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Palinologia de um perfil aflorante da formação itaituba (Pensilvaniano superior, Bacia do Amazonas) em Itaituba, Pará, Brasil

Smaniotto, Larissa Paludo January 2010 (has links)
Estudos palinológicos na Bacia do Amazonas são restritos a amostras de subsuperfície. Este trabalho apresenta os resultados palinológicos obtidos a partir de amostras coletadas de um afloramento da Formação Itaituba na cidade de Itaituba, Estado do Pará, na porção sul desta bacia. Os depósitos aflorantes consistem, de forma geral, em arenitos intercalados com camadas de siltitos ricos em matéria orgânica, incluindo níveis de carvão, nos quais fragmentos de plantas fósseis atribuídos a Lepidodendron e palinomorfos foram registrados. Megásporos são estudados pela primeira vez nessa unidade, representados por oito espécies relacionadas a três gêneros: Lagenicula, Sublagenicula e Calamospora. Dentre os micrósporos, foram identificadas 13 espécies de esporos, 21 espécies de grãos de pólen e uma espécie de alga. A associação palinológica é relativamente diversificada, com dominância de esporos triletes apiculados (Cyclogranisporites) e esporos monopseudosacados (Spelaeotriletes triangulus); com relação aos grãos de pólen, as formas monossacadas não teniadas são as mais freqüentes, vinculadas aos gêneros Cannanoropollis e Plicatipollenites. Em termos de novidades taxonômicas, diversos espécimes de micrósporos atribuídos ao gênero Cyclogranisporites e megásporos dos gêneros Lagenicula e Sublagenicula são distintos de todas as espécies conhecidas na literatura, devendo corresponder a novos táxons; além disso, Spelaeotriletes arenaceus é aqui considerado sinônimo júnior de S. triangulus. A identificação de espécies índices, tais como, Costatascyclus crenatus, Protohaploxypinus amplus, Meristocorpus explicatus, Striomonosaccites incrassatus e Meristocorpus sp. B permitiu a correlação do material estudado com a Zona Striomonosaccites incrassatus, de idade Atokana atribuída a porção médio-inferior da Formação Itaituba. Este resultado está de acordo com dados derivados de conodontes encontrados em níveis adjacentes no mesmo afloramento. O perfil estudado apresenta características de ambiente transicional, com níveis palinologicamente continentais com intercalação mais significativa de horizontes marinhos caracterizados pela presença de conodontes. / Palynomorphs are known from the Amazonas Basin only on the basis of subsurface material. This work presents results of the palynological study carried out in outcropping samples from the Itaituba Formation, Itaituba City, southern portion of this basin. The deposits consist of sandstones interbedded with siltstones rich in organic matter, including levels of coals, in which fossil plant remains attributed to Lepidodendron and palynomorphs were recorded. Megaspores were found for the first time in this unit, represented by eight species related to three genera: Lagenicula, Sublagenicula and Calamospora. Among the miospores, 13 species of spores and 21 of pollen grains were recognized, as well as one specie of Algae. The palynological assemblage is relatively diversified, with dominance of apiculate (Cyclogranisporites) and pseudosaccate spores (Spelaeotriletes triangulus); among pollen grains, radial monosaccate not taeniate ones are more frequent (Cannanoropollis and Plicatipollenites). Several specimens of microspores attributed to the genus Cyclogranisporites and specimens of megaspores from Lagenicula and Sublagenicula are distinct from all other species known in the literature, so they should correspond to new taxa; besides, Spelaeotriletes arenaceus is considered herein as sinonimous of S. triangulus.. Certain index palynofossils previously established to the basin, such as Costatascyclus crenatus, Protohaploxypinus amplus, Meristocorpus explicatus, Striomonosaccites incrassatus and Meristocorpus sp. B, allowed to correlate the outcrop with the Striomonosaccites incrassatus Zone of Atokan age, attributed to the middle-lower portion of the Itaituba Formation. These results are in agreement with data derived from fossil conodonts found from related levels in the same outcrop. The palaeoenviromental was characterized like a shallow delta-front. The outline studied herein represents a transicional environment, with levels containing palynomorphs that indicate a continental environment interbedded by marine horizons characterized by the presence of conodonts.
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Descrição de duas novas espécies de Bryconops (Teleostei: Characidae) da Bacia do Rio Amazonas

Wingert, Juliana Mariani January 2010 (has links)
Duas espécies novas de caracídeos, Bryconops sp. n. A e Bryconops sp. n. B são descritas para os tributários da bacia do rio Amazonas, provenientes dos rios Madeira e Tapajós, estados de Rondônia e Mato Grosso, Brasil. Estas espécies novas pertencem aos subgêneros Bryconops e Creatochanes, respectivamente, compartilhando as sinapomorfias dos ossos infraorbitais e maxilas descritas para os mesmos. Bryconops sp. n. A distingue- se das demais espécies do subgênero Bryconops pelo colorido da nadadeira dorsal com uma mancha preta, pela nadadeira adiposa enegrecida e pela nadadeira caudal que é toda escurecida, enquanto as demais espécies possuem uma área clara na base; escamas com poros que não ultrapassam a placa hipural; pelo número de escamas com poros (31-36) e pelo colorido da nadadeira caudal. Bryconops sp. n. B distingue- se das demais espécies do subgênero Creatochanes pela seguinte coloração paterna: colorido da nadadeira caudal, que apresenta os dois lobos pigmentados de preto e a base dos lobos de cor clara; presença de uma larga faixa preta acima da linha lateral e por possuir uma listra preta proeminente acima da base da nadadeira anal. É distinguida das espécies descritas para a bacia do rio Tapajós pelos seguintes caracteres: ausência de manchas umerais; nadadeira caudal não apresenta um ocelo bem formado e uma larga faixa preta em seus raios medianos; vértebras précaudais 19-20; raios da nadadeira anal 24-26 (média 25) e escamas com poros 43-45 (média 44.3).
