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Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) no controle da pressão arterial de pacientes em hemodiálise / Home blood pressure monitoring (HBPM) in the blood pressure control in hemodialysis patientsSilva, Giovanio Vieira da 25 August 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: Não se sabe se o ajuste da terapia anti-hipertensiva baseado na Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) pode melhorar o controle da pressão arterial em pacientes em hemodiálise. OBJETIVOS: Comparar a redução da pressão arterial (PA) e do índice de massa ventricular esquerda (IMVE) obtido com o uso da MRPA em relação às medidas da PA pré-diálise em pacientes em hemodiálise. MÉTODOS: Pacientes hipertensos em hemodiálise foram randomizados para ter a terapia anti-hipertensiva ajustada em dois grupos: controle, baseado na PA pré-diálise, e intervenção, baseada na MRPA. Antes e após 06 meses de acompanhamento, os pacientes realizaram Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) por 24 horas, MRPA durante uma semana e ecocardiograma transtorácico. RESULTADOS: 34 e 31 pacientes completaram o estudo no grupo intervenção e controle, respectivamente. As pressões arteriais sistólica (PAS) e diastólica (PAD) no período interdialítico pela MAPA foram significativamente menores no grupo intervenção em relação ao grupo controle no final do estudo (média 24 horas: 135 ± 13mmHg / 76 ± 7mmHg versus 147 ± 15mmHg / 79 ± 8mmHg, respectivamente - p<0,05). Na análise da MRPA, o grupo intervenção apresentou redução significativa somente para a PAS em comparação ao grupo controle (média semanal: 144 ± 21mmHg versus 154 ± 22 mmHg, respectivamente - p<0,05). Não houve diferenças entre os grupos intervenção e controle em relação ao IMVE ao final do estudo (108 ± 35 g/m2 versus 110 ±33 g/m2, respectivamente - p>0,05). CONCLUSÕES: O uso sistemático da MRPA no ajuste da terapia anti-hipertensiva em pacientes em hemodiálise propiciou maior controle da PA no período interdialítico em comparação às medidas da PA pré-diálise. A MRPA pode ser usada como um instrumento adjuvante útil no controle da pressão arterial em pacientes em hemodiálise / INTRODUCTION: It is not known whether the adjustment of the antihypertensive therapy based on Home Blood Pressure Monitoring (HBPM) can improve blood pressure (BP) control in hemodialysis patients. OBJECTIVES: To compare the reduction in BP and in the left ventricular mass index (LVMI) obtained with the use of HBPM in relation to that achieved with predialysis BP measurements in hemodialysis patients. METHODS: Hypertensive patients on hemodialysis were randomized to have the antihypertensive therapy adjusted according two groups: control, based on the predialysis BP measurements, and intervention, based on HBPM. Before and after 06 months of follow-up, patients were submitted to Ambulatory Blood Pressure Monitoring (ABPM) for 24 hours, HBPM during one week and transthoracic echocardiogram. RESULTS: 34 and 31 patients completed the study in the intervention and control groups, respectively. The systolic (SBP) and diastolic (DBP) blood pressure in the interdialytic period by ABPM were significantly lower in the intervention group compared with the control group at the end of the study (mean 24-hours BP: 135 ± 13 mm Hg / 76 ± 7 mmHg versus 147 ± 15 mm Hg / 79 ± 8 mmHg, respectively - p <0.05). When the interdialytic BP was analysed by HBPM, the intervention group showed significant reduction only for the PAS in comparison with control group (mean weekly BP: 144 ± 21 mm Hg versus 154 ± 22 mm Hg, respectively - p <0.05). There were no differences between intervention and control groups in relation to LVMI at the end of the study (108 ± 36 g/m2 versus 110 ± 33 g/m2, respectively - p> 0.05). CONCLUSIONS: The systematic use of HBPM in the adjustment of antihypertensive therapy in patients on hemodialysis has led to better control of BP during interdialytic period compared to that achieved with the predialysis BP measurements. The HBPM can be used as a useful adjunct instrument to control blood pressure in hemodialysis patients
