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"Estudos geoquímicos e geocronológicos aplicados às rochas graníticas do garimpo Trairão - MT"Rocha, Mara Luiza Barros Pita 17 June 2016 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-07-22T13:40:49Z
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2016_MaraLuizaBarrosPitaRocha.pdf: 11461526 bytes, checksum: 0f0050a4d5cf44514e6e01f0dd64bfc6 (MD5) / Os garimpos Trairão e Chumbo Grosso, situados na Província Aurífera de Alta Floresta, consistem em depósitos de ouro que ocorrem em veios de quartzo e brechas vulcânicas associados a intrusões félsicas. Estudos petrográficos, geoquímicos e isotópicos foram realizados nas rochas encaixantes e mineralizadas para estabelecer a idade dos processos magmáticos e hidrotermais do depósito aurífero. As rochas magmáticas contêm características petrográficas e afinidade geoquímica da série cálcico-alcalina com alto potássio. Idades U-Pb em zircão pelo método SHRIMP permitem estabelecer ciclos magmáticos de ~2000 Ma, 1,969 – 1,923Ma e 1,878 – 1,837Ma na região do garimpo, correlacionado ao Complexo Cuiú-Cuiú e às Suítes Intrusivas Nhandu e Matupá, respectivamente. A assinatura isotópica obtida por Sm-Nd e Lu-Hf, com valores de épsilon Nd (t = tempo de cristalização) variando de +0,05 a -6,42 sugerem fontes mantélicas para rocha total com participação de material crustal em diferentes proportions, enquanto valores de épsilon Hf de -3,9 a –9,5 em zircão apontam que este tenha um maior tempo de residência para estes minerais (ou maior participação de componente crustal em sua composição). Os resultados de estudos químicos nas monazitas ocorrentes nas zonas de mineralizações auríferas associadas a granitos mostram teores variáveis de Th e U e com maior enriquecimento de Ce com respeito à La, assim como morfologia compatível com monazitas hidrotermais. Análises isotópicas de U-Th-Pb em monazitas hidrotermais permitem estabelecer valores de 1812 ± 18 Ma e 1825 ± 13 Ma para os depósitos de Trairão e Chumbo Grosso, que sugerem que parte das mineralizações estudadas estão encaixadas em corpos graníticos mais antigos e resultam da intrusão de magmas mais jovem gerados em torno de 1,81 – 1,82 Ga. Consequentemente, as idades obtidas a partir de dados U–Th-Pb em monazita hidrotermal provenientes do minério brechado podem ser consideradas uma boa referência para a formação de minério de Au nos depósitos do Trairão, associada a processos pós-magmáticos e contemporâneos com a cristalização da sericita nas brechas mineralizadas.Com os dados obtidos até o momento, propõe-se que as rochas magmáticas estudadas neste trabalho tenham sido formadas em um ambiente de arco magmático continental e que as mineralizações auríferas da PAAF na região do Garimpo Tairão foram geradas por pelo menos duas fases hidrotermais distintas. A mais antiga formou-se durante a intrusão do granito Matupá (1860 Ma) e mais jovem no período entre 1812 e 1825 Ma. O processo deve ter sido gerado durante a ascenção de pluma mantélica que forneceu calor para fusões crustais e ascensão de granitos epizonais mineralizados associados à fase magmática dos granitos da Suíte Intrusiva Juruena, mais antigos que o Grupo Colíder e Teles Pires. _________________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Trairão and Chumbo Grosso deposits, located in Alta Floresta Gold Province, consists of a gold mineralization in quartz veins and volcanic breccias associated with felsic intrusions. Petrographic, geochemical and isotopic studies in the mineralized and wall rocks were carried out to establish the age of the magmatic and hydrothermal processes of the gold deposit. The host magmatic rocks of the Au-mineralization are representd by the Matupá Intrusive Suite, which it intrudes at the Trairão region the Nhandu Intrusive Suite. These suites contain petrographic features and geochemical affinity of the calc-alkaline series with high potassium. SHRIMP U-Pb zircon dating on these granitcs rocks allow to establish magmatic cycles of ~ 2000 Ma, 1.969-1.923Ma and 1.878-1.837Ma at the Trairão region correlated to the Cuiú-Cuiú complex and Matupá and Nhandu Intrusive Suite. The isotopic signature obtained by Sm-Nd and Lu-Hf, with epsilon Nd(t) values (t = crystallization time) ranging from +0.05 to -6.42 suggest mantle sources for whole rock with some participation of crustal material, while epsilon Hf (t) values on zircon from -3.9 to -9.5 point to a longer residence time (or greater participation of crustal component in its composition). The results of chemical studies in the monazite occurring in auriferous mineralization deposits associated with granites show variable Th and U values and higher concentration of Ce with respect to La, as well as morphology compatible with hydrothermal monazite. Isotopic analysis of U-Th-Pb hydrothermal monazite of the Trairão and Chumbo Grosso deposits yielded ages of 1812 ± 18 Ma e 1825 ± 13 Ma respectively, suggesting that part of the mineralization studied hosted in the older granitic bodies and are probable connected with younger magmas intrusion generated around 1.81-1.82 Ga. . Consequently, the ages obtained from U data - Th - Pb hydrothermal monazite from the breccia ore can be considered a good reference for Au ore formation in Trairão deposits, associated with post-magmatic processes and contemporary with crystallization sericite in the breccia. With the data obtained so far, it is proposed that the magmatic rocks studied in this work have been formed in a continental magmatic arc environment and the auriferous mineralizations in Trairão mine were generated by at least two distinct hydrothermal stages. One associated with intrusion of Matupá Granite (1860 Ma) and another (1812-1825 Ma) associated with mineralized epizone granites of Intrusive Suite Juruena, older than the Colíder Group and Teles Pires.
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Geologia, petrologia e metalogenia do depósito de ouro Santa Helena, Mato GrossoSilva, Mara Letícia Torres da 30 June 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-11-08T14:58:22Z
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Previous issue date: 2017-11-24 / O depósito de ouro Santa Helena está localizado a cerca de 3,5 km a norte da cidade de Nova Santa Helena, norte do estado do Mato Grosso, na Província Aurífera Alta Floresta, porção centro sul do Cráton Amazônico. A associação litológica local é formada pelo granito Santa Helena e diques máficos e félsicos. O granito Santa Helena, constituído por duas fácies, hospeda a mineralização. A fácies 1 é representada por granodiorito e monzogranito e a fácies 2, por sienogranito. Os estudos petrográfico, de química mineral e de litogeoquímica evidenciaram que o granito é cálcio-alcalino, do tipo I, metaluminoso a peraluminoso, gerado em ambiente de arco vulcânico, em condições de elevada fugacidade oxigênio. Os valores mais baixos de SiO2 e altos de Al2O3, MgO, CaO, TiO2, Sr, Zr e V na fácies 1, e as correlações lineares negativas entre MgO, TiO2, FeO(t) e P2O5 nos diagramas de Harker, em direção à fácies 2, indicam que a evolução do magma granítico ocorreu por cristalização fracionada, e que a fácies 2 representa um líquido mais evoluído. Dados geocronológicos (idade U-Pb em zircão) revelaram idade paleoproterozóica para o granito Santa Helena: 2028 ± 17 Ma para fácies 1 e 2012 ± 11 Ma para fácies 2. A fácies 1 possui TDM de 2,39 a 2,45 Ga e εNd de -1,90 a -2,42, enquanto a fácies 2 possui TDM entre 2,32 a 2,49 Ga e εNd de -1,92 e -3,36. Diques de composição de andesitos basálticos cálcio-alcalinos fracionados cortam o granito, bem como dique de composição riolítica, afinidade cálcioalcalina e caráter peraluminoso. A mineralização de ouro se encontra alojada em uma fratura extensional de direção preferencial N25-30E/80-70NW. A fratura representa tectônica dúctil-rúptil regional que afeta a província. O granito foi submetido a cinco estágios de alteração hidrotermal: estágio de metassomatismo incipiente, microclinização, sericítização (muscovita + clorita + quartzo + pirita ± calcopirita), propilítização (epidoto + quartzo + muscovita + calcita ± actinolita ± titanita ± pirita ± rutilo ± albita ± apatita ± allanita) e carbonatação (calcita ± epidoto ± clorita ± pirita). O dique andesítico foi afetado pelo metassomatismo incipiente (clorita ± actinolita + muscovita + epidoto + rutilo ± ilmenita) e alterações clorítica (clorita + muscovita + pirita + quartzo + epidoto ± illmenita ± magnetita), propilítica (epidoto + clorita + calcita ± actinolita ± quartzo ± pirita ± calcopirita) e carbonática (calcita + dolomita ± epidoto ± clorita ± microclinio ± pirita ± calcopirita). A mineralização de ouro ocorre em paragênese com pirita, calcopirita, magnetita, esfalerita e galena. A primeira geração de ouro é caracterizada por ouro incluso em pirita (Au/Ag ~ 2,0 – 14,3), associado com bismuto nativo, bismutinita (Bi2S3), shimerita (Ag3,0 Pb3,4 Bi9,7S17,5), cupravonita (Ag0,8Pb0,7Cu2,7Bi5,1S10,3), mummeita (Ag2,9Pb1,0Cu1,0Bi5,6S10,4) e matilda (AgBiS2). O ouro de segunda geração ocorre preenchendo fraturas na pirita (Au/Ag ~ 2,0 – 3,9). Associa-se a bismutinita (Bi2S3) e hessita (Ag2Te). Estudos de inclusões fluidas sugerem fluidos associados à primeira geração de ouro pertencentes ao sistema H2O-CO2-(CH4)-NaCl. Caracterizamse por baixa salinidade (1,7 - 15 wt% NaCl eq.) e temperatura de homogeneização entre 212 e 409°C. Fuidos do sistema H2O-CO2-(CH4)-NaCl de salinidade moderada (16-22 wt% NaCl eq.) e baixa temperatura