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Um estudo sobre a escrita inicial de crianças surdas em fase de alfabetização

Lima, Ezer Wellington Gomes 24 March 2014 (has links)
Submitted by Valquíria Barbieri (kikibarbi@hotmail.com) on 2017-07-27T20:35:59Z No. of bitstreams: 1 _DISS_2014_Ezer Wellington Gomes Lima.pdf: 4646257 bytes, checksum: 79b03a1cca1cf9b7b2b786ecc4adbcb2 (MD5) / Approved for entry into archive by Jordan (jordanbiblio@gmail.com) on 2017-08-07T15:45:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1 _DISS_2014_Ezer Wellington Gomes Lima.pdf: 4646257 bytes, checksum: 79b03a1cca1cf9b7b2b786ecc4adbcb2 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-07T15:45:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 _DISS_2014_Ezer Wellington Gomes Lima.pdf: 4646257 bytes, checksum: 79b03a1cca1cf9b7b2b786ecc4adbcb2 (MD5) Previous issue date: 2014-03-24 / Esta investigação foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Rondonópolis e no interior do Grupo de Pesquisa ALFALE. Em virtude da grande complexidade que cerca o ensino da Língua Portuguesa para surdos, a pesquisa teve como objetivo analisar o processo de apropriação da escrita percorrido pela criança surda, inserida na escola regular, em fase inicial de escolarização. Nesse contexto, foi necessário apurar o olhar para as ações praticadas em sala de aula/escola que permitem ao aluno surdo se apropriar da língua escrita, bem como as condições em que suas necessidades linguísticas são atendidas no contexto social e escolar. Percebe-se que são raras e pouco divulgadas as propostas metodológicas e/ou literaturas que estejam direcionadas ao movimento de ensino e aprendizagem de surdos. Esses alunos se encontram em classes/escolas especiais que atuam em uma perspectiva oralista, a qual pretende, em última análise, que os alunos surdos se comportem como ouvintes, decodificando nos lábios aquilo que não podem escutar, falando, lendo e escrevendo a Língua Portuguesa, ou se encontram, ainda, em escolas regulares, inseridos em classes de ouvintes nas quais, novamente, espera-se que se comportem como ouvintes, sem que qualquer condição especial seja propiciada para que tal aprendizagem aconteça. Os sujeitos investigados foram duas crianças matriculadas no primeiro ciclo do ensino fundamental, em escola da rede estadual de ensino, no município de Rondonópolis-MT. Para alcançar os objetivos propostos, foram utilizados os seguintes procedimentos: observação de aulas, registro de atividades realizadas pelos alunos, entrevistas com professores, pais e alunos, visando compreender o trajeto pertinente às fases de alfabetização e apropriação inicial da escrita dessas crianças. Para a fundamentação da pesquisa, além de VYGOTSKY e BAKTHIN como fundamentais interlocutores no âmbito da linguagem, estão situados outros autores que contribuíram diretamente nos desdobramentos teórico-metodológicos que abrangem a alfabetização e o letramento de crianças surdas no sistema educacional inclusivo: BROCHADO (2003); GÓES (1994, 2002, 2004); LODI (2004); FERNANDES (1999); QUADROS (1997; 1999; 2004; 2006; 2008); GESUELI (2013), entre outros. Por meio da pesquisa, foi possível constatar as dificuldades vivenciadas em sala de aula por crianças surdas, sobretudo pela falta de suporte teórico-metodológico que priorize a escolarização destes alunos em processo de alfabetização incluídos na escola regular. Mesmo diante da tentativa dos professores em ensiná-los, ainda existem barreiras que dificultam o apropriar-se da língua escrita, uma vez que todas as crianças, sem exceção das surdas, necessitam de conhecimento de mundo para que possam (re)contextualizar o escrito e, daí, derivar o sentido. / This research was developed in the Graduate Program in Education at the Federal University of Mato Grosso, Campus Rondonópolis and inside ALFALE Research Group. Due to the great complexity surrounding the teaching of Portuguese language for the deaf, the research aimed to analyze the process of appropriation of writing covered by the deaf child, entered the regular school in early stage of schooling. In this context, it was necessary to establish the look for deeds done in the classroom / school that allow the deaf student to appropriate the written language as well as the conditions under which their language needs are met in the social and educational context. Realize that they are rare and little publicized methodological and / or literatures that are directed to move teaching and learning of deaf proposals. These students are in classes / special schools that operate on a oralist perspective, which aims ultimately, that deaf students behave as listeners, decoding lips what they can not hear, speaking, reading and writing the English Language or is still located in regular schools inserted into classes of listeners in which, again, is expected to behave as listeners without any special condition is afforded for learning occur. The investigated subjects were two children enrolled in the first cycle of primary education in state school education in the city of Rondonópolis - MT. Classroom observatio, record activities performed by students, interviews with teachers, parents and students seeking to understand the relevant phases of literacy and initial appropriation of writing these children ride: To achieve the proposed objectives , the following procedures were used . For the foundation of the research , as well as Vygotsky and Bakhtin as key stakeholders in the framework of language , are situated other authors who contributed directly to theoretical and methodological developments that include literacy and literacy of deaf children in inclusive education system : BROCHADO (2003 ) ; GÓES ( 1994 , 2002 , 2004 ) ; LODI ( 2004); FERNANDES ( 1999); QUADROS ( 1997, 1999, 2004 , 2006, 2008 ) ; GESUELI (2013 ) , among others. Through research, we determined the difficulties experienced in the classroom for deaf children room, especially the lack of theoretical and methodological support that prioritizes the education of these students in the literacy process included in the regular school. Even with the attempt of teachers to teach them, there are still barriers that hinder the ownership of the written language, since all children without exception deaf, require knowledge of the world so that they can ( re) contextualize the written and hence derive meaning.
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Práticas cotidianas de ensino da língua escrita em classe especial para surdos