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Avaliação da pressão arterial antes e após paratireoidectomia por hiperparatireoidismo primário / Arterial blood pressure monitoring before and after parathyroidectomy for primary hyperaparathyroidismMassoni Neto, Ledo Mazzei 13 March 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: O hiperparatireoidismo primário (HPTP) é uma doença endócrina cuja prevalência aumentou muito nas últimas décadas. Descobriu-se grande contingente de portadores de formas leves e assintomáticos. Foi observado que esses pacientes apresentam alta morbidade e mortalidade por causas cardiovasculares. O estudo da pressão arterial revelou alta incidência de hipertensão arterial e descenso atenuado. A reversibilidade destes efeitos após a paratireoidectomia, entretanto é controversa. MÉTODO: Estudo prospectivo observacional com pacientes portadores de HPTP esporádico submetidos a paratireoidectomia para verificar as alterações dos parâmetros relativos à pressão arterial após a resolução do HPTP. Os pacientes realizaram monitorização ambulatorial de 24 horas da pressão arterial antes e após cirurgia curativa para HPTP, no 3º pós-operatório, 3 meses, 6 meses e 12 meses. RESULTADOS: Em 7 casos (6 mulheres, idade média 65,7 anos), houve aumento do descenso da pressão arterial sistólica e diastólica. As médias (desvio padrão) da pressão arterial sistólica (PAS) e da pressão arterial diastólica (PAD) foram 124,0mmHg (10,6) e 78,7mmHg (10,4). Não foi observada alteração significativa após a operação. As médias de PAS foram 129,4 mmHg (3 PO), 130,4 mmHg (3 meses) 125,4 mmHg(6 meses) e 131,1 mmHg (12 meses). As médias de PAD foram 73,7 mmHg (3 PO), 78,6 mmHg 75,4 mmHg (6 meses) e 78,0 MMhg (12 meses). Por outro lado, o descenso noturno sistólico e diastólico da pressão arterial apresentaram melhora significativa aos 6 meses e sustentada aos 12 meses. As médias do descenso da PAS foram de 4,3% no pré-operatório; 1,2% no 3o pós-operatório; 10,7% após 6 meses (p=0,002) e de 10,5% 12 meses depois da operação (p=0,008). As médias do descenso da PAD foram de 7,1% no pré-operatório, 4,0% no 3o pós-operatório, 13,3%; aos 6 meses (p=0,02) e de 14,7% depois de 12 meses da paratireoidectomia (p=0,03). CONCLUSÃO: A paratireoidectomia melhora o descenso noturno da pressão arterial em pacientes com HPTP esporádico / INTRODUCTION: Primary hyperparathyroidism is an endocrine disease and its prevalence has increased dramatically in the last decades. There is a great number of individuals with mild or asymptomatic forms of the disease. There is evidence of cardiovascular complications and mortality in these patients. The study of blood pressure showed high prevalence of hypertension and decreased dipping. The reversibility of these effects on blood pressure after curative parathyroidectomy is debatable. METHODS: Prospective study to evaluate the changes in blood pressure measurements of patients undergoing curative parathyroidectomy for sporadic PHPT with 24-hour ambulatory blood pressure monitoring before (PRE) and after curative surgery, during hospital stay (PO3), three months (3 mo), six months (6 mo) and at 12 months (12 mo). RESULTS: In 7 cases (6 female, mean age 65.7 years), there was an improvement of the nocturnal dipping of the systolic and diastolic arterial pressure. Mean (standard deviation) preoperative Systolic Blood Pressure (SBP) and Diastolic Blood Pressure (DBP) were 124.0 mmHg (10.6) and 78.7 mmHg (10.4). No significant change in blood pressure was observed after the operation. Mean SBP values were 129.4 mmHg (PO 3), 130.4 mmHg (3 mo), 125.4 mmHg (6 mo) and 131.1 mmHg (12 mo). Mean DBP measures were 73.7 mmHg (PO 3), 78.6 mmHg (3 mo), 75.4 mmHg (6 mo) and 78.0 mmHg (12 mo). Conversely, nocturnal systolic and diastolic dipping presented a small nonsignificant decrease immediately after the operation, but a statistically significant and sustained improvement at 6 months and 12 months. Mean systolic nocturnal dipping was 4.3% (PRE), 1.2% (PO 3); 10.7% (6 mo) (p=0,002) and 10.5% (12 mo) (p=0.008). Mean diastolic nocturnal dipping was 7.1% (PRE), 4.0% (PO 3), 13.3% (6 mo) (p=0,01) and 14.7% (12 mo) (p=0.03). Conclusions: In sporadic PHPT, parathyroidectomy improves nocturnal dipping of blood pressure