de homogeneização (126 - 278°C), e fluidos do sistema H2O-NaCl de baixa salinidade (1 - 16 wt% NaCl eq.) e baixa temperatura de homogeneização (112 - 279°C) relacionam-se à segunda geração de ouro. Dados do geotermômetro da clorita e inclusões fluidas estimam pressões entre 1,2 a 1,9 kbar e temperaturas entre 256 a 350 °C. Os dados obtidos são coerentes com fonte do fluido magmática e mistura com água meteórica. As fraturas serviram de canal para os fluidos hidrotermais. Durante as alterações sericítica e clorítica, acompanhadas por mudanças fisico-químicas, a mineralização do ouro se formou ao longo dessas fraturas. O ouro foi transportado provavelmennte como complexo de bissulfetos. A diminuição da temperatura durante a ascensão e neutralização da acidez são interpretados como causador da preciptação do ouro. Com base nas características petrográficas, litogeoquímicas, mineralógicas e dados de inclusões fluidas, se conclui que o depósito de ouro é geneticamente associado ao magmatismo paleoproterozóico cálcio-alcalino oxidado, sendo classificado como depósito do tipo oxidized calc-alkaline granite-related gold deposit (OCAGG). Os dados obtidos contribuem para o melhor entendimento do depósito de ouro Santa Helena e de outros depósitos semelhantes na Província Aurífera Alta Floresta. / The Santa Helena gold deposit is located about 3.5 km north of the city of Nova Santa Helena, north of Mato Grosso state, in the Alta Floresta Gold Province, the southern center portion of the Amazonian Craton. The local lithologic association is formed by the Santa Helena granite and mafic and felsic dikes. The Santa Helena granite, composed by two facies, hosts the mineralization. The facies 1 is represented by granodiorite to monzogranite and facies 2, by sienogranite. The petrographic, mineral chemistry and litogeochemistry studies showed that the granite is calc-alkaline, type I, metaluminous to peraluminous, generated in a volcanic arc environment, under conditions of high oxygen fugacity. The lowest values of SiO2 and highest of Al2O3, MgO, CaO, TiO2, Sr, Zr and V in facies 1, and the negative linear correlations between MgO, TiO2, FeO(t) and P2O5 in the Harker diagrams, towards facies 2, indicate that the evolution of granite magma occurred by fractional crystallization, and that facies 2 represents a more evolved liquid. Geochronological data (age U-Pb LA-ICP-MS in zircon) revealed paleoproterozoic ages for Santa Helena granite: 2028 ± 17 Ma for facies 1 and 2012 ± 11 Ma for facies 2. The facies 1 has TDM between 2.32 to 2.49 Ga and εNd of -1.92 to -3.36, while the facies 2 has TDM between 2.39 to 2.45 Ga and εNd of -1.90 to -2.42. Dikes of composition fractional calc-alkaline basaltic andesites cut the granite, as well as dike of rhyolitic composition, calc-alkaline affinity and peraluminous character. The gold mineralization is hosted in a N25-30E / 80-70NW extensional preferential direction fracture. The fracture represents a regional ductile-rutile tectonic that affects the province. The granite was submitted to five stages of hydrothermal alteration: incipient metasomatism, microclinization, sericitisation (muscovite + chlorite + quartz + pyrite ± chalcopyrite), propytization (epidote + quartz + muscovite + calcite ± actinolite ± titanite ± pyrite ± rutile ± albite ± apatite ± allanite) and carbonation (calcite ± epitope ± chlorite ± pyrite). The mafic dike was affected by the incipient metasomatism (chlorite ± actinolite + muscovite + epidote + rutile ± ilmenite) and chloritic (chlorite + muscovite + pyrite + quartz + epidote + ilmenite ± magnetite), propylytic (epidote + chlorite + calcite ± actinolite ± quartz ± pyrite ± chalcopyrite) and carbonate alteration (calcite + dolomite ± epidote ± chlorite ± microcline ± pyrite ± chalcopyrite). Gold mineralization occurs in paragenesis with pyrite, chalcopyrite, magnetite, sphalerite, and galena. The first gold generation is characterized by gold included in pyrite (Au/Ag ~2.0-14.3), associated with native bismuth, bismuthinite (Bi2S3), shimerite (Ag3.0Pb3.4Bi9.7S17.5), cupravonite (Ag0.8Pb0.7Cu2.7Bi5.1S10.3), mummeite (Ag2.9Pb1.0Cu1.0Bi5.6S10.4) and matilde (AgBiS2). In the second gold generation occurs filling fractures in pyrite (Au/Ag ~2.0-3.9), associated to bismutinite (Bi2S3) and hessite (Ag2Te). Fluid inclusions studies suggest fluids associated with the first gold generation of the systems H2O-CO2-(CH4)-NaCl. Which are characterized by low salinity (1.7-15 wt% NaCl eq.) and moderate temperature (212-409°C) associated with the first gold generation. Fluids of the system H2O-CO2-(CH4) -NaCl of moderate salinity (16-22 wt% NaCl eq.) and low temperature (126-278°C), and fluids of the system H2O-NaCl of low salinity (1-16 Wt% NaCl eq.) and low temperature (112-279°C) are related to the second gold generation. Chlorite geothermometer data and fluid inclusions estimate pressures ranging from 1.2 to 1.9 kbar and temperatures between 256º and 350ºC. The set of data and fluid inclusions indicate that source of the fluid is magmatic, and that, during its ascent the meteoric water was mixed. The fractures served as channels for the hydrothermal fluids. During the seritic and chloritic alteration, accompanied by physicochemical changes, the gold mineralization was formed along these fractures. Gold was probably transported as bisulfide complexes. The decrease in temperature during the acidity accent and neutralization are interpreted as the originator of gold precipitation. Based on the petrographic, litogeochemical and mineralogical datas and fluid inclusions characteristics it is concluded that the gold deposit is genetically associated with oxidized calc-alkaline Paleoproterozoic magmatism, being classified as a deposit of oxidized calc-alkaline granite-related gold deposit (OCAGG). The data obtained contributes to a better understanding of the Santa Helena gold deposit and other similar deposits in Alta Floresta Gold Province.
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Mineralizações auríferas do lineamento Peru-Trairão Província Auríifera de Alta Floresta-MT = controle estrutural e idade U-Pb das rochas hospedeiras / Gold mineralization lineamento Peru-Trairão, Alta Floresta Gold Provinces (MT) : structural control and U-PB age host rockMiguel Junior, Emilio, 1979- 20 August 2018 (has links)
Orientador: Ticiano José Saraiva dos Santos / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-20T02:37:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: No setor leste da Província Aurífera de Alta Floresta (PAAF) as mineralizações auríferas, em sua maioria, ocorrem em veios, sistemas de veios ou disseminados em rochas graníticas. A maioria dos depósitos encontra-se numa faixa NW-SE, com aproximadamente 30 km de largura e 140 km de extensão, denominada Peru - Trairão. Os filões nesta faixa são sub-verticais, com direções variadas e estão relacionados à uma gênese magmática-hidrotermal na forma de veios de quartzo associados a fraturas e/ou zonas de cisalhamento dúctil a rúptil-dúctil. Os sistemas filoneanos auríferos são agrupados em quatro principais sistemas estruturais, com base na disposição das estruturas mineralizadas: (a) Sistema Novo Mundo: WNW-ESE e N-S em regime dúctil e NW-SE em regime rúptil (e.g. região de Novo Mundo); (b) Sistema Flor da Serra: NNE- SSW e WNW-ESE em regime rúptil (e.g. região de Flor da Serra); (c) Sistema Peixoto: N-S, NNE-SSW e NW-SE em regime dúctil a rúptil (e.g. região de Peixoto de Azevedo) e; (d) Sistema União do Norte: E-W regime dúctil e NE-SW em regime rúptil (e.g. sudoeste de Vila União do Norte). Datações U-Pb em zircão por LA-ICP-MS nos granitóides mineralizados no cinturão de cisalhamento têm as seguintes idades de cristalização: (i) quartzo-feldspato pórfiro (Pórfiro União), 1774± 7.5 Ma, relacionada ao magmatismo pós-colisional; (ii) granodiorito União com 1853±23 Ma que abriga os depósitos do Bigode, Bernaldo e Carrapato; e (iii) Granito Aragão de 1931±12 Ma que abriga os depósitos do Aragão e Jurandir; (iv) monzonito da Suíte Intrusiva Pé Quente de idade 1979±31Ma que abriga vários depósitos auríferos. Esses dados caracterizam temporalmente os principais corpos graníticos com associação espacial para ouro, tanto do ponto de vista da sua época de cristalização quanto dos limites aproximados dessas mineralizações, e contribuem para um melhor entendimento da evolução crustal da região. Estudo de proveniência U-Pb em zircões detríticos na unidade vulcanoclástica (grauvaca feldspática) da seqüência vulcano-sedimentar Serra Formosa, hospedeira do depósito aurífero do Francisco, têm valores entre 1.7 e 2.0 Ga, indicando uma proveniência essenciamente de fontes paleoproterozóica / Abstract: In the eastern sector of the Alta Floresta Gold Province (AFGP), the gold mineralization occurs mostly in veins, systems of veins or disseminated in granitic rocks of the stockwork. Most of these deposits are found in a NW-SE region, with an approximate range of 30 km wide and 140 km long, and it is called Peru - Trairão, because it extends from the north region to the south region in Peru. The veins in this range are sub-vertical, with variable directions and are related to magmatic-hydrothermal genesis in the form of quartz veins associated to fractures or ductile shear zones in brittle-ductile. The filoneans auriferous systems are grouped into four main structural systems, based on the disposal of mineralized structures: (a) System Novo Mundo: WNW-ESE and NS under ductile regime and NW-SE under brittle regime (e.g. Novo Mundo-MT region) (b) System Flor da Serra: NNE-SSW and WNW-ESE under brittle regime (e.g. Flor da Serra region), (c) System Peixoto: NS, NNE-SSW and NW-SE under ductile to brittle regime (e.g. Peixoto de Azevedo region) and (d) System União do Norte: E-W under ductile regime and NE-SW under brittle regime (e.g. Vila União do Norte region). Dating with U-Pb in zircon by LA-ICP-MS in mineralized granites in the shear belt define the following crystallization ages: (i) Quartz-feldspar Porphyry (União Porphyry), 1774±7.5 Ma, related to post-collisional magmatism; (ii) União Granodiorite, 1853±23 Ma that holds the deposits Bigode, Bernaldo and Carrapato; (iii) Aragão Granite, 1931±12 Ma that holds the deposits Aragão and Jurandir; (iv) Suíte Intrusiva Pé Quente Monzonite with the age of 1979±31Ma and holds several gold deposits. These data delimit the date of the main granitic bodies with spatial association for gold, both as the point of its period of crystallization as the approximate limits of these mineralizations, and contribute to a better understanding of the crustal evolution in the region. Provenance study with U-Pb in detrital zircons in the volcaniclastic unit (feldspathic greywacke) of Serra Formosa volcano-sedimentary sequence, the host of the gold deposit Francisco, that has values between 1.7 and 2.0 Ga, indicating an essential provenance of Paleoproterozoic sources / Mestrado / Geologia e Recursos Naturais / Mestre em Geociências
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Controle estrutural e estudo das Inclusões fluídas dos garimpos da região de Terra Nova do Norte e Nova Santa Helena, província aurífera Alta Floresta, Cráton AmazônicoRambo, Jonas Mangoni 15 April 2014 (has links)
Submitted by Simone Souza (simonecgsouza@hotmail.com) on 2017-11-01T14:56:26Z
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Previous issue date: 2014-04-15 / A Província Aurífera Alta Floresta (PAAF) localiza-se no norte do estado de Mato Grosso, delimitada ao norte pelo Gráben do Cachimbo e ao sul pelo Gráben dos Caiabís. Se enquadra na porção sul do Cráton Amazônico, entre as províncias geocronológicas Ventuari – Tapajós e Rio Negro – Juruena. Na porção leste da PAAF foram selecionados 5 alvos para elaboração deste trabalho: (i) Mina do Edu; (ii) Garimpo do Peteca; (iii) Filão do Laje; (iv) Filão do Cocheira e (v) Filão do Vinte. O corpo mineralizado do Edu tem atitudes de N55ºE/subvertical, e é classificado como estruturas do tipo T. Essas estruturas são fraturas extensionais que ocorreram com a mesma atitude do esforço principal e, portanto, indicam a direção do esforço compressivo principal e são preenchidas por veios de quartzo. A Mina do Edu apresenta fluídos carbônicos e aquosa-carbônico. O Garimpo do Peteca e o Filão do Laje, com atitudes de E-W/subvertical, são classificados como estruturas do tipo R. Os Filões do Cocheira e do Vinte, com atitudes N-S/subvertical, são classificados como estruturas do tipo X, que são zonas confinadas de cisalhamento transcorrente geradas a partir da nucleação de fraturas de cisalhamento dextral. O Garimpo do Peteca, o Filão do Laje, Filão do Cocheira e Filão do Vinte apresentam fluídos estritamente aquosos, variando de alta a média salinidade. Esses fluídos distintos sugerem mineralizações provenientes de uma mesma fonte magmática, no entanto, devido à distância de algumas ocorrências da fonte, o fluído foi interagindo com outros fluídos, se distinguindo assim do fluído primário. / The Alta Floresta Gold Province (PAAF) is located in the northern state of Mato Grosso, bounded on the north by the Gráben do Cachimbo and on the south by Gráben dos Caiabis. The PAAF fits in the southern portion of the Amazon Craton, between the Ventuari - Tapajós and Rio Negro - Juruena geochronological provinces. In the eastern portion of PAAF 5 targets were selected for the present work: (i) Mina do Edu (ii) Garimpo do Peteca (iii) Filão do Laje , (iv) Filão do Cocheira (v) Filão do Vinte. The mineralized body of the Mina do Edu has attitude of N55ºE/subvertical, and is classified as structures of the T type. These structures are extensional fractures that occurred with the same attitude as the main effort, and therefore indicate the direction of the main compressive stress and are filled by quartz veins. The Mina do Edu presents carbonic and aqueous-carbonic fluid inclusions. The Garimpo do Peteca and Filão do Laje, with attitudes of EW/subvertical, are classified as structures of the R type. The Filão do Cocheira and Filão do Vinte, with attitudes NS/subvertical, are classified as structures of the X type, which are enclosures transcurrent shear generated from the nucleation of dextral shear fractures. The Garimpo do Peteca, Filão do Laje, Filão do Cocheira and Filão do Vinte presents strictly aqueous fluid inclusions, ranging from high to medium salinity. These different fluids suggest mineralization from the same magmatic source, however, due to the distance of the source from some instances, the fluid was interacting with other fluids, thus distinguishing from the primary fluid.
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Estudo eco-hidrológico da bacia hidrográfica Mariana, afluente do Rio Taxidermista, alta florestaUmetsu, Ricardo Keichi 05 November 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-11-05 / This study aimed to describe the hydro-ecological aspects of Mariana Hydrographic Basin, tributary of the river Taxidermista, Alta Floresta, MT, Brazil. Therefore, studies were performed on the morphometry of the basin; land use; floristic, vegetation structure and correlation with the distribution of tree species and soils of the riparian forest; dynamics of runoff; water physical-chemical aspects; and socio-economy aspects. These results indicate the strong structural drainage control of basin, however the current land use, dominated by cattle farm and deforestation, contribute to erosion. Furthermore, the riparian vegetation is in secondary successional stage probably due to preterit human disturbance. Soil and tree species correlation showed soil texture as attribute greater importance in the distribution of plant groups. The dynamics of runoff showed a low capacity of water storage basin. The water physical-chemical aspects results were directly related to the land use, and the parameters Color, Turbidity and Total Phosphorus presented themselves as the most suitable for monitoring water quality and environmental degradation. The basin is occupied by colonos from the process of private colonization occurred in the mid 1970 s and is predominated by small farms, many over-used, the average monthly income is directly related to its size. The failure of agriculture established at the time of colonization conditioned the uncontrolled deforestation for pasture and, since then, extensive cattle farming is predominant. Thus, the current land use, and the settlement historical processes of the region caused important environmental changes that are directly related to basin s sustainability, especially those related to water shortage. Therefore, it is necessary to implement recuperation and restructuring degraded areas program and the strengthening of family agriculture, aiming to economic and environmental sustainability. / O presente trabalho teve como objetivo descrever hidro-ecologicamente a Bacia Hidrográfica Mariana, afluente do rio Taxidermista, Alta Floresta, MT. Para tanto, foram realizados estudos sobre a morfometria da bacia hidrográfica; uso e cobertura da terra; florística, estrutura e correlação com a distribuição das espécies arbóreas e os solos da mata ciliar; dinâmica do escoamento superficial; aspectos físico-químicos da água; e aspectos sócioeconômicos. Os resultados demonstraram haver um forte controle estrutural da drenagem da bacia hidrográfica, entretanto o atual uso e cobertura do solo, predominado pela pecuária e o desmatamento, contribuem para processos erosivos. A vegetação ciliar encontra-se em estágio sucessional secundário muito provavelmente em função de perturbações antrópicas pretéritas. A correlação entre o solo e as espécies arbóreas evidenciou a textura do solo como atributo de maior importância na distribuição dos grupos vegetais. A dinâmica do escoamento superficial demonstrou a baixa capacidade de armazenamento hídrico da bacia. Os aspectos físico-químicos da água apresentaram resultados diretamente relacionados com o uso e cobertura da terra, sendo que os parâmetros Cor, Turbidez e Fósforo Total apresentaram-se como os mais indicados para o monitoramento da qualidade da água e da degradação ambiental. A bacia é ocupada por colonos provenientes do processo de colonização privada ocorrida em meados na década de 1970 com predomínio de pequenas propriedades, muitas delas sobre-utilizadas, onde a renda média mensal é diretamente relacionada com o tamanho das mesmas. O insucesso da agricultura implantada no momento da colonização condicionou o desmatamento desordenado para a produção de pastagens e, desde então, a pecuária extensiva é predominante. Assim, o atual uso e cobertura da terra, e os processos históricos de ocupação da região causaram alterações ambientais importantes e que estão diretamente relacionados com a sustentabilidade da bacia, principalmente aquela relacionada com a escassez hídrica. Portanto, é necessário a implantação de um programa de recuperação e reestruturação de áreas degradadas e do fortalecimento da agricultura familiar, com vistas a sustentabilidade econômica e ambiental.