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Estudo de conodontes em carbonatos marinhos do grupo Tapajós, Pensilvaniano inferior a médio da Bacia do Amazonas com aplicação de isótopos de Sr E Nd neste intervalo

Scomazzon, Ana Karina January 2004 (has links)
Esta tese foi desenvolvida com material coletado na região sul e oeste da Bacia do Amazonas. No oeste, foram coletas amostras de rochas carbonáticas em 18 poços perfurados pela PETROBRÁS, perfilados de NW a SE, abrangendo a plataforma norte, calha central e plataforma sul da bacia. Na região sul foram coletadas amostras em um afloramento na beira do Rio Tapajós e em duas pedreiras de calcário, exploradas pela Companhia Agroindustrial de Monte Alegre – CAIMA. Nesta região aflorante estão expostos os depósitos carbonáticos marinhos iniciais e os extensos depósitos carbonáticos de mar raso de infra-maré do Pensilvaniano na Bacia do Amazonas. O Pensilvaniano, nesta bacia, é representado pelo Grupo Tapajós, que inclui as Formações Monte Alegre, Itaituba, Nova Olinda e Andirá. Os conodontes estudados foram encontrados nestas formações com exceção da Formação Andirá, por ser representada por depósitos continentais do final do Pensilvaniano. O Grupo Tapajós é caracterizado por um ciclo transgressivo – regressivo de 2ª ordem, com depósitos de arenitos eólicos e fluviais na base, sobrepostos por calcários de infra-maré, foco deste trabalho, evaporitos de planície de sabkha e os red beds continentais que marcam o encerramento deste ciclo. Considerando a evolução geológica da Bacia do Amazonas, desde o Ordoviciano ao Recente, é no Pensilvaniano que estão os mais espessos depósitos de ambiente marinho, representados por pacotes carbonáticos que podem ser rastreados por toda bacia. Estes carbonatos compõem os depósitos da Formação Itaituba. Esta formação, no contexto da bacia, é a que possui o mais abundante registro de micro e macrofósseis, com uma rica fauna de conodontes, foraminíferos, palinomorfos, fragmentos de peixe, braquiópodes, trilobitas, crinóides, corais, briozoários, gastrópodes, bivalvos e outros não tão abundantes como ostracodes, espículas de esponja, escolecodontes e raros cefalópodos. Estes organismos vem sendo estudados desde o século XIX com objetivos taxonômicos, paleoecológicos, bioestratigráficos e mais recentemente na busca de informações tafonômicas. Os microfósseis tem sido utilizados para estabelecer e refinar a cronoestratigrafia destes depósitos do Grupo Tapajós. As estimativas de idade fornecidas por conodontes, foraminíferos fusulinídeos e palinomorfos são, contudo, relativamente controversas. Além dos microfósseis, isótopos de Sr e Nd em rochas e fósseis vem sendo recentemente utilizados para auxiliar na estimativa destas idades. Neste trabalho, foram analisados conodontes dos estratos superiores da Formação Monte Alegre, da Formação Itaituba e dos estratos inferiores da Formação Nova Olinda. Devido às condições ambientais não favoráveis tanto nos primeiros depósitos carbonáticos, relativos a Formação Monte Alegre, quanto nos últimos depósitos carbonáticos, referentes à Formação Nova Olinda, os conodontes não são abundantes nem diversificados nestes estratos. Por outro lado, na Formação Itaituba obteve-se os melhores resultados para estes microfósseis. De acordo com os conodontes estudados, foram estabelecidas as seguintes biozonas: Idiognathoides sinuatus e Neognathodus roundyi na base da Formação Itaituba, sugerindo idade Atokana para estes estratos e Idiognathodus incurvus e subzona Diplognathodus coloradoensis, abrangendo a Formação Itaituba e base da Formação Nova Olinda, sugerindo idade Atokana – eodesmoinesiana para estes depósitos. Para a Formação Monte Alegre não foi possível sugerir biozonas de conodontes devido à raridade de espécies encontradas. Contudo, com a ocorrência, nestes estratos basais, de Neognathodus symmetricus, espécie diagnóstica do Morrowano, foi possível delinear o limite Morrowano – Atokano, materializado pelo marco M-65A. Assim, através dos conodontes sugere-se que a Formação Monte Alegre tem idade Morrowana. A Formação Itaituba tem início no neomorrowano e seu limite superior está entre o Atokano e eodesmoinesiano. Os conodontes analisados na Formação Nova Olinda também tem sua ocorrência do Atokano ao eodesmoinesiano. Os conodontes das bacias brasileiras mostram afinidades com os conodontes das bacias norte-americanas e por este motivo, tem sido utilizada a denominação dos estágios/andares de acordo com a classificação norte-americana. Porém, estas duas faunas ocorrem em contextos paleogeográficos e paleoclimáticos relativamente diversos devido a diferenças de paleolatitude, com depósitos de carvão na América do Norte e evaporitos nas bacias do norte do Brasil. Contudo, a semelhança desses organismos nestas duas regiões sugere que as províncias norte-americanas e do norte do Brasil estiveram ligadas por um mar antigo, provavelmente conectado pelo Oceano Panthalassa. Por outro lado, dados isotópicos mostram também uma afinidade com o Oceano Tethys, sugerindo que a Bacia do Amazonas tenha sido banhada por águas de ambos oceanos, durante o Pensilvaniano. / This study was undertaken with samples from south and western region of Amazonas Basin. Eighteen wells drilled by PETROBRAS were collected in the western region, related to the north, south and central area. Outcrop samples were collected in the south region along the Tapajós River and in two calcareous quarries owned by the Monte Alegre Cement Industry - CAIMA. In this region are exposed the firsts marine carbonatic deposits of the Pennsylvanian of Amazonas Basin. The Pennsylvanian, in the Amazonas Basin, is represented by the Monte Alegre, Itaituba, Nova Olinda and Andirá Formations. Conodonts have been found in these formations with exception of Andirá Formation, composed of continental deposits of Upper Pennsylvanian. The Tapajós Group is characterized by a 2th order transgressive – regressive cycle, with fluvial and eolian sandstones in the base, recovered by subtidal calcareous, the main focus of this study, which are overlain by sabkha evaporates. This cycle ends with the continental red beds of Upper Pennsylvanian and Permian. According to the geological evolution of the Amazonas Basin, since Ordovician through Recent, during the Pennsylvanian were deposited the thickest strata of marine environment, traceable laterally across the basin. These carbonates comprise the Itaituba Formation deposits. This formation has the most abundant record of micro and macrofossils, with a rich fauna of conodonts, foraminifers, palynomorphs, fish fragments, brachiopods, trilobites, crinoids, bryozoans, gastropods, and bivalves, others not abundant as ostracodes, sponge fragments, scolecodonts and rare cephalopods. These organisms have been studied since the XIX century with taxonomic, paleoecological, biostratigraphical and more recently taphonomic purposes. Microfossils have been widely used to establish and refine the chronostratigraphy of the Tapajós Group. Age estimations have been made on the basis of conodonts, foraminifers and palynomorphs, however they are controversial. Besides the microfossils, Sr and Nd isotope analyses have recently being done in rocks and fossils to help in the age estimations. Herein were studied conodonts of the upper part of the Monte Alegre Formation, the Itaituba Formation and the lower part of the Nova Olinda Formation. Conodonts are neither abundant nor diverse in the first deposits, related to the Monte Alegre Formation and latter deposits of the Nova Olinda Formation due to the arid conditions. By the other hand, in the Itaituba Formation strata were observed the best results for these microfossils. In relation to the studied conodonts were established the following biozones: Idiognathoides sinuatus e Neognathodus roundyi, to the base of Itaituba Formation, suggesting an Atokan age to