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The association between stress and blood pressure in a sample from the German Health Interview and Examination Survey for Adults (DEGS1)Hassoun, Lina 29 July 2015 (has links)
Objektiv: Psychosoziale Stressoren wurden seit langem für ihren Beitrag zur Entwicklung einer arteriellen Hypertonie untersucht, aber ihre Rolle dabei bleibt umstritten. In dieser Post-hoc-Analyse der bundesweiten Studie zur Gesundheit Erwachsener in Deutschland (DEGS1) wurden die Beziehungen von objektiv gemessenen Stressoren und selbst berichtetem Stresslevel auf den Blutdruck bestimmt. Methoden: Die Stichprobe der Studie umfasste 3352 Teilnehmer, die jünger als 65 Jahre alt waren, und derzeit in einem Beschäftigungsverhältnis standen und keine antihypertensive Medikation einnahmen. Der neu entwickelte Overall-Job-Index wurde zur Bewertung des arbeitsrelevanten Stressniveaus verwendet und der selbst wahrgenommene chronische Stress mit der Trierer Inventar zur Erfassung von chronischem Stress Screening-Skala (TICS-SSCS) gemessen. Ergebnisse: Bivariate Tests zeigten signifikante und negative Assoziationen zwischen dem durch TICS-SSCS gemessenen, selbst berichteten Stress mit dem systolischen (Schätzer = -0,16, Standardfehler [SE] = 0,03, p <0,001) bzw. diastolischen Blutdruck (Schätzer = -0.10, SE = 0,02, p <0,001), während der Overall-Job-Index positive signifikante Assoziationen für systolischen (Schätzer = 0,44, SE = 0,11, p <0,001) und diastolischen Blutdruck aufwies (Schätzer = 0,20, SE = 0,07, p = 0,005). Nach Adjustierung für Alter, Geschlecht und Body-Mass-Index blieb TICS-SSCS signifikant mit systolischem und diastolischem Blutdruck assoziiert, nicht aber mit dem Overall-Job-Index. Als Alkoholkonsum, Raucherstatus, körperliche Aktivität, Verkehrsdichte, sozioökonomischer Status, soziale Unterstützung, Pflege von Angehörigen und Leben in Partnerschaft als weitere Kovariablen zu den vorherigen Modellen zugegeben wurden, blieb TICS-SSCS weiterhin mit systolischem und diastolischem Blutdruck assoziiert (p = 0,007 und p = 0,001). Schlussfolgerungen: In einer großen und repräsentativen deutschen Studie wurde festgestellt, dass ein höher wahrgenommenes Stressniveau mit niedrigem Blutdruck assoziiert ist, während die in dieser Analyse untersuchten objektiven Stressfaktoren nicht signifikant mit Blutdruck korreliert waren. Diese Ergebnisse deuten darauf, dass Stress den Blutdruck auf verschiedenen Wegen beeinflusst und dass die Wahrnehmung von Stress das Ergebnis einer komplexen physiologischen Reaktionsantwort ist, die die Regulierung des Blutdrucks einschließt.
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Cerebral mechanisms in cardiovascular control : studies on haemorrhage and effects of sodium /Frithiof, Robert, January 2007 (has links)
Diss. (sammanfattning) Stockholm : Karolinska institutet, 2007. / Härtill 5 uppsatser.
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Intensive care noise and mean arterial blood pressure in ELBW neonates.Williams, Amber L. Sanderson, Maureen, Selwyn, Beatrice J. Lai, Dejian Lasky, Robert January 2008 (has links)
Thesis (M.S.)--University of Texas Health Science Center at Houston, School of Public Health, 2008. / Source: Masters Abstracts International, Volume: 46-04, page: 2056. Adviser: Maureen Sanderson. Includes bibliographical references.