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Caracterização litológica e identificação de alvos exploratórios na região de Flor da Serra, Província Aurífera Alta Floresta (MT), utilizando dados magnéticos e geoelétricos / Lithologic characterization and identification of exploration targets in the region Flor da Serra, Alta Floresta Gold Province (T), using magnetic and geoeletricAgnoletto, Ethiane, 1988 23 August 2018 (has links)
Orientadores: Emilson Pereira Leite, Antônio João Paes de Barros / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-23T19:02:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: A região garimpeira de Flor da Serra situa-se na porção Leste da Província Aurífera Alta Floresta, Norte do Mato Grosso, inserida no contexto geológico da porção Centro-Sul do Cráton Amazônico, constituída por suítes plutono-vulcânicas de idade paleoproterozóica e coberturas sedimentares associadas. Várias ocorrências de ouro estão dispostas em grandes zonas de descontinuidade crustal que delimitam terrenos geocronológicos e geológicos. O expressivo adensamento de corpos filoneanos e o histórico de produção destaca essa região de expressivo potencial exploratório. Neste contexto, o trabalho teve por objetivo a identificação de novos alvos exploratórios por meio da análise de dados geofísicos, descrição de testemunhos de sondagem e mapeamento de cavas garimpeiras. A integração desses dados contribuiu em especial à evolução do conhecimento geológico da região Flor da Serra, e também de maneira geral para o setor leste da PAAF. A área de estudo está inserida na Suíte Intrusiva Flor da Serra, que é constituída eminentemente por gabros, dioritos a monzogabros, entretanto com o mapeamento de cavas garimpeiras e descrição de furos de sondagem, verificou-se a existência de quatro unidades geológicas principais: (i) Granitóides do Embasamento de composição tonalítica a granodiorítica com associação de magnetita + granada, intrudidos por rochas da (ii) Unidade Granodiorítica a Tonalítica de mesma composição. Essa unidade é truncada por (iii) Diques Máficos a Intermediários e localmente há presença de (iv) Rochas Cataclásticas a Miloníticas. Os litotipos foram variavelmente afetados por sete tipos de alteração hidrotermal (ordem temporal): (i) alteração potássica intensa, (ii) silicificação pervasiva, (iii) carbonatação, (iv) alteração com muscovita, (v) propilitização mais pontual, (vi) alteração Quartzo-Sericita-Pirita (QSP) com substituição total da rocha e, (vii) vênulas de calcita tardias. Foram realizados levantamentos geofísicos utilizando métodos geoelétricos (Polarização Induzida/Resistividade - IP/RES) e magnetometria em escala de depósito. Valores anômalos de cargabilidade e resistividade obtidos após aplicação de um algoritmo de inversão com vínculo de suavidade definiram zonas de intensa silicificação e de QSP. Essas zonas estão diretamente relacionadas a um minério do tipo disseminado, além de terem possibilitado a delimitação da interface saprólito-rocha sã (manto intempérico profundo de até 50 m). Para facilitar a interpretação geológica, foram gerados mapas do campo magnético anômalo reduzido ao equador magnético e da amplitude do sinal analítico. Esse último possibilitou a definição de um stock granítico intrusivo no embasamento heterogêneo. Para eliminar ruídos remanescentes nos mapas de anomalias magnéticas, foram aplicados os filtros cosseno direcional e continuação para cima, com geração de mapa que confirmou o padrão estrutural vigente no Sistema Flor da Serra. Essa estruturação está associada à diferentes níveis crustais, balizam os principais corpos filoneano da região e também estão associadas a alteração QSP. A integração dos principais lineamentos estruturais; bolsões de alta cargabilidade e resistividade; mapeamento detalhado de cavas desativadas e zona de borda da intrusão possibilitou a definição de pontos de interesse prospectivo metalogenético / Abstract: The gold mining area of Flor da Serra is located in the East portion of the Alta Floresta Gold Province (PAAF), North of the state of Mato Grosso, inserted into the geological context of the South-Central portion of the Amazon Craton, which comprises plutono-Paleoproterozoic volcanic suites and associated sedimentary cover. Several gold occurrences are arranged in large zones of crustal discontinuities demarcating land geochronological and geological. The significant densification of filoneano bodies and production history highlights the significant exploration potential of the area. In this context, this study aimed to identify new exploration targets through analysis of geophysical data, description of drill core samples and prospecting pits. The integrated analysis of these data contributed in particular to the development of the geological knowledge of Flor da Serra, and also generally for the eastern sector of the PAAF. The study area covers the Intrusive Suite Flor da Serra which consists essentially of gabbros, diorites to monzogabros, however mapping of prospecting pits and description of borehole samples confirmed the existence of at least four main geological units: (i) granitoids in Basement of tonalitic to granodioritic composition association with magnetite + garnet rocks intruded by (ii) granodioritic to tonalitic of the same composition. This unit is truncated by (iii) the Intermediate Mafic Dykes and locally by (iv) cataclastic to mylonitic rocks. Rocks of the Flor da Serra have been affected by the following hydrothermal alteration types (temporal sequence): (i) intense potassic alteration, (ii) pervasive silicification, (iii) carbonation, (iv) alteration with muscovite, (v) punctual propylitization, (vi) Quartz-Sericite-Pyrite (QSP) alteration with total replacement of the rock and (vii) late calcite veinlets. The geophysical survey consisted of the application of geoelectrical methods (Induced Polarization/Resistivity - IP/RES) and magnetometry at deposit scale. Anomalous values of chargeability and resistivity allowed defining zones of intense silicification and QSP closely related to a disseminated ore type, beyond the boundaries of the saprolite-bedrock interface (deep weathering mantle of up to 50 m). To facilitate geological interpretation, maps of the magnetic anomalous field reduced to the magnetic equador and the analytic signal amplitude were generated. The latter allowed the identification of granitic intrusive stock in heterogeneous basement. To improve the final product and eliminate remaining noise cosine directional filter and upward continuation to 100 m were applied, providing a map which confirmed the structural pattern prevailing in the Flor da Serra system. This structural system is associated with different crustal levels, controls the main filoneano bodies of the region and is attached to QSP alteration. The integration of the main structural lineaments; zones of high chargeability/resistivity; detailed mapping of deactivated pits; and boundary zone of the intrusion led to the definition of prospective metallogenic targets / Mestrado / Geologia e Recursos Naturais / Mestra em Geociências
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Processamento e modelagem de dados geofísicos e imagens ASTER aplicados à interpretação geológica e prospecção mineral na Província Aurífera de Alta Floresta, MT / Processing and modeling of geophysical data and ASTER images applied to geological interpretation and mineral exploration in the Alta Floresta Gold Province, MTBarbuena, Danilo, 1987- 20 August 2018 (has links)
Orientadores: Carlos Roberto de Souza Filho, Emilson Pereira Leite / Acompanhado de 1 mapa (folha solta dobrada) / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-20T13:02:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: A Provincia Aurifera de Alta Floresta (PAAF) situa-se na porcao centro-sul do craton Amazonico, entre os limites das Provincias Ventuari - Tapajos (1,95-1,8 Ga) e Rio Negro - Juruena (1,8-1,55 Ga). Em seu segmento leste, ocorrem mais de uma centena de depositos auriferos hospedados em rochas plutonicas e vulcanicas e concentrados ao longo do Cinturao Peru-Trairao, de direcao NW-SE. Inseridos neste cenario geologico, proximos ao municipio de Peixoto de Azevedo e a Vila Uniao do Norte, estao os depositos Pe Quente e Francisco, alvos deste trabalho. Em funcao de varios fatores como a dificuldade de acesso, a densa cobertura vegetal e o extenso manto de intemperismo, a extracao de informacoes geologicas na regiao amazonica e uma tarefa dificil e logisticamente onerosa. Nesse contexto, dados geofisicos e de sensoriamento remoto sao essenciais para a ampliacao do conhecimento geologico dessa regiao. Esse trabalho pretende, atraves do processamento e analise de dados geofisicos aereos, terrestres e de imagens ASTER: (i) refinar a cartografia geologica da porcao sudeste da PAAF, identificando estruturas impressas em diferentes niveis da crosta, (ii) individualizar possiveis corpos graniticos ainda nao cartografados, (iii) comparar as respostas geofisicas obtidas com dados terrestres e dados aerolevantados, (iv) determinar a relacao entre os realces gamaespectrometricos e magneticos terrestres de areas-tipo no sudeste da PAAF e, (v) relacionar assinaturas gamaespectrometricas a assinaturas espectrais da vegetacao, simultaneamente indicativas de padroes associados aos depositos auriferos. O processamento e interpretacao dos dados aeromagnetometricos e aerogamaespectrometricos do projeto Juruena-Teles Pires (Fase 1), adquiridos pelo Servico Geologico Brasileiro (CPRM), permitiram a geracao de um novo mapa geologico regional da porcao leste da PAAF. Levantamentos magnetometricos e gamaespectrometricos terrestres foram realizados nas areas dos depositos do Pe Quente e Francisco como parte dessa pesquisa. Sua comparacao com os dados aereos em linhas de aquisicao equivalentes espacialmente mostra que, apesar da diferenca consideravel de escala e de amostragem, os padroes sao mantidos em ambos os tipos de levantamento. Os dados terrestres proporcionaram ainda a producao de modelos prospectivos para depositos de Au baseados em tecnicas de Analise por Principais Componentes e Logica Fuzzy. As anomalias gamaespectrometricas extraidas dos dados geofisicos foram comparadas com as caracteristicas espectrais da vegetacao e de solos/rochas extraidas do processamento de dados ASTER. O estudo demonstrou que existe uma forte correlacao espacial entre zonas ricas em K e anomalias espectrais da vegetacao, indicando que assinaturas geofisicas e geobotanicas podem ser utilizadas de maneira complementar