Dantas, Mauriza Moura 26 October 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T16:33:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 EHPS - Mauriza Moura Dantas.pdf: 1734073 bytes, checksum: abbe65d4092bf317ba52e8b5f3d75196 (MD5) Previous issue date: 2006-10-26 / This study aimed at checking pedagogic practices used in the process of teaching the written language in special class for deaf pupils. The research was carried out in an elementary school special class, with nine deaf pupils, in a school of the Public Municipal Network that has an explicit schooling policy for these children. For much, data were collected in the academic year of 2005, through video recording of Portuguese Language classes in October, from the material produced by the pupils in the literacy activities developed in classroom and the records of the two-monthly evaluations done by the teacher. Data analysis was carried based on the contributions of Ferreiro (1986 and 1991), in which refers to the distinction between oral language and / or signs language and written language, and of Vygotsky (2002), concerning the interpersonal nature of the initial acquisition of written language, through interactions that must be rich in meanings. In addition to these authors, for the specific field of deaf persons literacy, this study is supported substantially on Soares (1999 and 2004), in addition to Bueno (2001 and 2004). The main findings in the research were: the developed activities took as a principle the perspective of writing as transcription of the signs language; centralizing the teaching of writing through nominations of objects and events; restriction to the copy, when writing does is not presented based on the language of signs or the digital alphabet, indicating that the fact that the pupils copy texts seems, for the teacher, to be sufficient so that they may acquire writing. To the extent that the production of writing was so deprived of its characteristics, on one hand, in terms of appropriation of its basic elements and, on the other hand, by the facilitation of the responses through the transcription of the digital alphabet, where it will be verified that, in fact, the pupil is not being taught to write, but, on the contrary, writing serves more for they to fix and incorporate the language of signs. / Este estudo teve como objetivo verificar as práticas pedagógicas utilizadas no processo de ensino da língua escrita em classe especial para alunos surdos. A pesquisa foi realizada em uma classe especial de 1ª série, com nove alunos surdos, em uma escola da Rede Pública Municipal que possui política explícita de escolarização para essas crianças. Para tanto, foram coletados dados no ano letivo de 2005, por meio de gravação em vídeo das aulas de Língua Portuguesa no mês de outubro, do material produzido pelos alunos nas atividades de alfabetização desenvolvidas na sala de aula e dos registros das avaliações bimestrais feitas pela professora. A análise dos dados foi realizada com base nas contribuições de Ferreiro (1986 e 1991), no que se refere à distinção entre língua oral e/ou de sinais e língua escrita, e de Vygotsky (2002), no que tange ao caráter interpessoal da aquisição inicial da língua escrita, por meio de interações que devem ser ricas em significados. Além desses autores, para o campo específico da alfabetização de surdos, este estudo apóia-se substancialmente em Soares (1999 e 2004), além de Bueno (2001 e 2004). Os principais achados da pesquisa foram: as atividades desenvolvidas tiveram como princípio a perspectiva da escrita como transcrição da língua de sinais; centralização do ensino da escrita por meio de nomeações de objetos e de eventos; restrição à cópia, quando a escrita não se apresenta com base na língua de sinais ou no alfabeto digital, indicando que o fato dos alunos copiarem textos parece, para a professora, ser suficiente para que se apropriem da escrita. Na medida em que a produção da escrita foi tão descaracterizada, de um lado, em termos de apropriação de seus elementos fundamentais e, de outro, pela facilitação das repostas por meio da transcrição do alfabeto digital, o que se verifica é que, na verdade, o aluno não está sendo ensinado a escrever, mas, ao contrário, a escrita serve mais para que ele fixe e incorpore a língua de sinais.

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