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Comparação de parâmetros da monitorização ambulatorial da pressão arterial em pacientes hipertensos com e sem doença renal crônica / Ambulatory blood pressure monitoring parameters in hypertensive patients with and without chronic kidney diseaseRonaldo Altenburg Odebrecht Curi Gismondi 05 November 2009 (has links)
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a doença renal crônica (DRC) são duas condições clínicas indissociáveis; a HAS é tanto causa como conseqüência da DRC. O adequado controle da pressão arterial influencia diretamente no ritmo de perda da função renal. A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) possui maior acurácia na medida da pressão arterial em relação ao método convencional em consultório, além de fornecer outros parâmetros prognósticos dos pacientes. O objetivo desse estudo é descrever dados obtidos com a MAPA em pacientes hipertensos com doença renal crônica e compará-los com um grupo com função renal normal. Avaliaram-se pacientes com hipertensão arterial primária, com idade entre 40 a 75 anos, divididos em função da presença (com DRC= 30 pacientes) ou ausência de doença renal crônica (sem DRC = 30 pacientes), definida como filtração glomerular estimada (FGe) < 60 ml/min, estimada pela equação do MDRD. Foram realizadas avaliação clínica e coleta de exames laboratoriais. A MAPA teve duração mínima de 24 horas, e foram analisadas médias pressóricas, descenso noturno, variabilidade da pressão arterial, ascensão matinal, pressão de pulso e índice de rigidez arterial ambulatorial. Os dados são apresentados como média + desvio padrão (DP). No grupo sem DRC, a idade foi de 62,8 9,3 anos e, no grupo com DRC, 63,2 9,1 anos. No grupo com DRC, a média da pressão arterial (PA) medida na consulta foi 144,6 22,7 mmHg (sistólica) e 85,3 9,9 mmHg (diastólica); a média da PA nas 24 horas na MAPA foi 133,3 17,4 mmHg (sistólica) e 79,3 10,5 mmHg (diastólica). No grupo sem DRC a média da pressão arterial na consulta foi 148,7 18,3 mmHg (sistólica) e 86,9 8,7 mmHg (diastólica); a média da PA nas 24 horas na MAPA foi 131,0 17,4 mmHg (sistólica) e 80,8 12,4 mmHg (diastólica). Apesar das médias pressóricas serem semelhantes entre os grupos, os pacientes com DRC utilizaram maior número de classes de anti-hipertensivos quando comparados com o grupo com função renal normal (2,7 1,1 vs 2,2 0,6, p = 0,03). A média do descenso noturno da PA foi menor no grupo com DRC (3,8 8,1% vs 7,3 5,9%, p = 0,05). O índice de rigidez arterial ambulatorial (IRAA) foi maior no grupo com DRC (0,45 0,16 vs 0,37 0,15, p = 0,04). Análise de regressão linear mostrou correlação positiva do IRAA com a idade (r = 0,38, p < 0,01) e pressão de pulso (r = 0,43, p < 0,05), e correlação inversa com o descenso noturno da PA (r = -0,37, p < 0,05). Não houve correlação entre IRAA e a função renal. Este estudo foi o primeiro a comparar pacientes portadores de hipertensão arterial com e sem DRC, com características clínicas semelhantes. Mostrou que a MAPA fornece parâmetros adicionais na avaliação da hipertensão arterial tais como: descenso noturno e o IRAA, que não podem ser avaliados pela simples medida da PA em consultório. Deste modo, sugere-se que pacientes hipertensos com FGe < 60 ml/min podem se beneficiar da realização da MAPA como parte de sua avaliação e estratificação de risco cardiovascular. / Systemic arterial hypertension (SAH) and chronic kidney disease (CKD) are two indissoluble clinical conditions; SAH is cause and consequence of CKD. Adequate blood pressure (BP) control can slow the progression of renal damage and diminish cardiovascular complications. Ambulatory Blood Pressure Monitoring (ABPM) has better accuracy than office blood pressure measurement and it can also report other prognostic factors. The main objective of this study was to describe ABPM parameters in hypertensive patients with CKD and compare with those with normal renal function. Patients with primary SAH, age between 40 and 75 years, were included and divided in two groups according to the presence (CKD =30 patients) or absence of CKD (without CKD = 30 patients), defined as a glomerular filtration rate < 60 ml/min (estimated by the MDRD equation). Patients were evaluated clinically and blood and urine samples were collected. ABPM for 24hours was performed and the following parameters analyzed: mean