na vetorizacao de depositos de Au na PAAF / Abstract: The Alta Floresta Gold Province (AFGP) is located in the central-southern Amazon craton between the limits of the Ventuari-Tapajos (1.95-1.8 Ga) and Rio Negro-Juruena (1.8-1.55 Ga) provinces. In its eastern segment there are more than one hundred gold deposits hosted in volcanic and plutonic rocks and concentrated along the Peru-Trairao Belt in a NW-SE direction. Included in this geologic setting, near the Peixoto de Azevedo city and the Uniao do Norte village, are the Pe Quente and Francisco deposits which are the targets of this work. Due to several factors such as restricted access, the dense vegetation and extensive weathering, the extraction of geological information in the Amazon region is not trivial. In this context geophysical data and remote sensing are essential to expand the geological knowledge of this region. This study intends, through processing and analysis of airborne geophysical data, ground geophysical data and an ASTER image of the region, (i) refine the geological mapping of the southeastern portion of the AFGP, identifying structures in different levels of the crust, (ii) individualize granitic bodies that have not yet been mapped, (iii) compare the responses of airborne and field-based geophysical data, (iv) determine the relationship between ground gamma spectrometry and magnetic data sets in the southeast of AFGP and (v) relating gamma spectrometry signatures with spectral signatures of vegetation, both indicative of patterns associated with gold deposits. Processing and interpretation of airborne gamma spectrometry and magnetic data of the Juruena-Teles Pires project (Phase 1), acquired by the Brazilian Geological Service (CPRM), allowed the generation of a new regional geological map of the eastern portion of the AFGP. Ground magnetometry and gamma spectrometry surveys were made in the areas of Pe Quente and Francisco deposits as part of this research and compared with airborne data and their response over the lines of flight, showing that even with a considerable difference of scale and sampling, these patterns are maintained in both survey types. These data resulted in the production of prospective models for Au-based deposits using Principal Component Analysis and Fuzzy Logic based techniques. Additionally, by processing an ASTER image, a correlation was found between the occurrence of gamma spectrometry anomalies with the spectral characteristics of vegetation and soil /rock, largely reflecting the strong spatial correlation between potassium-rich areas and spectral anomalies of vegetation, since this element is a essential macronutrient for the healthy development of several plants / Mestrado / Geologia e Recursos Naturais / Mestre em Geociências
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Caracterização geológica e metalogenética do depósito X1 : Província Aurífera de Alta Floresta, região de Matupá (MT) / Geological and metallogenic characterization of deposit X1 : alta floresta gold province, region Matupá (MT)Rodrigues, Rosana Mara, 1983- 04 March 2012 (has links)
Orientadores: Roberto Perez Xavier, Rúbia Ribeiro Viana / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-20T22:16:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: Depósitos auríferos na Província Aurífera de Alta Floresta (PAAF), localizada no centro-sul do Craton Amazônico, extremo norte do Estado de Mato Grosso, geralmente hospedam-se em suítes graníticas geradas em ambiente de arcos magmáticos que se desenvolveram e se agregaram progressivamente no decorrer do Paleoproterozóico (1,98 Ga - 1,87 Ga). A mineralização aurífera nesses depósitos está comumente associada a sulfetos (dominantemente pirita) que ocorrem tanto disseminados quanto em veios de quartzo. Em especial na sua porção leste, essa província contém mais de uma centena de depósitos e ocorrências auríferas que se concentram ao longo de um cinturão de direção NW-SE, denominado informalmente de Peru-Trairão, na região correspondente aos municípios de Nova Santa Helena, Peixoto de Azevedo, Matupá, Guarantã do Norte e Novo Mundo (MT). Neste contexto, o depósito X1 (alvo deste trabalho) representa um dos principais exemplos neste setor da PAAF de mineralização aurífera sulfetada e disseminada em rochas graníticas. Descrições de testemunhos de sondagem e estudos petrográficos no depósito X1 revelaram que o minério está hospedado em dois litotipos: (i) granodiorito fino a grosso e (ii) quartzo-feldspato pórfiro (QFP). Dados litogeoquímicos mostram que o granodiorito do depósito X1 representa um magmatismo cálcio-alcalino, de médio K, peraluminoso, magnesiano, moderado a fortemente oxidado e evoluído (granito tipo I). Entretanto, estudos geoquímicos no QFP não foram realizados em virtude da escassez de amostras sem ou com pouca alteração hidrotermal. Ambos litotipos mostram-se afetados por ampla alteração potássica com feldspato potássico que comumente baliza as zonas mineralizadas do depósito e alteração com muscovita + quartzo + sulfetos. De forma bastante restrita, ainda ocorrem alteração propilítica distal à mineralização, além de cloritização e carbonatação. Nesse cenário, as zonas mineralizadas encontram-se espacial e geneticamente relacionadas à intensa alteração com muscovita + quartzo que oblitera as zonas de alteração potássica. O minério é caracterizado por concentrações significativas de pirita disseminada, frequentemente acompanhada por calcopirita, rutilo e hematita, e mostra teores de ouro entre 0,5 e 10 ppm. De modo mais restrito, essa mesma associação paragenética também é encontrada em veios de quartzo sulfetados, porém com menores teores de ouro (~0,2 ppm). O ouro, frequentemente associado a minerais de Bi, Te e Ag, como tsumoita e hessita, além de galena, monazita, esfalerita e apatita, possui concentrações de Ag que variam de 20% a 30% e ocorre como inclusões de 20?m na pirita. Adicionalmente, as zonas mineralizadas do depósito X1 exibem assinatura geoquímica representada por Au + Ag + Bi ± Cu. Estudos de inclusões fluidas em amostras de veios de quartzo ± pirita ± calcopirita ± muscovita provenientes da zona mineralizada do depósito X1 revelam a existência de dois tipos de fluidos. O tipo I é representado por inclusões aquo-carbônicas trifásicas à temperatura ambiente. Essas inclusões mostram baixa salinidade (6 a 9% eq. NaCl) e temperaturas de homogeneização total entre 251,6 e 297,4ºC. Esses fluidos exibem variação no grau de preenchimento (40% - 95%) indicando aprisionamento heterogêneo, possivelmente por meio de imiscibilidade. O tipo II é representado por inclusões fluidas aquosas bifásicas à temperatura ambiente. São geralmente pobres em CO2, de salinidade baixa a elevada (0 a 25% eq. NaCl) e mostram temperaturas de homogeneização total entre 68,4ºC e 126,5. A forte relação da alteração hidrotermal e mineralização aurífera associada com dois pulsos magmáticos (granodiorito e QFP) sugerem que o depósito X1 tenha se originado a partir de um sistema magmático-hidrotermal. A presença de estruturas (e.g. lineamentos NW e NE observados na área do depósito X1) podem ter promovido ou auxiliado uma maior circulação de fluidos provenientes da cristalização magmática e/ou permitido o acesso de fluidos externos (e.g. meteóricos?). A mineralização aurífera pode estar relacionada tanto à imiscibilidade de fluidos como à interação de fluidos magmáticos quentes, aquo-carbônicos, provenientes da cristalização do sistema magmático local, com fluidos externos, mais frios e oxidantes. Esse mecanismo teria causado o resfriamento do sistema, intensificação da zona de muscovita e quartzo através da substituição progressiva do feldspato potássico e aumento da ¿O2 (hematita estável) causando a precipitação do ouro. Neste contexto, a íntima associação espacial com plútons graníticos oxidados, do tipo I, alojados em ambiente de arcos vulcânicos, os tipos e padrões da alteração hidrotermal assim como a associação paragenética do minério, sugerem que o depósito X1 possa estar geneticamente relacionado a sistemas magmáticos-hidrotermais similares aos sistemas do tipo ouro pórfiro, ricos em ouro, porém, pobres em cobre, similar aos depósitos de Maricunga (Chile) e La Colosa (Colômbia). O depósito X1 também poderia ser enquadrado no modelo IRGS (intrusion-related gold systems), pela forte associação do Au com minerais de Bi e Te, contudo, a natureza oxidada das hospedeiras graníticas e dos fluidos mineralizantes, presença de hematita no minério, assim como o extenso e zonado padrão da alteração hidrotermal, não se mostram coerentes com essa classe de depósitos auríferos / Abstract: The Alta Floresta Gold Province (PAAF) is located in the southern sector of the Amazon Craton, northern sector of Mato Grosso state, and contains a series of gold deposits hosted by granitic suites generated in continental arc settings during the Paleoproterozoic (1.98 Ga - 1.87 Ga). Gold mineralization in these deposits is commonly associated with sulfides (dominantly pyrite) that occur disseminated in the host rocks, as well in quartz veins. Particularly in the eastern portion of this province, in the Nova Santa Helena, Peixoto de Azevedo, Matupá, Guarantã do Norte and Novo Mundo (MT) region, the great majority of these gold occurrences and deposits concentrate along a NW-SE-striking belt informally named Peru-Trairão. In this context, the X1 deposit (case study of this work) represents a prime example in this sector of the PAAF of disseminated gold - sulfide mineralization in granitic rocks. Descriptions of drill core samples and petrographic investigations reveal that the gold mineralization at the X1 deposit is hosted by two granitic rock types: (i) fine to coarse-grained granodiorite and (ii) quartz-feldspar porphyry (QFP). Lithogeochemical data show that the granodiorite represents a calc-alkaline, medium K, peraluminous, magnesium, moderate to strongly oxidized and I-type magmatism. No geochemical data could be obtained for the QFP due to the lack of samples without or with little hydrothermal alteration. Both rocks have been affected by pervasive potassic alteration with K-feldspar, which usually envelope the main orebodies and by muscovite + quartz + sulfide alteration. Propylitic alteration, generally distal to the mineralized zones, chloritization and carbonation, are very restricted alteration types. In this scenario, the mineralized zones are spatially and genetically related to intense muscovite + quartz alteration that overprints the potassic alteration. The mineralization is marked by significant concentrations