these strata and, Idiognathodus incurvus and subzone Diplognathodus coloradoensis, related to the Itaituba and lower Nova Olinda Formation, suggesting and Atokan – early Desmoinesian age to these deposits. Conodont biozones were not established to the Monte Alegre Formation by the scarcity of species found. However, with the occurrence of Neognathodus symmetricus in the basal strata, diagnostic of Morrowan age, was possible to suggest the Morrowan – Atokan limit, characterized by the M-65A marker. Through the conodonts it is possible to suggest a Morrowan age to the Monte Alegre Formation. The Morrowan – Atokan limit lie in the lower strata of the Itaituba Formation. The deposition of this formation has begun during the late Morrowan and its upper limit lie between the Atokan – early Desmoinesian time. As well as the conodonts of the Nova Olinda Formation suggest an Atokan – early Desmoinesian age to this unit. The Brazilian conodont faunas suggest an affinity with the North American ones, although with paleogeography and climate differences due to latitude, with coal deposits in North America and evaporites in the north Brazilian basins. Nevertheless, the similarities among conodonts in these two regions suggest that an ancient sea, probably connected by the Panthalassa Ocean, linked these provinces. However, isotopic data has also shown an affinity with the Tethys Ocean, suggesting that during the Pennsylvanian the Amazonas Basin were probably influenced by waters of both oceans.
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Definição de unidades de fluxo genéticas em reservatórios clásticos com base em heterogeneidades deposicionais e diagenéticas : o caso da Formação Echinocyamus, eoceno inferior, Bacia de Talara, Peru

Daudt, José Alfredo Borges January 2009 (has links)
Foi desenvolvida a caracterização integrada de heterogeneidades deposicionais e diagenéticas da Formação Echinocyamus, Eoceno de Bacia de Talara, Peru, visando a definição de um modelo geologicamente significativo e coerente de unidades de fluxo de reservatório. Estudos sedimentológicos realizados em testemunhos permitiram o estabelecimento do arcabouço estratigráfico de alta resolução dessa unidade. Sucessões deltaicas e fluviais se intercalam como unidades produtoras, cada qual composta por sub-domínios ou unidades genéticas reconhecíveis por padrões de perfil característicos. Devido ao contexto tectônico complexo (bacia de ante-arco em zona de subducção sujeita a intensa movimentação transcorrente e vulcanismo associado), a qualidade dos reservatórios estudados está fortemente influenciada por processos diagenéticos condicionados pela composição lítica dos arenitos. O conceito de unidades de fluxo genéticas, como proposto nesse trabalho, representa intervalos que podem ou não ter conotação estratigráfica, definidos ao nível das associações de elementos arquiteturais (sub-ambientes de deposição). As unidades de fluxo genéticas apresentam características petrofísicas particulares que determinam sua capacidade de armazenamento e seu potencial para escoar fluidos. Essas unidades definem volumes que são limitados por superfícies geradas por significativas mudanças deposicionais ou pós-deposicionais, refletidas nas estruturas, texturas e arquitetura das unidades, e/ou na distribuição dos principais processos e produtos diagenéticos. Esses processos podem causar modificações intensas nas relações entre a porosidade e permeabilidade deposicionais e, portanto, controlar substancialmente a distribuição da qualidade dos intervalos produtores. O impacto da diagênese sobre a qualidade e heterogeneidade dos reservatórios é adequadamente caracterizado através do conceito de petrofácies de reservatório. As petrofácies são definidas pela superposição dos aspectos de estruturas, texturas e composições primárias e dos tipos, hábitos, volumes e distribuição de fases diagenéticas. No caso da Formação Echinocyamus, a diagênese é influenciada pelo arcabouço deposicional e seu impacto sobre qualidade e heterogeneidade pode ser compreeendido e previsto considerando o paradigma da estratigrafia de seqüências. Análises petrológicas de detalhe determinaram os principais controles sobre a diagênese e permitiram a caracterização de doze petrofácies de reservatório. Estas petrofácies encontram-se associadas em diferentes proporções em cada sub-ambiente deposicional, o que possibilitou a caracterização estatística de valores representativos de indicadores de qualidade para cada unidade de fluxo genética. Desta forma, foi gerado um modelo de estimativa de padrões diagenéticos e qualidade de reservatório para a unidade Echinocyamus. Este estudo também apresenta uma proposta de redefinição da hierarquia de heterogeneidades em reservatórios siliciclásticos dentro da perspectiva de um projeto de recuperação avançada de hidrocarbonetos. As heterogeneidades deposicionais foram hierarquizadas de acordo com sua provável influência na movimentação dos fluidos dentro dos reservatórios. / An integrated characterization of depositional and diagenetic heterogeneities for the Echinocyamus Formation, Eocene, Talara Basin, Peru, has been developed. The objective of this work is to define a significant and geologically based flow unit model for these reservoirs. Sedimentological studies were done in cores and allowed the establishment of a high-resolution stratigraphic framework of this unit. Deltaic and fluvial successions are found as productive intervals, each of them compounded by subdomains or genetic units that may be recognized by typical log patterns. Due to a complex tectonic setting (forearc basin close to a subduction zone with intense transcurrent movements and associated vulcanism), the reservoir quality is strongly affected by diagenetic processes that were constrained by the lithic composition of these sandstones. The concept of genetic flow unit, as proposed in this work, represents intervals that may or may not have stratigraphic meaning and are defined to the level of architectural elements association (sub-environments of deposition). The genetic flow units present particular petrophysical properties that determine their storage and productive capacity. They define volumes that are bounded by surfaces generated by depositional or post-depositional changes that are reflected in structures, textures and architecture of the unit, and/or in the distribution of their main diagenetic processes and products. These processes may cause intense modification in porosity and permeability relationships and, as a consequence, may substantially control the quality distribution of the productive intervals. The diagenetic impact on the quality and heterogeneity is appropriate approached by using the reservoir petrofacies concept. These petrofacies are defined by the superposition of structural, textural and compositional aspects and the types, habits, volumes and diagenetic phases. In the Echinocyamus example, the diagenesis is influenced by the depositional framework and its impact on the quality and heterogeneity can be understood and predictable considering the sequence stratigraphy. Detailed petrologic analysis determined the main controls on diagenesis and allowed the characterization of twelve reservoir petrofacies. These petrofacies are found associated in different proportions in each sub-environment of deposition, what made possible the statistic characterization of representative values of quality indicators for each unit. This methodology has created a predictable model for diagenetic patterns and reservoir quality for Echinocyamus Formation. This study also presents a proposal for re-definition of heterogeneity hieararchy in siliciclastic reservoirs considering the perspective of a secondary recovery project. The depositional heterogeneities were hierarchized accordingly to their probable influence in fluid movement within reservoir.