pressure, nocturnal blood pressure fall, morning surge, blood pressure variability, pulse pressure and ambulatorial arterial stiffness index. Data is shown as mean standard deviation (SD). Mean age was 63.2 9.1 for CKD and 62.8 9.3 years for the group without CKD. Mean office blood pressure was 144.6 22.7 mmHg (systolic) and 85.3 9.9 mmHg (diastolic) for CKD patients and 148.7 18.3 mmHg (systolic) e 86.9 8.7 mmHg (diastolic) for patients with normal renal function (p > 0.05). Albeit similar values for blood pressure were found in office and ABPM readings, the CKD group took more antihypertensive drugs (2.7 1.1 versus 2.2 0.6, p = 0.03). In CKD group, mean systolic nocturnal blood pressure fall was lower when compared with patients without CKD (3.8 8.1% versus 7.3 5.9%, p = 0.05). The ambulatorial arterial stiffness index (AASI) was significantly different between groups (0.45 0.16 for CKD vs 0.37 0.15 for those without CKD, p=0.04). Linear regression pointed AASI positively related to age (r=0.38, p<0.01) and pulse pressure (r=0.43, p<0.05) and inversely related to nocturnal blood pressure fall (r=-0.37, p<0.05). There was no correlation between AASI and estimated glomerular filtration rate. This was the first study to compare hypertensive patients with and without chronic kidney disease, with similar baseline characteristics, and showed that ABPM can report important parameters beyond blood pressure measurement, such as nocturnal blood pressure fall and AASI. Therefore, we suggest that hypertensive patients with CKD should be evaluated by ABPM in order to identify more parameters for cardiovascular risk stratification.
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Comparação de parâmetros da monitorização ambulatorial da pressão arterial em pacientes hipertensos com e sem doença renal crônica / Ambulatory blood pressure monitoring parameters in hypertensive patients with and without chronic kidney diseaseRonaldo Altenburg Odebrecht Curi Gismondi 05 November 2009 (has links)
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a doença renal crônica (DRC) são duas condições clínicas indissociáveis; a HAS é tanto causa como conseqüência da DRC. O adequado controle da pressão arterial influencia diretamente no ritmo de perda da função renal. A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) possui maior acurácia na medida da pressão arterial em relação ao método convencional em consultório, além de fornecer outros parâmetros prognósticos dos pacientes. O objetivo desse estudo é descrever dados obtidos com a MAPA em pacientes hipertensos com doença renal crônica e compará-los com um grupo com função renal normal. Avaliaram-se pacientes com hipertensão arterial primária, com idade entre 40 a 75 anos, divididos em função da presença (com DRC= 30 pacientes) ou ausência de doença renal crônica (sem DRC = 30 pacientes), definida como filtração glomerular estimada (FGe) < 60 ml/min, estimada pela equação do MDRD. Foram realizadas avaliação clínica e coleta de exames laboratoriais. A MAPA teve duração mínima de 24 horas, e foram analisadas médias pressóricas, descenso noturno, variabilidade da pressão arterial, ascensão matinal, pressão de pulso e índice de rigidez arterial ambulatorial. Os dados são apresentados como média + desvio padrão (DP). No grupo sem DRC, a idade foi de 62,8 9,3 anos e, no grupo com DRC, 63,2 9,1 anos. No grupo com DRC, a média da pressão arterial (PA) medida na consulta foi 144,6 22,7 mmHg (sistólica) e 85,3 9,9 mmHg (diastólica); a média da PA nas 24 horas na MAPA foi 133,3 17,4 mmHg (sistólica) e 79,3 10,5 mmHg (diastólica). No grupo sem DRC a média da pressão arterial na consulta foi 148,7 18,3 mmHg (sistólica) e 86,9 8,7 mmHg (diastólica); a média da PA nas 24 horas na MAPA foi 131,0 17,4 mmHg (sistólica) e 80,8 12,4 mmHg (diastólica). Apesar das médias pressóricas serem semelhantes entre os grupos, os pacientes com DRC utilizaram maior número de classes de anti-hipertensivos quando comparados com o grupo com função renal normal (2,7 1,1 vs 2,2 0,6, p = 0,03). A média do descenso noturno da PA foi menor no grupo com DRC (3,8 8,1% vs 7,3 5,9%, p = 0,05). O índice de rigidez arterial ambulatorial (IRAA) foi maior no grupo com DRC (0,45 0,16 vs 0,37 0,15, p = 0,04). Análise de regressão linear mostrou correlação positiva do IRAA com a idade (r = 0,38, p < 0,01) e pressão de pulso (r = 0,43, p < 0,05), e