of disseminated pyrite, often accompanied by chalcopyrite, rutile and hematite, with gold grades ranging from 0.5 to 10 ppm. More subordinately, the same paragenetic association is also found in quartz veins, but with lower gold grades (~ 0.2 ppm). Gold is frequently found as inclusions of up to 20 ?m in pyrite, often in association with Bi, Te and Ag-bearing minerals, such as tsumoite (Bi = 60% + Te = 40%), Bi + Mo, hessita (Ag = 63% + Te = 37%), as well as galena, monazite, sphalerite and apatite. Gold also contains Ag concentrations in the 20% - 30% range. As a consequence, the X1 deposit exhibits a geochemical signature represented by Au + Ag + Bi ± Pb ± Cu. Fluid inclusion studies in quartz ± pyrite ± chalcopyrite ± muscovite veins from the mineralized zones reveal the existence of two types of fluids. The type I is represented by three-phase inclusions with aqueous-carbonic fluids of low salinity (6-9% eq. NaCl) and total homogenization varying from 251,6 to 297.4ºC. These aqueous-carbonic fluids exhibit variation in the degree of fill (40% - 95%) which indicates heterogeneous entrapment, possibly by means of immiscibility. The type II is represented by two-phase CO2-poor aqueous fluids of low to high salinity (0-25% eq. NaCl) and total homogenization between 68.4 ° C to 126.5. The strong spatial relationship between the hydrothermal alteration types and the gold mineralization with two magmatic pulses (granodiorite and QFP) suggest that the deposit X1 may have developed from a magmatic-hydrothermal system. The presence of structures, such as the NW and NE lineaments observed in the X1 deposit area may have promoted a higher flow rate of magmatic fluids and/or allowed access of external fluids (e.g. meteoric?). The gold mineralization may be related both to fluid immiscibility and the interaction of magmatic fluids with colder and oxidizing fluids. This mechanism likely caused the development of the muscovite - quartz zone with the progressive cooling of the system, as well as increase in ¿O2 (hematite stable) which may have caused the gold precipitation. Collectively, the close spatial relationship with relatively oxidized (magnetite-bearing) I-type granitic plutons emplaced in a volcanic arc setting, the types and distribution of the hydrothermal alteration and the ore mineral association, suggest that the X1 deposit may be genetically linked to magmatic-hydrothermal systems similar to gold-only, Cu-poor porphyry systems, as those from the Maricunga belt (Chile) and La Colosa (Colombia). Despite containing some features also encountered in intrusion-related gold deposit class, such as the correlation of Au with Bi and Te, the oxidized nature of the granitic host rocks and the conspicuous occurrence of hematite in the gold ore, seem not to be consistent with this gold mineral system / Mestrado / Metalogenese / Mestre em Geociências
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Geocronologia e evolução do sistema hidrotermal do depósito aurífero de Juruena, Província Aurífera de Alta Floresta (MT), Brasil / The evolution of the Paleoproterozoic Juruena intrusion-hosted gold deposit, northwestern sector of the Alta Floresta Gold Province (Mt), BrazilAcevedo Serrato, Andersson Alirio, 1986- 03 December 2014 (has links)
Orientador: Roberto Perez Xavier / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-24T11:02:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: O depósito aurífero de Juruena, localiza-se no setor oeste da Província Aurífera de Alta Floresta, sul do Cráton Amazônico, onde se hospeda em rochas graníticas da Suíte Intrusiva Paranaíta (1819 - 1793 Ma). Foram reconhecidos cinco tipos de alteração hidrotermal no depósito, organizado cronologicamente do evento mais precoce à mais jovem: (1) alteração potássica com veios de quartzo-sulfetos e quartzo+clorita+fluorita+sulfetos; (2) alteração sericitica com veios de quartzo+molibdenita±pirita com halo de feldspato K e veios de quartzo+calcita+clorita com halo de sericita ; (3) carbonatação com veios de calcita-fluorita-sulfetos; (4) silicificação, pervasiva e em veios; e (5) alteração propilítica com veios de epídoto e calcita. A mineralização encontra-se hospedada nos eventos 1 e 3, onde aparece principalmente como inclusões ou preenchendo fraturas em pirita e também relacionado com fases minerais ricas em Te-Bi-Ag. Estudos da paragênese do minério combinados com analises de microssonda, indicam sucessivos eventos de formação de piritas, definidos em quatro gerações: pirita euedral porosa (py1), desenvolvida nos veios iniciais da alteração potássica; pirita de granulação grossa, arredondada a subhedral, não porosa (py2), representante da segunda geração de pirita com cristais ocorrendo distribuídos na alteração potássica e sericitica; pirita anedral, muito porosa, com abundantes inclusões de silicatos, sendo esta fase dominante na alteração sericitica (py3). Pirita sobrecrescida nos cristais da geração mais jovem (py3) representante por tanto da ultima geração. Ressalta-se ainda que as gerações de py2 e py3 contém inclusões de ouro livre e ouro-teluretos. A geoquímica de elementos traço em pirita, revela que pirita de estágios mais precoces (py1) geralmente são mais pobres em ouro (Au < 0.02wt%) quando comparada à pirita de fases mais tardia (py2 e py3) que pode mostrar valores de Au de até 0.035 wt%. As análises também sugerem que o ouro deve ocorrer como nano- micropartículas na pirita e não como parte de sua estrutura cristalina. O cobre apresenta comportamento oposto, com contrações mais baixas em pirita tardia (Cu < 0.04wt%). Uma amostra de molibdenita associada à paragênese do minério aurífero forneceu uma idade modelo Re-Os de 1805 ± 7 Ma. Levando em consideração o erro, esta idade se sobrepõe parcialmente às idades U-Pb SHRIMP em zircão de 1790 ± 6.4 Ma,(com um nível de confiança de 95%, MSWD = 4.8, n =15) e de 1792 ± 5.8 (com um nível de confiança de 95%, MSWD = 0.32, n =17) obtidas, respectivamente em biotita monzogranito (principal hospedeira da mineralização) e em micromonzogranito representante da ultima fase granítica no depósito. Essa sobreposição sugere uma possível relação genética entre o magmatismo félsicos de idade correlata ao da Suíte Intrusiva Paranaíta e a mineralização aurífera. Dados de inclusões fluidas indicam que fluidos aquo-carbônicos com salinidades entre 0.6 e 11.3 wt% NaCl equiv. e temperaturas no intervalo de 341 ¿ 456 oC foram responsáveis pelos estágios iniciais da mineralização aurífera conteúdos na alteração potássica. Durante a evolução os fluidos ricos em CO2 decrescem, dando lugar para um regime de fluidos aquosos de salinidade elevada (31.4 e 36 wt% NaCl equiv.) com temperaturas entre 239 e 349 oC , representado por inclusões fluidas saturadas em sais. Fluidos essencialmente aquosos mais frios (155 ¿ 285 oC ) e de baixa salinidade representa os estágios finais do sistema hidrotermal. Valores calculados de ?18O para os fluidos hidrotermais oscilam entre 6.9 e 0.5 ¿ indicando uma fonte predominantemente magmática, com adição de pequenas quantidades de aguas meteóricas nos veio mais tardios da alteração sericitica. Os valores ?34S para os sulfetos (-7.1 até +1.5 ¿), são consistente com a precipitação a partir de uma fonte magmática oxidada. Um importante zoneamento foi reconhecido: valores menores de ?34Ssulfetos (-7.1 até -4.5 ¿) tendem a se associar aos veios representativos do estágio precoce da mineralização aurífera, enquanto que valores mais elevados de ?34Ssulfetos (-0.5 até +1.5 ¿) correspondem ao sulfetos contidos na carbonatação, o ultimo evento estudado. Este zoneamento é o resultado da interação fluido-rocha que muda as condições de oxidação-redução ao longo da evolução do fluido magmático-hidrotermal no depósito. Baseados nos dados de campo, petrográficos, de inclusões fluidas, isotópicos e na geoquímica de elementos traço é possível definir que o depósito aurífero de Juruena se trata de um sistema magmático-hidrotermal, com fluidos ricos em CO2 que evoluem para fluidos aquosos. O minério foi depositado diretamente dos fluidos hidrotermais durante diferentes e repetidos pulsos hidrotermais de composição variável. Os processos de formação do depósito aurífero de Juruena são similares aos depósitos do tipo ouro-pórfiro. / Abstract: The Juruena deposit belongs to a large group of intrusion-hosted gold deposits of the Alta Floresta Gold Province in the southern portion of the Amazonian Craton. This gold deposit is hosted by granitic rocks of Paranaita Intrusive Suite (1819 to 1793 Ma) which is crosscut by different sets of mafic intrusions. The hydrothermal alteration can be divided into five stages, from early to late: (1) potassic alteration, with quartz+sulfides and quartz+chlorite+fluorite+sulfides veins (2) sericitic alteration with quartz+molybdenite±pyrite veins with K-feldspar halo and quartz+calcite+chlorite veins with sericitic halo; (3) carbonatization with calcite+fluorite+sulfides veins; (4) silicification, pervasive and in veins; and (5) propylitic alteration with epidote and calcite veins. The mineralization is hosted in stages 1 and 3, where it occurs mostly as particles or filling fractures in the pyrite crystals and related with Te-Bi-Ag phases. Paragenetic studies of the mineralization combined with microprobe analysis indicated successive stages of pyrite formation defined in four generations: euhedral porous form the earliest generation, developed in the earliest veins from potassic alteration (py1). Coarser grained pyrite is a rounded to subhedral nonporous generation distributed in potassic and sericitic alterations (py2). Anhedral very porous generation contains abundant inclusions of silicates and is the dominant generation on the sericitic alteration (py3). Py2 and py3 contain inclusions of native gold and gold tellurides. The fourth generation (py4) overgrows the earlier py3. The geochemistry of trace elements in pyrite reveal that the earliest generation (py1) is particularly depleted in Au (Au ? 0.02 wt%) in comparison with other pyrite generations (py2 and py3) that showed results up to 0.35 wt% Au. Microprobe analysis also suggests that gold occurs mostly as nano- micro-size particles in the pyrite, and not as part of its crystal structure. Copper presents opposite behavior, with the lowest concentration on the richest gold pyrites (Cu ? 