attended in a Health Insurance
Plan. Material and Method: A descriptive, exploratory study with quantitative
approach was developed with puerperal women who attended a course of birth
preparation or were linked to a private health plan in the city of São José do Rio Preto
, SP. Those with single, full-term newborns with good vitality at birth and hospital
discharge were included. A socioeconomic questionnaire and breastfeeding selfefficacy
scale (BSES-VB) were used for data collection. Results: A total of 98
postpartum women participated in the study. Of the participants, 32.7% were covered
by health care plans, but did not participate in the course offered to pregnant women.
Women who participated in the course of pregnant women had significantly higher selfefficacy
in breastfeeding compared to those who did not participate. The level of selfefficacy
was: 42.9% "high"; 27.5% "average" and 29.6% "low". The highest selfefficacy
scores were observed among the exclusively breastfed women (69.4%). The
technical domain had a higher score when compared to the intrapersonal domain
score. Conclusion: The course offered to pregnant women proved to be relevant as
a tool of great importance for the positivity of self-efficacy. These data have stood out
the importance of the obstetrical nurses' performance in this setting, field of study,
on the teaching / learning process on breastfeeding, a role that comprises multiple
actions in the development of specific competences, reception, motivation and
orientation, thus, improving the increase of compliance as well as the duration of
breastfeeding .
This research was performed in the field of a Nursing master degree program,
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP). “Breastfeeding Self-
Efficacy as assessed by the BSES: a literature review” and “Use of the Breastfeeding
Self-Efficacy Scale (BSES) in the analysis of breastfeeding confidence” were both the
papers produced on the theme. / Enquanto os aspectos que envolvem os benefícios, a duração e os
problemas do aleitamento materno são bastante difundidos no meio científico, as
questões relacionadas à autoeficácia no processo de amamentar ainda são pouco
abordadas. Objetivo: Descrever a autoeficácia para amamentação de puérperas
atendidas em um convênio de saúde. Material e Método: Pesquisa descritiva,
exploratória, de abordagem quantitativa, desenvolvida com puérperas que
frequentaram curso de preparo para o nascimento ou estavam vinculadas a um plano
privado de saúde na cidade de São José do Rio Preto, SP. Foram incluídas aquelas
com recém-nascido único, de termo, com boa vitalidade ao nascer e na alta hospitalar.
Para coleta de dados foi utilizado um questionário sócio-econômico e a Breastfeeding
Self Efficacy Scale (BSES-VB). Resultados: Participaram do estudo 98 puérperas. Das
participantes, 32,7% eram conveniadas, mas não participaram do curso oferecido para
gestantes. As mulheres que participaram do curso de gestantes apresentaram
autoeficácia na amamentação significativamente superior em relação àquelas que não
participaram do curso. O grau de auto eficácia foi: 42,9% “alta”; 27,5% “média” e
29,6% “baixa”. Os maiores escores de auto eficácia foram alcançados entre as
puérperas em amamentação exclusiva (69,4%). O domínio técnico apresentou escore
superior quando comparado ao escore do domínio de pensamento intrapessoal.
Conclusão: O curso oferecido para gestantes mostrou-se relevante como ferramenta
de grande importância para a positividade da autoeficácia. Os dados obtidos
destacam a importância da atuação das enfermeiras obstetras desta instituição,
campo do estudo, no processo de ensino/aprendizagem sobre amamentação; papel
que envolve múltiplas ações no desenvolvimento de competências específicas,
acolhimento, motivação e orientação, assim, contribuindo para o aumento da adesão
e do tempo de manutenção da lactância.
Esta pesquisa foi realizada em nível de mestrado acadêmico, junto ao Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
(FAMERP) e teve dois manuscritos decorrentes: um apresentado no exame geral de
qualificação, denominado Autoeficácia na amamentação com uso da
“Breastfeeding Self-Efficacy Scale” (BSES): estudo de base bibliográfica e outro
para a defesa do mestrado, com o título Uso da “Breastfeeding Self-Efficacy Scale
(BSES) na análise da autoeficácia na amamentação
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Aleitamento materno e prevenção da má oclusão dentária: visão dos odontólogos da rede pública de saúde / Breastfeeding and prevention of dental malocclusion: view of dentists from the public health systemCardoso, Bruna Portela Andrade [UNESP] 16 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Introdução: Sabe-se que a amamentação diminui o riscodedesenvolver más oclusões, consideradas problemas de saúde pública. Cabe ao odontólogo orientar as gestantes e puérperas sobre a importância da prevenção precoce de más oclusões e alterações crânio-mandibulares por meio do aleitamento materno (AM). Objetivo: Conhecer a visão dos odontólogos da rede municipal de saúde de um município do interior paulista acerca do AMna prevenção da má oclusão dentária. Material e Método: estudo descritivo de abordagem quantitativa e qualitativadesenvolvido nas unidades básicas de saúde tradicionais, nas unidades de Estratégia de Saúde da Família e no Centro de Especialidade Odontológica. A população do estudo foi de40 odontólogos e a coleta de dados foi realizada de novembro de 2015 a maio de 2016, por meio de questionário semiestruturado, contendo 38 questões fechadas e uma questão aberta. Para tratamento dos dados da questão aberta, utilizou-se a análise de conteúdo representacional do tipo temática, sendo a discussão alicerçada no Caderno de Saúde Bucal (SB) da Atenção Básica (AB) nº 17 do Ministério da Saúde.Resultados:A maioria dos odontólogos (82, 5%) relatouter especialização e 84,8% referiram que a pós-graduação não forneceu um bom conhecimento sobre AM. Observou-se que 30% desses profissionais desenvolveram trabalho preventivo e/ou educativo junto a gestantes e puérperase77,5% não possuíam conhecimento da Política Nacional de Saúde Bucal relativa a gestantes e puérperas. Destaca-se que 67,5% delesnão orientam na fase do desmame, 90% não orientam as mães sobre a importância do AM para reduzir o hábito de interposição labial e62, 5% não orientaram as mães sobre a relação existente entre AM e má oclusão. Na dimensão qualitativa desvelaram-se cinco categorias temáticas: 1) “Sobrecarga aliada ao excesso da demanda curativa em detrimento do trabalho preventivo”. 