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Deposição, diagênese e potencial de reservatório das rochas sedimentares não-carbonáticas da seção rifte da Bacia de Campos

Armelenti, Garibaldi January 2014 (has links)
Um estudo petrográfico foi conduzido na seção rifte do Grupo Lagoa Feia, Cretáceo Inferior da Bacia de Campos, margem leste brasileira, como parte de um projeto regional integrado. Os principais constituintes das rochas analisadas são grãos siliciclásticos e vulcanoclásticos, oóides e pelóides estevensíticos, e bioclastos de bivalves e ostracodes. Este estudo foi focado nas rochas clásticas, estevensíticas e híbridas, desde que os estudos precedentes ficaram limitados às rochas carbonáticas que constituem os reservatórios produtores. A maior parte da sedimentação rifte foi intrabacial, com concentração da contribuição extrabacial na proximidade das falhas de borda dos blocos rifteados. Nos arenitos e conglomerados clásticos, a mistura de fragmentos vulcânicos arredondados com grãos de quartzo e feldspatos e fragmentos plutônicos angulosos indica a reciclagem de depósitos epiclásticos do início do rifte, combinada com sedimentos de primeiro ciclo erodidos de blocos soerguidos do embasamento granítico-gnáissico. Os oóides e pelóides estevensíticos foram formados em ambientes lacustres alcalinos rasos, levemente agitados por ondas ou correntes. Eles foram misturados com bioclastos de bivalves e ostracodes e com sedimentos clásticos em toda seção rifte. Esta re-deposição gravitacional foi promovida por movimentos tectônicos ao longo das margens dos blocos estruturais falhados. Os principais processos diagenéticos nos arenitos e conglomerados clásticos e nos arenitos híbridos são a cimentação e substituição de grãos por esmectita, zeolitas, calcita e dolomita, compactação limitada e dissolução de feldspatos, fragmentos vulcânicos e bioclastos. Os arenitos estevensíticos sofreram cimentação precoce e substituição dos oóides e pelóides por quartzo, calcita e dolomita, ou intensa compactação dos grãos estevensíticos dúcteis nas áreas não cimentadas. Arenitos e conglomerados vulcanoclásticos com porosidade intergranular parcialmente reduzida por franjas de esmectita e com alguma dissolução de grãos podem constituir reservatórios de qualidade regular. Arenitos estevensíticos e híbridos com dissolução de grãos estevensíticos, bioclastos e de cimento de calcita podem também constituir reservatórios, com qualidade potencial limitada pela conexão restrita de tais sistemas porosos. A compreensão dos controles espaciais e temporais sobre a evolução deposicional e diagenética das litologias rifte carbonáticas e não-carbonáticas, gravitacionalmente re-depositadas, irá contribuir para o estabelecimento de novas estratégias de exploração para a Bacia de Campos. / A petrographic study was conducted on the rift section of the Lagoa Feia Group, Lower Cretaceous of the Campos Basin, eastern Brazilian margin, as part of a regional, integrated project. The main primary constituents of the analyzed rocks are siliciclastic and volcaniclastic grains, stevensitic ooids and peloids, and bivalve and ostracod bioclasts. This study focused in the clastic, stevensitic and hybrid rocks, as previous studies were limited to the bioclastic rudstones and grainstones that constitute the producing reservoirs. Most rift sedimentation was intrabasinal, with extrabasinal contribution concentrated at the proximity of border faults along rifted blocks. In the clastic sandstones and conglomerates, the mixture of rounded volcanic fragments with angular quartz, feldspars and plutonic fragments indicates the recycling of early rift epiclastic deposits, combined with first-cycle sediments eroded from uplifted granitic-gneissic basement blocks. Stevensitic ooids and peloids were formed in shallow, alkaline lacustrine environments, slightly agitated by waves or currents. They were mixed throughout the rift section with bivalve and ostracod bioclasts, and with clastic sediments. This gravitational re-deposition was promoted by intense and recurrent tectonic movements along the margins of rifted structural blocks. The main diagenetic processes in clastic sandstones and conglomerates and hybrid arenites are cementation and grain replacement by smectite, zeolites, calcite and dolomite, limited compaction and dissolution of feldspars, volcanic fragments and bioclasts. Stevensitic arenites experienced early cementation and replacement of ooids and peloids by quartz, calcite and dolomite, or intense compaction of the ductile stevensitic grains in uncemented areas. Volcaniclastic sandstones and conglomerates with intergranular porosity partially reduced by smectite rims and some grain dissolution may constitute fair hydrocarbon reservoirs. Stevensitic and hybrid arenites with dissolution of stevensitic grains, bioclasts and calcite cement may also constitute reservoirs, with potential quality limited by the poor connection of such pore systems. The understanding of the space and time controls on the depositional and diagenetic evolution of the dominantly intrabasinal, gravitationally re-deposited rift carbonate and non-carbonate rocks will contribute to new exploration strategies for the Campos Basin.