0.04 wt%.). A sample of molybdenite coexisting with Au-bearing pyrite from stage 2, revealed a Re-Os model age of 1805 ± 7 Ma. Taking into account the uncertainties, this age could overlaps with the U/Pb SHRIMP obtained in zircon from granitic rocks of the Paranaíta Intrusive Suite at 1790 ± 6.4 Ma (95% confidence level, MSDW= 4.8, n = 15) and 1792 ± 5.8Ma (95% confidence level, MSDW = 0.32, n = 17). This poses a genetic relationships between the felsic magmatism attributed to this granitic suite and the emplacement of the gold mineralization at the Juruena deposit, which can be defined as the result of a magmatic-hydrothermal system. Fluid inclusions microthermometric data obtained in veins of quartz constrain the formation of the early mineralizing events in the range of 341 and 456 oC from a low to moderate-salinity (0.6 and 11.3 wt% NaCl equiv.) H2O-CO2-NaCl fluid. At late stages of gold mineralization, fluid gradually become CO2-poor and higher salinities (31.4 to 36 wt% NaCl equiv.), represented by NaCl-bearing fluid inclusions. More diluted (0.4 to 13.7 wt% Nacl equiv.) and cooler (185 to 285 oC) aqueous fluid inclusions dominate the latest stages of the magmatic-hydrothermal system. Calculated ?18Ofluid values range from 6.9 to 0.5 ¿ indicating that ore fluids of essentially magmatic origin in the earlier mineralizing stages undergoes mixing with meteoric waters in the late stages. Sulfides from early veins display ?34SSulfide values in the range of -7.1 to -4.5 ¿, whereas more enriched ?34SSulfide values varying from -0.5 to +1.5 ¿ are obtained in sulfides from the late veins sets. The more negative ?34SSulfide values may reflect sulfides precipitation from oxidized magmatic fluids in the early ore stages, whereas higher ?34SSulfide values be attained in later stages as a result of water-rock interactions, fluid mixing and change of the redox conditions. Based on field, petrography, fluid inclusions, isotopic evidence and geochemistry of trace elements in pyrites, is possible to define that Juruena gold deposits is a magmatic-hydrothermal system, with hot CO2-fluid rich that evolve to lower temperature, aqueous fluids. The gold was precipitated directly from the hydrothermal solution during different pulses. The formation processes of the Juruena gold deposit are most similar with a typical small Au-porphyry system formed in the Paleoproterozoic / Mestrado / Geologia e Recursos Naturais / Mestre em Geociências
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Depósitos auríferos associados ao magmatismo félsico da Província de Alta Floresta (MT), Cráton Amazônico : litogeoquímica, idade das mineralizações e fonte dos fluidos / Intrusion-hosted gold deposits related to the felsic magmatism of the Alta Floresta Gold Province (MT), Amazon Craton : lithogeochemistry, mineralization ages and source of fluidsAssis, Rafael Rodrigues de, 1985- 03 February 2015 (has links)
Orientador: Roberto Perez Xavier / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências / Made available in DSpace on 2018-08-27T12:52:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Resumo: MINERALIZAÇÕES E FONTE DOS FLUIDOS. A Província Aurífera de Alta Floresta, porção centro-sul do Craton Amazônico, localiza-se entre os limites das províncias geocronológicas Ventuari ¿ Tapajós (1,95-1,8 Ga) e Rio Negro ¿ Juruena (1,8-1,55 Ga), ou entre as províncias tectônicas Tapajós ¿ Parima (2,03-1,88 Ga) e Rondônia ¿ Juruena (1,82-1,54 Ga), a depender do modelo adotado para o cráton. Ela é essencialmente constituída por sequências plutôno-vulcânicas derivadas de diversos arcos vulcânicos amalgamados no decorrer do Paleoproterozóico. No segmento leste da província, na região que compreende as cidades de Peixoto de Azevedo ¿ Matupá ¿ Guarantã do Norte ¿ Novo Mundo (MT), rochas plutônicas e vulcânicas de composição granítica hospedam mais de uma centena de depósitos auríferos concentrados ao longo do Cinturão Peru ¿ União do Norte, de direção NW-SE. Com base na paragênese e estilo do minério, essas mineralizações podem ser agrupadas em três tipologias principais: (1) Au ± Cu disseminados em sistemas graníticos e dominantemente representados por pirita e concentrações variáveis de calcopirita e hematita; (2) Sistemas filonares de Au ± Cu essencialmente constituídos por pirita com calcopirita subordinada; e (3) Au + metais de base confinados a veios e vênulas que truncam sequências vulcano-sedimentares sin- a pós-tectônicas. Neste contexto, três grupos principais de rochas plutônicas podem ser distinguidos: (1) embasamento granítico e granitóides antigos; (2) intrusões graníticas de composição sieno/monzogranítica que hospedam as principais mineralizações auríferas da província; e (3) hospedeiras sub-vulcânicas de composição monzogranítica a tonalítica. No conjunto, essas unidades representam um magmatismo cálcio-alcalino oxidado, hidratado, de médio a alto K, meta- a peraluminoso e ferroso a ligeiramente magnesiano, possivelmente derivado da fusão parcial da crosta inferior (manto metassomatizado) em ambiente de arcos vulcânicos. Embora a principal hospedeira plutônica (Granito Guarantã) exiba importantes características adakíticas, compreende-se que seu magma fonte tenha se formado nas porções profundas da crosta, com plagioclásio instável, mas granada e hornblenda estáveis. Os novos dados U-Pb em zircão (SHRIMP) indicam que as idades de cristalização do embasamento granítico variam de 1.980 ±8,8 Ma (Gnaisse Nova Guarita) a 1.978 ±8,1 Ma (tonalito foliado), enquanto as hospedeiras graníticas teriam se formado entre 1.904 ±4,6 Ma (Granodiorito X1), 1.901 ±6,8 Ma (Tonalito Pé Quente) e 1.863 ±4,8 Ma (Granodiorito Jorge) e as hospedeiras sub-vulcânicas entre 1.774 ±7,5 (Pórfiro União do Norte) e 1.773 ±5,7 Ma (quartzo-feldspato pórfiro X1). Os valores ?Nd(t) (-5,49 a -0.975) e as idades modelo TDM (2,36 a 2,02 Ga) sugerem magmas de derivação mantélica extraídos de fonte paleoproterozóica, em que a cristalização fracionada teria correspondido ao principal vetor de evolução petrogenética e, em menor escala, processos de contaminação crustal. Coletivamente, é proposto que esses litotipos tenham se originado a partir de três estágios magmáticos principais: (1) embasamento granítico e granitóides antigos no Orosiriano; (2) hospedeiras granodiorititicas-tonalíticas durante o Orosiriano tardio; e (3) pórfiros e sub-vulcânicas no Statheriano. Esses eventos estariam respectivamente associados à construção do (A) Arco Magmático Cuiú-Cuiú; (B) Arco Magmático Juruena; e (C) contexto pós-colisional do Arco Magmático Juruena. Neste arcabouço geológico, enquadram-se os depósitos magmático-hidrotermais do Pé Quente, Luizão, X1 e Francisco, correspondentes aos alvos de estudo dessa tese na escala de depósitos. Os depósitos Pé Quente (Suíte Pé Quente, 1,97-1,9 Ga), Luizão (Granito Novo Mundo; 1,97-1,96 Ga) e X1 (Granito Guarantã; 1,9 Ga), representam os principais exemplos de mineralizações de Au ± Cu disseminadas em sistemas graníticos, enquanto o depósito do Francisco (Pórfiro União do Norte; 1,77 Ga) seria o principal representante de mineralizações auríferas filonares associadas a metais de base. As zonas mineralizadas dos depósitos X1 e Luizão estão condicionadas a uma forte alteração fílica (muscovita grossa + quartzo + sulfetos) com abundantes concentrações de pirita, mas variável de calcopirita e hematita. Essas zonas estão circunscritas a uma intensa alteração potássica pervasiva com ortoclásio + microclínio ± hematita. Embora essas alterações também ocorram no depósito Pé Quente, seu minério está temporalmente relacionado tanto a uma alteração sódica precoce quanto à alteração fílica. No depósito do Francisco, contudo, o minério está confinado a veios de quartzo com extensos halos de alteração sericítica com pirita + esfalerita + galena ± calcopirita ±digenita disseminadas. Essas alterações são margeadas por uma forte alteração potássica com ortoclásio ± hematita, a qual está circunscrita a uma ampla zona de alteração propilítica de cunho regional. Assembleias de inclusões fluidas provenientes de cristais de quartzo dos depósitos Pé Quente e X1 indicam a coexistência de duas tipologias principais de fluidos: (1) um fluido aquoso de ampla salinidade (2,1 a 26,1% eq. NaCl) e de baixa a moderada temperatura (126,5°C a 268,4°C), coexistentes com fluidos (2) aquo-carbônicos de baixa salinidade (6,1 a 8,9% eq. NaCl), mas altas temperaturas (251,6° a 334,6°C), indicativas de aprisionamento heterogênio em condições de imiscibilidade em um sistema magmático-hidrotermal profundo. No depósito Luizão, o regime de fluidos é registrado por fluidos (1) aquoso-salinos (33,6-37% eq. NaCl) com temperaturas entre 200° e 280°C; coexistente com (2) fluidos aquosos bifásicos de baixa salinidade (2,5-15% eq. NaCl) e temperatura (95°-185°C), indicativos de processos de separação de fases em nível crustal mais raso quando comparado aos depósitos Pé Quente e X1. E finalmente, no depósito do Francisco, as assembleias de inclusões fluidas indicam fluidos eminentemente aquosos de baixa à moderada salinidade (até 24,7% eq. NaCl) e temperatura (85,3°C a 373,2°C), que exibem grande variação quanto ao grau de preenchimento pela fase de vapor (10-70%), sugestivos de processos de ebulição em nível crustal raso. Adicionalmente, os dados isotópicos para oxigênio, deutério e enxofre indicam forte componente magmática para os depósitos do Pé Quente, Luizão e X1, enquanto que no depósito do Francisco, fluidos eminentemente magmáticos teriam interagido com fluidos externos, possivelmente de origem meteórica. Em virtude das similaridades entre seus principais atributos geológicos, assembleias de inclusões fluidas e dados isotópicos, os depósitos Pé Quente, Luizão e X1 podem ser classificados como similares a depósitos do tipo ouro pórfiro, porém, posicionados em níveis crustais mais profundos do que os clássicos exemplos andinos, enquanto o depósito do Francisco seria equivalente às mineralizações epitermais de sulfetação intermediária. No âmbito dessas mineralizações, são reportadas as primeiras idades Re-Os em sulfetos provenientes das principais zonas auríferas dos depósitos supracitados, assim como as primeiras idades da alteração hidrotermal (40Ar/39Ar) associadas à zona mineralizada do depósito epitermal da província. As idades Re-Os em concentrados de pirita do depósito Pé Quente variam de 1.792 ±9 Ma a 1.784 ±11 Ma (idade modelo: 1.787 ±5,5 Ma), enquanto que para o Luizão elas estão compreendidas entre 1.790 ±9 Ma e 1.782 ±9 Ma (idade modelo: 1.787 ±6,2 Ma). No depósito X1, as idades Re-Os em molibdenita são coincidentes aos casos anteriores: entre 1.787 ±7 Ma e 1,785 ±7 Ma (idade modelo: 1.786 ±5 Ma). No depósito do Francisco, as idades 40Ar/39Ar em alíquotas de sericita oriundas do halo de alteração sericítico fornecem idades entre 