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A pólis como \'coisa\': relações entre a materialidade da cidade, instituições e práticas aristocráticas no Mediterrâneo Ocidental Arcaico (1000 - 600 a. C.) / Polis as \'thing\': relations among the materiality of the city, of institutions and of the aristocratic practices in the Archaic Western Mediterranean area.Custodio, Christiane Teodoro 10 March 2017 (has links)
A mobilidade de populações caracterizou a apropriação do meio físico e os processos de territorialização na região do Mediterrâneo antigo. Dada a ocupação de áreas costeiras dos continentes e das ilhas que compõem os territórios habitáveis da região, grupos sociais utilizaram o meio terrestre e marítimo para conectar as diversas regiões e respectivas populações. Disto decorre que as trocas, intercâmbios e comércio tenham exercido papel fundamental no desenvolvimento social, político e cultural das diversas entidades que compõe o conjunto de sociedades que compartilham o Mar Mediterrâneo como meio de acesso, barreira e paisagem. Interpretamos a pólis grega como uma coisa, desmembrada em partes menores, território, vias, espaços especializados, áreas de culto e meio geográfico para oferecer uma intervenção original nas discussoes acerca das origens dos assentamentos gregos permanentes em territórios estrangeiros. Neste trabalho analisam-se as inter-relações entre a emergência das elites vinculadas às atividades agrícolas e comerciais no período de transição entre a Idade do Ferro e o Período Arcaico. Estudam-se também a materialização de sua agenda político-cultural na infra-estruturação das cidades, bem como nas práticas sociais cuja performance se dava nestes espaços. Tais elementos tinham papel ativo, funcionando como suportes aos discursos sobre seus dirigentes políticos e incidiram na consubstanciação de uma geografia ôntica, que gradualmente configurou um dos sentidos de helenidade compartilhado pelos gregos antigos: o Ser na pólis. Analisamos um conjunto de apoikias da Sicília fundadas pelos gregos das metrópoles Cálcis, Mégara, Corinto, Rodes e Creta. Através da Identificação da interdependência entre estas comunidades, conclui-se que esta não se caracteriza por qualquer espécie de domínio político. Esta interdependência é materializada nos arranjos urbanos, replicação de cultos e apropriação da paisagem dos assentamentos analisados. O presente estudo identifica fases de estabelecimento das apoikias, caracterizadas por processos de aquisição territorial marcadamente distintos no que concerne a adoção de tamanhos de lotes na àsty, extensão da khóra e infra-estruturação sacra da paisagem. Por fim, propomos uma reflexão sobre o papel das redes de contato como agentes que impulsionaram o processo de criação de assentamentos gregos permanentes em territórios estrangeiros e seu impacto no desenvolvimento da pólis de época arcaica. / Population mobility has characterized the appropriation of the physical environment and processes of territorialization in the ancient Mediterranean region. Given the occupation of the coastlines of continents and islands that constitute the inhabitable territories in the region, social groups made use of land and sea to connect different regions and their respective populations. As a result of these exchanges, interchanges and trade had a fundamental role in the social, political and cultural development of the societies sharing the Mediterranean Sea as a means of access, as a barrier and as landscape. In this study we understand the Greek polis as one whole thing subdivided into smaller parts such as territory, roads, spaces for specific use, areas of worship and geographic environment in order to provide an original intervention in discussions on the origins of permanent Greek settlements in foreign territories. This work analyzes the interrelations between the emergences of elites associated with agricultural and commercial activities in the transition period between the Iron Age and Archaic Greece. Included in this study is also the materialization of their political and cultural agenda reflected in the infrastructure of the cities, as well as social practices whose performance was enacted in these spaces. Such elements had an active role in supporting discourses about their political leaders, acting on the consubstantiation of an ontic geography that gradually became one of the meanings of helenicity shared by ancient Greeks: the Being in the polis. We analyze a group of apoikias founded in Sicily by Greeks from the metropoles Kalcis, Megara, Korith, Rhodes and Krete. Through the identification of the interdependence between these communities, we have concluded that it is not characterized by any kind of political domination. This interdependence is materialized in the urban organization, replication of worship and appropriation of landscapes of the settlements analyzed. In this study we identify phases in the development of the apoikias, which are marked by processes of territorial acquisition clearly distinct, in terms of the size of plots in the asty, extension of khora and sacred infrastructure of the landscape. Finally, we propose a reflection on the role of the networks of contact as agents prompting the processes of creation of permanent Greek settlements in foreign territories and their impact in the development of the Greek polis in Archaic Greece.