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Análise faciológica e petrográfica dos arenitos cretácicos da Bacia de Campos

Fracalossi, Franciele Girolometto January 2013 (has links)
A Bacia de Campos localiza-se na margem sudeste da costa brasileira, entre os paralelos 20.5⁰ e 23S⁰, com aproximadamente 100.000 km² de área. A bacia possui significativos volumes de hidrocarbonetos na seção pós-sal, sendo a grande maioria destas reservas em depósitos turbidíticos. Este trabalho teve como foco os arenitos depositados durante o Cretáceo, que ocupam a porção basal da Formação Carapebus da Bacia de Campos, visando à caracterização faciológica e petrográfica, interpretação do ambiente deposicional, distribuição espacial, e da qualidade dos reservatórios na região estudada. Para tal caracterização, foi feita a descrição e análise faciológica de testemunhos de sondagem de cinco poços, correlação entre os perfis geofísicos e os dados de rocha, elaboração de mapas de espessura, análise petrográfica de quarenta e nove lâminas delgadas e integração dos resultados, gerando um modelo geológico. A análise faciológica dos testemunhos definiu quinze fácies, interpretadas e agrupadas em três associações fácies (Canal Turbidítico, Lobo Turbidítico Proximal e Lobo Turbidítico Distal ou Overbank), de acordo com as características litológicas e padrões de empilhamento. A distribuição das fácies nos testemunhos está diretamente relacionada com a localização espacial do mesmo em relação ao canal turbidítico. Mapas de espessura foram gerados com base nos testemunhos e perfis geofísicos, e mostraram uma calha principal de deposição das areias com orientação aproximada NW-SE. Através da análise petrográfica foram definidas dezessete petrofácies de reservatório, que foram classificadas em quatro associações de petrofácies definidas com base no impacto na qualidade de reservatório (Porosas, Parcialmente Cimentadas, Cimentadas_Compactadas e Lutitos). Os principais fatores que controlam a qualidade de reservatório são a quantidade de intraclastos e pseudomatriz lamosa e de cimento carbonático. De forma geral, os crescimentos secundários atuaram de forma positiva na porosidade, sustentando o arcabouço e reduzindo a compactação mecânica. As associações de fácies de Canal Turbidítico e Lobo Turbidítico Proximal possuem as melhores qualidades de reservatório, apresentando a maior ocorrência da associação de petrofácies Porosa. Com base na correlação entre os dados de rocha (testemunhos e lâminas delgadas) e os perfis geofísicos, foram definidas assinaturas especificas para as melhores e piores qualidades de reservatório. Foi ainda possível observar que os poços A e D possuem as melhores qualidades de reservatório, estando localizados na parte central da calha principal de deposição do sistema turbidítico em questão. A integração das ferramentas utilizadas neste estudo contribuiu para a caracterização dos arenitos santonianos estudados, especialmente no sentido de compreender as heterogeneidades dos reservatórios, identificando as barreiras de fluxo que compartimentam os mesmos. / The Campos Basin is located in the southeastern margin of the Brazilian coast, between the parallels 20.5⁰ and 23⁰ S, with an area of approximately 100.000 km². The basin contains significant volumes of hydrocarbons in the post-salt section, with most of the reserves accumulated in turbidite deposits. This dissertation focuses on the study of sandstones deposited during the Cretaceous, comprising the basal Carapebus Formation. The main objectives are to characterize these sandstones and associated rocks in terms of facies and petrography, to interpret the depositional environment, spatial distribution and reservoir quality of these deposits. For this characterization, the description and facies analysis of cores from five wells was carried out, correlation between well-log and rock data, elaboration of thickness maps, petrographic analysis of forty-nine thin sections and integration of the results, leading to the proposition of a geological model. Facies analysis of the cores defined fifteen facies, interpreted and grouped into three facies associations (Turbidite Channel, Proximal Turbidite Lobe and Distal Turbidite Lobe or Overbank), according to the lithologic characteristics and stacking patterns. Facies distribution in the cores is directly related to their spatial location in relation to the turbidite channel. Thickness maps were generated based on cores and well logs, and they showed the deposition of sands along an approximately NW-SEoriented main channel. Through petrographic analysis seventeen reservoir petrofacies were defined, grouped into four petrofacies associations based on the impact on reservoir quality (Porous, Partly Cemented, and Cemented_Compacted and Lutites). The main controls on reservoir quality are the amount of mud intraclasts and pseudomatrix and carbonate cement. Overall, the presence of overgrowths had a positive impact on porosity, supporting the framework against mechanical compaction. The Turbidite Channel and Proximal Turbidite Lobe facies associations display the best reservoir qualities, with the common occurrence of Porous petrofacies association. Based on correlation of rock (cores and thin section) and well-log data, specific signatures were defined for the best and worst reservoir qualities. It was also observed that wells A and D have the best reservoir quality, being located in the central part of the main turbidite channel in this system. The integration of tools in this study contributed to the characterization of the studied Santonian sandstones, especially in order to understand heterogeneities in the reservoirs, identifying flow barriers and reservoir compartmentalization.
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Variação espacial e temporal da macrofauna bentônica no estuário do Pina, Recife PE

dos Prazeres Rodrigues de Lima, Maria January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:07:32Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo9399_1.pdf: 2524003 bytes, checksum: 08f58cd79907281ae329a804438b38b7 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2006 / A Bacia do Pina é um ambiente altamente hidrodinâmico, eutrofizado, localizado na parte interna do Porto de Recife. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar as variações espaciais e temporais da comunidade macrobêntica, no estuário do Pina, Recife-PE. A composição e distribuição da macrofauna bentônica foi estudada de acordo com suas relações com os fatores ambientais, em dois períodos, seco (Janeiro) e chuvoso (Julho) de 2004. As coletas foram realizadas durante a baixa-mar. Foram amostradas sete estações ao longo do estuário, desde a boca até a região interna do estuário. Em cada estação, foram determinados dois pontos, um situado no infralitoral e outro no mediolitoral, com exceção das estações 4 e 6 com um no infra e dois no mediolitoral, devido a maior heterogeneidade ambiental dessas estações. Para cada ponto foram coletadas quatro réplicas, utilizando uma draga Petersen, (0,01 m2 de boca) e um tubo PVC (área 0,008 m2). Salinidade, granulometria, temperatura, transparência, oxigênio dissolvido na água, microfitobentos e matéria orgânica do sedimento foram também analisados. Foram formadas 5 associações distintas ao longo do estuário que separaram o ambiente em regiões euhalinas, mesohalinas e oligohalinas. As variações espaciais e temporais da macrofauna quanto à diversidade, riqueza, densidade, associações formadas, distribuição dos grupos tróficos e biomassa foram estruturadas principalmente pela hidrodinâmica do estuário. Fatores abióticos como profundidade, oxigênio dissolvido, tamanho médio dos grãos e percentual de matéria orgânica apresentaram foram os fatores responsáveis pela estruturação das associações. Polychaeta foi o grupo mais abundante em todas as estações, estratos e períodos estudados. Os detritívoros Streblospio benedicti, Boccardia sp, Capitella capitata e Tubifex sp dominaram em todas as estações. A grande heterogeneidade interna, refletida nas grandes variações espaciais quanto aos parâmetros analisados em cada estação, resultaram das condições hidrodinâmicas que estruturam esse ambiente