2) “Deparando-se com a má oclusão na prática clínica e a insuficiência da prevenção”. 3) “Culpabilização das mães por não amamentarem seus filhos”. 4) “Falta de apoio da gestão e de capacitação para desenvolver ações preventivas”. 5) “Ausência de protocolos norteadores e políticas públicas voltadas a gestantes e puérperas, incluindo os cuidados preventivos com a má oclusão”. Conclusão: infere-se que os participantes conhecem a importância do AM para a prevenção de más oclusões e entendem a relevância das orientações às mães, para que haja o correto desenvolvimento do sistema estomatognático e facial das crianças. No entanto, em virtude da baixa autonomia profissional aliada ao excesso da prática curativa, em detrimento da preventiva, e de uma supervalorização do saber técnico-científico, em detrimento da parte educativa, os odontólogos se sentem distantes do tema e não se veem como agentes de promoção da SB para o desenvolvimento facial. Ressalta-se uma culpabilização das gestantes e puérperas, devido as suas condições socioeconômicas e culturais. Embora as questões das más oclusões sejam abordadas pelo caderno de SB da AB, os odontólogos apresentam pouco conhecimento tanto sobre as normas e diretrizes gerais como sobre aquelas voltadas às gestantes e puérperas, todas presentes no caderno de SB. Espera-se, portanto, que os resultados possam estimular os gestores e odontólogos a valorizarem a prevenção da má oclusão por meio do AM, a orientarem as gestantes e puérperas e a estabelecerem protocolos orientadores sobre a temática. Essas atitudes podem ser consideradas uma possível resolução, a médio e longo prazo, da questão, configurando-se como uma estratégia real de enfrentamento das oclusopatias e de todos os agravos decorrentes destas ao desenvolvimento bio-psico-social adequado dos indivíduos. / Introduction: It is acknowledged that breastfeeding reduces the risk of developing malocclusions, considered to be public health problems. It is up to the dentist to guide the pregnant and postpartum women about the importance of the early prevention of malocclusions and cranial mandibular alterations through breastfeeding. Objective: To know the vision of the dentists of the municipal health system of a municipality in São Paulo countryside towards the AMna prevention of dental malocclusion. Material and Method: descriptive study of quantitative and qualitative approach developed in the basic units of traditional health, in the Family Health Strategy units and in the Dental Specialty Center. The study population consisted of 40 dentists and the data collection was performed from November 2015 to May 2016, through a semi-structured questionnaire, containing 38 closed questions and one open question. For the treatment of the data of the open question, the analysis was used of representational content of the thematic type, and the discussion was based on the Oral Health Brochure of Basic Care No. 17 of the Ministry of Health. Results: Most dentists (82.5%) reported having specialization and 84.8% -reported that the post-graduation did not provide a good understanding of AM. It was observed that 30% of these professionals developed preventive and / or educational work with pregnant women and postpartum women, and 77.5% did not have knowledge of the National Oral Health Policy regarding pregnant women and postpartum women. It is striking that 67.5% of them do not guide the weaning phase, 90% do not advise mothers on the importance of AM to reduce the habit of lip insertion, and 62.5% did not advise mothers about the relationship between AM and Malocclusion. In the qualitative dimension, five thematic categories were revealed: 1) "Overload combined with excess curative demand to the detriment of preventive work". 2) "Facing malocclusion in clinical practice and insufficient prevention". 3) "Mothers are blamed for not breastfeeding their children." 4) "Lack of management support and capacity to develop preventive actions". 5) "Absence of guiding protocols and public policies aimed at pregnant women and postpartum women, including preventive care with malocclusion". Conclusion: It is inferred that the participants consider a value of AM for occlusion prevention and understand a relevance of the guidelines for mothers, so that there is or correct development of the stomatognathic and facial system of children. However, due to the low professional autonomy coupled with the excess of the curative practice, to the detriment of prevention, and a supervision of the technical-scientific knowledge, to the detriment of the educational part, dentists feel distant from the subject and does not see itself as a SB promotion agent for facial development. It is important to blame pregnant women and puerperal women for their socioeconomic and cultural conditions. Although the issues are more comprehensive and are addressed by AB's SB notebook, the topics related to this topic are about general guidelines and guidelines on those focused on pregnant women and puerperal women. It is expected, therefore, that the results are estimated in managers and dentists to value the prevention of malocclusion through the MA, a guide as pregnant women and puerperas and a set of guiding protocols on a thematic. These attitudes can be considered in a possible resolution, a medium and long term, a question of configuration, a real strategy of coping with the occlusions and all the problems of development.
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