correlação inversa com o descenso noturno da PA (r = -0,37, p < 0,05). Não houve correlação entre IRAA e a função renal. Este estudo foi o primeiro a comparar pacientes portadores de hipertensão arterial com e sem DRC, com características clínicas semelhantes. Mostrou que a MAPA fornece parâmetros adicionais na avaliação da hipertensão arterial tais como: descenso noturno e o IRAA, que não podem ser avaliados pela simples medida da PA em consultório. Deste modo, sugere-se que pacientes hipertensos com FGe < 60 ml/min podem se beneficiar da realização da MAPA como parte de sua avaliação e estratificação de risco cardiovascular. / Systemic arterial hypertension (SAH) and chronic kidney disease (CKD) are two indissoluble clinical conditions; SAH is cause and consequence of CKD. Adequate blood pressure (BP) control can slow the progression of renal damage and diminish cardiovascular complications. Ambulatory Blood Pressure Monitoring (ABPM) has better accuracy than office blood pressure measurement and it can also report other prognostic factors. The main objective of this study was to describe ABPM parameters in hypertensive patients with CKD and compare with those with normal renal function. Patients with primary SAH, age between 40 and 75 years, were included and divided in two groups according to the presence (CKD =30 patients) or absence of CKD (without CKD = 30 patients), defined as a glomerular filtration rate < 60 ml/min (estimated by the MDRD equation). Patients were evaluated clinically and blood and urine samples were collected. ABPM for 24hours was performed and the following parameters analyzed: mean pressure, nocturnal blood pressure fall, morning surge, blood pressure variability, pulse pressure and ambulatorial arterial stiffness index. Data is shown as mean standard deviation (SD). Mean age was 63.2 9.1 for CKD and 62.8 9.3 years for the group without CKD. Mean office blood pressure was 144.6 22.7 mmHg (systolic) and 85.3 9.9 mmHg (diastolic) for CKD patients and 148.7 18.3 mmHg (systolic) e 86.9 8.7 mmHg (diastolic) for patients with normal renal function (p > 0.05). Albeit similar values for blood pressure were found in office and ABPM readings, the CKD group took more antihypertensive drugs (2.7 1.1 versus 2.2 0.6, p = 0.03). In CKD group, mean systolic nocturnal blood pressure fall was lower when compared with patients without CKD (3.8 8.1% versus 7.3 5.9%, p = 0.05). The ambulatorial arterial stiffness index (AASI) was significantly different between groups (0.45 0.16 for CKD vs 0.37 0.15 for those without CKD, p=0.04). Linear regression pointed AASI positively related to age (r=0.38, p<0.01) and pulse pressure (r=0.43, p<0.05) and inversely related to nocturnal blood pressure fall (r=-0.37, p<0.05). There was no correlation between AASI and estimated glomerular filtration rate. This was the first study to compare hypertensive patients with and without chronic kidney disease, with similar baseline characteristics, and showed that ABPM can report important parameters beyond blood pressure measurement, such as nocturnal blood pressure fall and AASI. Therefore, we suggest that hypertensive patients with CKD should be evaluated by ABPM in order to identify more parameters for cardiovascular risk stratification.
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Comparação entre os valores da pressão arterial sistêmica central e braquial em mulheres e homens idosos com hipertensão arterial sistêmica / Comparison between the values of central and brachial function in elderly women and men with arterial hypertension systemicPelazza, Bruno Bordin 29 September 2017 (has links)
Fundamentos: A pressão arterial sistêmica (PAS) se modifica com o
envelhecimento. A PAS central apresenta correlação mais forte com os fatores de
riscos cardiovasculares do que a PAS braquial. Nos idosos, o enrijecimento arterial
progressivo e a onda de reflexão precoce, desenvolvem à amplificação da pressão
de pulso (PP), em consequência da elevação da pressão arterial sistólica (PS). A
mortalidade por doenças cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa,
apresenta prevalência igual ou superior aos homens, devido aos baixos níveis de
estrogênio plasmático.
Objetivo: Comparar os valores da pressão arterial sistêmica central e braquial entre
mulheres e homens acima de 60 anos de idade portadores (as) de hipertensão
arterial sistêmica.
Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, transversal, com pacientes idosos
admitidos e selecionados a partir da demanda espontânea e programada nas
unidades básicas de saúde de Uberlândia-MG, entre março de 2013 a março de
2014. Foram incluídos 69 participantes da pesquisa e comparamos a PAS central e
braquial através do equipamento Sphygmocor® XCEL (AtCor Medical, Sydney,
Austrália).
Resultados: Houveram diferenças significantes nos valores pressóricos de toda a
população tanto na PS central vs braquial 140(21) vs 153(23), mmHg quanto na PP
central vs braquial 55(18) vs 70(18), mmHg. Além disso, o sexo feminino apresentou
níveis pressóricos maiores do que no masculino, PS central 144(23) vs 134(16),
mmHg e braquial 161(26) vs 148(18), mmHg, PP central 62(17) vs 45(14), mmHg e
braquial 80(21) vs 63(15), mmHg, e isso foi significante.
Conclusão: Portanto, houve diferenças significantes nos valores pressóricos da PS
e PP, tanto a nível central quanto braquial em idosos hipertensos, observados na
população total do estudo e entre mulheres e homens. / Background: Systemic arterial pressure (SBP) changes with aging. Central SBP has
a stronger correlation with cardiovascular risk factors than brachial SBP. In the
elderly, progressive arterial stiffness and the early reflection wave develop to the
amplification of the pulse pressure (PP), as a consequence of the elevation of the
systolic blood pressure (SP). Mortality due to cardiovascular diseases in
postmenopausal women has a prevalence equal to or higher than men due to low
levels of estrogen plasma.
Objective: To compare the values of central and brachial systemic arterial pressure
among women and men over 60 years of age with systemic arterial hypertension.
Methods: A quantitative, descriptive, cross-sectional study with elderly patients
admitted and selected from the spontaneous and programmed demand at the basic
health units of Uberlândia-MG, between March 2013 and March 2014. We included
69 participants from the study and compared the Central and brachial PAS through
the Sphygmocor® XCEL equipment (AtCor Medical, Sydney, Australia).
Results: There were significant differences in the SP values of the entire population
in the central SP vs the brachial SP 140 (21) vs 153 (23), mmHg and in the central
PP vs brachial 55 (18) vs 70 (18), mmHg. Furthermore, females presented higher
blood pressure levels than males, central SP 144 (23) vs 134 (16), mmHg and
brachial 161 (26) vs 148 (18), mmHg, central PP 62 (17) vs 45 (14), mmHg and
brachial 80 (21) vs 63 (15), mmHg, and this was significant.
Conclusion: There were therefore significant differences in SP and PP pressure,
both at the central and brachial levels in hypertensive elderly, observed in the total
study population and between women and men. / Tese (Doutorado)
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Monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) no controle da pressão arterial de pacientes em hemodiálise / Home blood pressure monitoring (HBPM) in the blood pressure control in hemodialysis patientsGiovanio Vieira da Silva 25 August 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: Não se sabe se o ajuste da terapia anti-hipertensiva baseado na Monitorização Residencial da Pressão Arterial (MRPA) pode melhorar o controle da pressão arterial em pacientes em hemodiálise. OBJETIVOS: Comparar a redução da pressão arterial (PA) e do índice de massa ventricular esquerda (IMVE) obtido com o uso da MRPA em relação às medidas da PA pré-diálise em pacientes em hemodiálise. MÉTODOS: Pacientes hipertensos em hemodiálise foram randomizados para ter a terapia anti-hipertensiva ajustada em dois grupos: controle, baseado na PA pré-diálise, e intervenção, baseada na MRPA. Antes e após 06 meses de acompanhamento, os pacientes realizaram Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) por 24 horas, MRPA durante uma semana e ecocardiograma transtorácico. RESULTADOS: 34 e 31 pacientes completaram o estudo no grupo intervenção e controle, respectivamente. As pressões arteriais sistólica (PAS) e diastólica (PAD) no período interdialítico pela MAPA foram significativamente menores no grupo intervenção em relação ao grupo controle no final do estudo (média 24 horas: 135 ± 13mmHg / 76 ± 7mmHg versus 147 ± 15mmHg / 79 ± 8mmHg, respectivamente - p<0,05). Na análise da MRPA, o grupo intervenção apresentou redução