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Facies e ambientes de sedimentação da formação Rio do Sul (Permiano), Bacia do Paraná, na região de Rio do Sul, Estado de Santa Catarina

Jose Roberto Canuto 06 April 1994 (has links)
A \"depressão\" de Rio do Sul é uma ampla área de deposição relativamente espessa de sedimentos clásticos, predominantemente finos (acima de 400 m) da Formação Rio do Sul, unidade superior do Subgrupo Itararé (Carbonífero superior), mostrada em mapas de isópacas e litofacies, na parte centro-leste de Santa Catarina, Bacia do Paraná, Brasil. A subsidência da área iniciou-se durante o Permiano inferior (Intervalo H; DAEMON & QUADROS, 1970) controlada por sistemas de falhamentos sudeste-noroeste e nordeste-sudoeste, resultando em uma depressão de mais de 200 km de comprimento por mais de 100 km de largura, adjacente à margem leste da Bacia do Paraná. Os altos de Porto União-Canoinhas e uma sela interveniente delimitam a margem noroeste da sub-bacia, que foi circundada em suas margens nordeste, sul e sudoeste por terrenos de relevo moderado, desenvolvidos sobre rochas do Pré-Cambriano e Paleozóico inferior. Durante o Permiano inferior, um lobo glacial moveu-se para noroeste, ocupando a \"depressão\", como indicado por estrias e marcas em crescente, sobre rochas do embasamento cristalino, extensivamente depositando camadas finas e descontínuas de tilito de alojamento. Deu-se então um rápido recúo da frente da geleira, controlada por marés, seguido de elevação do nível do mar na Bacia do Paraná (SANTOS, 1987), a qual inundou a borda a partir de noroeste, permitindo a deposição local de diamictito estratificado (fluxos de detritos) e de ritmitos regulares com clastos caídos (varvitos), por sobre o tilito de alojamento ou sobre o assoalho marinho erodido pelo gelo e isostaticamente rebaixado. Os depósitos glaciais foram cobertos por espessa seção de folhelhos escuros, marinhos de água profunda, com abundantes clastos caídos, que se tornam gradualmente escassos e desaparecem rumo à parte média da sequência. Embora isto possa ser considerado indicativo da existência de uma frente glacial controlada por marés, produzindo grande quantidade de areias, diamictons e lamas em sua linha de aterramento, por correntes de água de degelo, eventuais sedimentos glácio-marinhos proximais que tenham sido depositados foram erodidos. As condições persistentes de facies de águas profundas são associadas com frequentes episódios de fluxo gravitacional de sedimentos, sob a forma de espessos turbiditos e fluxo de diamictitos arenosos, que se moveram das margens da sub-bacia, centripetamente rumo ao centro, formando grandes corpos lobados (leques) que se transformam em turbiditos finos a espessos de flanja de leque. Os fluxos de massa podem ter sido disparados principalmente por subsidência contínua, tectonicamente controlada, da sub-bacia, associada a variações do nível do mar. Um possível reavanço da frente glacial, de curta duração, é evidenciado na parte superior da Formação Rio do Sul, em sua margem sudeste e outros pontos da margem da sub-bacia, pela intercalação, no folhelho negro, de associação de areias escorregadas ou depósitos sigmóides deltáicos, e diamictito arenoso, conglomerados e clastos caídos dispersos, ou espessa seção de ritmitos regulares (varvitos) erosionalmente truncados por massas de arenitos caóticos, escorregados, conglomerados e diamictito arenoso. Os ritmitos contêm abundantes clastos caídos, pelotas de till, montículos e lentes de detritos despejados de icebergs, ou liberados de icebergs aterrados, às vezes associados a sulcos causados pelos mesmos. Uma extensa facies de folhelho síltico e arenito fino, com estratificação lenticular, ondulada e flaser, segue-se, transicionalmente, aos folhelhos escuros marinhos, indicando condições de águas rasas, provavelmente sob a ação de marés, recoberta por arenitos deltáicos progradantes da Formação Rio Bonito. / The Rio do Sul embayment is an ample are of relatively thick and predominantly fine clastic deposition (over 400 m) of the Rio do Sul Formation, uppermost unit of the Itararé Subgroup (Late Carboniferous-Early Permian), depicted by isopach and lithofscies mapping in central-eastern Santa Catarina State, Paraná Basin, Brazil. Subsidence of the area started in the Early Permian (Patynozone H; DAEMON & QUADROS,1970), contrcted by criscrossed southeast-northwest and noftheast-southwest faults resulting in a more than 200 km long and more than 100 km wide depression adjacent to the eastern margin of the Paraná Basin. The Porto União-Canoinhas highs and an intervening saddle delimitate the northwest margin of the sub-basin. Moderate relief terrains developed on Precambrian-Lower Paleozoic rocks surround the basin on its northeast, south and southwest margins. In the Early Permian, a grounded glacial lobe of Western Gondwana Ice Sheet moving towards northwest occupied the depression, as indicated striae and crescentic marks on crystalline basement rocks, extensively depositing thin, discontinuous patches of lodgement tillite. Rapid retreat of a tidewater glacier margin followed a sea level rise in the Paraná Basrn (SANTOS, 1987), which flooded the basin from its northwest mouth. This left only local deposits of stratified diamictite (debris flow) and of regular rhythmites with dropstones (varvites) on the lodgement tillite or the gtacially abraded and isostatically depressed basin floor. The glacial deposits were overlain by a thick section of marine deep water, dark shales with abundant dropstones which become gradually scarcer and disappear towards the middle part of the sequence. Although this may be taken as denotating a tidewater ice margin, no proximal glacial-marine sediments have been preserved. The persistent deep water facies deposition is associated with frequent episodes of downslope sediment gravity flow of thick sand turbidites and by stumped and flowed sandy diamictites which moved from the basin margins centripetally towards its center forming large, lobate bodies (fans) fringed by thin to thick turbidites. Triggering of the flows is mostly assigned to continuous tectonic controlled subsidence of the basin associated with minor sea level changes. A possible short lived readvance of the ice front is recorded in the upper part of the Rio do Sul Formation at the southeast end and other points at the basin margin by dropstones and the intercalation in the dark shales of chaotic associations of slumped or sigmoidal deltaic sandstone, sandy diamictite, conglomerate and dispersed, oversized clasts, or by a thick section of regular rhythmites (vavites) erosionaly truncated by chaotic slumped masses of sandstone, conglomerate and sandy diamictite. The rhyhmites contain abundant dropstones, till pellets, mound and lenses of debris dumped or released from floating or grounded icebergs sometimes associated with icebergs scours. A widespread facies of interlaminated silty-shale and fine sandstone with lenticular, wavy and flaser stratification follows transitionally the marine dark shales indicating shallower, probably tidal conditions, below the prograding deltaic sandstones of the ovelying Rio Bonito Formation.