1.779 ±6,28 a 1.777 ±6,3 Ma e, portanto, bastante similares aos depósitos disseminados de Au ± Cu. Em adicional, as idades 40Ar/39Ar da alteração fílica do depósito Pé Quente variam de 1.833,6 ±6,2 a 1.830,6 ±6.2 Ma, enquanto que no depósito X1 essas idades estão compreendidas entre 1.733,3 ±6,2 a 1.751,3 ±6,1 Ma. A grande uniformidade isotópica obtida para os depósitos disseminados de Au ± Cu fornece uma excelente idade isocrônica em 1.786 ±1 Ma, com idade modelo em 1.787 ±3,2 Ma, as quais permitem apontar para um único e estreito evento aurífero na Província, centrado no Statheriano e que teria durado aproximadamente 10 Ma. No conjunto, essas idades, portanto, demonstram a contemporaneidade das mineralizações com o alojamento de corpos porfiríticos sub-vulcânicos sin- a pós-colisionais na Província, correlacionados às suítes Colíder (quartzo-feldspato pórfiro X1) e Teles Pires (Pórfiro União do Norte), pertencentes ao terceiro evento magmático da província. Logo, as idades Re-Os diferem substancialmente das idades U-Pb das hospedeiras plutônicas graníticas dos depósitos investigados. Esse fato demonstra não haver qualquer conexão genética entre o plutonismo granítico e processos responsáveis pelas mineralizações auríferas da província, diferentemente dos três eventos auríferos até então propostos para a província: (1) 1,98-1,95 Ga (e.g. depósitos Luizão e Pé Quente); (2) 1,87-1,85 Ga (depósitos X1 e Serrinha) e (3) 1,77-1,79 Ga (depósito do Francisco). Essas idades abrem, portanto, novas perspectivas para a exploração aurífera na Província, visto que unidades vulcânicas e sub-vulcânicas de idade 1,78-1,77 Ga agora se tornam alvos potenciais à exploração / Abstract: The Alta Floresta Gold Province, eastern portion of the Amazon Craton, extends between the Ventuari ¿ Tapajós (1.95 to 1.8 Ga) and Rio Negro ¿ Juruena (1.8 to 1.55 Ga) geochronological provinces, or between the Tapajós ¿ Parima (2.03-1.88 Ga) and Rondônia ¿ Juruena (1.82-1.54 Ga), depending on the model used. The province is mainly composed of arc-type plutono-volcanic sequences amalgamated during the Paleoproterozoic. At the easternmost segment of the province, in region that comprises the districts of Peixoto de Azevedo ¿ Mautpá ¿ Guarantã do Norte ¿ Novo Mundo (MT), a significant number of gold deposits are distributed along a NW-SW striking belt (Peru ¿ União do Norte belt) hosted by plutonic and volcanic rocks of granitic composition. Based on ore and stype paragenesis, these gold mineralizations can be clustered into three main groups: (1) Au ± Cu disseminated within granitic systems and essentially represented by pyrite and variable amounts of chalcopyrite and hematite; (2) Au ± Cu-rich veins mainly composed of pyrite and subordinated chalcopyrite; and (3) vein-type Au + base metals that crosscut sin- to post-collisional volcano-sedimentary sequences. Whitin this context, three major groups of plutonic rocks may be distinguished: (1) basement and old granitoids; (2) granitic intrusions that vary in composition from tonalite to syeno/monzogranite and that host the major gold mineralizations within the province; and (c) subvolcanic hosts of tonalite to monzogranite composition. These units display affinities to the calc-alkaline, oxidized, hydrated, medium to high-K, meta- to peraluminous and ferrous to slightly magnesium (I-type granites), possibly derived from volcanic arc-type setting from partial melting of lower crustal sources (metasomatized mantle). Although the main granite host (Guarantã granite) exhibits an adakite-signature, it is understood that its magma might have been derived from a deep crustal level, with instable plagioclase, garnet and hornblende stable. The new SHRIMP U-Pb zircon ages suggest that the crystallization ages related to the granitic basement range from 1,980 ±8.8 Ma (Nova Guarita gneiss) to 1,978 ±8.1 Ma (foliated tonalite), where those obtained to plutonic granitic host rocks are between 1,904 ±4.6 Ma (X1 granodiorite), 1,901 ±6.8 Ma (Pé Quente tonalite) and 1,863 ±4.8 Ma (Jorge granodiorite), and those related to subvolcanic host rocks vary from 1,774 ±7.5 (União do Norte porphyry) to 1,773 ±5.7 Ma (X1 quartz-feldspar porphyry). The ?Nd(t) (-5.49 to -0.975) and TDM ages (2.36 to 2.02 Ga) are indicative of Paleoproterozoic mantle-derived magmas with fractional crystallization as the main vector of evolution to these lithotyepes, such as crustal contamination in minor importance. Collectively, these lithotypes can be clustered into three main magmatic stages: (1) Orosirian granitic basement and old granites; (2) Late Orosirian granodiorite-tonalite host intrusions; and (3) Statherian porphyries and subvolcanics. These events would related, respectively, the construction of (A) Cuiú-Cuiú magmatic arc; (B) Early Juruena magmatic arc; and (C) Post-collisional Juruena magmatic arc setting. Within this geological context, we have the Pé Quente, Luizão, X1 and Francisco magmatic-hydrothermal gold deposits, the main case of study in this work. The Pé Quente (Pé Quente suite; 1.97-1.9 Ga), Luizão (1.97-1.96 Ga) and X1 (Guarantã granite; 1.9 Ga) deposits represent the major disseminated Au ± Cu mineralization in granitic systems, whereas the Francisco deposit (União do Norte porphyry; 1.77 Ga) would correspond the principal exemple of vein-type gold + base metals. The Luizão and X1 ore-zones are related to a strongly and pervasive phyllic alteration (coarse-grained + quartz + sulfide) wich high concentrations of pyrite but variable chalcopyrite and hematite. These hydrothermal zones are limited by a strong and pervasive potassic alteration with orthoclase + microcline ± hematite. Although these hydrothermal alterations are also found in the Pé Quente deposit, its ore is temporally related both to an early sodic as phyllic alterations. At the Francisco deposit, however, the main ore-zones are restricted to quartz-rich veins with metric sericitic alteration halos (5 to 6 m) with disseminated pyrite + sphalerite + galena ± chalcopyrite ± digenite. Collecvely, these hydrothermal alterations are limited by a regional propylitic alteration. Fluid inclusion assemblages in quartz crystals from X1 and Pé Quente deposits reveal the presence of two types of ?uids: (1) aqueous two-phase inclusions with wide salinity (2.1-26.1 wt.% eq. NaCl) and homogenization temperatures (126.5°C to 268.4°C); and (2) H2O-CO2 inclusions of low salinity (6.1-8.9 wt.% eq. NaCl) and higher temperatures (251.6° to 334.6°C), suggestive of heterogeneous entrapment by immiscibility processes in a deep magmatic-hydrothermal system. At the Luizão deposits, the fluids regime revel the coexistence of two types of aqueous fluids: (1) a high salinity (33.6 to 37 wt% NaCl eq.) fluids represented by halite-bearing fluid inclusions with temperatures that range from 200° to 280°C; and (2) a low salinity (2.5 ¿ 15 wt% NaCl eq.) and lower temperature fluid represented by two-phase inclusions, indicating fluid phase-separation processes at shallower crustal level if compared the Pé Quente and X1 deposits. And finally, at Francisco deposit the fluids are mainly composed of low to moderate salinity (up to 24 wt.% eq. NaCl) and temperature (85.3° to 373.2°C) and salinity aqueous fluid inclusions with heterogeneity in the vapor-phase filling degree (10-70 vol.%), which are suggestive of boiling processes in a shallower crustal leve. Moreover, oxygen, deuterium and sulfur isotope data do indicate a strong magmatic signature to the Pé Quente, X1 and Luizão deposits, whereas in the Francisco deposit, fluids essentially magmatic may have interacted with meteoric fluids. Based on the similarities between the major geological attributes, fluid inclusions assemblages and isotopic data, the Pé Quente, X1 and Luizão deposit can be similar to gold-only, Cu-poor porphyry systems, however, placed within deeper crustal levels than those classically interpreted as andian-type porphyry, whereas the Francisco deposits would be equivalent to polymetallic epithermal deposits of intermediate sulfidation. About these gold mineralizations, this work reports for the first time Re-Os pyrite and molybdenite ages for the Au ± disseminated deposits, such as the firt hydrothermal alteration ages (40Ar/39Ar) related to the ore-zones of the epithermal systems from the province. The Re-Os pyrite ages for the Pé Quente deposit vary from 1,792 ±9 Ma to 1,784 ±11 Ma (model age: 1.787 ±5,5 Ma), whereas those for Luizão deposit are between 1,790 ±9 Ma and 1,782 ±9 Ma (model age: 1,787 ±6.2 Ma). The Re-Os molybdenite ages for X1 deposit are very similar to the previously deposits, because it range from 1,787 ±7 Ma to 1,785 ±7 Ma (model age: 1,786 ±5 Ma). At the Francisco deposit, the 40Ar/39Ar ages from sericite samples from sericitic halo vary from 1,779 ±6.28 to 1,777 ±6.3 Ma, therefore, very similar to those obtained to the Au ± disseminated deposits. Additionally, the 40Ar/39Ar ages to the phyllic alterations from Pé Quente deposit range from 1,833.6 ±6.2 to 1,830.6 ±6.2 Ma, whereas to the X1 deposit these ages are constrained between 1,733.3 ±6.2 to 1,751.3 ±6.1 Ma. The isotopic uniformity of the disseminated Au ± Cu deposits provides an excellent isochronous age at 1.786 ±1 Ma, with model age at 1.787 ±3.2 Ma, suggesting a major and unic Staherian gold metallogenetic event within the Alta Floresta Gold Province that would lasted approximately 10 Ma. These ages allow us to correlate the ore-forming processes with the post-collisional felsic magmatism of the Juruena arc, possibly associated to the emplacement of the Colíder (quartz-feldspat porphyry) and Teles Pires (União do Norte porphyry) suites, belonging to the third magmatic event that took place in the province. Therefore, the Re-Os sulfide ages are substantially different from the U-Pb zircon crystallization ages of the plutonic granitic host rocks. This demonstrates that there is no genetic connection between the emplacement of granitic plutons and the ore-forming processes responsible for the gold mineralization in the province, contrasting, therefore, to the three auriferous events so far proposed to the province: (i) 1.98-1.95 Ga (e.g. Luizão and Pé Quente deposits); (ii) 1.87-1.85 Ga (X1 and Serrinha deposits); and (iii) 1.77-1.79 Ga (e.g. Francisco deposit). These new Re-Os pyrite and molybdenite ages open new perspectives for gold exploration in the province as volcanic and sub-volcanic units of 1.78 to 1.77 Ga now may become prime targets / Doutorado / Geologia e Recursos Naturais / Doutor em Ciências
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