significativa somente para a PAS em comparação ao grupo controle (média semanal: 144 ± 21mmHg versus 154 ± 22 mmHg, respectivamente - p<0,05). Não houve diferenças entre os grupos intervenção e controle em relação ao IMVE ao final do estudo (108 ± 35 g/m2 versus 110 ±33 g/m2, respectivamente - p>0,05). CONCLUSÕES: O uso sistemático da MRPA no ajuste da terapia anti-hipertensiva em pacientes em hemodiálise propiciou maior controle da PA no período interdialítico em comparação às medidas da PA pré-diálise. A MRPA pode ser usada como um instrumento adjuvante útil no controle da pressão arterial em pacientes em hemodiálise / INTRODUCTION: It is not known whether the adjustment of the antihypertensive therapy based on Home Blood Pressure Monitoring (HBPM) can improve blood pressure (BP) control in hemodialysis patients. OBJECTIVES: To compare the reduction in BP and in the left ventricular mass index (LVMI) obtained with the use of HBPM in relation to that achieved with predialysis BP measurements in hemodialysis patients. METHODS: Hypertensive patients on hemodialysis were randomized to have the antihypertensive therapy adjusted according two groups: control, based on the predialysis BP measurements, and intervention, based on HBPM. Before and after 06 months of follow-up, patients were submitted to Ambulatory Blood Pressure Monitoring (ABPM) for 24 hours, HBPM during one week and transthoracic echocardiogram. RESULTS: 34 and 31 patients completed the study in the intervention and control groups, respectively. The systolic (SBP) and diastolic (DBP) blood pressure in the interdialytic period by ABPM were significantly lower in the intervention group compared with the control group at the end of the study (mean 24-hours BP: 135 ± 13 mm Hg / 76 ± 7 mmHg versus 147 ± 15 mm Hg / 79 ± 8 mmHg, respectively - p <0.05). When the interdialytic BP was analysed by HBPM, the intervention group showed significant reduction only for the PAS in comparison with control group (mean weekly BP: 144 ± 21 mm Hg versus 154 ± 22 mm Hg, respectively - p <0.05). There were no differences between intervention and control groups in relation to LVMI at the end of the study (108 ± 36 g/m2 versus 110 ± 33 g/m2, respectively - p> 0.05). CONCLUSIONS: The systematic use of HBPM in the adjustment of antihypertensive therapy in patients on hemodialysis has led to better control of BP during interdialytic period compared to that achieved with the predialysis BP measurements. The HBPM can be used as a useful adjunct instrument to control blood pressure in hemodialysis patients
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"Monitorização ambulatorial da pressão arterial de pacientes com oclusão do ramo da veia central da retina" / Blood pressure monitoring of branch retinal vein occlusion patientsAlexandre Antonio Marques Rosa 24 November 2005 (has links)
Avaliou-se a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a variação circadiana da pressão arterial (PA), através da Monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), em pacientes com oclusão do ramo da veia central da retina (ORVCR). Foram avaliados, prospectivamente, 93 casos/olhos de 83 pacientes. A ausência do descenso fisiológico da PA durante o sono ("non-dipper") foi definida como diminuição da pressão sistólica = 10% e a presença de descenso quando este valor fosse maior ("dipper"). Há uma prevalência extremamente alta (94%) de HAS em pacientes com ORVCR. Entre os hipertensos, uma grande parcela dos indivíduos "non-dipper" (n=34; 44,2%). Estas evidências sugerem que um nível mais sustentado de PA nas 24 horas possa ser um fator de risco para o desenvolvimento da ORVCR / Objective: Identifying with Blood pressure monitoring (BPM) in patients with branch retinal vein occlusion (BRVO): high blood pressure (HBP) prevalence, possible cases of white-coat normotension (WCNT) and variation of circadian blood pressure (BP). Methods: Prospectively, 93 cases/eyes of 83 patients with BRVO were evaluated at Ophthalmological Clinic of "Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo" (HCFMUSP). After that, patients were taken to Hypertension League of Nephrology Chair of HCFMUSP (LH-HCFMUSP) for clinical evaluation and blood pressure monitoring. Non-dipper was defined as a fall in systolic blood pressure = 10%, and dipper when this value was higher
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