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Bioestratigrafia dos tentaculitóidea no flanco oriental da Bacia do Paraná e sua ocorrência na América do Sul (Ordoviciano-Devoniano) / Not available.

Jose Henrique Godoy Ciguel 29 May 1989 (has links)
A microestrutura esqueletal foliada ocorrente na concha dos tentaculitóideos, além de aspectos relacionados à filogenia, permitem aventar a hipótese de que o grupo possui um ancestral comum com os cafalópodos, durante o Cambriano Superior. Já, a partir do Ordoviciano exibem uma evolução paralela, porém com convergência adaptativa com os representantes da Classe Cephalopoda. Os tentaculitóideos ocorrem na América do Sul, do Ordoviciano ao Devoniano. No entanto, o grupo não tem sido utilizado com fins bioestratigráficos, a exemplo de várias bacias de outros continentes. O estudo dos tentaculitóideos provenientes da Argentina (Formações Trapiche, Mogotes Negros, Los Espejos e Salar Del Rincón), Bolívia (Formações Pizarras Cordillera Real, Catavi e Icla), Brasil (Formações Trombetas e Ponta Grossa), Paraguai (Formações Vargas Pena e Cariay), Peru (Formação Excelsior) e Uruguai (Formações Cordobés e La Paloma), demonstraram diversidade a nível genérico. Entre os gêneros registrados pela primeira vez na América do Sul, tem-se: Uniconus (2 espécies; 1 nova e 1 redefinida), Multiconus (1 espécie nova), Heteroctenus (2 espécies novas), Turmalites (1 espécie nova), Nowakia (1 espécie nova), Paranowakia (2 espécies novas), Variella (1 espécie nova), Homoctenus (9 espécies novas), Seretites (3 espécies novas e 1 redefinida), Dmitriella (2 espécies novas). A presença de Styliolina (2 espécies novas) era duvidosamente referida como ocorrente e Tentaculites (20 espécies novas, 2 se mantêm), que possuíam o registro comprovado no continente. A potencialidade na utilização dos tentaculitóideos como guias bioestratigráficos ficou melhor evidenciada no flanco oriental da Bacia do Paraná (Formação Ponta Grossa), onde os estudos se desenvolveram com minucioso controle de campo e laboratório. Para essa região foram estabelecidas Cenozonas, Zonas de Amplitude concorrente e Zonas de Apogeu a partir de 31 seções colunares descritas, entre as quais, 19 são utilizadas no presente trabalho. As Cenozonas são denominadas pelos algarismos 1, 2, 3 e 4. As Zonas de Amplitude Concorrente são: U. crotalinus e T. gorceixensis; T. clarkensis, H. barbosensis e H. carvalhensis; e T. brannerensis e S. jaculus. As Zonas de Apogeu; U. crotalinus e S. jaculus. Esta proposta de bio- e cronoestratigrafia para a faixa aflorante da Formação Ponta Grossa no Estado do paraná, corrobora em parte com a bioestratigrafia da unidade baseada em polimorfos. A idade da formação, conforme a distribuição dos tentaculitóideos, situar-se-ia entre Zlichoviano e o Frasniano. Em termos paleoclimático os tentaculitóideos sugerem a existência de águas mais frias no flanco oriental em relação ao setentrional. Paleogeograficamente atestam a distribuição mundial dos mares devonianos que ultrapassou os limites da Província Malvinocáfrica, concomitantemente a ampla irradiação adaptativa do grupo. Biogeograficamente, nesta província, tem-se a presença de gêneros ocorrentes em outras regiões. As espécies, tem registro regional e provavelmente evoluíram por diferenciação ou por diversificação. A presença dos icnofósseis e assembléias fossilíferas sugerem um ambiente deposicional para a formação, como situado entre a região litorânea e o sublitoral externo. A profundidade máxima dificilmente excederia 90 metros. Maa, as icnofácies, fauna e estruturas deposicionais, sugerem o predomínio do ambiente sublitoral interno, com a lâmina d\'água situando-se entre 40 e 60 metros de profundidade. Os fósseis exibem uma mescla de elementos faunísticos e limites difusos, dificultando sobremaneira o estabelecimento de comunidades estanques. Apenas os lingulídeos mostram indícios de comunidade, a qual, deve ser precedida pela identificação das tanatocenoses e tafocenoses, mesmo assim, possuem amplas recorrências. A partir da distribuição cronológica dos fósseis coniformes, faz-se proposta preliminar da amplitude dos tentaculitóideos, para os seis países sul-americanos mencionados. / The foliated skeletal microstructure of the shell of tentaculitoids, as well as aspects related to phylogeny, suggests that the group possessed a common Late Cambrian ancestor with the cephalopods. From the Ordovician onwards they exhibit a parallel evolution with adaptive convergence with representatives of the Class Cephalopoda. The tentaculitoids occur in South America from the Ordovician to the Devonian. However, the group has not been used for biostratigraphic purposes, as it has been in various basins on other continents. The study of tentaculitoids occurring in Argentina (Trapiche, Mogotes Negros, Los Espejos and Salar del Rincón Formations), Bolívia (Pizarras Cordillera Real, Catavi and Icla Formarions), Brazil (Trombetas and Ponta Grossa Formations), Paraguay (Vargas Pena and Cariay Formations), Peru (Excelsior Formation), and Uruguay (Cordobés and La Paloma Formations) demonstrated diversity at generic level. Genera registered for the first time in South América include: Uniconus (2 species; 1 new and 1 redefined), Multiconus (1 new species), Turmalites (1 new species), Nowakia (1 new species), Heteroctenus ( 2 new species), Paranowakia (2 new species), Variella (1 new species), Homectenus (9 new species), Seretites (3 new species and 1 redefined), Dmitriella (2 new species). The presence of Styliolina is here confirmed and two new species are created. Tentaculites (22 species, of which 20 are new), has the broadest geographic and temporal record on the continent. The potential for the utilisation of tentaculitoids as biostratigraphic guides is best shown on the eastern flank of the Paraná Basin (Ponta Grossa Formation), where studies were undertaken with detailed field and laboratory control. Cenozones were stablished for this region, as well as Concurrent Range Zones and Acme Zones, with 31 columnar section described, 19 of which are presented here. The Cenozones are designated by the numbers 1, 2, 3, and 4 in ascending order. The three Concurrent Range Zones are the U. crotalinus and T. gorceixensis Zone the T. clarkensis, H. barbosensis and H. carvalhensis Zone and the T. brannerensis and S. jaculus Zone. The two Acme Zones are the U. crotalinus and S. jaculus zones. This proposal for the bio- and chronostratigraphy of the outcrop belt of the Ponta Grossa Formation in the State of Paraná agrees in part with the biostratigraphy of