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A pólis como \'coisa\': relações entre a materialidade da cidade, instituições e práticas aristocráticas no Mediterrâneo Ocidental Arcaico (1000 - 600 a. C.) / Polis as \'thing\': relations among the materiality of the city, of institutions and of the aristocratic practices in the Archaic Western Mediterranean area.Christiane Teodoro Custodio 10 March 2017 (has links)
A mobilidade de populações caracterizou a apropriação do meio físico e os processos de territorialização na região do Mediterrâneo antigo. Dada a ocupação de áreas costeiras dos continentes e das ilhas que compõem os territórios habitáveis da região, grupos sociais utilizaram o meio terrestre e marítimo para conectar as diversas regiões e respectivas populações. Disto decorre que as trocas, intercâmbios e comércio tenham exercido papel fundamental no desenvolvimento social, político e cultural das diversas entidades que compõe o conjunto de sociedades que compartilham o Mar Mediterrâneo como meio de acesso, barreira e paisagem. Interpretamos a pólis grega como uma coisa, desmembrada em partes menores, território, vias, espaços especializados, áreas de culto e meio geográfico para oferecer uma intervenção original nas discussoes acerca das origens dos assentamentos gregos permanentes em territórios estrangeiros. Neste trabalho analisam-se as inter-relações entre a emergência das elites vinculadas às atividades agrícolas e comerciais no período de transição entre a Idade do Ferro e o Período Arcaico. Estudam-se também a materialização de sua agenda político-cultural na infra-estruturação das cidades, bem como nas práticas sociais cuja performance se dava nestes espaços. Tais elementos tinham papel ativo, funcionando como suportes aos discursos sobre seus dirigentes políticos e incidiram na consubstanciação de uma geografia ôntica, que gradualmente configurou um dos sentidos de helenidade compartilhado pelos gregos antigos: o Ser na pólis. Analisamos um conjunto de apoikias da Sicília fundadas pelos gregos das metrópoles Cálcis, Mégara, Corinto, Rodes e Creta. Através da Identificação da interdependência entre estas comunidades, conclui-se que esta não se caracteriza por qualquer espécie de domínio político. Esta interdependência é materializada nos arranjos urbanos, replicação de cultos e apropriação da paisagem dos assentamentos analisados. O presente estudo identifica fases de estabelecimento das apoikias, caracterizadas por processos de aquisição territorial marcadamente distintos no que concerne a adoção de tamanhos de lotes na àsty, extensão da khóra e infra-estruturação sacra da paisagem. Por fim, propomos uma reflexão sobre o papel das redes de contato como agentes que impulsionaram o processo de criação de assentamentos gregos permanentes em territórios estrangeiros e seu impacto no desenvolvimento da pólis de época arcaica. / Population mobility has characterized the appropriation of the physical environment and processes of territorialization in the ancient Mediterranean region. Given the occupation of the coastlines of continents and islands that constitute the inhabitable territories in the region, social groups made use of land and sea to connect different regions and their respective populations. As a result of these exchanges, interchanges and trade had a fundamental role in the social, political and cultural development of the societies sharing the Mediterranean Sea as a means of access, as a barrier and as landscape. In this study we understand the Greek polis as one whole thing subdivided into smaller parts such as territory, roads, spaces for specific use, areas of worship and geographic environment in order to provide an original intervention in discussions on the origins of permanent Greek settlements in foreign territories. This work analyzes the interrelations between the emergences of elites associated with agricultural and commercial activities in the transition period between the Iron Age and Archaic Greece. Included in this study is also the materialization of their political and cultural agenda reflected in the infrastructure of the cities, as well as social practices whose performance was enacted in these spaces. Such elements had an active role in supporting discourses about their political leaders, acting on the consubstantiation of an ontic geography that gradually became one of the meanings of helenicity shared by ancient Greeks: the Being in the polis. We analyze a group of apoikias founded in Sicily by Greeks from the metropoles Kalcis, Megara, Korith, Rhodes and Krete. Through the identification of the interdependence between these communities, we have concluded that it is not characterized by any kind of political domination. This interdependence is materialized in the urban organization, replication of worship and appropriation of landscapes of the settlements analyzed. In this study we identify phases in the development of the apoikias, which are marked by processes of territorial acquisition clearly distinct, in terms of the size of plots in the asty, extension of khora and sacred infrastructure of the landscape. Finally, we propose a reflection on the role of the networks of contact as agents prompting the processes of creation of permanent Greek settlements in foreign territories and their impact in the development of the Greek polis in Archaic Greece.
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Collective Consciousness: The Archaeology of Urbanization, Monumentalization, and Polis Formation in the Greek Apoikiai of Sicily from the Early Archaic to Early Classical PeriodsMoniz, Kaitlyn Marie 11 1900 (has links)
Urbanization in the Sikeliot apoikiai was the catalyst to the creation and reinforcement of polis identity from soon after the point of initial settlement onwards. A main priority of the Greek settlers was to first layout the foundations for an urban grid, and within this grid to designate space for ritual practice, later monumentalized during the Archaic and Classical periods following the growth of the polis. A diachronic and geographical survey of urbanization and of the religious architecture, art, and votives dating to the Archaic and Classical periods illustrates this; this survey centers around seven major Greek settlements in Sicily: Naxos, Megara Hyblaea, Syracuse, Himera, Gela, Akragas, and Selinus. While the process of urbanization also occurred on the Greek mainland, it was not prior to the phenomenon taking place in Sicily, rendering the Sikeliot poleis simply as imitations of mainland poleis as once argued; rather urbanization in Sicily occurred over a timeline parallel to that of the mainland. The development of Sikeliot trends and even prototypes in temple architecture and urban planning confirm this in the material evidence. There is also no evidence of the apoikiai in Sicily ever adopting poliadic deities, a traditional quality of polis identity within mainland poleis. Their polis identities were not rooted in the cult practice of poliadic deities, but in cult practice itself, which fostered a collective consciousness among polis inhabitants by virtue of shared ritual practice, reinforced by the monumentalization of religious space; cult practice is what affirmed and reaffirmed their polis identity. / Thesis / Master of Arts (MA)
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