the unity based upon palynomorphs. The age of the formation, according to the distribution of the tentaculitoids, is Zlichovian to Frasnian. In paleoclimatic terms, the tentaculitoids suggest the existence of cold waters on the eastern flank in relation to the northern flank. Palaegeographically, they attest both to the widespread distribution of Devonian seas and to the great adaptive radiation of the group, which surpassed the limits of Malvinokaffric Realm. Biogeographically, genera occur in this realm which are known from other regions. Species are more limited regionally and probably evolved by differentiation and diversification. The presence of ichnofossils and fossil assemblages suggest a depositional environment for the Ponta Grossa Formation located in the litoral to the outer sublitoral regions. The maximum depth most probably did not exceed 90 metres. Moreover, the ichnofacies, fauna and depositional structures suggest the predominance of an inner sublittoral environment, located between 40 and 60 metres depth. The fossils show a mixture of faunal elements with poorly-defined community limits, making the certain identification of communities extremely difficult. Only the lingulids allow for the identification of thanatocoenoses and taphocoenoses, both of which recur commonly in the sequence. From the chronological distribution of these coniform fossils, a preliminary proposal for the range of the tentaculotoids is made for six above-mentioned South American countries.
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Estudos geofísicos integrados à geologia da bacia hidrográfica do baixo rio Capivari-SP (subgrupo Itararé e intrusivas associadas) / Not available.

Sergio Maniakas 22 December 1986 (has links)
Esta tese apresenta os resultados de estudos geofísicos e geológicos de superfície e sub-superfície realizados com objetivos hidrogeológicos na Bacia Hidrográfica do Baixo Rio Capivari (SP), na qual afloram rochas sedimentares neopaleozóicas do Subgrupo Itararé e intrusivas básicas associadas, numa área aproximada de 1560 Km² quadrados. Os levantamentos geológicos envolveram a aplicação de uma nova metodologia na pesquisa das rochas sedimentares da região, já efetuamos com sucesso em pesquisas petrolíferas. A aplicação do moderno conceito de sistemas deposicionais da estratigrafia genética para as rochas do Subgrupo Itararé na região permitiu caracterizar essa unidade através do Sistema Costeiro e do Sistema Deltaico. A utilização de métodos geofísicos de superfície teve conseqüências tanto geológicas quanto hidrogeológicas. As sondagens elétricas verticais (SEV) permitiram a elaboração de uma estratificação elétrica regional bem como conduziram à obtenção de uma tendência da distribuição espacial das litologias. Os levantamentos magnetométricos da componente vertical do campo detectaram os corpos de rochas básicas intrusivas, cujo conhecimento é importante para a hidrogeologia, e possibilitaram a eliminação de dúvidas na interpretação das colunas geoelétricas obtidas pelas SEV. Descrições litológicas de amostras e testemunhos de poços e perfilagens geofísicas associadas conduziram a uma interpretação mais segura das colunas geoelétricas através de SEV paramétricas, permitindo também a realização de correlações estratigráficas. Além disso verificou-se estreita correlação entre as litologias e os perfis geofísicos de poços, principalmente no caso do perfil de radiação gama natural. Do conjunto dos levantamentos efetuados concluiu-se que a geofísica contribuiu, dentro do conceito de sistemas deposicionais, para a caracterização das litologias do Subgrupo Itararé, sugerindo que a mesma possa vir a ser aplicada com sucesso em outras regiões dessa complexa unidade estratigráfica. Do ponto de vista hidrogeológico foram definidos os sistemas aqüíferos regionais bem como algumas de suas características hidráulicas. Dados de resistência transversal calculados a partir das SEV foram usados para a elaboração de um mapa de valores dessa grandeza geofísica, e mostraram boa correlação com valores de transmissibilidades hidráulicas. As SEV desempenham assim um importante papel na previsão do comportamento hidrogeológico dos poços que vieram a ser perfurados na região estudada. / This paper presents the results of surface and sub-surface geophysical and geological studies with hydrogeologic objectives in the Hydrographic Basin of the Down Capivari River (SP), in which outcrop neopaleozoic sedimentary rocks of Itararé Subgroup and associated basic intrusives, in an area near 1560 Km². The geological works applicated a new methodology in the research of the regional sedimentary rocks, already applied with success in oil research. The use of the modern concept of depositional systems related with genetic stratigraphy for rocks of Itararé Subgroup in the region allowed the characterization in this unit of the Coastal System and Deltaic System. The use of surface geophysical methods conducted to a new geological and hydrogeological contribution. The vertical electrical souding (VES) permitted a construction of a regional electrical stratification and a spatial distribution of lithologies. The magnetometric works through the measurement of the vertical component of the field, detected the bodies of intrusive basic rocks, this knowledge being important to hydrogeology, and allowed the removal of doubts in the interpretation of geolectric columns given by VES. Lithological descriptions of samples and cores of wells and associated geophysical profiles lead to a better interpretation of the geoelectrical columbs through the use of parametric VES, and permitted also stratigraphic correlations. It was verified, also, a good correlation between lithologies and geophysical well-logs, mainly with the natural gross gama radiation profile. The set of works made permitted the conclusion that geophysics contributed, inside the concept of depositional systems, to the characterization of the lithologies of the Itararé Subgroup, suggesting that the methodology proposed can be applied in other regions of this complex stratigraphic unit. From hydrogeologic point of view were defined the regional aquifer systems and their hydraulic caracteristics. Transversal resistence values calculated from VES were used to make a isovalue map of that geophysical function, and exhibited a good correlation with the hydraulic transmissivity values. The VES have than an important role in the prediction of hydrogeological behavior of wells drilled in the studied region.

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